BOBR4 - Bombril

Empresa com governança ruim infelizmente tem destas coisas. Balanço previsto p/ ontem, mas hoje após não divulgarem este, adiaram p/ dia 28.

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Eu vi isso, @cadu. Realmente, eu tenho ficado bem de olho na Bombril. Acredito que muita gente saiba, mas uma das coisas que Fisher e Graham falavam era que se a empresa não dá muita atenção aos acionistas, então ela não valia o investimento. Graham escreveu até um capítulo inteiro em “O investidor inteligente” só pra tratar disso.

Enfim, por enquanto, só posso dizer que tô pagando pra ver e ganhar experiência. Hehehe. Eu realmente tô ciente do que pode acontecer no longo prazo, e a minha participação nela só cai em termos de %, já que não compro mais dela.

E tô sempre grato pelas informações, pelos textos que são postados aqui, principalmente os seus. :wink:

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BOBR - 4T 17
Resultado razoável. Fechou 2017 com lucro líquido de 127M, abaixo do que tinha estimado no começo deste tópico, em 145M. Cabe ressaltar que metade deste lucro é não operacional, da venda de marcas.
A receita líquida segue sem crescer desde 2015, mas graças a uma diminuição nos custos, o lucro bruto aumentou.
De positivo as despesas financeiras vem caindo, o que traz um alívio financeiro pra empresa.
O PL negativo não se alterou em nada, como já tinha sinalizado.

De fato a empresa parece estar entrando nos trilhos, mas ainda está muito longe de ter demonstrado sucesso no seu turn around. O fato da receita líquida estar empacada há anos é preocupante, e ainda tem um elevado endividamento e baixa liquidez corrente. Por outro lado, a empresa tem conseguido cortar custos e despesas. Mas ainda é uma empresa frágil e muito dependente da economia doméstica p/ continuar viva.

Outro pto, a auditoria externa aprovou o balanço mas com diversas ressalvas, provavelmente este foi o fator que fez o balanço ser adiado. Vale a pena p/ quem está interessado ler estes itens que foram citados nas demonstração financeiras.

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Bom, o lucro estimado de 147M foi bem alto. Se pensar que a Lysoform foi vendida por 47M e o LL do 4T17 foi de 30M, o lucro dos 3 primeiros trimestres em 2017 foi um pouco maior do que 60 M (já descontando os impostos da venda marca), o que dá uma média de um pouco mais do que 20M por trimestre. O último trimestre teve um LL maior do que a média dos anteriores. Eu não sei se, no último trimestre do ano, há mais festas, e o povo compra mais detergente, “limpa coisas” etc. Pode ser por isso que o 4T17 foi melhor, mas pode ser uma tendência.
E sem contar que 47M tá bem longe de 50% do LL. Hehehe.

A RL segue sem crescer, e eu não vejo isso como preocupante já que houve LL, coisa que não acontecia há 5 anos. Eu vejo isso como ótimo, já que os custos caíram. Eu falo que a empresa tá com outra mentalidade.

E o PL negativo, na realidade, se alterou bastante. Eram -273M e agora são -146M. Talvez chegue perto de zero no final desse ano.

A liquidez corrente é preocupante mesmo. Pode acreditar: já foi pior nos últimos anos. O índice deu uma aumentada.

O ponto que me faz pensar todos os dias são essas debêntures conversíveis em ações que foram emitidas há uns 4 anos atrás. Se olhar bem, o LPA diluído é mais do que 50% menor. Em junho de 2019, mais de 60M de ações entrarão em circulação, fazendo o P/L ir pra perto de 5 (com o preço atual). Ainda é baixo, mas…

Eu tenho uma % relativamente pequena de BOBR4, e eu acredito de fato na recuperação da empresa pelos produtos que ela vende. Toda vez que vou no supermercado, eu vejo que a prateleira de Limpol fica diluída perto dos outros. O Pinho Bril é a mesma coisa. Eu não posso resumir a empresa nesses dois produtos, mas eu vejo que o modo da empresa operar é outro. E, seguindo as regras do Luis Parisotto, a Bombril é o azarão que eu escolhi.

Vou esperar o próximo trimestre. Se vier com LL próximo dos trimestres de 2017, eu acho que a Bombril vai ter entrado de vez nos trilhos.

Obs.: estou com pouco tempo nesses dias. Por um acaso, tive um tempo para reler o relatório da Bombril e escrever hoje.

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O LL foi impactado de forma não operacional em 67M, conforme consta no próprio press release da empresa. Além da venda da marca, tiveram tb impostos diferidos entre outros, que somam este montante, dando mais da metade do LL reportado, que foi de 127M.

Sobre a não mudança no PL negativo, me referia com relação do 3T 17 p/ o 4T 17, algo que o outro forista disse anteriormente que o PL no 4T 17 iria praticamente zerar.

Mas cabe ressaltar que esta conta de P/L que está fazendo é em cima de um resultado não operacional. Se contar o lucro operacional, tirando estes efeitos que inflaram o valor, o P/L em 2019 deve ficar acima de 10.

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Isto foi há um ano atrás, quando analisei e disse que a empresa não era atrativa para investir. Na época estava quase na casa dos 6 reais a cotação. Hoje está a 2 reais. Este é o gráfico desde o post me criticando:

Infelizmente este tipo de investidor volta e meia aparece por aqui…

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E eu culpo uma década de má administração da bombril.

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Típico de empresa irresponsável (sempre colocam a culpa nos outros).

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kkk…bem isso

Que absurdo!

Acho que a empresa irá se reerguer. Mesmo assim, não acho um bom investimento: tem governança zero (área de ri nula) e tenho a impressão de ter lido que há debêntures de valor elevado conversíveis em ações, ou seja, irá diluir muito o capital dos acionistas.

Alguém saberia onde achar a quantidade de ações que ainda podem ser subscritas pela Bombril? @cadu, me salva? rsss

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Olhei no plantão da bovespa nos últimos dois meses e não achei nenhuma informação sobre subscrição. Tem certeza que está fazendo subscrição?

Na verdade nao. Seriam apenas debentures conversiveis em acoes…

Ah sim, converteu 68,6% do total das debentures.
Fizeram uma assembleia p/ votar a prorrogação do vencimento da conversão do restante, mas não teve o quorum mínimo, então foi cancelada. Ficaram de marcar uma segunda assembleia, 17/07, e agora sem a exigência de quorum minimo, p/ votar isso.

Muito obrigado! Mas vc conseguiu entender quantas ações novas a empresa terá? O texto é assim:

Do total emitido, foram subscritas 66.002.424 (sessenta e seis milhões, dois mil quatrocentos e vinte e quatro) debêntures, totalizando, em 31 de dezembro de 2018, o valor de R$66.002 com vencimento em 10 de junho de 2019. As debêntures que não foram subscritas no âmbito da Emissão foram canceladas pela Companhia. O preço de conversão das Debêntures foi definido com base no preço médio das ações da Companhia, apontado pelo laudo de avaliação preparado por assessores contratados (R$0,41/ação). As ações resultantes da conversão contarão com as mesmas prerrogativas das demais ações ordinárias ou preferenciais da Companhia, sem quaisquer restrições.

Será que entrarão mais 66 milhões de ações (cada ação é uma debênture) ou 66 MM de debêntures significam 66 mil reais, que valeria pouco mais de 100 mil ações (0,41 por ação)?

Entendi isso.

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Muito obrigado pela explicacao. So para ter certeza entao: dados os valores atuais, quantas novas acoes teremos caso as 66 milhoea de debentures fossem convertidas?

Realmente o texto está bem esquisito. Um amigo contador entendeu da seguinte forma:
“O tratamento da debênture conversível é a classificação no PL por seu valor nominal, que está a R$ 66 milhões já classificados no PL por esse montante na Reserva de Capital. Essas debêntures em seu vencimento serão convertidas em ações pelo valor de R$ 0,41.”

Se meu amigo estiver correto, teremos umas 150 milhões a mais de ações. Eu realmente não estou entendendo mais nada… Que texto mais confuso!

Estou de olho aqui também. Acho que 2 tri virá bem forte, pelo que foi passado no release do 1 tri. Meu medo ainda são essas debêntures conversíveis. Quanto mais tento entender, menos consigo… rssss

Será que não tem um telefone do RI deles? Já tentei achar mas não consegui!