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Uma multinacional chamada WEG fez uma aquisição no Brasil
Natalia Viri

A economia está em marcha a ré acelerada, mas a WEG está sinalizando confiança no mercado interno. OK: alguma confiança.

A companhia catarinense anunciou hoje sua maior aquisição no Brasil com a compra da TGM, uma fabricante de turbinas e transmissões com sede em Sertãozinho (SP) que faturou R$ 238 milhões em 2015.

A TGM tem exposição internacional e atende 40 países, mas seus principais produtos são voltados para o segmento de co-geração de energia a partir de biomassa, especialmente de cana-de-açúcar.

Trata-se da terceira aquisição da WEG este ano e a 23ª desde 2010.

Em 2012, a WEG estabeleceu como meta quadruplicar seu faturamento para R$ 20 bilhões até 2020, mas o plano está fazendo água graças à recessão brasileira e à desvalorização de moedas em países relevantes para a WEG. Este ano, a empresa-símbolo de Jaraguá do Sul deve faturar R$ 9,4 bilhões.

Até agora, a expansão da WEG tem se concentrado no mercado externo: a empresa já fez compras em 10 países, e sua última aquisição de uma empresa nacional havia sido há dois anos, quando comprou a fabricante de tintas Paumar, que faturava apenas R$ 21 milhões.

Nascida em 1961, a WEG – que leva as iniciais dos fundadores Werner Voigt, Eggon Silva e Geraldo Werminghaus – começou a exportar ainda nos anos 70.

Mas foi só nos anos 2000 que ela deu início à agressiva estratégia de crescimento por aquisições que a transformou numa multinacional com CEP no Brasil. Hoje, a empresa tem fábricas em 20 países e 57% de sua receita vem do mercado externo (o número inclui exportações e produtos fabricados fora do País); em 2008, por exemplo, essa fatia não chegava a 35%.

A estratégia de diversificação transformou a WEG num negócio mais resiliente, mas, com a implosão do preço das commodities – especialmente petróleo e minério – as vendas lá fora também começaram a cair, e o último trimestre foi particularmente ruim.

Depois de crescer cerca de 10% desde o começo do ano passado, a receita da operação internacional contraiu 1,6% no terceiro trimestre (em moedas locais, sem contar a variação cambial).

As ações da WEG, que chegaram a subir 22% no ano até uma máxima de R$ 18,30, devolveram a alta após o balanço e hoje negociam a cerca de R$ 14,80. Ainda assim, a WEG negocia a 20 vezes o lucro estimado para 2017.

No mercado doméstico, apesar do faturamento ainda em queda (no terceiro trimestre o recuo foi de 8,9%), o management da WEG disse no mês passado que ficou ‘bastante claro’ que a tendência de desaceleração no Brasil foi superada, ainda que a recuperação deva acontecer de forma ‘lenta e gradual’.

Ainda há muita incerteza no segmento de motores elétricos, que representa boa parte da receita e da rentabilidade da companhia, mas há um otimismo crescente em relação ao segmento conhecido como GTD (geração, transmissão e geração de energia elétrica).

Em outubro, o governo fez o primeiro leilão bem sucedido em anos de linhas de transmissão, com R$ 11,6 bilhões em investimentos esperados até 2021. Projetos que demandam mais R$ 20-40 bilhões em investimentos devem licitados nos próximos dois a três anos. Como a WEG tem uma participação de 35% a 40% no mercado de subestações de transmissão de energia, todo esse investimento deve se traduzir em faturamento na veia.

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Uma grande aposto nos proximos anos é no crescimento da safra agricula e do setor agropecuario, pensando nisso, podemos considerar um aumento da demanda interna da wege?

Sem dúvida. Sempre gostei da WEGE, mas o problema é que ao meu ver, o preço dela sempre está caro.

Aos preços atuais, o mercado está precificando um crescimento em torno de 12% anual no lucro pelos próximos 5 anos! E isso de uma empresa que praticamente desde o 3T 14 está com o seu lucro estagnado:

Se vc for estimar uma taxa de crescimento um pouco mais dentro da realidade dos últimos resultados e do momento do nosso país, por exemplo, um crescimento de 5% anual, chegamos a um preço alvo de 11,70, ou seja, 25% acima do preço atual.

Entretanto, se vc olhar puramente pelo P/L histórico, ela está em um patamar muito baixo de negociação:

E por último, olhando com base em AT, ela está em viés de baixa, e pode vir a testar novamente os 13,50, onde daria um pto de compra com maior margem de segurança.

Resumindo, acho WEGE uma ótima empresa, porém vejo como um investimento de risco nestes patamares de preço, pois a margem de segurança é baixa, e dificilmente a empresa conseguirá reportar um forte crescimento do lucro no curto prazo.

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Destaques do 2T17

A Receita Operacional Líquida foi de R$ 2.280,8 milhões no 2T17, 2,3% menor que no 2T16 e 6,9% maior que no 1T17;

O EBITDA atingiu R$ 370,6 milhões e a margem EBITDA atingiu 16,2%, 2,2 pontos percentuais maior que no 2T16 e 0,7 ponto percentual maior do que no 1T17;

O Lucro Líquido foi de R$ 272,2 milhões, 6,7% maior do que no 2T16 e 5,6% maior do que no 1T17. A margem líquida foi de 11,9%, 1,0 ponto percentual maior do que no 2T16 e 0,2 ponto percentual menor do que no 1T17;

Os investimentos em expansão e modernização da capacidade atingiram R$ 123,0 milhões no primeiro semestre de 2017, sendo 45% nas unidades no Brasil e 55% nas unidades no exterior.

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Boa tarde, uma boa hora pra comprar papeis weg?

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Do pto de vista de valor, não. Empresa está com um P/L alto faz tempo, com o mercado precificando no preço um crescimento elevado, p/ uma excelente empresa, mas que tem o seus resultados praticamente estagnados nos ultimos 2/3 anos.

wege

P/ se ter uma ideia, utilizando o FCD, com desconto de 8% e perpetuidade 0%, hoje o mercado está precificando um crescimento do lucro de 23% nos próximos 5 anos!

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Obrigado mais uma vez!

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Estou começando a montar minha carteira pra longo prazo por enquanto tenho MPLU3 , BBSE3 e ITSA4 , acho que vou aportar mais na MPLU3 E BBSE3 e eperar um pouco mais pra comprar outras empresas. O que acha? Na melhor hora pretendo comprar WEG,AMBEV,GRANDENE.

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Excelente escolhas e estratégia.
Outras duas p/ a lista p/ monitorar seriam TAEE11 e ABCB4

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Muito boa dica,já estão no radar.Teria algumas dicas de FIIs pra que eu possa estuda-los?

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Respondi neste tópico dos FIIs: Fundos Imobiliários Teste - #10

WEG 3T 17
Apresentou um bom resultado. EBITDA cresceu 15% frente ao mesmo tri do ano anterior, e o LL recebeu uma leve inflada de IR diferidos. Ainda acho um resultado aquém do que o mercado precifica o ativo.

weg

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Ola!
No Gráfico da empresa, aparentemente os desdobramentos e bonificações não foram aplicados no valor histórico das cotações. Isso não pode estar afetando os outros indicadores? Existe algum motivo para a cotação ter sido recalculada?
Percebi em 2014 com a bonificação ocorrida em abril e um desdobramento ocorrido em mar/2015.

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Os valores após 1T 15 até hoje estão corretos.
Mas realmente no histórico antes disso a cotação não foi ajustada pelo grupamento. Vamos corrigir isto, obrigado!

Muito bom! Obrigado pelo retorno! Estou gostando bastante do site!

abs.

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O problema de 2015 foi corrigido :+1::+1::clap::clap:

Mas 2014 ainda tem um gap que provavelmente é resultado de alguma conversão não feita:
image

@cadu, tenho wege em minha carteira acha que ela ainda tem um futuro promissor em curto médio prazo.

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Acho uma empresa cara. A não ser que vc acha que ela vai crescer acima de 20%, anualmente, nos próximos 5 anos.

Empresa WEGE3
Cotação atual 22,05
Preço alvo pelo PSBe esta em 14,26 com potencial de crescimento de -35%.
Pelo FCD, utilizando uma taxa de crescimento de 12% ano, p/ os próximos 5 anos, com 8% de taxa de desconto, chego a um valor de 21,51.
Na cotação atual, e considerando uma perpetuidade de 0, o mercado esta precificando pelo FCD um crescimento anual de 29% p/ os próximos 5 anos.

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Beleza!

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