Confuso montar uma análise sobre o balanço da Copel. São tantas provisões e reajustes lançadas e relançadas nos balanços, que complica fazer uma melhor análise, deixando a coisa bem confusa.
Um pto que chama a atenção é que o balanço do 4T 17 foi aprovado pelo auditor independente, a Delloite, com ressalvas. E a coisa é bem confusa. Isto tudo se deu por conta de uma identificação da administração da empresa de que a controlada indireta, a UEG Araucária, mantém recursos em Fundo de Investimento Multimercado, que detém cotas de outros fundos de investimentos, que por sua vez, mantêm investimentos em empresa de capital fechado, cujo ativo principal é um empreendimento imobiliário. Se não bastasse esta confusão, o rolo também se deu porque desde o balanço anual de 2016 ficaram jogando estes saldos para diversas rúbricas diferentes, com base na sua valorização, desvalorização, classificação contábil.
Com isso a auditoria ainda não sabe exatamente o valor a ser considerado, e nem direito aonde devem publicar este. Um resumo desta pendenga pode ser encontrado nesta matéria: Balanço da Copel é assinado com ressalva por ajustes relacionados à UEG Araucária - ISTOÉ Independente
Some a isso que a empresa por ser uma estatal, sofre do mesmo problema que Sanepar neste ano, a indefinição do cenário político em ano eleitoral.
De positivo, a venda as ações de Sanepar que a empresa tinha em caixa geraram uma boa receita financeira (e turbinaram o lucro), aliviando a alavancagem da empresa. Outro pto é que a empresa se encontra muito descontada na bolsa, e embora esteja sendo negociada a um bom desconto frente seu VP, a rentabilidade ainda está baixa, e o risco elevado.
Ainda acho difícil de analisar a empresa com tantas pendências contábeis p/ se resolver. Isto aliado ao ano de eleições, torna uma projeção p/ os próximos anos ainda mais complicada. Eu penso que é melhor esperar uma definição mais clara destas provisões e do cenário político, p/ aí sim estudar uma posição no ativo.