Provavelmente não lembro pormenores de cabeça sobre alguns ptos dos governos anteriores, mas vou citar o que tenho em mente. No caso do Lula 1 o governo teve um viés de programa de assistência interessante, ampliando o bolsa familia, o que realmente ajuda muitas famílias que vivem na miséria. Mas talvez o mérito maior tenha sido abandonar as ideias econômicas de forte viés socialista (pelo menos no primeiro mandato), e mantido o tripé macroeconômico montado por FHC.
No caso da Dilma não me recordo de nada positivo, vejo como um dos piores governos de todos os tempos. Este pto que vc levantou do teto do INSS não me recordava, e é sim um fator positivo. A ideia dela de realizar o marco no setor de energia talvez tenha sido positiva em algum momento, mas a execução da coisa foi uma tragédia. Tiveram de fazer tantas emendas que criaram um verdadeiro Frankenstein, e o resultado foi o inverso do desejado, criaram insegurança jurídica no setor, além dos aumentos de preços.
Sobre o governo atual, fica difícil avaliar pois ainda nem chegamos no meio do mandato. Mas de positivo ele montou uma boa equipe de ministros, e tivemos a aprovação da reforma da previdência. De negativo temos o fato do Bolsonaro ser uma pessoa limitada intelectualmente, que fala besteiras em momentos indevidos, mas ao meu ver o erro mais grave tem sido da indicação do Kássio pro STF. Era uma grande chance de começar uma renovação, mas pelo pouco que li sobre o indicado, não gostei nem um pouco.
Sou contra o sistema de cotas. Tentar reparar falhas no sistema educacional adicionando cotas para determinadas raças, ao meu ver no fim das contas só acaba ampliando este distanciamento educacional ainda mais. Tem de ser melhorado a qualidade do ensino nas escolas públicas. Ao meu ver o problema não é mais capital, e sim a forma como é gasta este dinheiro. Isso sem nem levar em conta que somos um país com muita miscigenação, fica difícil ficar taxando quem é branco ou preto.
Vejo este viés muito assistencialista no estado do Nordeste. E isso tem explicação, décadas de governo de esquerda, geraram pouco atratividade industrial, e muita “proteção ao trabalhador”. Tratar os donos de empresas como exploradores de trabalhadores, certamente não ajuda no desenvolvimento da região.
A estagnação do PIB tem muitas causas. Ao meu ver os maiores entraves são a alta burocracia e altos impostos. A taxa selic nas alturas tb corroborava com isso, e a sua queda já pode ser um indicador de destravamento. Mas ao meu ver, enquanto não fizemos uma reforma para diminuir a burocracia, além de mais cortes de impostos, dificilmente o país terá um crescimento de PIB elevado.
Sobre como reduzir a carga tributária, temos de adotar um viés de redução do Estado e aumento da iniciativa privada. Difícil citar exemplos com detalhes, mas o Estado é muito inchado, temos muita burocracia, e por consequência um grande aparato estatal garantindo o funcionamento deste grande processo burocrático. Com isso, reduzindo impostos, reduzindo a burocracia, levando a redução do aparato estatal, e aumentando o incentivo a iniciativa privada, esta seria a solução.
No momento está difícil traçar as perspectivas econômicas dos países pois estamos saindo agora de uma crise gerada pela epidemia. Mas creio que caso o Trump se reeleja, que a China perca força neste avanço econômico, e a guerra comercial entre eles aumente. Talvez ano que vem o cenário já fique mais claro para traçarmos um viés em termos de perspectivas.
A queda de Eletropaulo certamente teve início com o marco do setor elétrico feito pela Dilma. Com o desequilíbrio gerado na tarifa, somado a queda no consumo, a empresa entrou em um déficit grande.
Já Eternit sempre teve a questão complicada do amianto. Mas ao meu ver, o que realmente teve inicio no declínio da empresa foi a morte do seu presidente Élio. Eu tive o prazer de conhece-lo em uma Apimec, e o cara era realmente fantástico. Depois da morte dele a empresa adotou a postura de aumentar a diversificação do seu portfolio, e com isso fez altos investimentos em áreas pouco rentáveis. Por conta disso se alavancou demais, e no meio disso veio uma crise econômica, o que pegou a empresa com as calças arriadas.
O maior sucesso nas minhas aplicações foram as compras que fiz nas fortes quedas da bolsa, especialmente em 2007 e neste ano. Consegui fazer ótimas compras, e aumentar bem minha exposição em ações no meio do desespero do mercado. Os maiores fracassos fica difícil dizer, mas acho que um deles foi em UGPA. Relembrando, Ultrapar era uma empresa que vinha há 13 trimestres consecutivos apresentando crescimento na rentabilidade. Tem uma boa diversificação, embora o negócio principal seja o Ipiranga. Tive a ação há muitos anos atrás, e vendi na casa dos 65, e ela chegou a bater uns 80 depois disso. Mas aí entrou em queda forte, e a primeira compra que fiz foi nos 40, achando que a reversão do cenário seria mais rápida. Neste casso errei, a situação foi piorando, a empresa tb fez investimentos equivocados como na rede de farmácias. A cotação foi caindo e eu fui aumentando posição. Mas chegou num pto que percebi que a reversão dos números não viria de forma rápida, e resolvi vender no prejuízo, na casa dos 20 (tinha reduzido meu PM de compra para uns 25). Sobre arrependimentos não tenho nenhum, as empresas que tive prejuízo no investimento me serviram de aprendizado para chegar onde estou hoje. Sobre apostas, acho que a principal tem sido LOGG e TRIS, desde o começo do ano passado.
Sobre o que é a vida (não vi o que o Taz disse a respeito), vou deixar aqui um poema de reflexão:
“Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.”
William Shakespeare