PETR4 - Petrobrás

Petrobras anuncia aumento do preço da gasolina e do diesel
O aumento na gasolina será de 8,1%, em média, enquanto o óleo diesel subirá 9,5%

SÃO PAULO - A Petrobras (PETR3; PETR4) informou na noite desta segunda-feira (5) que vai subir o preço dos combustíveis nas refinarias, para que fiquem mais alinhados com os preços no exterior. O aumento na gasolina será de 8,1%, em média, enquanto o óleo diesel subirá 9,5%. A mudança entra em vigor nesta terça-feira.

Segundo a companhia, as principais variáveis que explicam a decisão são o aumento observado nos preços do petróleo e derivados e desvalorização da taxa de câmbio no período recente. “Por outro lado, a participação da Petrobras no mercado interno de diesel registrou pequenos sinais de recuperação”, disse a estatal em comunicado.

Se esse reajuste for repassado ao consumidor integralmente, a gasolina pode subir 3,4%, ou R$ 0,12 por litro e o diesel pode ficar 5,5% ou cerca de R$ 0,17 por litro mais barato, calcula a estatal.

A estatal havia anunciado duas vezes queda nos preços para as refinarias - em 14 de outubro e em 8 de novembro. Porém, em muitos estados os preços nas bombas subiram em vez de cair.

Para blindar a Petrobras, temos que privatizar
Adriano Pires

Em sua vasta maioria, os investidores estão satisfeitos com a gestão de Pedro Parente no comando da Petrobras. Nada mais justo: a estatal foi dizimada nos governos do PT e Parente está tomando as medidas certas para recuperar a empresa.

A gestão atual anunciou uma nova política de preços e deixou claro que a gasolina e o diesel nunca mais ficarão abaixo da paridade do mercado internacional. Além disso, Parente e seu time estão executando com obstinação um Plano de Desinvestimentos ambicioso, que prevê a venda de US$ 15 bilhões até o final deste ano e mais US$ 19 bilhões até o final de 2019.

Já foram vendidos a rede de gasodutos do Sudeste, a Liquigás e o campo de Carcará, no pré-sal. A lista de desinvestimentos inclui ainda a BR Distribuidora, refinarias e outros campos de petróleo. Ou seja: a atual direção da empresa está derrubando mitos e focando a Petrobras em explorar e produzir petróleo e gás natural no pré-sal. Isso sem falar na redução do quadro de funcionários da empresa, bem como o corte de inúmeras gratificações criadas sem nenhum sentido nos governos anteriores.

Não resta dúvida de que o caminho é o correto. Mas será que isso basta para blindar definitivamente a Petrobras de novos assaltos como os que estão sendo exaustivamente revelados pela Operação Lava Jato?

Como ficará a Petrobras depois de Pedro Parente? A atual direção será capaz de implantar uma governança que blinde a empresa contra futuros governos populistas — e contra o interesse fisiológico dos partidos, que se tornou uma parte — integral e inaceitável — da cultura política brasileira? Aliás, será que a Lava Jato existe por insuficiência de governança nas estatais, ou o buraco é mais embaixo?

Hoje, o clima de ninguém-aguenta-mais instalado no País ajuda Pedro Parente a gerir a Petrobras de forma racional e profissional. Os partidos políticos — acuados pela Lava Jato e fiscalizados pela imprensa — se viram obrigados a se distanciar da estatal, permitindo que a atual gestão tenha tranquilidade para tomar decisões empresariais, respeitando o mercado e os acionistas minoritários.

Mas isso basta? O que acontecerá quando a Petrobras, reduzida e reequilibrada, sair das manchetes dos jornais e do foco da Lava Jato? Os ratos voltarão a ocupar o convés do navio? Aquela ‘diretoria que fura poço’ voltará a ser moeda de troca no ‘presidencialismo parlamentar’ brasileiro?

O Brasil precisa ter coragem de discutir a verdadeira solução — a blindagem perfeita — que é a privatização da Petrobras.

Criticar o gigantismo da Petrobras sempre foi um pecado capital no Brasil. Quem o fazia era visto como 'vendilhão da Pátria’. Mas depois do que os políticos e administradores fizeram com a empresa, forçando sua migração da seção de economia para as páginas policiais, essa percepção já começa a mudar. Historicamente, poucas pessoas de relevo no cenário nacional ousaram criticar a empresa. O jornalista Paulo Francis e o economista Roberto Campos foram, com certeza, os críticos mais enfáticos e espirituosos do papel da Petrobras e de como ela fez mal ao Brasil — em que pese a fanfarronice ufanista, populista e demagógica em torno do ‘orgulho nacional’.

Ao defender privatização, Francis dizia que a Petrobras "é uma excrescência arcaica e nos custa os olhos da cara.” Noutra tirada, profetizou: “Lula nos coloca ‘au niveau’ de Cuba e Nicarágua. (…) Lula quer o Estado em tudo, com a Petrobras falida…”

Roberto Campos afirmava: "a privatização não é uma opção acidental nem coisa postergável, como pensam políticos irrealistas e burocratas corporativistas.” Como se sabe, Campos é o autor da melhor definição da diferença entre uma empresa privada e uma pública: a primeira, dizia ele, é controlada pelo governo; a última, por ninguém.

Se não queremos mais correr o risco de descobrir — com novas Lava Jatos — os novos assaltos que virão na Petrobras daqui a alguns anos, precisamos discutir com serenidade e responsabilidade a privatização da empresa, da mesma forma que ocorreu com a Vale e a Telebrás. Se essas duas gigantes ainda fossem estatais, alguém se arrisca a chutar qual seria o tamanho da Lava Jato hoje?

O velho discurso de que ‘o petróleo é estratégico’ provou-se ao longo do tempo um biombo vagabundo para as transações mais pornográficas envolvendo o dinheiro público: o aluguel de diretorias a partidos mercantilistas e os superfaturamentos que cobriram primeiras-damas de diamantes enquanto arrombavam o Tesouro.

Como pode alguém que se diz ‘de esquerda’ ainda ser a favor desta farsa?

Um País pode ter conservadores e liberais, direita e esquerda, mas a causa republicana é a que deveria nos unir, e a história mostra que a existência de um gigante estatal como a Petrobras serve apenas aos interesses mais privados e antirrepublicanos.

Esta discussão tem que estar no debate em 2018, mas desde já, o redesenho institucional do Brasil patrocinado pela Lava Jato convida a uma reflexão sobre nossas vacas sagradas: com a Petrobras estatal, você já sabe quem ganha e quem perde.

Adriano Pires é fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), uma consultoria no setor de energia. Foi superintendente da Agência Nacional do Petróleo (ANP). É economista pela UFRJ e doutor em economia industrial pela Universidade Paris XIII.

Petrobras vende fatia de áreas no pré-sal para francesa Total por US$ 2,2 bilhões
Segundo a estatal, a realização de parcerias estratégicas é uma parte importante do Plano de Negócios e Gestão 2017-2021

SÃO PAULO - A Petrobras (PETR3; PETR4) informou na noite desta quarta-feira (21) que assinou com a empresa francesa Total um acordo de colaboração relacionado à Parceria Estratégica estabelecida em outubro deste ano. A transação tem o valor total estimado de US$ 2,2 bilhões.

Segundo a estatal, a realização de parcerias estratégicas é uma parte importante do Plano de Negócios e Gestão 2017-2021, pois “contribui para mitigação dos riscos, fortalecimento da governança corporativa, compartilhamento de informações, experiências e tecnologias além de melhoria na financiablilidade da Companhia através da entrada de caixa e desoneração dos investimentos”.

Segundo comunicado, a petroleira francesa terá 22,5% da área de Iara e 35% do campo de Lapa, que entrou em operação ontem. ela terá também 50% de participação nas térmicas Rômulo Almeida e Celso Furtado, na Bahia, que têm capacidade total de 322 megawatts. As duas companhias também se comprometeram a estudar sinergias em áreas exploratórias na margem equatorial brasileira e no sul da Bacia de Santos.

As empresas já são parceiras em 19 consórcios de exploração e produção no Brasil e no exterior, com projetos como a área de Libra, na camada pré-sal, sendo o primeiro projeto de partilha de produção, e áreas de exploração na Margem Equatorial, na Bacia do Espírito Santo e na Bacia de Pelotas. Além disso, elas são sócias no gasoduto Bolívia-Brasil.

Em comunicado, a Petrobras informou que com o novo acordo, as duas empresas elevam substancialmente o nível de cooperação tecnológica nas áreas de geociências, sistemas submarinos e estudos conjuntos em áreas de mútuo interesse, visando à redução de riscos dos investimentos e aumento da probabilidade de sucesso exploratório nos próximos anos.

A Petrobras ainda informou que a assinatura dos principais contratos de compra e venda referentes aos ativos deste acordo estão sujeitos às aprovações internas e dos órgãos de controle e fiscalizadores externos, incluindo o TCU (Tribunal de Contas da União). As duas empresas se comprometeram a realizar os esforços necessários para a assinatura de todos os contratos em até 60 dias.

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Boa noite a todos.
Estou sempre por aqui mas posto pouco por julgar não ter experiência suficiente…
Tenho uma dúvida; na verdade gostaria de saber a opinião dos usuários, sem almejar indicações, sobre a PETR3 num cenário próximo.
Tenho um fundo de ações FGTS que possui basicamente a PETR3 e minha pergunta a vocês é: permaneceriam no fundo, acreditando que a ação valorizará, ou efetuariam o resgate?
Sempre leio informações e notícias da empresa e, geralmente, elas me fazem acreditar em uma valorização.
Obrigado a todos pelas respostas, se possível.

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Resgate. Infelizmente Petrobrás é uma empresa estatal, e já foi usada demais no passado p/ interesses políticos. Quem garante que no futuro isto não voltará a ocorrer?

Agora se um presidente com uma agenda mais liberal na economia ganhar, aí a Petrobrás pode deslanchar nos próximos anos.

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Comentário da Suno Research sobre o resultado da Petrobras
Radar Do Mercado: Petrobras (PETR4) – Resultados Trimestrais Impactados Por Efeitos Atípicos

Bom passo…

Será que se recupera rápido dessa queda ?

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http://www.infomoney.com.br/petrobras/noticia/7435988/petrobras-desaba-mais-nova-york-apos-corte-diesel-sinaliza-queda

Petrobras: um por todos… e cada um por si
Geraldo Samor

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Já encheram seus tanques? jaja vira Mad Max
o negócio é estocar fubá e leite e deixar o pau torar haha…

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Comprei a 27 no inicio da semana, ainda bem que foi pouco, aguardar ai os proximos dias pra ver no que da,

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Acho que atualmente a única análise que funciona pra Petrobrás é a sentimentalista.

Na economia brasileira desde 1997 falou-se em proibir a dolarização (lembro que até imóveis, terrenos os vendedores anunciavam em dolares para vender em reais). Será que isso acabou? Ou o atual Pedro Parente (que preside a estatal Petrobrás) esta trazendo novamente uma economia nacional brasileira dolarizada? Se virar moda ferrou o usd vai acima dos R$ 4,50 e rápido

http://www.infomoney.com.br/petrobras/noticia/7454600/confira-integra-carta-demissao-pedro-parente-petrobras