De acordo com a matéria:
“Acreditamos que o prejuízo apresentado no trimestre vá estar na capa dos jornais ao longo do dia. Entretanto, pedimos para que os acionistas da empresa não se preocupem tendo em vista a natureza desse prejuízo”, avalia a Genial Investimentos em relatório.
Como acionista eu me preocupo sim, e muito. O primeiro resultado negativo desde o terceiro trimestre de 2020, auge da pandemia que causou a maior queda de demanda da história de forma instantanea, e quando Rússia e Arábia Saudita travavam uma guerra comercial para ver quem vendia petróleo mais barato o que causou pela primeira vez na história os contratos futuros do WTI negociarem com valores negativos (abaixo de 0).
Os dois eventos não-recorrentes citados pela reportagem não são tão “não-recorrentes” como a matéria diz.
Primeiro que a obsessão arrecadatória do atual governo praticamente obrigou a empresa a fazer o acordo com o CARF.
Segundo que “marcação a mercado da dívida da empresa (que é parcialmente dolarizada) devido a expressiva desvalorização do real ao longo do trimestre” nunca foi e nunca será um evento não-recorrente, e que na minha opinião também é grande parte causada pelo atual governo através do risco fiscal.