CMIG3 - Cemig

Cúpula da Cemig e governo de MG divergem sobre estratégia, dizem fontes
Falta de consenso pode levar até à saída do presidente da companhia

SÃO PAULO/BRASÍLIA - As tensões entre o governo do Estado de Minas Gerais e a direção da estatal Cemig estão aumentando, com divergências relacionadas à estratégia do presidente da companhia, Mauro Borges, de redução de dívidas e venda de ativos, disseram nesta sexta-feira duas pessoas com conhecimento direto do assunto.

Segundo essas fontes, Borges poderia até deixar a empresa se o governo, que é o controlador da companhia, recusar-se a apoiar seu plano de venda de ativos não essenciais para redução de dívida. Ambos os lados estão discutindo como resolver suas diferenças, acrescentaram as fontes.

Se não houver uma solução, o diretor de Finanças e Relações com Investidores, Fabiano Maia Pereira, também poderia deixar a companhia. Segundo uma das fontes, as divergências entre os executivos e o governo de Minas Gerais não são recentes, mas têm se intensificado. “São basicamente questionamentos em relação à gestão da companhia”, disse. Mesmo assim, essa fonte afirma que não há ainda uma definição sobre a saída deles da empresa.

O governador do Estado de Minas Gerais, Fernando Pimentel, que está sendo acusado de corrupção, é contrário à venda de ativos, que seria uma das formas de reduzir a dívida de 16,3 bilhões de reais da Cemig, disse uma fonte, que pediu anonimato devido à sensibilidade do tema. Pimentel também está enfrentando uma profunda crise orçamentária no Estado.

Procurado, o governo de Minas Gerais disse que o Conselho de Administração da Cemig é quem define questões relativas à venda de ativos da empresa. A assessoria de imprensa do governo não elaborou sobre a questão dos executivos.

A Cemig afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a companhia vem divulgando a sua estratégia desde o encontro com analistas e investidores, ocorrido em maio de 2016, com a participação do presidente e do diretor financeiro.

“Essa estratégia inclui ações para reduzir sua dívida, aumentar a produtividade e revisar seu portfólio de participações, com foco no core business, priorizando empresas onde detém o controle acionário”, afirmou a Cemig.

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Um dos problemas de ter como sócio o governo do PT…

Cemig vai trocar comando nesta semana, diz agência

Por Valor SÃO PAULO - A Cemig anunciará a demissão de seu presidente-executivo e de seu diretor financeiro até a quarta-feira, segundo a agência “Reuters”. O maior acionista da empresa, o Estado de Minas Gerais, discordou do plano de redução da dívida da empresa, disseram duas pessoas com conhecimento do assunto.

Outro notícia mostrando esta ingestão do governo:

Governador de MG sofre pressão para mudar comando da Cemig

BELO HORIZONTE - O presidente da estatal mineira Cemig, Mauro Borges, está sob pressão do governo de Minas Gerais para deixar o cargo. Segundo o Valor apurou, o motivo seria a intenção do governador Fernando Pimentel (PT) de agradar a partidos aliados…

Aviso de crédito de JSCP (21 dez. 2016):

http://cemig.infoinvest.com.br/ptb/14399/AVISO%20AOS%20ACIONISTAS_deliberao_JCP_211216_por.pdf

Como era de se esperar, resultado muito fraco…

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A gangue do pão de queijo e a ‘ajuda’ à Cemig
Geraldo Samor

‘Alô, Andrade? É Juca Abdalla’
Geraldo Samor
Há mais ou menos um mês, o telefone tocou na sede da Andrade Gutierrez.

Do outro lado da linha estavam representantes de José João “Juca” Abdalla, um dos homens mais ricos do Brasil e um dos maiores investidores do setor elétrico.

Cemig quer R$ 1 bilhão para provar que estatais não mudam
Apertem os cintos: o piloto é o deputado
Geraldo Samor

A menos de 48 horas do leilão que vai vender quatro usinas que lhe pertenciam, a Cemig está tentando de tudo para reaver parte dos ativos.

Mesmo que isso signifique saquear os seus acionistas minoritários.

Ola cadu sou iniciante e estou montando minha carteira de ações, comprei a CMIG4 e não a CMIG3 isso faz alguma diferença no longo prazo ?
Um grande abraço.

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No caso de CMIG, faz diferença sim @nilton1965
Isso pq a CMIG3 tem tag along de 80%, e a CMIG4 não tem. Ou seja, se no futuro a empresa for privatizada, sendo o seu controle vendido para um terceiro, se vc for acionista da CMIG4 vc não terá direito ao mesmo valor da oferta para venda de suas ações. Já na CMIG3 vc tem direito a 80% do valor ofertado pelo controle da empresa.

De qualquer forma, não recomendo ter CMIG na carteira p/ LP. É uma empresa estatal, comandada por um governo do PT. Some a isso as últimas notícias que postei aqui sobre ela, mostrando como os controladores estão manipulando a empresa em prol político.

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Com essa noticia que 4 das 11 usinas serão leiloadas, seria uma boa eu partir em tempo pra uma outra como EGIE3 ou equivalente, de qualquer maneira obrigado pela dica.

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Uma dúvida: a CMIG4 não tem tag along. Numa hipotética privatização da Cemig, as CMIG4 não valeriam nada? Eu sei que o site do Guiainvest não é uma fonte muito confiável de informação, mas tenho visto algumas pessoas falarem isso lá. Alguém poderia esclarecer?

Eu acreditava que privatização seria mudança de controle público para privado, o que não deveria ser diferente de mudança de controle entre empresas privadas igual aconteceu com a Alpargatas recentemente, e nem por isso as ALPA4 viraram pó.

Por favor, me ajude a preencher essa lacuna de conhecimento que existe em meu cérebro. :slight_smile:

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Olá @paulinho, o Cadu fez um breve comentário sobre este tema aqui: CMIG3 - Cemig - #12 por cadu. Mas também vou tentar clarear mais um pouco.

Neste caso a privatização é a compra da empresa. sendo assim, quem compra quer pagar pelas ações aos quais compõe o capital social da mesma. que seriam a de categoria 3 (CMIG3). A de categoria 4 (CMIG4) é paga aos acionistas somente quanto possuí tag along e não compõe a empresa.

Agora quando as de categoria 4 possuem tag along (proteção). o comprador é obrigado a pagar por elas. Agora quando não possuí vai da opção do comprador decidir pagar ou não. mas ele não é obrigado.

No caso da Alpargatas sim. mas existem inúmeros casos em que quem tinha categoria 4 sem tag along recebeu um valor irrisório.

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Daí, no caso de eu possuir CMIG4, o que aconteceria? Elas deixariam de existir? Eu não tenho a possibilidade de continuar com elas pra continuar recebendo dividendos e tal?

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O que tá me intrigando é: eu posso simplesmente continuar com as CMIG4 que eu tenho, certo? Eu não precisaria vendê-las. É isso mesmo?

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Depende, existem dois caminhos:

  1. Privatizar e fechar capital. (não pode continuar com suas ações)
    As duas deixariam de existir (CMIG3 e CMIG4), pagariam os acionistas baseado no tag along e sairia da bolsa.
    Resumo: Tende a ser péssimo para quem tem ações sem tag along.

  2. Privatizar e continuar na bolsa. (pode continuar com suas ações)
    As ações continuariam existindo e tende a ser benéfico para quem possui CMIG3. Pois é a que realmente foi vendida na privatização, valorizando os preços das mesmas. Quem possui CMIG4 o mercado quem ditará o preço, e normalmente tende a cair. Exemplo recente, troca de controle da Usiminas (USIM3 disparou 30% e USIM5 subiu 1%).
    Resumo: Tende a derrubar ou manter a cotação da CMIG4 e subir CMIG3.

Conclusão: Para ambos casos, eu não me arriscaria ter ações da categoria 4 em carteira.

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