Debate sobre Carteiras - 3ª parte

No presente, está da seguinte forma. Estou 100% em ações.

BRFS3: 15%
RANI3: 14%
BBDC3: 13%
PARD3: 13%
PCAR3: 11%
HYPE3: 11%
RAIL3: 9%
PSSA3: 8%
BBSE3: 7%

Sobre perspectivas, estou focado em outros assuntos esse ano, então meu aportes devem ser limitados, além, claro, do reinvestimento dos dividendos. Acredito que no total possa aumentar em cerca de 5% minha carteira. Volto a focar um pouco mais em 23/24.

Alguns pontos:

  • Devo retomar uma posição razoável em ouro, pelo menos 10%, mas devo fazê-lo apenas quando o Real se aproximar do câmbio justo, o que pela minha última análise, estava em torno de R$ 4.

  • Tenho ainda um pouco de resistência em investir em utilidades públicas, em razão de ser geralmente o primeiro alvo de intervenções políticas. Mas é uma possibilidade para o futuro.

  • Ações no exterior estão definitivamente nos meus planos, via BDR (não necessariamente nos EUA), mas antes espero câmbio favorável e uma correção mais forte da bolsa nos países desenvolvidos.

  • No momento, não tenho nenhuma ação que me interesse especialmente. Considero minha carteira mais ou menos fechada do jeito que está. Cheguei a pesquisar construção civil, mas é um setor que só entro se houver uma perspectiva de retorno muito alta.

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100% do meu PL em renda variável:

11% LOGG3
10% TRXF11
10% ENBR3
10% IVVB11
9% ITSA4
8% TRIS3
8% BBAS3
7% IRDM11
6% HGRU11
6% PARD3
5% GOLD11
5% BRFS3
5% DOHL4

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@sr_fouquet e @fabio_barbosa - estou pensando em entrar em RANI3. Não tenho nenhuma empresa desse setor, e pelo que estudei até agora RANI3 parece ser a com maior potencial, porém, KLBN11 também me parece excelente. Poderiam falar um pouco sobre como enxergam esses cases e o seu racional por trás de RANI3 e KLBN (no caso do @fabio_barbosa)?

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Eu estava há algum tempo sem atualizar meus proventos por aqui. Muito feliz em saber que em 2021 tive 50% a mais que em 2020. A bola de neve existe! Apesar de não ser a maior proposta da minha carteira, os proventos estão crescendo…

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:rofl: :rofl: :rofl:

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Sobre a RANI3, tem muita informação aqui: RANI3 - Irani

Aconselho ler principalmente as postagens do @sr_fouquet e do @vkjr.

Mas, meu resumo sobre a Irani é: múltiplos baixos (EV/EBITDA < 4, por exemplo) que dão muita margem de segurança para uma piora no cenário atual; tendência de substituição do plástico pelo papel, agregado ao crescimento do e-commerce; Projetos Gaia de I à V, buscando aumento da produção e redução dos custos (tanto de energia quanto com a menor dependência futura de insumos); baixa alavancagem; características do setor com a dificuldade de se aumentar a Oferta rapidamente; e, pra quem gosta, deve se tornar uma excelente pagadora de dividendos. Eu demorei muito pra acreditar na empresa, mas agora tô mais que convencido da capacidade dela.

É tentador comparar SUZB, KLBN e RANI; mas, ao meu ver, são empresas até certo ponto bem distintas. A SUZB é muito mais exportadora e mais focada em celulose, a KLBN é um meio termo e com os investimentos atuais bem fortes pra se tornar menos “commoditiesada”, já a Irani é mais voltada para o mercado interno e a menos “commoditiesada”. Eu não vejo problema nenhum em ter as 3, mas, na minha opinião, a SUZB teria que ter um desconto em relação a KLBN.

Sobre a Klabin, a empresa é bem alavancada mas o perfil da dívida eu considero bem tranquilo. A empresa tem projetos enormes que levaram bastante tempo consumindo caixa e que começaram a gerar caixa agora: a primeira máquina da Puma 2 está trabalhando a 77% e fica a 100% no 3T22; a segunda máquina só começa a gerar caixa no 2S23. O diferencial de ter a Klabin seria: uma parte da receita é dolarizada (cerca de 50%), assim eu tenho alguma exposição na minha carteira ao mercado global; já tem crescimento contratado, o que diminui o risco ao termos bastante margem de segurança, até mesmo porque os múltiplos atuais já são bem descontados; grande aumento da produção de embalagem biodegradável (substituto do plástico) que deve aumentar em muito a demanda nos próximos anos; e, pra quem gosta, tende a se tornar uma boa pagadora de dividendos.

@adamsmith, realmente parece ser muito arrojado estar 100% em renda variável, mas na minha carteira chovem empresas com P/L 5-7 (e/ou EV/EBITDA 3-6): BBAS3, LOGG3, JBSS3, SAPR3, NEOE3, ALLD3, EVEN3, MDNE3, ALUP3, RANI3 e FHER3 (já vendida para EuroChem). E ainda tem PCAR3 que estaria com um EV/EBITDA de 1,5 considerando o recebimento da venda dos imóveis para o Assaí. O que tem de mais arriscado é: INTB3 (já pensei em vender várias vezes) que realmente tem bastante crescimento embutido no preço atual e a LVTC3 que é uma empresa jovem.

Seria interessante que outros foristas compartilhassem a carteira atual também: @vkjr, @ricardotgo, @adamsmith, @joao58, @sellous, @salles, @mickey e todos que se sentirem à vontade…

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Meu PL, no momento, é 85% em RV, mas o que eu tenho em renda fixa é só “reserva de oportunidade”. Fico sempre variando entre 85 e 100% em RV.

13% - ITSA4
12% - NEOE3
11% - ALUP11
11% - HYPE3
11% - SAPR4
7% - ALLD3
7% - SULA11
6% - CRFB3
6% - JHSF3
5% - AMBP3
5% - MDNE3
4% - TASA3
3% - WRLD11

Curiosamente, todas as ações da minha carteira eu ainda considero baratas. Compraria qualquer uma delas nos preços atuais. As duas posições que recentemente saíram da minha carteira foram BEEF3 e FLRY3.

BEEF3 eu volta e meio faço trades curtos. Vendo a 10,50 e recompro a 9,00 ou abaixo. Acho barata, de todo modo.

FLRY3 eu acho que não volta pra carteira. Considero a empresa barata, mas eu meio que perdi o encanto e não espero retornos muito expressivos pra ela por agora. Ela ficou meio “sem sentido” na carteira e eu optei por encerrar posição. Continuo achando boa e barata, só não faz sentido pra mim no momento.

A outra mudança foi a saída de HTEK11 e entrada de WRLD11, mas a correlação é tão alta que eu nem considero uma mudança de estrutura da carteira. Apenas uma maior diversificação da exposição ao dólar e empresas estrangeiras.

O que eu planejo é ir fazendo pequenas vendas de bancos, elétricas e saneamento, caso subam, e ir aportando em Small caps. A ação que eu mais desejo aumentar é ambp3. Está bem acima do meu preço médio, mas eu ainda considero o potencial muito grande.

Construção é complicado. Acho que o @vkjr é facilmente a pessoa mais recomendada pra falar sobre MDNE3 e similares. Acho tanto ela quanto JHSF3 bem baratas, mas depende de tanta coisa pra dar certo que eu sei que o mais importante aqui é ter paciência e ir acumulando sem pressa.

A minha posição menos óbvia é Carrefour. Eu sei que todo mundo prefere PCAR quando olha preço, mas eu prefiro CRFB quando considero a empresa como um todo. O Banco Carrefour é uma operação muito sólida, com uma carteira de crédito bastante grande e bem gerida. Quando penso no Banco Carrefour, sempre lembro do diferencial da Renner para as outras varejistas de roupa. Ainda tem o fato de que o Carrefour tem muito valor ignorado pelo mercado na parte imobiliária, já que é dona da maioria de suas lojas e terrenos.

Acho que é basicamente isso.

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Atualmente tenho 65% em RV, sendo 60% em ações e 5% em FIIs.

Estou compartilhando minha carteira, mas ela é uma bagunça perto da do pessoal aqui do forum (comecei a investir em RV apenas em 2020 e não tenho tanto conhecimento quanto os outros daqui). Comentários (tanto positivos quanto negativos) são bem vindos.

Tenho muitos ativos, pois às vezes vejo algo que parece descontado (ex: PCAR3), fico com vontade de comprar e não tenho costume de desfazer de outras ações (mas já desfiz de ABEV e LEVE recentemente…)

A maior parte da minha carteira é de empresas que julgo estarem descontadas (e parecem mais seguras). Principalmente empresas com P/L não muito esticado e pagadoras de dividendos. Como sou iniciante, sinto mais conformável focando nessas empresas (adicionalmente, esse é um dos motivos que me levam a ter uma carteira mais pulveirizada) e gosto de acompanhar bastante recomendações de casas de análise .

A parte “esquecida” da minha carteira são ações que comprei um pouco no passado e depois parei de aportar nelas por algum motivo (e nem as acompanho muito). Prefiro deixar esquecidas na carteira a vender (principalmente quando são empresas “pimentinhas”, como IRBR e COGN). VULC, PETR, UCAS por exemplo, comprei quando estavam bem baratas em 2020 e depois nunca mais. IRBR tenho o PM bem acima da cotação atual e foi meu primeiro erro de principiante na bolsa rsrsrs.

Carteira principal:

Ticker %
ENBR3 8.4
BBAS3 7.9
SAPR 7.6
LOGG3 7
BBDC3 6.7
BRSR6 6.1
CPLE3 5.7
ITSA 5.6
SULA 5.1
BBSE3 4.9
MOVI3 4.5
TRPL4 4.4
TUPY3 4.3
ALUP3 3.5
TRIS3 3.3
PCAR3 2.9

Carteira das “esquecidas”:

Ticker %
VULC3 3.4
PETR4 2.4
UCAS3 1.8
EGIE3 1.5
COGN3 1.5
CEAB3 1.4
IRBR3 0.2
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Compartilhando minha carteira atual com vocês:
image

Esperando o dólar “parar de cair”, pra entrar pesado em papéis correlacionados (BDRs e ações nacionais com viés mais “global” como weg e klabin)

Sintam-se à vontade pra dar seu feedback!

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quanto ao IRB, fica tranquilo. Acho que TODO mundo errou. Era a queridinha de várias carteiras e de influenciadores por aí.

Eu sei que quanto mais diversificado, maior a sensação de segurança, mas eu tiraria um tempo pra consolidar algumas coisas: analisar mais a fundo os bancos por exemplo, fazer algumas projeções pro futuro e escolher apenas 1 ou 2. Lado bom: você tem menos empresas pra ficar acompanhando e declarando depois no imposto de renda. Lado ruim: o risco fica mais concentrado, mas como são todas do mesmo setor, isso pouco importa.

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Bom, não vou dar “dica” porque não estou em posição de ensinar nada pra ninguém. Porém eu penso o seguinte: se eu não gosto mais de uma empresa ou se ela não faz mais sentido na minha carteira eu vendo.

Eu já tive apego por empresas e também já tive uma fase de “querer recuperar” pra poder vender. Hoje eu considero isso uma bobagem enorme. Dinheiro é dinheiro. Você não precisa recuperar no mesmo ativo. Se tem algo melhor e/ou mais barato, venda e compra isso. Eu sou casado com a bolsa, não com ações específicas.

No geral eu gosto da sua carteira “principal”. Acho que tem algumas coisas que eu considero redundantes (como ITSA e BBDC), mas é de perfil. Eu prefiro estar mais concentrado. Da mesma forma eu teria apenas uma transmissora, apenas uma seguradora e por aí vai. Mas eu compreendo tranquilamente quem pensa diferente.

Voltando às esquecidas, você deve considerar o “custo de oportunidade”. Eu nem estou emitindo juízo de valor sobre as empresas em si. Estou apenas dizendo que se VOCÊ não gosta/acompanha mais, não deveria ter. Claro, apenas minha opinião.

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o @fabio_barbosa respondeu perfeitamente. São 3 empresas distintas, com Suzano focada em vender celulose. Klabin vendendo celulose, mas principalmente papel. E ambas focadas no mercado externo. A Irani vende embalagens no mercado interno. Ela ficou na posição que a Klabin estava antes dos projetos Puma I e Puma II. Acontece que a produção de papelão ondulado para embalagens, apesar de agregar muito valor ao produto final, não gera quase nenhum lucro. Ao mesmo tempo, é um “dessazonalidador” do negócio, pois praticamente o coloca como uma indústria adjunta do setor de alimentos principalmente.

O papel teve uma alta forte em 2020 que veio a favor de todas essas empresas, além disso, o câmbio depreciado acaba colaborando positivamente. De todo modo, há na Irani uma tríade muito boa que é: valor, crescimento e dividendos. Por ser uma empresa local, talvez não atinja múltiplos tão altos quanto Klabin ou Suzano, mas definitivamente merece um prêmio sobre essas duas pelo perfil de negócios conservador. Há também os projetos Gaia, que o @fabio_barbosa mencionou que devem trazer um crescimento real significativo e melhora de margens (estimo 30% de Ebitda no LP), além do payout de 50%.

Gosto bastante da Klabin, o que me manteve de fora foi a dívida. Apesar da empresa trabalhar com uma espécie de “hedge natural” no seu fluxo de caixa, metade da dívida dela se deve apenas a variação cambial. Apesar de não haver aumento da alavancagem, isso a meu ver gera uma destruição de valor desnecessária. Gostaria da minha parte que a empresa trabalhasse um pouco mais travada com hedges e travas cambiais.

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Excelentes comentários, muitíssimo obrigado, colegas!

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Estou analisando entrar em USIM5 no início do mês.
As razões principais são:

  1. Alta liquidez em opções.
  2. Na linha do value investing parece num bom ponto de entrada.
  3. Setor que não tenho nada.

Comentários são bem vindos…

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Acho uma ótima opção. Olharia também a CSN, por ser mais verticalizada e ter mais futuro em mineração, além do potencial com cimento.

Porém, Usim está mais barata: ótimo carrego em DY, dá para vender call e aumentar a receita mensal, caixa líquido. Quem não gosta, normalmente é por acreditar que as margens voltarão aos níveis históricos, pois ela é cíclica. Eu discordo dessa visão: olhar o passado para acertar as margens não faz sentido para mim. Hoje há uma mudança estrutural na parte de energia elétrica no mundo (setor de siderurgia é eletrointensivo), mas Brasil sofrerá menos. Por ser uma commoditie, a cotação global influencia diretamente na cotação aqui no Brasil (foco é mercado interno), tendo até um prêmio. Detalhe: esse ano, ainda está havendo repasse de preços do aço para setor automotivo.

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Com as tensões dos conflitos se intensificando, como vocês estão perante o Mercado?

  • Nenhum movimento
  • Diminuindo exposição
  • Aumentando os aportes
  • Run to the hills…

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Galera,

estou atras de ajuda para montar uma carteira para aposentadoria, assumindo alguns riscos mas nao muitos, buscando setores perenes e empr3sas com bom potencial de crescimento tbm. Pra daqui uns 30 anos.

pensei em:
LOGG 15%
SAPR3 10%
NEOE3 10%
ENBR 10%
BRSR6 7,5%
BBDC3 7,5%
PCAR3 10%
HYPE ou FLRY3 10%
HASH11 5%
IVVB11 10%
GOLD11 5%

O que acham?

100% RV estilo buy and hold com poucos ajustes

Pensei em exposição maior la fora e/ou alguns FIIs seriam interessantes tbm…

A ideia é ter outra carteira que permitam maiores movimentações em mercados ciclicos/commodities/swings etc…

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Eu penso que a sua estratégia de investimentos pode (e deve) ser pra longo prazo. Contudo, eu não penso em comprar empresas para mantê-las por 30 anos. Eu sou casado com a Bolsa, não com empresas específicas.

As coisas mudam tão rapidamente, especialmente no Brasil, que acho um exercício inútil pensar em empresas que ainda serão boas daqui 30 anos.

Eu gosto de praticamente todos os ativos da sua carteira, mas tem coisas que considero redundantes, como ENBR e NEOE.

Nãogosto de BRSR pra longo prazo. Sendo sincero, também não sou muito fã de PCAR (prefiro CRFB), mas o fórum gosta.

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Acho que tem muita exposição em elétricas (empresas escolhidas são otimas).

Acho que falta uma de celulose/papel (gosto de Klabin, pelo seu perfil de ações). Brasil é altamente eficiente nisso para LP

Não gosto de banco nem saneamento, mas é bem pessoal.

Poderia ter a Blau, que é super resilie te é crescerá muito.

Teria alguma de peças automotivas. Gosto de Ranon, mas tem Tupy, Leve3, etc.

Teria alguma de construção, minha preferida é MDNE3, mas pelo seu perfil, talvez EZTC ou Cyrela.

Teria uma Siderúrgica, como CSN ou Usiminas.

Uma de álcool não poderia faltar, como Jalles.

Uma ligada ao Agro mais diretamente, como Kepler ou Vittia.

Por último, posição pequena em uma de tecnologia (5%). Gosto de bmob3.

Obs: se tiver ambição de morar no exterior, montaria de forma diferente, priorizando aunda mais as exportadoras e/ou ações de fora.

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Trocaria Banrisul por BBAS, acredito ser um case bem melhor, ainda mais para longo prazo.
Não conheço PCAR, não posso opinar.
Eu trocaria NEO por alguma transmissora. Alupar ou Taesa, o problema é que Taesa é difícil de dar ponto de entrada.
De resto o que eu trocaria teria mais a ver com meu perfil de investidor do que realmente algo que fosse lhe agregar.

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