PLPL3 - Plano & Plano

PLPL3 - Resultados de 2020

Não conhecia a empresa, por indicação do @fabio_barbosa fui dar uma olhada.
De primeira não gostei do nome rs, parece vindo de um programa do governo. O publico alvo é o segmento de baixa renda, na mesma linha da Tenda, então talvez por conta disso um nome tão “popular”. Ela não é uma construtora, a empresa atua na incorporação e comercialização de empreendimentos imobiliários, o que explica ela rodar com um PL menor (ROE e P/VP elevados).

A empresa conseguiu crescer sua receita liquida, passando de 718M em 2019 para 900M em 2020. O resultado operacional tb evoluiu, indo de 116M em 2019 para 150M em 2020. Com isso o lucro liquido subiu de 102M em 2019 para 132M em 2020.

A empresa tem um grande potencial de crescimento, acredito que neste quesito esteja bem a frente da Tenda, mas por conta do segmento de baixa renda, muito dependente do programa do governo, vejo outras construtoras com uma relação risco x retorno superior.

plpl

Outro detalhe, foi mais uma empresa do setor que já está sendo negociada com um bom desconto frente ao IPO recente:

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Pra mim é de longe a Incorporadora mais barata.
Negocia a <7x lucros 2021E, uma empresa que tem ROE histórico na faixa de 100% e um excelente crescimento.
Com esse crescimento e ROE acredito que deveria negociar no mínimo na faixa das 12/13x lucros. Vejo potencial de mais de 80% de alta aqui.

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Muito obrigado @cadu pela sua análise… Eu também não gostei nada do nome! :rofl:

Muito boa a sua observação para explicar o P/VP elevado.

Eu também cheguei numa conclusão parecida com a sua, mas eu acrescentaria também 2 fatores que podem favorecer ela (serviria para a Tenda também) em relação às empresas de alta renda:

1 - Da mesma forma que a queda brutal da SELIC não afetou totalmente os juros do financiamento imobiliário para a baixa renda, a possível alta da SELIC deve gerar um aumento menor nas taxas de juros deste segmento;
2 - O preço dos alugueis tem pressão “altista” e isto é um importante fator decisório para a compra nas classes mais baixas. Na verdade as pessoas geralmente preferem pagar prestações de financiamento ao invés de aluguel sempre que possível.

Contudo, acrescentaria também 1 fator negativo:

1 - O nível de emprego tende a ser importante para impulsionar o crédito imobiliário e um possível aumento do desemprego formal pode pressionar as vendas de imóveis populares.

Na minha opinião o segmento de alta renda pode sofrer mais caso a tendência de alta da SELIC se concretize, isto não somente pelo aumento dos juros do financiamento mas também porque o investimento em imóvel fica menos atrativo em relação à Renda Fixa. Se bem que, pelo histórico, nada parece abalar a Eztec e a Trisul já tem grande desconto na cotação atual.

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Excelentes colocações. Esta acima não tinha pensado, e faz total sentido.

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Sigo comprado e confiante.

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sabiam que o safra tem posicao boa num dos fundos small caps dela?

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Relatório da XP. Ainda vou ler.

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2T21
Correndo olho, vendendo tá, mas despesas operacionais subiram bem (espero que seja pontual como está noticiado no release) e margem deu uma diminuída (essa já esperada por conta do aumento vertiginoso do custo da construção). Gosto da empresa, mas infelizmente fui stopado essa semana com a derrocada da cotação do papel. Sigo acompanhando e se for o caso retorno. Minhas maiores preocupações no setor: taxas de juros subindo, custos da construção subindo (aperto nas margens), poder de compra diminuindo por conta da inflação, maiores dificuldades para financiamento e consequente incremento dos distratos).

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Acompanho bastante o papel e fui comprando nos últimos meses. Hoje, pós call de 2T21, tenho uma visão menos otimista que tinha de upside para o papel. Vou tentar sumarizar alguns pontos da minha análise aqui.

Olhando para o incremento de custos, o aumento de custos de imóveis + serviços de 76,7% 1S21/20 foi superior a de pares de mercado, como a Cury. Entendo que há o impacto INCC sobre os custos de materiais, principalmente o aço, mas a pancada em PLPL3 parece ter sido mais dura.

Somado a isso, temos um aumento substancial nas despesas SG&A, puxado por um marketing muito caro - a despesa do 2T21 foi recorde, até onde vi, mas segundo o release a despesa para a campanha 2021 já se concentra neste tri. Despesas com venda também dispararam tanto no 1S20x1S21 como no 1T21x2T21. Segundo o release e o management no call, isso foi necessário para reforçar a equipe de vendas num contexto de vendas presenciais (e até faz sentido, imaginando que eles tenham diminuído equipe física durante vendas remotas em 2020) e não deve crescer substancialmente para os próximos tris, o que não é de todo ruim e se dilui à medida que a receita aumenta. No call, eles mencionaram que criaram uma equipe de venda de ~50 funcs CLT com a ideia de diminuir o custo de aquisição por cliente versus corretores ‘normais’, mas que podem rever isso se der errado. Em um dia com o papel caindo 6,5% (até o momento), demonstrar insegurança numa medida cara não ajudou muito.

Em relação à recuperação de margem, a resposta do management foi que a retomada a patamares de 2020 vai ser gradual, pq ainda estimam mais um pouco de estresse de custos por causa do INCC. Falaram que pretendem partir de volta pro segmento média-baixa renda, mas não souberam precisar quantos % da carteira (‘entre 20-30%’), deram um cheiro de margem (‘um pouco maior que o MCMV, pq esse público é mais elástico que MCMV’), nem disseram se alguma parte do landbank já estava adequada a esse perfil ou se seriam necessárias novas aquisições (como a PL faz a maior parte dos deals via permuta, não acho tão preocupante). Deu a impressão que existe uma ideia, mas ainda falta planejamento e plano de ação claro para lidar com a situação atual.

Por fim, algumas coisas no balanço me preocupam:

  1. Pro soluto aumentou de R$ 18 mi no 4T20 para R$ 46 mi, 150% de aumento enquanto a receita entre esses trimestres cresceu 21%. A inadimplência permanece estável em ~2%, mas acho um sinal de que a companhia, que era conservadora nisso, começou a flexibilizar para tentar vender.

  2. Dívida: metade da dívida com a Caixa é 126% CDI e as debêntures são 100% CDI + 2,5%. Não sei se, no momento da tomada da dívida, havia esse cenário de inflação x curva de juros que se desenha, mas parece uma tempestade perfeita - INCC bombando, BACEN aumenta juros e até haver efeitos na inflação (principalmente com eleição ano que vem e política fiscal duvidosa), PLPL3 perde margem na ponta de inflação e apanha nos juros. No cronograma de dívida, 2021 me parece ter algum tipo de carência, mas a partir de 2022 e principalmente em 2023, ano que parece crítico em termos de curva de juros, há a maior parte do valor de amortização do principal + juros a ser pago. Imagino que a Companhia cresça e gere caixa suficiente até lá, mas é um ponto de atenção.

Já que todo azar ainda é pouco, ainda há uma ADI no STF que pretende corrigir o saldo do FGTS não pela TR mas pelo IPCA, o que em tese encareceria programas de financiamento imobiliário suportados pelo Governo, como o Casa Verde e Amarela (https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,mudanca-na-correcao-das-contas-do-fgts-pode-ter-impacto-r-401-bilhoes,70003753815). Não está na pauta de 2021, mas se entrar na pauta de 2022, com o cenário de inflação e juros que se desenha, pode ser mais um peso na margem.

Dito isso, continuo comprado a um PM de R$ 6 e espero que esse DRI (que tem 20% da empresa kkkk) passe a se comunicar bem com o mercado e contar os planos, mostrar projeções.

Se ficar do jeito que tá eu vou terminar o ano insolvente!!!

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Belo resumo.

Eu assumi um preju em PLPL3 e saí. Achei horroroso, sem perspectiva e não tem nem margem pra fingir que dá pra comprar pelo VP. Simplesmente aceitei a perda e saí. Duríssimo. Só acertei mesmo DIRR3 nesse setor. Gafisa eu saí no 0 x 0 praticamente e plpl3 eu tomei bonito.

Honestamente, se for pra se expor ao suposto “boom” da construção que pode nem acontecer mais, melhor ir pra Unicasa.

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Faz sentido - eu considero fortemente sair, porque com um PM de 6 com um papel a R$ 4 eu preciso de uma bela esticada nas margens para voltar ao 0x0.

Eu gostava (ainda gosto) do histórico da empresa, do fato do management estar muito comprado em ações, de ter a Cyrela ali como sócia, mas esse call e resultado de sexta foram tenebrosos. Por mais que dissessem que é algo pontual, o cenário macro não depende da companhia, e eles não conseguiram justificar claramente o que aconteceu nem o que pretendem fazer. To criando coragem pra criar esse prejuízo acumulado e seguir em frente.

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révia Operacional 3T21

PLANO&PLANO SUPERA R$ 1,0 BILHÃO EM VENDAS LÍQUIDAS
E CRESCE MAIS DE 73% NO ANO DE 2021

São Paulo, 08 de outubro de 2021 - A Plano&Plano Desenvolvimento Imobiliário S.A (B3: PLPL3), comunica a prévia de seus resultados operacionais do 3º trimestre de 2021 (3T21), em comparação ao mesmo período de 2020 (3T20). Os dados divulgados nesta prévia estão sujeitos à revisão da auditoria e eventual alteração.

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2T22

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