ML abaixo de 5% aplico um desconto de -40% no preço alvo.
É uma limitação da ferramenta. Nestes caso de baixa ML o melhor a fazer é dar preferência p/ o FCD.
Empresa GGBR3
Cotação atual 11,46
Preço alvo pelo PSBe esta em 27,45 com potencial de crescimento de 140%
Pelo FCD, utilizando uma taxa de crescimento de 8% ano, p/ os próximos 5 anos,
com 9% de taxa de desconto, chego a um valor de 28,58
Na cotação atual, e considerando uma perpetuidade de 0, o mercado esta precificando pelo
FCD um crescimento anual de -6% p/ os próximos 5 anos.
A Gerdau tem um beta elevado, portanto grandes altas e grandes quedas não surpreendem muito. Estava vendo os números, fiquei surpreso com a melhora nas margens. A cada 500 anos há um alinhamento dos astros em que todos os segmentos da empresa e custos se alinham para gerar um grande lucro e fazer dela uma boa oportunidade de investimento. Vou observar até onde isso vai, mas de fora.
Entrando aos poucos… Gerdau é empresa boa, PVP baixo, historicamente bem gerida, mas em um setor cíclico (commodities). Um dia o aço sobe e a ação dispara.
Mesmo pensamento para a Suzano.
Acredito que pode ser afetada por uma conjuntura favorável, como já está sendo, sim. A guerra comercial do Trump teve como um dos primeiros inimigos o aço chinês. Não sei a que passo está o setor nestas negociações agora, mas este é o ponto principal por lá. Agora a longo prazo, é difícil calcular o dano que a China possa ter causado de forma permanente, é um carro chefe do país, representa a maior parte disparada da produção mundial e já é há tempos um setor deficitário até por lá. A ON Brasil talvez esteja finalmente respondendo ao fim da recessão (principalmente em CV) e ao dólar valorizado. Mas sobre o P/VP, a Gerdau é ao longo do tempo uma das maiores comedoras de Capex da bolsa, difícil ter um bom ROE com tanto imobilizado. Isso leva um pouco ao assunto da gestão, que sinceramente acho que é onde mora o perigo para o acionista.
Não cheguei a analisar profundamente a Gerdau, mas se ela for uma empresa de estrutura intensiva de capital se torna complicada para investir, pois empresas assim consomem muito dinheiro e ainda tem o ponto negativo de vender comodities e ser um setor cíclico. Nesse caso teria que analisar bem a gestão da empresa, pois empresas assim exigem uma gestão inovadora para obter redução de custos e margem de negociação em preços.
Não sei o motivo pelo qual o nome do meio foi omitido, mas vale destacar que o Presidente também é da família Gerdau. Nada contra empresas familiares, mas faça uma contagem por sobrenome entre os membros do conselho e tire suas conclusões.
Sinceramente, as vezes questiono esse modelo de ações ordinárias e preferenciais no Brasil, sem benefícios claros para o preferencialista. O exemplo dos Gerdau é o mais óbvio, detém 27% da empresa que detém 36% da Gerdau S.A. e têm 4/9 membros do conselho sendo da própria família.
Eu já vi várias discussões sobre esse modelo de ações preferenciais no Brasil, inclusive, as tais UNITs. Nos EUA, lá as ações preferenciais são uma espécie de bonds (dívida), onde a empresa tem que pagar uma quantidade de dividendos todos os anos para o portadores (como se fossem juros).