Entrevista @fabio_barbosa

Dando continuidade às entrevistas, que são um programa legal para dividir conhecimentos e experiências, selecionei com o Cadu alguns foristas que tem colaborado ativamente para enriquecer o fórum. Claro que há muitos, mas vamos por partes como nosso amigo Jack. @fabio_barbosa começando por perguntas básicas, que foram feitas já anteriormente e parecem um bom prelúdio antes de entrar em outros tópicos:

Estado/cidade que mora.
Idade.
Atividades de lazer.
Profissão.
Pratica esportes? quais?
Filmes e livros preferidos.
Filhos? quantos?
Perspectiva de vida?
Carteira de investimentos.
Autodefinição de escolha partidaria: direita, centro, esquerda tudo misturado.
Qual sentido da vida?

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O @fabio_barbosa tem feito uma grande contribuição para o fórum com o levantamento dos principais pontos dos novos Ipos. É sempre um trabalho complexo conseguir informações sobre as novas empresas, e ele faz este resumo com excelência.

Indo neste ponto, gostaria de saber como vc avalia e separa os principais pontos das novas empresas da bolsa?

E quais suas perspectivas para novos Ipos ainda neste ano?

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Boa!

  1. Há quanto tempo investe?
  2. Como você define independência financeira?
  3. Esse é/era um dos seus objetivos ao investir?
  4. Já o atingiu?
  5. Você segue alguma escola/corrente de investimentos específica (value, growth, b&h etc) ?
  6. Ovos em várias cestas ou ovos em uma cesta bem cuidada?

Acho que é isso. De toda forma, agradeço MUITO pelos seus posts no fórum. Pra ser bem sincero, eu descobri o fórum tem pouquíssimo tempo pesquisando informações sobre a ALLD3 e foram os seus posts que me fizeram ficar. Muito obrigado por dividir seu conhecimento e opiniões.

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Graças aos estudos e apontamentos do @fabio_barbosa já ganhei um dinheiro legal. Muito obrigado, meu amigo!

Dúvidas:

  1. Qual é sua filosofia de investimento?
  2. Você poderia demonstrar sua carteira de investimento?
  3. Como você seleciona ações?
  4. Como você aprofundou seu conhecimento no mercado acionário?
  5. Recomendações de livros.
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Primeiramente gostaria de agradecer a oportunidade e dizer que é uma honra saber que tenho colaborado para um fórum tão rico em conhecimento quanto este… Eu aprendi muito aqui e, na tentativa de ajudar outras pessoas, acabei aprimorando mais meus estudos com os feedbacks que recebi.

Eu acredito que o processo de aprendizagem deve ser contínuo e a diversidade de ideias é um ambiente muito propício para este processo. Na minha opinião, os melhores “cursos” que podemos fazer é aprender com os erros (nossos e dos outros) e ouvir/compreender as opiniões divergentes. Por isto, acho muito importante mantermos esta diversidade de opiniões e de formas de investir.

Agora as respostas iniciais:

Tenho 41 anos, moro em Salvador (BA) e sou soteropolitano mesmo. Morei em Aracaju (SE) por alguns anos e voltei para Salvador há 4 anos.

Atividades de lazer: shows ( :smirk: ê saudade), praias ( :roll_eyes:), games (atualmente só Football Manager), séries, filmes e adoro assistir Futebol Americano! Bom, eu gosto de estudar os resultados e a evolução de empresas, então considero isto um hobby também.

Sou bancário do BB (por isto nunca voto no BB na CAFI :rofl:) e ultimamente tenho estudado Tecnologia da Informação com o objetivo de me preparar para trabalhar/empreender na área.

Quanto aos esportes, atualmente só malho mesmo.

Sobre livros preferidos eu vou ser bem sincero e vou dizer que não gosto muito de ler, exceto livros ligados à minha área de interesse. Portanto, como estudei Ciências Econômicas por 3 anos, eu realmente adorava estudar Macroeconomia, Economia Internacional e Economia Monetária; alguns que mais gostei são os de Krugman & Obstfeld, Lopes & Rossetti e Varian.

Já sobre os filmes, eu gosto de vários e dos mais variados gêneros:

  • O primeiro que sempre me vem a mente é O Grande Truque (não confundir com Truque de Mestre 1, 2 e 3; que são até bonzinhos mas não é para tanto). Eu acho o desfecho simplesmente espetacular e o filme todo traz muitas lições. Eu diria que é o que eu mais gosto;
  • Um que assisti recentemente e que adorei foi Radioativo. É outro filme que também traz muitas lições e eu realmente gosto muito de filmes baseados em pessoas e/ou fatos reais e sobre Ciência;
  • Kardec. Este pode ser polêmico, mas eu tenho interesse por Espiritismo e o filme trouxe muitos temas que acredito;
  • Hannibal a Origem do Mal e toda a série: Manhunter, O Silêncio dos Inocentes, Hannibal e Dragão Vermelho;
  • O Curioso Caso de Benjamin Button. A realidade devia ser assim… :rofl:;
  • Zodiac. É fascinante e repugnante a história deste Serial Killer;
  • The Hundred. É uma série, mas por ser a minha favorita, resolvi destacar
  • Destaco ainda Uma Mente Brilhante, Inside Job, A Ilha do Medo, A Origem, Divergente/Insurgente/Convergente, A Grande Aposta e A Cabana.

Tenho 1 filha de 15 anos que mora com a mãe em Aracaju. Tinha “União Estável” com a mãe dela e hoje estou solteiro.

Carteira de Investimentos: está em construção! Eu pretendo ter um núcleo com 8 empresas que são minhas favoritas, mais até 12 empresas que buscam se aproveitar de grandes distorções de preços, mas que também são companhias que tenho confiança no Longo Prazo; pra completar e diversificar, pretendo ter até 5 ETFs pra investir no exterior com intuito de me expor a empresas que não estão disponíveis no Brasil e para ter alguma diversificação geográfica. As 8 empresas que pretendo manter sem nenhuma perspectiva de me desfazer: CASH3, INTB3, BBAS3, HYPE3, LOGG3, JBSS3, SAPR3 e NEOE3. Para cada uma destas empresas eu tenho uma perspectiva de crescimento e/ou manutenção do poder de compra no longuíssimo prazo. Tenho ainda MOSI3, ALLD3, GUAR3, ALUP3, FHER3, SOJA3, PFRM3 e BRFS3 que são empresas que também gosto bastante mas o investimento é mais voltado para capturar ganhos com as distorções que, na minha opinião, existem hoje no mercado; destas acredito que MOSI3, ALLD3, PFRM3 e FHER3 são as maiores distorções e GUAR3 e ALUP3 são as que poderiam fazer parte do núcleo principal de 8 empresas, não tendo nenhuma previsão de me desfazer delas também. Outras empresas que estou de olho para completar as 12 mas não tive oportunidade ainda pra investir são: BLAU3, TEND3/EVEN3, ETER3 e ENBR3; além da Vittia que não concluiu a IPO. Quanto aos ETFs eu ainda estou estudando, mas por agora estou interessado em SHOT11, DNAI11 e algum atrelado à Índia; mas ainda estou engatinhando nestes estudos.

Autodefinição partidária: ?isentão?. Sou Capitalista em essência, acredito que o Capitalismo tem problemas mas sem dúvidas é o meio de produção que mais desenvolveu e desenvolve a humanidade, não acredito que nada fora disto possa funcionar por “n” motivos… muitas de suas características são inerentes à natureza humana. Outro ponto central na minha opção de voto é referente à produtividade e desenvolvimento tecnológico, eu acredito que a evolução do país depende da melhora da produtividade do brasileiro e isto passa muito pelo desenvolvimento tecnológico; precisamos urgente de mais escolas/faculdades que saiam da teoria e partam para o conhecimento prático e incentivem a criação de “tecnologia”. Não me encaixo no conservadorismo (no Brasil é vinculado à Direita), apesar de ser a favor de muitas pautas consideradas de direita como: maior rigor na punição de crimes como assassinato, estupro e estelionato. Não me considero de direita porque acredito em certas teorias como a necessidade de aumentar a renda nas camadas mais baixas da população devido à sua maior propensão marginal de consumo, com impacto na renda total, além de outras ideias ditas progressistas; mas acredito que isto passa muito mais por incentivos ao empreendedorismo e capacitação do que por programas sociais. A maior pobreza do Brasil é a pobreza de conhecimento!

A perspectiva e o sentido da vida são perguntas muito complexas, então acredito que a melhor resposta deveria ser simples: felicidade mesmo não é fazer sempre o quer, mas sim querer sempre o que se faz. Estou nesta busca: trabalhar/estudar com/o que gosto e morar em frente a uma praia numa cidade pequena/tranquila. Não busco riqueza mas sim segurança financeira.

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Muito obrigado pelos elogios @cadu! Acredito que você sabe, mas quero reafirmar que você serviu de referência para muitos investidores e eu com certeza sou um destes. Sua percepção de investir poucos tem e lembro como se fosse hoje a sua crença anos atrás na EZTC3 e contra empresas micadas como TOYB3/4, TELB3/4, BOBR4, ECOD3, INEP3/4 e muitas outras. Aprendi muito com suas análises e uso até hoje algumas coisas. Até hoje não me perdoo por não ter entrado na EZTC3… :smirk: Mas uso este erro como aprendizagem…

Eu busco o máximo de informações justamente porque eu acredito que ao perder uma oportunidade que era óbvia demais estamos “deixando dinheiro na mesa”, até mesmo porque temos poucas empresas relevantes disponíveis no Brasil.

No começo eu fazia resumos muito pequenos e com o tempo eu resolvi ir ampliando estes resumos porque percebi que assim ajudava mais e ainda aprendia muito mais! Então, eu faço isto para ajudar e acabo aprendendo muito…

Primeiramente o mais importante é pegar os indicadores. Eu começo abrindo o Prospecto e vendo se os dados dos resultados neste estão bem representados, quando não estão eu parto para os balanços nos sites de RI. Então, começo buscando os dados principais de lucro, ebitda, receita, endividamento, patrimônio líquido (e o incremento deste após a IPO) e a composição acionária (afinal preço importa!); depois eu busco avaliar o crescimento da empresa ao longo dos anos; e, por fim, busco entender como se formaram estes resultados; esta é a parte mais importante e mais complicada pra tentar fugir de “noivas muito enfeitadas” e/ou encontrar crescimento futuro ainda não capturado devido a altos custos momentâneos e/ou não diluídos.

Tento ainda avaliar a qualidade da companhia (ReclameAqui, NPS, Prêmios e etc) e de seus diretores, procurando possíveis fatos controversos, possível histórico de corrupção e se a IPO está servindo para os acionistas saírem da empresa ou só pra realizarem algum lucro (acho isto natural). Depois expando esta busca para tentar entender o setor e como a empresa está inserida neste. No Prospecto existem muitas informações relevantes, principalmente no Sumário da Companhia e nos Fatores de Risco, acredito que estas partes são de leitura obrigatória.

Por fim, analiso os riscos e as oportunidades da empresa, se a destinação dos recursos da IPO será útil e se a remuneração da diretoria está abusando da boa vontade dos acionistas.

Teve esta semana a Br Partners através de Oferta Restrita e parece ser uma boa opção, apesar de eu resolver não entrar.

Vai sair em breve a BBM Logística através de Oferta Restrita e a Smart Fit, vou estudar ambas em breve… :blush:

De IPO grande, devemos ter a Raízen, mas as empresas que mais me interessam inicialmente são ClearSale, Oncoclínicas, Tópico, Brisanet, Conasa, Multilaser, Desktop, Bionexo, Laboratório Teuto, 3tentos, Unifique e Rio Energy. Acredito que dentre estas devemos ter algumas boas oportunidades. Eu torço para todas as empresas conseguirem iniciar suas IPOs porque quanto mais opções, melhor! Além disto, algumas empresas se tornam interessantes ao longo dos anos, apesar de não parecerem no momento inicial da IPO, seja por crescimento dos resultados ou por queda da cotação.

Mas a empresa que com certeza eu quero ter na minha carteira é a Vittia, que acabou cancelando a IPO.

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Valeu @ricardotgo! Somos sócios em várias empresas… :rofl:

Eu invisto desde 2004 mas no início foi só em Renda Fixa, até mesmo porque com a SELIC nas alturas não tinha muito incentivo para estudar RV. Só entrei em Renda Variável com força após a crise de 2008, antes só tinha participado do follow-on incentivado do BB em 2006 e da IPO do Banrisul em 2007, mas nem tinha noção do que tava fazendo…

Foi a partir desta crise que comecei a buscar informações sobre ações, mas na época eu era o que eu chamo de “fundamentalista de sites de indicadores” e “analista reverso de macroeconomia”. Ganhei muito dinheiro, mas muito mais por sorte do que por conhecimento.

Eu só analisava os indicadores a partir dos dados de sites como o fundamentus e aí não percebia/entendia o monte de não recorrentes existentes nos balanços de muitas empresas e também não descobria/aproveitava oportunidades de crescimento em empresas que estavam investindo bastante com resultados que só viriam no futuro.

E outro erro muito grave é tentar adivinhar o início/fim de determinados ciclos, por isto o termo analista reverso…

O resultado acabou sendo positivo já que em 2011/2012 eu tive que me desfazer de quase todos os investimentos, porque resolvi morar junto com a mãe de minha filha e os gastos foram muito altos.

Então minha situação financeira evoluiu assim:

Me separei em 2015/2016 e só em 2019 comecei a me recuperar. Em 2020 eu decidi que ia recomeçar a investir de qualquer jeito: primeiro separo o dinheiro do investimento, depois me preocupo com o resto. Tive a sorte de recomeçar a investir justamente no auge da crise do Covid; desta vez eu acertei o c* da mosca porque meu primeiro aporte foi justamente na mínima do Ibovespa.

Só que desta vez eu decidi estudar as empresas diretamente a partir dos balanços e isto acabou virando um hobby mesmo. É claro que ainda cometo alguns erros, mas agora eu consigo identificá-los e entender o motivo de ter cometido.

Um dos meus maiores aprendizados olhando meus investimentos de 2008 até 2012 foi que: não é porque a cotação da ação subiu que eu estou certo, mas também não é porque a cotação caiu que estou errado. Isto depende muito mais do acompanhamento da empresa do que da cotação.

Tudo isto para concluir que eu invisto DE FATO a partir de 2020.:rofl:

Na minha opinião independência financeira seria sinônimo de segurança financeira. Pra mim é ter os recursos necessários para viver de acordo com o que você almeja. Não preciso de muito luxo, mas eu gosto de uma vida confortável podendo dispor dos prazeres da vida que citei na primeira resposta.

Com certeza invisto para isto! Pretendo atingir esta segurança financeira através de meus investimentos e para isto eu tenho consciência que o valor e a constância dos aportes é fundamental.

Estou longe disto! Eu tenho metas anuais e atualmente estou conseguindo antecipar o atingimento da meta de 2 anos a frente por causa da rentabilidade surreal em alguns investimentos. Mas, tenho consciência que isto não deve ser a regra, apesar de eu estudar todo dia para que vire uma regra! :rofl:

Não sigo nenhuma mas sigo todas. :rofl:

Atualmente a pessoa que tem uma visão mais parecida com a minha é o Cassiano do Visão do Estrategista/Investir Com Sim no youtube.

Um resumo do que eu penso: minha carteira é uma holding e eu tento comprar as empresas com a geração de caixa/lucros que seja mais atraente em relação à esta holding. Tento diversificar mas sempre considerando o quanto estou pagando para adquirir isto. Só vendo quando percebo que errei na análise e quando o mercado está pagando um preço que eu acredito não mais justificar a geração de lucro atual e/ou futura.

O ideal seria ovos em várias cestas, todas afastadas e em lugares diferentes; só que ai fica impossível cuidar de todas. Por isto eu sigo a ideia de acreditar que minha carteira é uma holding que atua em vários setores que eu busco entender um pouco de cada um e através de empresas que eu tento acompanhar a evolução. Em breve eu pretendo colocar alguns ovos em cestas bem distantes e vou pagar (taxa de adm) para outros cuidarem; mas no geral eu gosto de eu mesmo poder cuidar.

Muito gratificante saber que contribui em algo na sua vida e fico feliz de ajudar a manter alguém que também tem contribuído bastante neste fórum…

A ALLD3 realmente parece ter sido um achado e foi a empresa que mais gastei tempo para entender, afinal quando a esmola é demais todo santo desconfia… Tanto é que na minha primeira análise da Oferta Restrita eu pedi para outros analisarem se eu tinha feito algo errado na coleta dos dados e o Cadu chegou ao mesmo resultado!

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@fabio_barbosa, gostaria até de acrescentar uma pergunta que me foi feita e achei muito boa. Você mencionou ter uma aproximação pelo Espiritismo, aliás acho que o maior expoente hoje é o Dilvado Franco que fica aí em Salvador, certo? Você disse que é polêmico, mas acho que 90% da população conhece bem a história de Chico Xavier e 10% acha que é magia negra rs. Mas entrei no assunto pelo seguinte:

Em geral, qualquer pessoa que possui ou se aproxime de uma religião, tem valores bem formados (não é um pré-requisito, mas vamos dizer que há uma boa ligação) e muitas vezes há temas que podem ser polêmicos e conflitantes para nós: legalização das drogas, aborto, pena de morte, acidentes trágicos, só para citar alguns. Como você traduz nos seus investimentos estes conflitos que podem haver entre o que a lei diz que é adequado e o que você acha adequado?

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Comecei a ler as respostas e já descobri que o cara mora na mesma cidade que eu. :call_me_hand:

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Fico muito feliz de saber que estou ajudando! :blush:

Valeu amigo!

Eu penso minha carteira como uma “mini-holding” e sempre sabendo que estamos comprando uma parte de uma empresa. Então eu tento comprar sempre as ações com a geração de caixa/lucros atual e futura que fazem mais sentido naquele momento.

Eu faço no mínimo 3 aportes bem relevantes (em relação à minha renda) durante o ano e estou sendo realmente “xiita” quanto à isto: vou investir no mínimo um valor X anualmente e o que sobrar tem que ser suficiente para todas as despesas.

Sim! Segue abaixo, mas agora com a % atual:

  • CASH3 6%;
  • INTB3 4%;
  • BBAS3 7%;
  • HYPE3 7%;
  • LOGG3 9%;
  • JBSS3 4%;
  • SAPR3 6%;
  • NEOE3 7%;
  • MOSI3 8%;
  • ALLD3 15%;
  • GUAR3 5%;
  • ALUP3 3%;
  • FHER3 11%;
  • SOJA3 1% (maldito rateio… :smirk:);
  • BRFS3 4%;
  • PFRM3 3%.

Atualmente está tudo em ações, meu caixa é bem baixo e gira em torno de 2-3% e já estou de olho para aumentar posição em uma das empresas acima.

Atualmente meu caixa é muito baixo e praticamente não conto com Reserva de Emergência mas isto é totalmente errado e não recomendo a ninguém. Eu faço isto por ter renda e despesas com certa previsibilidade, além de ter um bom plano de saúde. Minha família (pais, irmão e filha) também tem bons planos de saúde e tem recursos para casos de emergência, não precisando de mim.

Em primeiro lugar o preço da empresa tem que ter uma geração de caixa que justifique a compra. Então olho os principais indicadores como P/L, EV/EBITDA, DivLiq/EBITDA, P/VP, ROE, PSR e as Margens. Mas tudo isto tem que ser analisado diretamente nos balanços e releases das empresas para eliminar tanto os não recorrentes positivos, quanto os negativos. Depois tendo entender o setor, os seus riscos e oportunidades. Por fim, procuro entender a qualidade da empresa e de seus gestores, quais as vantagens e suas deficiências.

Vou dar 3 exemplos de inclusão na minha carteira:

  • FHER3: empresa em RJ com alto prejuízo (P/L bem negativo), EV/EBITDA muito baixo (em torno de 6 quando iniciei posição) em um setor que devia esta bombando. Só isto já chama atenção para entender o porque de ter prejuízo alto com um EV/EBITDA baixo. Então, ficou fácil ver a influência da variação cambial nas dívidas da RJ, o que prejudicava o resultado da empresa no curto prazo, apesar de ter ajudado bastante para o incremento de receitas, o que era positivo no longo prazo. Assim, percebi que com a normalização do câmbio a empresa se tornaria bem lucrativa nos próximos trimestres além do EV/EBITDA real ser ainda menor devido a não recorrentes no 4T19 (investi nela antes de sair o resultado do 4T20). Apesar disto a empresa virou alvo de muita gente que investia buscando apenas surfar a onda e isto inflou o preço do ativo muito rápido, levando a uma queda abrupta nos últimos dias porque assusta muitas pessoas ver uma valorização tão grande numa empresa com números aparentemente bem fracos, infelizmente a maioria das pessoas só olha os números nos sites de indicadores (eu já fui assim).

  • CASH3: o que mais me chamou atenção na empresa foi a Cultura, algo impossível de quantificar. É impressionante o brilho nos olhos dos gestores desta empresa e o tanto que ela evoluiu com tão pouco capital investido e tão poucos braços disponíveis. Com isto eu realmente fiquei bastante inclinado a aceitar pagar por múltiplos que nunca paguei (P/L de 50 na época e tinha acabado de atingir o breakeven). Além disto, fiquei bastante impressionado com a evolução dos números da empresa e com sua escalabilidade, ou seja, percebi que o potencial de crescimento mais que justificava pagar por estes múltiplos. Depois, ao analisar o negócio da empresa percebi que já tinha crescimento contratado porque o incremento do número de usuários era muito recente e que estes começariam a gerar retorno só nos próximos trimestres; isto diminui muito o risco do negócio. Por fim, fui buscar opiniões de todos que conhecia (inclusive no fórum) sobre a Méliuz como um bom negócio e pra minha surpresa não conheço uma pessoa sequer que acreditava na empresa como um negócio rentável e sustentável; mesmo assim decidi investir nela. Mas por que? A expectativa era muito menor (o oposto do que aconteceu com a MOSI3) e a surpresa do mercado seria grande quando saíssem os resultados com enorme crescimento, o qual na verdade já estava contratado e escondido nos números dos trimestres anteriores.

  • SAPR3 (mas poderia servir para NEOE3, BBAS3 ou até a ENBR3 que muitos aqui investem): às vezes investir não é tão complicado como parece. Números sólidos, há crescimento que justifica e os riscos são relativamente baixos. Aqui o preço justifica e não há muito segredo escondido nos balanços, tá barato e tá na cara que tá barato para todos verem. O motivo para não comprar seria achar que a cotação não vai subir e eu não invisto (ou deixo de investir) assim, pois seria o mesmo que investir só porque achamos que determinado ativo vai subir.

Primeiramente li os livros que vou citar na próxima resposta.

Pra entender o mercado acionário foi necessário estudar principalmente sobre os principais conceitos, indicadores e estratégias. Apesar de ter estudado Economia por 3 anos, eu nunca gostei de Contabilidade, mas considero essencial ter algum conhecimento nesta área.

Eu considero meu nível de conhecimento atual bem mediano, se bem que olhando algumas análises de “profissionais” da área me sinto muitas vezes um gênio… :rofl:

Mas falando sério, considero o conhecimento um processo contínuo e que preciso melhorar todo dia.

Destaco: “O Jeito Peter Lynch de Investir”, “O Investidor Inteligente”, " Os Axiomas de Zurique" e “Pai Rico, Pai Pobre”.

Mas aqui tem vários: Livros

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Sério? Que massa… :clap:

Passando esta pandemia, marcamos algo… Provavelmente você é Baêa tb, por causa do Super Homem na imagem de perfil.

@sr_fouquet, realmente esta pergunta é excelente! Amanhã respondo ela com mais calma. :blush:

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Pronto, a gente toma uma. Aliás, ganhamos suado ontem com Luiz Otávio falhando DE NOVO. E que Conti já volte no próximo jogo.

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Pergunta: como funcionário do BB, como você vê a tese de investimento no banco, a possível ingerência do governo e a perda de espaço dos grandes bancos para as fintechs?

PS: já trabalhei no BB, na época a minha gerente me recomendou sair de lá e ir pra Caixa pois pagava mais. rs

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Essa conta do salário tem que ser feita com calma.

Se você tem esposa e filhos, a Cassi é uma “parte do salário” que muita gente esquece. Pelo menos aqui na Bahia a Cassi é um bom plano de saúde. Não sei em outros estados.

Até mesmo as vantagens oferecidas pela Previ precisam entrar na conta. Mas a entrevista é com o Fábio, então vou me calar. :rofl:

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Sobre a Cassi: Tenho uma sobrinha que embora tenha nascido no MS o pai dela é lá do Oeste baiano e ela foi criada por lá. Tem até sutaque e baianês. Pelas tramas do destino ela vive, hoje, na mesma cidade que eu aqui no Noroeste Paulista. Ela tem essa (ou esse) Cassi, elogia muito e usa muito também.

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Exato! Você também se interessa?

Eu não sou ainda espírita, nasci e virei (“fui virado”) católico como a maioria das pessoas nesta época.

Já o Espiritismo me atrai principalmente por causa de seus princípios, pela aproximação da fé com a razão, da Ciência com a Religião: Deus é a Inteligência Suprema. Mas, não quero me estender nisto, o que queria é só demonstrar como isto é polêmico, pra maioria: fé e razão não devem se misturar, você deve crer independente de poder provar; já Kardec: e se Deus for a razão?

Eu discordo muito desta sua primeira frase destacada (se fosse assim estaríamos tão melhor…), mas entendi o que você quis dizer… :blush:

Eu acredito que nossos valores influenciam muito a gente de todas as formas, mesmo que inconscientemente. Apesar disto, tento separar estes conflitos de valores com as decisões que tomo quanto aos investimentos. A não ser quando eu acredito que a minha maneira de pensar vai afetar os negócios da empresa no longo prazo, por exemplo: a indústria do petróleo, na minha opinião, tem uma curva de crescimento que tende a desacelerar nos próximos anos.

Resumidamente, em geral, eu acredito que devemos separar a Pessoa Jurídica das Pessoas Físicas e, no fundo, os conflitos de valores estão ligados aos atos das pessoas físicas.

Pra concluir, usando alguns fundamentos do Espiritismo:

  • Não acredito num Deus punitivo e vingativo, mas acredito em plantar o bem para colher o bem;

  • Religião e educação não devem se misturar;

  • “…Um dia as pessoas vão deixar de jogar pedras umas nas outras por causa de crenças…”, (pena que não vai ser hoje… e nem amanhã!)

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Poderia citar:

1 - Tá barata demais. No início da pandemia eu havia comprado Santander, que subiu muito mais que o BB, então eu aproveitei esta “discrepância”, vendi Santander e comprei BB;
2 - É o Banco do Agro, com uma carteira sólida e com enorme geração de lucro. Então, seria um investimento “conservador”;
3 - Não vejo as fintechs como ameaça aos bancões, muito pelo contrário, os bancões estão se aproveitando destas para se tornarem cada dia mais enxutos e ágeis. O que está acontecendo é que mar calmo não faz marinheiro bom, por exemplo: com toda esta alta em Renda Variável tá todo mundo ganhando muito e ignorando muitos riscos. Muitos comparam os bancões com navios cheios de furos nos cascos e eu comparo as fintechs com pequenas lanchas muito mais ágeis. Hoje a maré tá favorável, com o Banco Central favorecendo as fintechs e agindo como startup com o pix, pix parcelado e etc. Mas não dá pra ficar no litoral o tempo todo e quando for necessário atravessar o oceano vai vim uma tempestade e vai ter um monte de lancha despedaçada que servirá apenas para cobrir os furos dos cascos dos navios. Aproximadamente: o BB vale 100 bi e lucra por dia o dobro que o BIDI11 lucra por ano, que vale 50 bi.
4 - Comprei BBAS3 quando o André Brandão era o presidente… :blush:

No geral, ela está certa… Mas a Cassi é um ponto bem positivo, como citado por Ricardo e João. Apesar disto, eu gosto do que faço.

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Creio que temos pontos de vista parecidos então, conforme também havia respondido a essa pergunta. Bom ver uma opinião corroborando a nossa.

Quanto a pergunta que você me fez, não vou tornar esta a minha entrevista, então poderia responder que estudei boa parte da história e literatura espíritas, assim como de outras religiôes, e me interessei pois muitos pontos desafiaram a lógica preconcebida, a inteligência suprema (ou primitiva) como natureza do universo é uma delas, mas é uma discussão filosófica. Nunca entrei, porém, no campo doutrinário, na prática em si do espiritismo. Mas também não fiz isso com nenhuma religião. As igrejas que visitei e visito são sempre pela beleza do lugar e do evento das pessoas reunidas. Já falei demais.

Um abs

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