Mercado a termo

Pela minha experiência (XP), os dividendos são pagos na data normal em que seriam pagos mesmo que não houvesse termo. Já li a respeito deste pagamento no final do termo, porém não sei qual a fonte que foi utilizada, pois a prática demonstra o contrário. Em relação às taxas, é isso mesmo, se você antecipar o termo pagará o valor integral combinado e não na proporção do tempo corrido. Pode-se dizer que não vale a pena antecipar, mas como os juros do termo já são bem baixos, às vezes não faz muita diferença.

1 curtida

Pagos normalmente, pelo menos na XP

2 curtidas

Meu assessor me disse que é recebido no final do termo, mas que bom que é pago normalmente. Deixei de ganhar uma bela grana em março de 2020. Se tivesse termo, hoje estaria muito bem financeiramente. Na época pensei em pegar dinheiro emprestado, mas não tive coragem.

1 curtida

@sr_fouquet e @vkjr Nos conte sobre sua experiência no mercado de termo. Quais ações você normalmente faz termo?

2 curtidas

para simplificar, a compra a termo é uma compra financiada pela corretora para compra de uma determinada ação, ou seja, se a ação estiver R$10 em um dado momento e você querer fazer o termo a sua corretora vai dar a taxa, supor 1% para 3 meses, então você pagara pelo compra da ação a termo R$11 por ação e vc tem 90 dias para quitar esse termo mas a corretora já compra na hora essa ação pra você por R$10 e joga na sua custodia, a ação é sua, e tudo que a ação pagar, seja dividendos, JCP, bonificação nesse período será seu.
Você fica devendo pra corretora R$11 por ação, se adiantar paga R$11, se pagar nos 90 dias paga R$11.
Só vale a pena antecipar se você achar que a ação já subiu demais, ex a ação vai para R$14, vc vende as ações por R$14 e paga os R$11 da corretora e pronto, termo antecipado e lucro no bolso.
O risco esta na ação cair muito e você não ter o dinheiro para pagar os R$11 por ação, ex a ação cai para R$9, para quitar o termo vc tem que vender a R$9 e pagar R$11 para corretora, o problema ai esta em alavancagem, muita gente compra a termo muito mais que pode pagar confiando que a ação não vai cair.
Se você tiver os R$11 em dinheiro por ação você não precisa vender a ação para quitar o termo, basta deixar como saldo na conta da corretora e avisar que você quer quitar com o saldo.
Lembrando que a maioria das corretoras também cobra tabela bovespa 0,5% sobre o valor da operação para quitar o termo, sei que a clear, necton cobram. A clear não cobra corretagem mas a tabela bovespa ela n perdoa

7 curtidas

A estratégia do @vkjr é diferente da minha e interessante de comentar, talvez ele pudesse falar um pouco, pois sei que trabalha com uma alavancagem maior.

Eu costumo usar em cima do que sei que irei receber, ou tenho razoável certeza. Não importa muito a ação, mas geralmente as mais descontadas combinam com prazos mais longos.

Exemplo de há poucos dias, tenho um aporte de mais ou menos 4% para junho e sei que ao longo do ano devo receber cerca de 3% de dividendos pelo menos. Então comprometi esses 4% e coloquei mais cerca de 1,5% para o próximo ano, aproveitei para encaixar aí as dividendeiras que provavelmente pagam por si só o custo do financiamento: BBDC, BBSE, PSSA. Como tenho 3% de caixa, estou em situação bem confortável a meu ver. 4% no ativo e no passivo. 3% em caixa e 1,5% a pagar em 12 meses sendo que a geração de caixa deve ser duas vezes isso. Há espaço para alavancar mais um pouco ainda, mas vamos ver se há oportunidades. Isso sobre 75% do capital, 25% está em ouro. Então sigo uma linha bem conservadora.

3 curtidas

Manualzinho da B3:

http://www.b3.com.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?fileId=8AE490CA6F165E34016F1ED5F8DB3CBA

2 curtidas

Olá! Não sou especialista no tema, mas acabei desenvolvendo uma técnica que tem me dado muito retorno.

  1. Na minha carteira a vista, tenho apenas papeis que hoje servem como garantia, são sólidos e pagam dividendos. Todos eu aguentaria levar para LP sem maiores preocupações com cotação (se cair, compro mais - se subir demais, penso em trocar). Utilizo esses papeis como garantia para compra a termo.

  2. Compra a termo para exercer: nesse caso, parecido com @sr_fouquet: são papeis que pretendo exercer, mas não necessariamente eu sei se terei os recursos no vencimento. Se não tiver, prorrogo no vencimento. Eu tenho uma meta de composição de carteira, e utilizo essa estratégia para garantir papeis que vejo a cotação barata e não quero perder a cotação (bons papeis, mas com maior volatilidade - ex: WIZS3 - paga dividendos, confio na perenidade, bom preço, mas que oscila muito - pode estourar a qualquer momento).

  3. Compra a termo para valorização ou incubadora: são papeis que vejo oportunidade de valorização, mas que não quero exercer. Vou comprando aos poucos. Ex: quero ter 500 de FHER3. Começo comprando 90. Se chegar nos 110, compro mais 110 (220 no total, com sobra de 20). Se chegar nos 250, compro mais 250 e largo até o objetivo de valorização final ou até o vencimento. Se cair ao ponto de zerar meus ganhos, stop loss.

Nessa mesma categoria, deixo alguns papeis que penso em manter para LP, mas ainda não estou 100% confortável. Na dúvida, compro pensando na estratégia de valorização. Porém, se o papel ganhar minha confiança, ele é promovido à categoria 2 (termo para ser exercido).

Outro ponto importante: monto essa categoria de termo para valorização aos poucos: conforme vou acumulando lucro, vou abrindo novas posições de papeis, e sempre olho a carteira de forma macro. Qualquer sinal de perigo, vendo tudo (até por isso raramente tenho termo por período de vencimento acima de 3 meses).

Qualquer dívida, só perguntar. Tenho tido sucesso bem relevante com a estratégia. Mas sou muito organizado e sigo bem as minhas regras. Quem apenas opera sem objetivos de longo prazo, não recomendo. Para dar errado, basta um vacilo.

6 curtidas

PM para cima? Vai comprando a cada tipo 20%?

2 curtidas

No caso se vc comprou 90 e caiu, qual o seu critério de stop loss?

1 curtida

Muito bom, @vkjr!

1 curtida

Sim. Preco medio para cima não é o padrão das pessoas, mas para mim foi o que funcionou em papeis de maior risco, onde vc não esta ancorado totalmente pelos fundamentos.

4 curtidas

Boa pergunta. Daí não deixo a decisão fixa, vou olhando caso a caso, mas o que prevalece é uma visão da carteira como um todo: tenho outros papéis com ganhos superiores? Então mico mais tolerante.

Obviamente, pesa muito a minha confiança no papel e eventuais gatilhos que estão por vir.

Importante dizer que sempre estou me questionando e fazendo ajustes finos nos meus critérios.

Minha regra número 1 é não perder dinheiro, e a número 2 é olhar a regra número 1. Sei que essa é velha, mas realmente tenho obsessão em não perder. Quase sempre peco por vender cedo demais.

5 curtidas

Alguém sabe como declara contratos em aberto de termo no IR? Vi que na guia Bens e Direitos o código é o 47 mas fico com dúvida quanto o valor a declarar já que é na prática uma dívida.

1 curtida

Não sei se existe alguma instrução específica da receita quanto a isso, então talvez alguém da área possa iluminar com precisão, eu sigo a seguinte interpretação: na última Instrução Normativa está o seguinte:

Art. 62. Nos mercados a termo, o ganho líquido será constituído:

I - no caso do comprador, pela diferença positiva entre o valor da venda à vista do ativo na data da liquidação do contrato a termo e o preço nele estabelecido;

II - no caso do vendedor descoberto, pela diferença positiva entre o preço estabelecido no contrato a termo e o preço da compra à vista do ativo para a liquidação daquele contrato;

O valor do termo portanto é dado, ou subentendido, pela diferença do valor a vista acordado, seja você comprador ou vendedor.

Entendo portanto que você deve reconhecer todo o valor a vista do termo que possui. Se são ações compradas a termo, você deve declarar normalmente junto com as demais ações. Então você deve ir em Dívidas e Ônus reais, e declarar qual o seu saldo devedor. Eu uso o código 16, que é Outras Dívidas e Ônus Reais.

Declarando o valor integral deixa o seu balanço bem transparente, então na minha opinião reduz a possibilidade de algum questionamento futuro. Mas confesso que se você buscar um paralelo com o relatório das empresas da bolsa, essas informações estarão ocultas nas notas explicativas.

2 curtidas

sobre termo…
“O termo é um contrato de compromisso de compra de um papel no futuro, a um determinado preço, com a expectativa de que, no vencimento, o preço do ativo esteja maior que o preço de compra a termo (visão de quem está comprado no termo). Quem está vendido no termo utiliza essa estratégia como uma forma de rentabilizar o caixa acima do CDI, pois quando o player vende o ativo objeto a termo, também compra o ativo, na mesma quantidade, no mercado a vista, caso não possua, zerando o risco da operação e garantindo a taxa a termo (diferença entre o preço de compra do ativo e o preço firmado a termo).
Logo, se muitos players estão “termando” um ativo específico, pode ser um indicativo de que temos muitos investidores esperando uma alta do papel, haja vista que quanto maior for a demanda pelo termo, maior será a demanda pelo papel a vista, uma vez que o vendedor do termo precisa comprar o ativo no mercado a vista para zerar o risco da operação e garantir a taxa.”

1 curtida