O último resultado veio bom. Porém ainda tenho dúvidas se a empresa consegue manter este ritmo de crescimento. Tanto ela quanto Valid estão em situações parecidas, empresas baratas, que vinham de fracos resultados, mas reportaram um bom crescimento neste 3T.
Estou bem animado com a CSU. Liguei ontem para a empresa e reforcei meu otimismo. Para se ter uma ideia, apenas em uma nova operação que pegaram (um projeto de bancarização das consultoras da Natura), foram disponibilizadas 400 posições de PA´s.
Agora há pouco, anunciaram mais um provendo, que passou a ser trimestral acima do que veio no terceiro trimestre, indicando a manutenção da evolução dos seus resultados!
Já li muita coisa a respeito dela, mas tenho a impressão de que os analistas ainda não entenderam muito bem sobre ela. Particularmente, a acompanho desde seu IPO, quando apresentou um grave problema: perderam o maior cliente que haviam ganhado em licitação: CEF. De lá para cá, diversos problemas, desde a perda de clientes importantes, como Santander, Carrefour e BMG, até a deficitária operação de Call Center.
Atualmente, a empresa aparentemente está bem consolidada com os clientes atuais (já ouvi de clientes que a CSU melhorou demais nos últimos anos). Mudou quase que toda diretoria de um ano para cá e o Call Center está bem lucrativo.
Sobre seus números: como a empresa vem crescendo muito em receita e resultados, acredito que ano que vem o lucro fique entre 40 e 50 milhões, ficando com um P/L próximo de 12. Se o mercado entender a CSU como uma empresa tecnológica, com alto potencial de crescimento, deverá pagar P/L acima de 20 (é o que acredito), ou seja, com upside acima de 80% para um prazo de uns 12 meses.
Pela situação atual da empresa: lucros constantes e recorrentes, pagadora de dividendos e pouco endividada, acredito que tenhamos um risco baixo de queda significativa, mas com potencial de alta bem interessante. Realizei uma parte de minhas ações para colocar lucro no bolso (estava muito concentrado nela) e seguirei com boa participação.
Bem, quanto ao modelo de processamento de transações eletrônica, que é o core business, o quanto tem de vantagem competitiva e barreira de entrada?
Hoje tá cheia de fintech abrindo aí, milhares de emissores novos de cartão, etc, que demandam desse processo da CARD3… o mercado tende a melhorar muito pro setor, inegável, mas o quanto pode vir a ser uma nova Cielo?
Ótima pergunta! Hoje em dia, quase nada tem relevantes barreiras de entrada, ainda mais quando se fala em tecnologia. A CSU, na parte da Card System, é apenas uma administradora dos cartões (não é emissora). Ela quem faz as validações, conformações e pós-vendas quando uma compra é processada pelo cartão de crédito (não necessariamente um cartão - pode ser relógio, celular, etc - na verdade, meio de pagamento). É uma mistura de sistemas parrudos, com confiabilidade e segurança absurda, em conjunto com o trabalho humano. A grande vantagem dela se dá pelo fato de não competir com os clientes dela (ao contrário de administradores como Itaú - se você é o Banrisul, deixaria o Itaú administrar as transações dos cartões de seus clientes?).
Fora tudo isso, de forma a fidelizar ainda mais o cliente, a CSU tem uma ótima plataforma de fidelidade (muito mais completa do que Smiles da vida, que é cada vez mais focado apenas em vôos - e cada vez menos competitivos).
Essa parte de administração de cartão é super complexo e de baixo custo ponderado para os bancos/financeiras e não permite erro. Muito difícil uma troca com custo tão baixo (em termos proporcionais) ou tentativas de intenalização, a não ser que o seu porte passe a ser grande o bastante para fazer sentido (esse, para mim, é o maior dos riscos - entendo a CSU como uma empresa focada nos pequenos e médios, no máximo beirando um Banrisul da vida).
Resumindo: não se trata apenas de um sisteminha que uma fintech poderia desenvolver e competir: trata-se de toda uma plataforma, com segurança, servidores parrudos e mão-de-obra, além de diversos serviços paralelos que ajudam na fidelidade do clientes como um todo: administração de meios de pagamento, programa de fidelidade, call-center e data-center.
many thanks!
Então, entendo que um medo é que os principais clientes decidam internalizar os processos (como Banrisul, Sicredi, etc…) em vez de outros disputarem a fatia de mercado.
Vamos ver, mais operações a serem validadas, mais emissores… está na lista de entrar como uma exposição indireta ao setor de consumo.
Estudar um pouco mais e esperar uma correção para entrar… let’s see… a precificação dela está baixa, não esperando tanto crescimento.
Abç
Nessa linha mesmo. Na última call perguntei sobre eventual perda da Banrisul (hoje acredito que seja o maior cliente), e foram bem seguros em dizer que, no momento, não há risco. Conheço funcionários de outros clientes importantes que disseram o mesmo. Esse é o maior risco, sem dúvida alguma (perder cliente para internalização ou para algum concorrente), mas no momento acho as chances pequenas. Importante dizer que a empresa conquistou vários clientes recentemente que já devem estar dando ótimos resultados no 4 tri (conversando com o RI, os últimos dividendos foram baseados nas estimativas de resultado do 4 tri, e o valor liberado foi quase o dobro do 3 tri). Acredito que no próximo resultado também irão divulgar novos clientes. Frase do Diretor de RI e Financeiro do CSU Day: “Não precisamos de crescimento do Brasil para crescermos. Precisamos apenas trabalharmos certinho pois as oportunidades já estão todas dentro de casa” - algo nessa linha…
Com a alta de hoje, realizei toda minha posição. Entrei nos 6,39 (3/outubro) e saí nos 13,20. Ainda cheguei a vender metade perto dos 10,xx (não lembro ao certo), mas voltei depois pagando um pouco mais caro (também deu certo, pois havia entrado na euca4 nesse período).
Aos que ficaram, sigo achando uma ótima oportunidade, mas como subiu muito e estava precisando de dinheiro para outro ativo, achei melhor colocar no bolso.