Tópico sobre fundos de previdência privada (PGBL/VGBL, regressivo/progressivo).
Alguém faz esse tipo de aplicação?
Meu objetivo em investir em fundos de previdência (além do benefício tributário, óbvio) é:
tentar descorrelacionar a minha carteira;
controlar o aspecto emocional (teoria das finanças comportamentais);
delegar parte dos meus investimentos a gestoras qualificadas;
reduzir o meu tempo de estudo de empresas com o passar dos anos.
A % investida em fundos de previdência ainda é bem baixa em relação ao meu patrimônio total.
E como estamos em dezembro, começo a direcionar a aplicação do ano. Tento alternar, ano a ano, a aplicação entre fundos ativos e fundos que replicam índices com taxa de adm bem baixa. E para 2022, é fundo ativo. Provavelmente será em algum desses fundos abaixo:
Real Investor 100 Icatu Prev Qualificado FIC FIA;
Trígono Icatu 100 FIA Prev;
Forpus 100 Icatu Prev FICFIA.
O que acham de fundos de previdência?
Conhecem esses fundos selecionados? O que acham? Possuem outras sugestões?
Acho que fundo de previdência é furada de forma geral. A grande maioria você vai pagar até 2% de taxa de adm pra perder pra CDI ou IPCA, e quando o Ibovespa sobe bem, o fundo não acompanha nem de perto.
Desses aí, ficaria com a Trígono.
Em geral, Fundos de previdência privada é o pior investimento que existe, pois gera baixa rentabilidade por décadas a fio.
Existem sim fundos com vantagens, mas garimpá-los é obra para profissionais, que entendem bem do assunto.
Tem um capítulo do livro “Adeus Aposentadoria” que trata de previdencia: vantagens, desvantagens, qual tipo é melhor. Se tiver oportunidade, a leitura vale a pena.
Eu já li o livro 2x e sempre chego a mesma conclusão. Fundos de previdência é furada.
Previdência privada, de modo geral, no Lisarb, eu acho furada. Nunca fiz. Agora que já estou aposentado e com 64 de idade, aí é que não penso em fazer, mesmo.
Não é.
A ideia aqui não é contar com “aposentadoria privada”, mas sim se aproveitar do benefício tributário de um PGBL.
Os fundos de previdência privada oferecidos pelo governo e outros empregadores constumam ser furadas, mas a ideia do PGBL em si é muito boa.
O fundo que eu escolhi foi a “Bogle Prev”.
É para investidor qualificado (o que eu resolvi mentindo).
O investimento é 40% em WRLD11, 49% em inflação longa e 11% em CDI. Acho o carrego + benefício tributário de uma composição assim bastante atraente.
Eu tenho também um outro da ICATU que é de renda fixa e tem com objetivo bater oCDI. Não lembro qual é, mas tá disponível no Inter.
Pessoal não faz as contas direito, mas a ideia de poder pegar de volta boa parte da grana na declaração do IRPF, se reinvestido, vale muito a pena. Você pode abater 12% da sua receita anual. É muita coisa.
Edit:
Um detalhe importante da Bogle Prev (Empiricus Global Real Return):
Edit 2:
A BoglePrev está disponível também no BTG. Inclusive, recomendo pegar por lá, se curtir. E eu não ganho nada indicando, pra que fique claro. Eu apenas acho realmente uma baita opção e aposto que vai ganhar de quase tudo no longo prazo.
Entendo poico do assunto, mas vi recentemente uma discussão interessante. Uma das vantagens da previdência privada era não entrar em inventário em caso de morte, fugindo do imposto sobre herança. Mas me parece que derrubaram isso na justiça e agora não vale mais. Alguém sabe algo a respeito?
A jurisprudência é dividida sobre PGBL. Eu não estou tão atualizado sobre o assunto. Eu acho que o entendimento predominante é que o PGBL integra sim a herança.
VGBL, até onde eu sei, não entra na herança por se tratar de um “seguro”.
Artigo 23 da Lei Estadual nº 7.174/2015 que prevê a incidência de ITD sobre valores oriundos de planos de previdência complementar (PGBL e VGBL). PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) que tem a natureza de aplicação financeira. Precedente do STJ. Dessa forma, no momento da morte de seu titular há fato gerador do ITCMD, pois haverá transmissão de direitos aos herdeiros ou beneficiários, não se verificando a inconstitucionalidade de sua incidência. VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) que tem a natureza de seguro, não estando, assim, incluído no acervo hereditário.
Antes de começar os investimentos, tive algumas previdências privadas, por falta de conhecimento, mas sempre buscando aproveitar do benefício do IR, no tocante aos planos PGBL.
Hoje resolvi fazer uma pra minha esposa que é profissional liberal, justamente pelo benefício do IR.
No meu caso, como empregado CAIXA temos acesso ao plano de previdência da FUNCEF, já fiz alguns cálculos e, mesmo estando sujeito as más administrações, ainda vejo como vantajoso, pois a Caixa contribui com o mesmo % do contribuinte, desde que esse seja limitado a 12%. A rentabilidade acumulada nos últimos 12 meses tem sido da ordem de 13%.
Ao final do período de acumulação, como esse plano é de capitalização (diferente dos colegas mais antigos na empresa que estão mais sujeitos a ingerência na administração do plano de previdência, inclusive pagando equacionamento) posso resgatar todo o valor acumulado ou optar pela retirada de 10% e receber o saldo em forma de aposentadoria mensal….
Independente disso, continuo com os investimentos em renda variável e esse fórum tem sido fundamental para continuar firme nos aportes em renda variável, em busca da liberdade financeira.
Esses planos específicos com participação do empregador tem que fazer conta e fazer uma análise de risco x retorno. O que disponibilizam na FUNPRESP-EXE não me interessou, dada a minha faixa salarial. Além do que, eu não quero correr risco duplo de Governo. Mas não é preto no branco mesmo. Vai depender do seu salário, do quanto é a participação do empregador etc etc.
Não tem isso de “é roubada” ou “é muito bom”. Vai depender do caso a caso. O que não dá é pra desprezar sem fazer conta.
Quase todo mundo esquece do fato de que vai pegar dinheiro de volta (ou deixar de pagar) no ano seguinte. E mesmo quando levam em conta isso, não colocam os juros em cima desses valores. Lembrem-se que, em condições normais,1 real hoje, vale mais que 1 real daqui dez anos.
Se você investe por meio de fundos a previdência faz muito sentido (não deve ser o caso geral do público de um fórum de ações, mas é de 90-95% dos investidores), pois te dá a possibilidade de não pagar come-cotas, nem IR a cada mudança no portfólio. Mas fora este caso, só gosto do veículo se for o caso de fazer um PGBL e aproveitar o diferimento fiscal (dinheiro que você não teria e que fica rendendo para você) ou então para fazer algum planejamento sucessório, principalmente para quem o seguro de vida é impossível, ou uma estrutura mais robusta seja inviável (holding e afins).
Sobre fundos que perdem para cdi é só olhar nas corretoras que você vê fundos com rendimento na faixa de 110-120% do cdi com consistência e histórico longo, agora os de ações é mais complicado de analisar, a legislação mudou bastante nos últimos anos e os fundos de 5 anos para cá são muito diferentes dos mais antigos. E no mais FIAs não vão bater índice em todas as janelas, tem aqueles que acertam um ciclo econômico e depois nunca mais, e por aí vai.