CIEL3 - Cielo

Varejistas vão ao CADE contra a Cielo
Natalia Viri

Sete grandes associações varejistas acabam de entrar com uma denúncia coletiva no CADE contra a Cielo, questionando a política de exclusividade nas bandeiras de cartões controladas por Banco do Brasil e Bradesco e outras práticas consideradas anticoncorrenciais, como a venda de produtos casados associados às maquininhas.

É a primeira vez que uma grande coalizão de lojistas — o cliente final do chamado ‘mercado de adquirência’ — compra briga diretamente com a Cielo, a líder de mercado com 50% de participação. O CADE abriu procedimento preparatório para averiguar se as queixas procedem.

Num documento de 33 páginas, os varejistas afirmam que a Cielo e as bandeiras Elo, Alelo e Amex estão ganhando “reforço cada vez mais claro de seus controladores”, constituindo um “grupo econômico em bloco” e deixando os consumidores reféns de um arranjo de produtos.

“Os bancos pertencentes a esse grupo estão claramente utilizando-se de toda a dominância natural de mercado para interferir em outros mercados (o mercado de suas subsidiárias ou contratadas exclusivas), ocasionando desvios e danos à competição e principalmente ao mercado que demanda e precisa desses serviços”, argumentam.

A denúncia — que vem num momento em que a recessão brutal massacra as margens do varejo — é assinada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Associação Nacional de Comerciantes de Materiais de Construção (Anamaco), Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

A Cielo disse que tomou conhecimento da reclamação mas ainda não foi oficialmente notificada, e acrescentou que está sempre à disposição dos órgãos reguladores.

As credenciadoras de cartões já estavam na mira do antitruste. Em março deste ano, o órgão abriu por iniciativa própria três inquéritos administrativos para investigar condutas anticompetitivas nesse mercado, incluindo a Rede, controlada pelo Itaú Unibanco.

Para entender a queixa dos varejistas é preciso dar um passo atrás, para 2010, quando Banco do Brasil e Bradesco lançaram a bandeira de cartões Elo. (No ano seguinte, a Caixa entrou com participação de um terço no negócio.)

Desde então, o crescimento da Elo foi explosivo. Os controladores passaram a priorizar a emissão sob essa bandeira, que hoje já é a terceira maior do mercado, atrás apenas de Mastercard e Visa.

No caso da Amex, embora não haja participação societária de nenhuma das duas instituições, o Bradesco é o licenciado exclusivo, sendo o único agente apto a credenciar estabelecimentos para captura de transações da bandeira em território nacional.

A Cielo tem exclusividade no processamento dessas bandeiras. No ano passado, maquininhas de outras redes, como Rede, FirstData e GetNet, passaram também a aceitá-las, mas num modelo praticamente terceirizado e não de ‘full acquirer’. Quem processa e determina as taxas é a própria Cielo, que paga apenas uma comissão às concorrentes.

O caso da Alelo – de vales-refeição e controlada apenas por BB e Bradesco – é ainda mais sensível porque a Cielo atua como única captadora e processadora. Os varejistas se queixam que a exclusividade os obriga a ter uma maquininha da Cielo mesmo quando há opções e condições de atendimento melhores em outra credenciadora.

Num email anexado ao processo, um dos associados afirma que a taxa de aluguel da maquininha da Cielo é o dobro da cobrada pela Rede. Sem citar números, os denunciantes afirmam que as taxas cobradas sobre cada transação de débito ou crédito na Elo e na Amex também são mais altas em relação às bandeiras abertas, como Visa e Mastercard.

Os lojistas relatam ainda dificuldades em se descredenciar da Cielo. Eles afirmam que ficam sujeitos a taxas maiores nas bandeiras Elo, Amex e Alelo quando trocam de credenciadora. Na denúncia, um associado da Abrasel, de bares e restaurantes, relata que, ao migrar a centralização das demais bandeiras para a concorrência, a taxa para transações da Alelo nas máquinas da Cielo subiu de 6% para 6,5%.

“As retaliações sofridas por aqueles que tentaram descontratar a Cielo vão desde o aumento nas taxas de descontos em bandeiras exclusivas desta credenciadora até a perda ou restrição em linhas de crédito oferecido pelas instituições financeiras ligadas a credenciadoras e às bandeiras exclusivas, além de multas ou penalidades”, apontam.

As associações reclamam ainda da oferta casada de produtos pelos bancos. Eles dizem que, para receber pelo que faturam com Elo e Alelo, há exigência de abertura de conta corrente ou linha de crédito no Banco do Brasil ou Bradesco, e que os recebíveis gerados com cartões dessas bandeiras têm negociações restritas a seus bancos controladores, o que diminui as opções de crédito.

A queixa das varejistas vem num momento em que a Cielo está trocando de comando. Depois de oito anos, Rômulo Dias vai deixar a empresa em janeiro para se tornar diretor de cartões do Bradesco. Em seu lugar, assumirá Eduardo Gouveia, ex-CEO da Multiplus e mais recentemente à frente da Alelo.

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Medidas do governo Temer acertaram em cheio 4 ações da Bolsa; veja quais e por quê
Logo que o governo anunciou suas novas medidas econômicas, quatro ações reagiram forte, sendo três para baixo e apenas uma de forma positiva

SÃO PAULO - O governo anunciou nesta quinta-feira (15) uma série de medidas que visam impulsionar a economia brasileira. Antes mesmo do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, terminar de detalhar todas as propostas, algumas empresas passaram a reagir forte na Bovespa, com destaque para a Cielo (CIEL3), que “derreteu” com o mercado recebendo a novidades envolvendo medidas de crédito. Reagiram forte também os papéis do Banco do Brasil, Smiles e Multiplus, em um impacto total de R$ 6,685 bilhões em valor de mercado nestas empresas.

Das 17h15 às 17h45 (horário de Brasília), as ações da administradora de cartões despencaram 6,5%, saindo de R$ 26,35 para R$ 24,62, liderando com folga a lanterna do Ibovespa ao fim do pregão (veja imagem abaixo a reação da Cielo). No fim do pregão, os papéis da companhia recuaram 5,92%, cotados a R$ 24,49. Em valor de mercado, a Cielo perdeu R$ 3,489 bilhões, fechando o pregão com um total de R$ 55,444 bilhões em valor.

O motivo pode ser explicado pela proposta do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de permitir que os varejistas cobrem preços diferentes dependendo do meio de pagamento utilizado - na prática, ele vai “legalizar” o desconto que algumas lojas concedem para quem pagar com dinheiro. Essa mudança seria implementada por medida provisória, segundo informou Meirelles.

“A medida é um horror para a Cielo e muito boa para qualquer loja de varejo”, disse rapidamente (pois ele ainda está acompanhando o anúncio das medidas) um gestor que pediu para não ser identificado.

Mas graficamente CIEL3 está ficando muito interessante, heim!
Os fundamentos dela são bons, né.
Pensando seriamente em encarteirar.

@ancasodi

Graficamente ela está em viés de baixa, e deve testar em breve o fundo nos 23,00. Próximo deste patamar pode ser um bom pto p/ inicio da operação de compra, com base em AT.

Do pto de vista da AF, ela vem de resultados decrescentes, com piora nas margens e queda na rentabilidade. E por conta da notícia acima, esta queda ainda deve se estender no ano que vem.

Traçando o preço alvo com base no FCD, hoje a cotação a 26,03 está sendo precificada pelo mercado com um crescimento de 4% nos próximos 5 anos. Isso mostra que o preço da empresa hoje, com base em crescimento, ainda está caro.

Montando um cenário pessimista, mas ainda dentro da realidade atual da empresa, estimando um diminuição de -5% no lucro líquido anual pelos próximos 5 anos, temos um preço alvo em 17,61.

Por outro lado, usando o PSBe p/ estimar o preço alvo com base em valor, cheguei a um preço alvo de 24,33. De qualquer forma, ambos mostram que a margem de segurança p/ compra da empresa hoje ainda é baixa.

Concluindo, com base nestas informações acima, eu só pensaria em comprar a ação com a cotação próximo dos 23,00. E mesmo assim, o potencial de valorização não seria muito grande, aumentando o risco. O ideal p/ melhorarmos a relação risco x retorno, seria a cotação recuar até próximo de 20,00.

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Cielo se diz ‘desanimada’ com 2017; ação cai com volume forte
Geraldo Samor

Comentários da Cielo sobre um Natal 'bastante fraco’ e um crescimento de EBITDA perto de zero em 2017 derrubaram a ação da credenciadora de cartões ontem, em meio a um volume de negociação quase três vezes acima da média.

Os comentários — descritos num email de um analista do BTG Pactual para clientes do banco — mostram que a empresa está cautelosa com sua performance operacional este ano.

"No geral, eles estão mais ‘desanimados’ com o operacional para 2017 dado que o Natal foi bastante fraco, o que pode ser um indicativo de que o varejo pode levar um tempo maior para se recuperar,” o analista, Eduardo Rosman, escreveu para clientes.

Segundo gestores, o email começou a circular entre alguns clientes do banco na segunda-feira à tarde, sem aparente impacto no preço da ação. Mas na terça-feira, quando o papel abriu em queda e com volume forte, o BTG disseminou o email mais amplamente. No final do dia, a Cielo fechou em queda de 3,3% com 16,4 milhões de ações negociadas, comparado a uma média de 6,2 milhões num dia normal.

Com o Governo pressionando pela redução dos juros no cartão de crédito — e o Banco Central estudando reduzir o prazo de 30 dias que as administradoras de cartão levam para pagar os lojistas — a Cielo tem sido o tipo de ação que investidores cardíacos devem evitar.

Ontem, gestores passaram o dia procurando informação sobre alguma novidade iminente na regulação do setor, mas, no final do pregão, parecia claro que a explicação mais plausível para a queda estava no ‘guidance’ informal descrito no email do BTG.

No email, escrito logo depois de uma conversa com a companhia, Rosman disse que a Cielo estava com a 'cabeça marginalmente mais negativa pra 2017,’ estimando um crescimento de EBITDA este ano ‘mais para zero do que 5%’, além de projetar um crescimento de lucro entre 5% e 7%. A companhia também disse ao analista que o Natal foi 'muito ruim’ e estima que perdeu participação de mercado no quatro trimestre. O crescimento da receita no último trimestre do ano teria ficado ao redor de 3,5%, abaixo das expectativas.

Na parte mais construtiva do ‘guidance’, a empresa disse que a redução do prazo de pagamento de 30 dias — objeto de estudo pelo BC — ‘voltou a ficar na geladeira’ e que, agora, ‘o foco de mudanças é a queda de juros no rotativo’. Para a Cielo, se esta mudança não vier em 3-4 meses, a redução do prazo 'poderia voltar a ser assunto’.

Como se sabe, o Banco Central e os bancos emissores de cartões chegaram a um acordo que muda a taxa de juros cobrada sobre o saldo não pago dos cartões. Em vez de cobrar a taxa (mais punitiva) do crédito rotativo — que em alguns casos chega a 600% ao ano — os bancos passarão a aplicar a taxa de juros do crédito parcelado, diminuindo o comprometimento de renda das famílias.

Relatórios do Itaú e da Goldman — cujos analistas também falaram com a empresa — ajudaram a maximizar o volume do papel na queda. A Goldman notou que a Cielo hoje é a única empresa que processa transações da bandeira Elo, mas que isto está prestes a mudar. “Na medida em que outros acquirers passem a processar as transações da Elo, acreditamos que a Cielo vai perder market share gradualmente dentro da Elo, caindo do seu nível ‘natural’ de 40%. Neste cenário, acreditamos que o faturamento líquido da Cielo caia de 6% a 8%."

Finalmente, numa prova de que o market share tem que ser defendido todos os dias, a Rede, arquirrival da Cielo, anunciou esta manhã um acordo com a Linx 'para o desenvolvimento de aplicativos relacionados a soluções de meio de pagamento, bem como o esforço [conjunto] para promover, juntos aos seus respectivos clientes, as soluções de pagamento da Rede e as soluções de gestão da Linx.

O estranho aqui é que não pensaram nisso antes. Em outros países, é comum empresas de software distribuírem os produtos das credenciadoras.

DESTAQUES CIELO CONSOLIDADA 4T16

• Volume financeiro de transações na Cielo Brasil totalizou R$159,3 bilhões, aumento de 3,1% em relação ao 4T15 e crescimento de 11,0% em relação ao 3T16;

• Receita operacional líquida totalizou R$3,1 bilhões, aumento de 2,1% em relação ao 4T15 e expansão de 1,9% em relação ao 3T16;

• EBITDA de R$1,4 bilhão, 5,0% superior em relação ao 4T15 e 1,0% maior que em relação ao 3T16;
Lucro líquido Cielo totalizou R$1.011,6 milhões, aumento de 18,6% em relação ao 4T15 e crescimento de 0,2% em relação ao 3T16;

• Lucro líquido ajustado Cielo totalizou R$1.079,1 milhões, aumento de 17,3% em relação ao 4T15 e crescimento de 0,2% em relação ao 3T16;

• Campeã (Serviços Financeiros) no prêmio As 150 Melhores Empresas para Você Trabalhar (Você S/A);

• Vencedora do 20º prêmio ANEFAC-Fepecafi-Serasa Experian entre as empresas com Receita Líquida acima de R$ 5 bilhões, tendo sido reconhecida com o Troféu Transparência;

• 10ª Marca mais Valiosa do Brasil, segundo ranking da consultoria global Interbrand;

• Cielo integrou, pela quarta vez consecutiva, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE).

DESTAQUES CIELO CONSOLIDADA 2016

• Volume financeiro de transações na Cielo Brasil totalizou R$584,9 bilhões, crescimento de 6,7% no ano;
EBITDA de R$5,5 bilhões, aumento anual de 5,8%;

• Lucro líquido Cielo totalizou R$ 4.005,5 milhões, aumento de 14,1% em relação ao ano de 2015;

• Lucro líquido ajustado Cielo totalizou R$4.275,4 milhões, aumento de 14,4% em relação a 2015.

No mercado de cartões, uma briga de cotovelos
Geraldo Samor

Uma guerra econômica travada principalmente nos bastidores terá hoje uma batalha importante.

Esta sexta-feira é o prazo final estabelecido pelo Banco Central para que as bandeiras de cartão controladas pelos bancos — como a Elo, American Express e Hipercard — iniciem testes para que possam começar a ser processadas por todas as credenciadoras, e não apenas pela Rede e Cielo, que também pertencem aos bancos.

O princípio geral estabelecido pelo BC é que as bandeiras devem atuar de forma neutra, não podendo oferecer nenhuma vantagem à credenciadora do mesmo grupo em detrimento de seus concorrentes.

A universalização do acesso — que as bandeiras têm procrastinado há anos — pode destravar centenas de milhões de reais de faturamento para credenciadoras menores como PagSeguro, Stone Pagamentos, Global Payments e Vero, do Banrisul, que juntas respondem por cerca de 10% do mercado. E adiantaria a vida do pequeno lojista, que hoje frequentemente tem que usar duas maquininhas para capturar todas as bandeiras.

A indústria de cartões no Brasil é organizada em ‘clusters’ econômicos ao redor dos bancos. O Bradesco é um dos controladores da Cielo, e apenas a máquina da Cielo aceita a bandeira Elo, que pertence ao banco. O Itaú é dono da Rede, a antiga Redecard, e só ela processa a bandeira Hipercard, que pertence ao banco.

Hoje, através de um arranjo comercial conhecido como VAN, a Rede já aceita cartões Elo em algumas de suas maquininhas, e, da mesma forma, a Cielo já aceita o Hipercard, do Itaú. O VAN se assemelha a um direito de passagem que uma credenciadora dá à bandeira controlada pelo grupo econômico do concorrente, mas não chega a ser o modelo de competição aberta que o BC tem em mente.

A exclusividade que existe hoje impede que as credenciadoras independentes compitam em pé de igualdade com as grandes. Segundo o Senador Ricardo Ferraço, que planeja conduzir uma audiência pública sobre a concentração no mercado de cartões, Cielo e Rede processaram 87% das transações no Brasil em 2014, contra 89% em 2009.

Para fontes das credenciadoras menores, as bandeiras controladas pelos bancos tem adotado chicanas tecnológicas para evitar abrir suas plataformas, tomando medidas que, na superfície, dão a impressão de compliance, quando na prática continuam a manter os independentes de fora. “O BC teve que escrever um manual detalhando passo a passo o que elas tinham que fazer,” diz um executivo de uma credenciadora independente.

A Elo argumenta ao BC que está se adequando à regra, propondo às credenciadoras um modelo pelo qual uma empresa como a Vero credenciaria o lojista, mas a transação dos cartões Elo seria processada e liquidada pela Cielo, que hoje detém exclusividade com a bandeira. A Elo chama este modelo de ‘full acquirer’, mas, na opinião do BC, este arranjo ainda está longe de atender suas exigências.

Alguns modelos propostos por bandeiras controladas por bancos impedem que as credenciadoras independentes negociem a taxa diretamente com o lojista, o que as coloca em desvantagem comercial com Cielo e Rede. Outro problema: quando a transação é capturada por uma credenciadora independente mas processada por uma das duas grandes, o lojista não consegue visualizar os créditos que tem a receber no sistema da credenciadora independente, o que reduz o apelo comercial e a competitividade desta última.

Uma terceira queixa das pequenas que o BC está monitorando envolve barreiras a empréstimos lastreados em recebíveis de cartões. Quando um banco oferece um crédito ao lojista lastreado em recebíveis de cartão, é frequente o banco não aceitar como colateral os recebíveis processados pelas credenciadoras independentes.

A Stone Pagamentos, que segundo fontes do setor dobrou sua participação de mercado no último ano, é uma das que mais reclama ao BC sobre a resistência das grandes em aderir à universalização.

As credenciadoras de cartões processam R$1,2 trilhão em transações por ano — metade em crédito, metade em débito. Só a Elo, criada pelo Bradesco e Banco do Brasil em 2012, já emitiu mais de 103 milhões de cartões e responde por quase 20% de todas as transações de débito no Brasil, gerando um 'merchant discount rate’ (a taxa paga pelos lojistas) de cerca de R$1,8 bilhão/ano só no débito.

Tecnicamente, a exclusividade das bandeiras é proibida desde 2009, quando a Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça moveu um processo administrativo contra as credenciadoras que detinham acordos de exclusividade com as bandeiras internacionais.

@Cadu

No momento atual, ibovespa praticamente no topo histórico, muitos ativos em topo histórico, a Cielo na faixa de R$22,20, você acha que pode ser um bom ponto de entrada para iniciar posição, ou acha que o futuro para a Cielo ainda é complicado, e melhor esperar mais?

Está começando a ficar atrativa sim @fortaleza

Mas ela está em um forte viés de baixa, com isso só pensaria em compra na casa dos 20.

Do pto de vista da AF, é certo que a empresa tende a ser impactada negativamente nos próximos anos com o aumento da concorrência. O resultado do 2T 17 veio ruim, e a empresa aumentou bastante seu Capex.

Muito obrigado @Cadu

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Hoje bateu no suporte dos 20,95, que citei no começo do mês passado. Se conseguir se segurar neste, temos um bom pto de compra.

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Boa empresa e bom preço…
Numa análise bem simplista, o valor de mercado está à níveis baixo e o LPA continua alto.

ciel3

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comprar ou aguarda?

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Eu vou aguardar o resultado sair, que senão me falha a memória é na segunda feira.
Mesma que venha muito bom, e eu perca uns 3 ou 4% de alta do ativo, o risco de vir um resultado fraco, e a cotação ir na casa dos 19, é maior.

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Resultado é divulgado hoje pós fechamento do mercado e amanhã (31/10) às 10h30 tem a teleconferência.

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CIEL3 - 3T 17
Resultado fraco. Queda de -4% na receita líquida, e de -7% no lucro operacional.
Graças a um aumento do resultado financeiro de 29%, o lucro liquido apresentou um crescimento de 1,8%.

Na sequência vou trazer um estudo sobre o preço alvo dele, p/ analisar se vale a pena entrar aproveitando esta queda, ou se é melhor esperar mais.

ciel

Vamos agora aos cálculos do preço alvo.
Primeiro usando o PSBe, com base em valor, e depois o FCD, com base em crescimento.

PSBE: Preço alvo de 27,63, com potencial de valorização de 35%. Representa um pequeno potencial de ganho, não dá p/ dizer que está muito descontada com base em valor.

A empresa está com um P/L de 13,8. O patrimonio líquido dela sofre uma distorção, por precisar de pouco capital p/ tocar o negócio. Quem já leu minha série de artigos sabe que por isso olho em conjunto o P/VP com o ROE. Neste, notamos um ROE elevado, de 37%, mas que é explicado pelo P/VP tb elevado, de 5,14.

FCD: Pelo FCD, utilizando uma taxa de crescimento de 2% ano, p/ os próximos 5 anos, com 10% de taxa de desconto, chego a um valor de 20,86. Ou seja, está com potencial de valorização próximo de zero.

Sendo mais otimista, vamos supor um crescimento de 5% nos próximos 5 anos, neste caso o preço alvo sobe para 23,71. Ainda sim, um potencial de valorização muito pequeno.

Com isso, chego a conclusão que, com base em AF, a CIEL3 ainda não apresenta uma boa margem de segurança p/ um investimento. Talvez se a cotação cair p/ algo em torno de 18, aí sim o ativo já ficaria atrativo.

Olhando pelo gráfico, o ativo perdeu hoje o suporte que tinha chamado a atenção anteriormente, e com isso deve testar o próximo em 19,95. Perdendo este, tem grandes chances de aí sim ir testar a casa dos 18,00.

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Existem empresas que são semente, depois viram estrela, depois vaca-leiteira e finalmente abacaxi. A Cielo durante muito tempo foi uma estrela, mas agora já não é mais. Se eu usasse AT nela, eu diria que ela teve um OCO no LP. Mas, para mim, o fato é que ela deixou de ser uma empresa de crescimento. A cada balanço os números são mais fracos, a concorrência aumenta, enfim, eu acho que a Cielo, como dizia Graham, completou a sua história. Eu tenho Cielo, mas tá lá na lista das que quero aos poucos me desfazer.

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Cotação subindo +6% agora. Parece que o mercado esperava um resultado bem pior do que veio.
Eu continuo reticente com a empresa a longo prazo, pelo menos neste patamar de preços.