Entrevista @sr_fouquet

Pra homenagear um forista que contribui muito no Forum PenseRico, sugiro criarmos uma entrevista com o Sr Fouquet.

Perguntas padrões legais pra responder:
Estado/cidade que mora.
Idade.
Atividades de lazer.
Profissão.
Pratica esportes? quais?
Filmes e livros preferidos.
Filhos? quantos?
Perspectiva de vida?
Carteira de investimentos.
Autodefinição de escolha partidaria: direita, centro, esquerda tudo misturado kkk.
Qual sentido da vida?

Acredito que a ideia agora seja esperar as perguntas dos foristas por algum tempo. Dai o entrevistado tem um tempo pra responder tb. E o restante vamos conversando.
Vamos perguntar galera.

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Concordo!
Gostaria de saber mais a respeito da curva de aprendizagem do @sr_fouquet no mercado financeiro.
Como adquiriu o conhecimento de base, como aprimorou, o que estuda atualmente e o que ainda pretende aprender.

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Quais áreas de conhecimento técnico e/ou filosófico?

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Sem sombra de dúvidas. Fico honrado de termos a participação dele aqui no forum.

@sr_fouquet quais os principais pontos que vc leva em consideração na hora de avaliar uma compra/venda de uma ação?

Qual sua perspectiva para o mercado até o final deste ano?

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vou aproveitar tb: quais são os livros que está lendo esse ano e qual site acompanha mais dentro do mercado, obrigado!

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Obrigado, me sinto honrado. Vou respondendo na ordem conforme as perguntas forem feitas.

Estado/cidade que mora.

Goiânia/GO

Idade.

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Atividades de lazer.

Leitura (gosto dos clássicos, mas hoje em dia tenho lido obras mais recentes e “fáceis”, por assim dizer, estou lendo os livros da série Outlander, por exemplo), cinema (séries e filmes em geral), música, toco piano e clavicórdio (gosto muito de música renascentista e barroca) mas sou um músico bem medíocre em geral por falta de tempo e talento mesmo, por fim, outro hábito é caminhar com o vira-lata no parque.

Profissão.

Empresário do ramo de mineração (pequeno porte), estou nesse barco desde 2008.

Pratica esportes? quais?

Ciclismo, isso após ter machucado o joelho em corridas (coisa de 10 anos atrás), já participei de competições, mas hoje estou mais para tentar manter a balança no lugar.

Filmes e livros preferidos.

Meu livro favorito é Os Três Mosqueteiros e sua continuação O Visconde de Bragelone, com uma larga folga para o segundo colocado, aliás, o nickname que escolhi, Sr. Fouquet, é um caracter do livro (e também uma figura real). Meu filme favorito é Tempos Modernos, mas poderia incluir a obra completa de Chaplin.

Filhos? quantos?

1 cachorro

Perspectiva de vida?

Tive que dar um google para entender o que é “perspectiva de vida” rs, pelo que entendi, é a maneira como você deseja viver a sua vida, vou responder isso na sua última pergunta, mas diria que que me aproximo do homem mais primitivo neste sentido, primeiro preciso manter a vida, segundo prover o alimento, terceiro conseguir abrigo. Não perco tempo pensando demais, meu pai dizia: “todo penso é torto”, que significa: todo pensamento é imperfeito.

Carteira de investimentos.

Essa posso responder com um gráfico.

Autodefinição de escolha partidaria: direita, centro, esquerda tudo misturado kkk.

Cada bancada, esquerda, centro, direita, representam muitas coisas ao mesmo tempo e não é preciso levar todos os valores consigo apenas porque concorda ou acha melhor que em geral este ou aquele caminho seja seguido. Posso responder em afirmação: direita.

Qual sentido da vida?

Sobreviver em primeiro lugar: enfrentar as dificuldades pois todos terão sua cota nessa vida.
Em segundo levar sua consciência tranquila, ter humildade, valores que estão todos embutidos no cristianismo mas as vezes são mal interpretados ou vistos como dogmáticos. Isso é suficiente para ser feliz aceitando as coisas como elas são.

Este é o sentido da vida a meu ver, melhor dizendo, o sentido de viver, a metafísica do além-vida é uma discussão estéril na minha opinião e todos que tentaram deturpá-la de alguma forma, filósofos como Nietzche ou a corrente do existencialismo francês, terminaram apenas fundando um culto ao suicídio, que é o exato oposto do sentido de viver.

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Gostaria de saber mais a respeito da curva de aprendizagem do @sr_fouquet no mercado financeiro.
Como adquiriu o conhecimento de base, como aprimorou, o que estuda atualmente e o que ainda pretende aprender.

Falar um pouco da minha história. Primeiro eu cursei sem concluir a faculdade de administração, então ali cheguei a adquirir alguns conhecimentos primordiais de administração, economia e contabilidade, pode parecer trivial, mas foram conhecimentos muito valiosos conforme pude entender com o tempo.

O primeiro contato que tive com a bolsa de valores foi em 2005 e 2006 investindo em um fundo, foi o que me despertou o interesse. Em 2007 abri conta em uma corretora e comecei a fazer alguns trades, veio a crise de 2008 e cheguei a realização que a análise técnica (pelo menos a minha), não estava funcionando bem.

Neste mesmo ano, por acaso vi na livraria o livro “O Investidor Inteligente”, pelo título parecia algo bem superficial, mas decidi comprar. Fiquei plenamente absorvido nessa leitura e comecei a olhar para o mercado de outra forma. Diria que foi a pedra fundamental. Depois disso eu parei completamente de estudar ações isoladamente e passei a estudar empresas. Por incrível que pareça, este link entre ação e empresa não estava tão claro para mim naquele momento.

Depois as coisas vieram naturalmente ao longo desses 12 ou 13 anos. A experiência na vida real também me ajudou muito e vice-versa para ser sincero. Li um bom pedaço da literatura de investimentos mais conhecida, apesar de ter muita coisa, então é difícil julgar. Mas me marcaram a leitura do Bola de Neve, que é a biografia de Warren Buffett e as obras do Damodaran em geral, pois foi ele quem me deu a visão mais panorâmica do que existia em termos de análise fundamentalista. Philip Fischer também foi um autor que mexeu um pouco comigo, pois nunca tinha pensado em investir em uma empresa com P/L de 30 pensando que este P/L deveria na verdade ser 40, ou então no sentido de conhecer minuciosamente os produtos da empresa, entender a essência do que estava acontecendo ali. Ele é um autor bem mais íntimo dos negócios do que Graham ou Buffett, então ajudou a construir algo também na minha formação.

Atualmente, eu estava focado em montar um modelo de planilha de valuation que fosse pau para toda obra, até coloquei a disposição aqui no fórum, queria montar algo que desse suporte a quem deseja fazer um fluxo de caixa mais completo sem se perder no caminho. Analisei muitos pontos. Taxa mínima de risco. Risco de mercado. A composição de ambos, questionei se a relação inversa de ambos não significava que o custo de investimento é na verdade um custo real estável ao longo do tempo, quem sabe algo bem mais antigo do que podemos imaginar? Estava entretido em algumas nuances do valuation e acho que consegui criar um modelo sólido e capaz de ser adaptado caso a caso, mas completo no sentido de “o que é preciso incluir”, com um formato confiável de custo de capital e sem obviamente entrar na parte operacional da empresa, que é um estudo a ser feito a parte.

O livro mais recente que li (tirando uma meia releitura do One Up on Wall Street que descubri em áudio gravado pelo próprio Peter Lynch), foi o Dark Side of Valuation do Damodaran. Ele aborda as dificuldades de estimar fluxos de caixa em empresas cíclicas ou que enfrentem dificuldades financeiras. Obra muita boa para quem pensa em investir em commodities.

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Pergunta que considero importante… rs Quais foram seus piores erros de case de investimento e que geraram o maior aprendizado? E quais foram os maiores acertos? Não precisa ser só em relação ao retorno financeiro, mas que sua previsão se concretizou/não se concretizou.

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Quais áreas de conhecimento técnico e/ou filosófico?

@joao58, meu entendimento é que sua pergunta é de cunho profissional, então vou seguir esta linha. Não sou técnico (especialista) em nada e não o sendo, preciso entender um pouco de tudo, trabalho com mineração de calcário, então alguma coisa eu preciso saber de: métodos de extração e beneficiamento de minerais não metálicos, máquinas e equipamentos de todos os tipos e algumas de suas particularidades, energia elétrica, logística, burocracia do DNPM, agronomia e agronegócio (clientes), finanças, contabilidade, psicologia (principalmente com sócios), e no fim racionalizar aquilo que é importante para mim, entendendo em termos de importância produtiva e econômica, é realmente um filtro. Agora sei montar a cavalo com alguma perícia, mas aí não sei se entra no currículo rs.

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Quando falou inicialmente mineração fiquei na dúvida se era cripto ou minerais rsrs

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Sem sombra de dúvidas. Fico honrado de termos a participação dele aqui no forum.

Obrigado, @cadu, eu que agradeço a confiança com o selo de moderador.

@sr_fouquet quais os principais pontos que vc leva em consideração na hora de avaliar uma compra/venda de uma ação?

Não há um único motivo para comprar ou vender uma ação, também não é meu objetivo catalogar todos. Mas podemos ao mesmo tempo fazer a compra de um laboratório de alto crescimento e de uma empresa de energia elétrica com lucros estáveis, por motivos totalmente diferentes, mas igualmente válidos. O mesmo se aplica a venda de uma ação, podemos vender uma ação que atingiu um múltiplo insustentável ou uma que apenas lateralizava no mesmo patamar anos a fio porque enxergamos em outra uma melhor oportunidade, e qualquer uma dessas vendas terá sido uma opção razoável.

Mas respondendo, quando avalio uma ação, estou avaliando uma empresa, mais do que isso, estou avaliando o pedaço dessa empresa que estou comprando. Minha carteira de ações é uma holding. Isso pode parecer irrelevante quanto se tem 0,00002% de uma empresa, mas eu me pergunto se aquela participação faz sentido para mim. Porque para cada ação pode ser atribuída uma receita e se a empresa vende um produto, eu posso saber quantas unidades eu mesmo vendi para cada ação. Isso naturalmente, não é o motivo por qual eu compro determinada ação, mas ter essa noção é o motivo pelo qual eu compro qualquer ação em geral.

Na hora de comprar, eu tenho levado muito em consideração os fundamentos do modelo de FCFF: capital de giro, ativos fixos, retorno sobre capital, isso para entender o modelo daquela empresa. Por exemplo, se você compra uma empresa que acumula muito capital de giro, uma varejista por exemplo, e as compras saíram errado naquela estação, você ferrou o ano inteiro, é preciso ter essa noção. Ativos fixos dão solidez, mas muitas vezes significam também uma armadura de ferro de 100kg que você está carregando (literalmente, é uma proteção).

Não há empresa perfeita. Para crescimento: é preciso ver a capacidade daquela empresa escalar. Se o ROC é alto, se a empresa retém dinheiro e existe mercado para expandir. Ela vai crescer e vai crescer rápido. Se vai crescer bem são outros 500. Mais, porém, não necessariamente é melhor, uma empresa com retorno sobre os ativos muito alto pode simplesmente ter poucos ativos e nenhuma barreira de entrada no seu setor. Quando você é capaz de colocar isso no papel, analisar o preço e reconhecer uma oportunidade, é quando você compra uma ação. E quando você analisa 10, 20, 30, 100 empresas, você começa a discernir aquelas ações que parecem mais interessantes de outras que são armadilhas (que você já caiu no passado) ou que são simplesmente muito boas, mas muito caras. Tem que desenvolver um pouco de tino no final das contas.

Qual sua perspectiva para o mercado até o final deste ano?

Acho que vai subir, a economia está vindo forte, os serviços já estão dando sinal de retomada, a tendência é a bolsa engatilhar uma tendência de alta acompanhando tudo isso. Não vejo o mercado enxergando riscos políticos para esse ano, então “a barra está limpa”. Se conseguir passar uma ou outra reforma, deve acentuar ainda mais essa tendência. Uma coisa, porém, a ficar de olho é que a tributação de dividendos, se for posta em prática, pode causar algum impacto pontual nas empresas com payout mais elevado.

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Se fouquet, minhas duas perguntas:

  1. Você falou de Graham e Fisher… prefere uma empresa excelente a um preço bom ou uma empresa mediana muito barata?

  2. Você sempre teve um percentual maior de ouro que muita gente aqui? Vê ele como um seguro? Ou qual a função na sua carteira?

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vou aproveitar tb: quais são os livros que está lendo esse ano e qual site acompanha mais dentro do mercado, obrigado!

Não exatamente sobre investimentos, mas um tema muito ligado, que são ciclos econômicos, o livro Big Debt Crises do Ray Dalio, que é um livro bem valioso na minha opinião e tenho lido aos poucos (é uma densa pesquisa sobre a natureza dos ciclos econômicos e das crises monetárias). Para mim, acredito que tenha a mesma grandeza que outras obras fundamentais das ciências econômicas. Em investimentos,o que mais gostei recentemente foi Dark Side of Valuation do Damodaran.

De sites focados em investimentos, para ser sincero, acompanho única e regularmente este fórum. Gosto de formar minhas próprias opiniões, então prefiro partir da matéria-prima até o produto. No final posso até ouvir outras conclusões, ler relatórios de researchs, vídeos do youtube, mas preciso seguir este processo. Se começar do final, já formo um bloqueio. Então não assino casas de análise, relatórios de corretoras ou coisas do gênero. Gosto, sim, de acompanhar blogs de gestão de carteira e finanças pessoais como os do @tfreitas88 e do @weldson, acompanhei por muito tempo o Além da Poupança, mas ele mudou de país e foi desligando os fios aos poucos.

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Pergunta que considero importante… rs Quais foram seus piores erros de case de investimento e que geraram o maior aprendizado? E quais foram os maiores acertos? Não precisa ser só em relação ao retorno financeiro, mas que sua previsão se concretizou/não se concretizou.

Acredito que em termos de multiplicação do capital, meus maiores acertos foram a EzTec (coisa de 5x o capital em cerca de 4 anos) e mais recentemente a Excelsior (4x o capital em 1 ano), ainda não tive a honra de ter uma tenbegger. O meu maior erro foi a Gerdau (perda de 50%).

Mas vou focar no meu maior erro, pois ele foi ao mesmo tempo um acerto, pois aconteceu o que eu imaginava que iria acontecer, mas perdi dinheiro com isso.

Íamos lá para os anos de 2013 e 2014, minha carteira estava bem concentrada em poucas apostas, as mais importantes eram BRF e Gerdau. O dólar estava a R$1,60, isso me incomodava bastante e eu imaginava uma forte correção a caminho. Decidi montar uma estratégia, que seria me proteger comprando algo que tivesse suas operações nos EUA, a Gerdau tinha boa parte delas.

Minha lógica era simples, o dólar corrigiria, meus ativos eram denominados em dólar, eu ganharia e, como bônus, o real depreciado ainda aumentaria a competitividade da parte brasileira da empresa.

Veio porém uma forte recessão econômica (que era o que eu deveria ter esperado ao falar de correção do dólar em primeiro do lugar), levou a construção civil (mercado da Gerdau e um easy target) e as ações foram rio abaixo. Os ativos em dólar não serviram para muito coisa e eu terminei com um prejuízo global de 20% na minha carteira por conta desse mau investimento.

O principal aprendizado foi que não bastou ter acertado o que iria acontecer, eu deveria ter sido menos simplista na minha solução: se eu achava que o real ia cair, por que não mandei dinheiro para fora e comprei a American Steel (nem sei se existe uma empresa com esse nome, só para exemplificar)?

Se eu achava que o real iria corrigir e que estávamos em uma corda bamba, ou corda bomba, como queira, por que não associei isso a um possível período de recessão? Outro ponto, que raios eu fazia com 40% do meu portfolio em uma única empresa? Enfim, não basta estar certo, é preciso estar certo e saber como se colocar e quanto se colocar, diria que vale mais estar errado acertando esses dois pontos do que estar certo fazendo o contrário.

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Opa, tenho perguntas que podem ser interessantes para demais membros do fórum, especialmente os que estão começando no mundo de investimento:

  1. Como você define independência financeira?

  2. Esse é/era um dos seus objetivos ao investir?

  3. Já o atingiu?

PS: eu tenho bem pouco tempo de fórum, mas já aproveitei imensamente de posts do Sr Fouquet, a quem eu agradeço!

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Você falou de Graham e Fisher… prefere uma empresa excelente a um preço bom ou uma empresa mediana muito barata?

Para falar a verdade, as melhores oportunidades que tenho encontrado são em boas empresas a preços medianos rs. Mas eu prefiro uma empresa excelente, já tive minha cota de barganhas nessa vida e acredito que o critério qualitativo garante a sobrevivência a longo prazo, todavia ignorar completamente a questão do preço, pode te dar um downside maior, mesmo que o risco de uma empresa assim também o seja. Veja o caso da Ambev, ela não se tornou uma Cielo, óbvio, mas quem pagou sem perguntar quanto está perdendo dinheiro anos a fio.

Você sempre teve um percentual maior de ouro que muita gente aqui? Vê ele como um seguro? Ou qual a função na sua carteira?

Isso é recente, coisa do final de 2019, eu tive um momento eureka quando li o livreto “O que o governo fez com o nosso dinheiro?” do Rothbard. Me criou na cabeça uma imagem muito forte de como foi estruturado o sistema financeiro global e percebi que eram simplesmente pirâmides (no sentido criminoso da palavra mesmo) apoiadas em outras pirâmides, apoiadas em nada. Chamo isso de pirâmides inflacionárias, e já existiam antes no padrão ouro, mas havia o padrão ouro-dólar, ou seja, inflacionavam em cima do dólar, mas este permanecia estável apoiado no ouro. Os economistas, genialmente (ou temerosamente), decidiram tirar aquele lingote de ouro que apoiava tudo e, para surpresa geral, as pirâmides seguiram flutuando no mesmo lugar, como se nada houvesse mudado, puxaram o pano da mesa sem derrubar os pratos. As pesssoas aceitaram isso como um fato da vida, um dia seguiu-se após o outro e tudo tomou seu curso, naturalmente. Por hábito, as pessoas entenderam que aquele dólar sem lastro tinha o mesmo valor do dólar lastreado em ouro. Portanto minha posição em ouro é na verdade minha posição em moeda de modo geral, prefiro aportar em ouro do que em renda fixa, dólar, euro, qualquer coisa assim, e representa de certa forma minha descrença (não meu prenúncio de fim, pois não é um seguro) em relação ao sistema financeiro que vivemos. O fato do ouro ser ignorado pelos governos hoje em dia, considerando que já foi muito perseguido no passado, também é um ponto a favor. É uma coisa que quem investe em criptomoedas p.e. leva um risco maior.

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Como você define independência financeira?

Independência financeira como se entende normalmente é não depender de um contracheque no final do mês. Mas se você é um empreendedor, pode significar que você tenha mais fontes de renda além do seu único negócio. As duas coisas também podem se mesclar: você precisa trabalhar ou empreender, mas já conta com uma certa folga devido aos seus investimentos. Digamos que seja um espectro. O conceito por trás disso é a segurança sobre sua renda, quanto maior e mais diversificada, maior a independência.

Esse é/era um dos seus objetivos ao investir?

Sim, considerando que perdi meu pai jovem, abandonei a faculdade e passei a depender da renda de um negócio recém-germinado, nunca contei de fato com uma rede embaixo do trapézio caso eu caísse. Essa rede para mim é o que busco construir. Acredito no conceito de prosperidade, que advém da intensa relação de trocas entre indivíduos e empresas e as consequentes riquezas promovidas por esta função social do capital. Meu objetivo neste sentido é crescer, não tenho grandes metas, mas vou seguindo objetivos de médio prazo.

Já o atingiu?

Atingi no sentido de que tenho a vida que gostaria de ter. Sou uma pessoa relativamente módica e não sinto prazer no luxo. Se ganhasse o dobro do que tenho, não faria muita diferença. Não quero com isso só repetir o mantra de Buffett, eu consumo e sou um consumidor como todos, gosto de escolher um bom computador, trocar o celular volta e meia, mas isso não é um desfile de moda para mim, é onde quero chegar. Agora no sentido de que posso esquecer tudo e viajar o mundo, acho que isso nunca vai acontecer, não faz parte de quem eu sou.

PS: eu tenho bem pouco tempo de fórum, mas já aproveitei imensamente de posts do Sr Fouquet, a quem eu agradeço!

Eu que agradeço as perguntas, foi um prazer responder, acho que respondi todas elas, caso alguém tenha mais alguma questão ou tenha outra pergunta, só falar.

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Entra no currículo se vc souber selar o cavalo sozinho e tbm decorar todos os nomes das traias. :joy:

No mais, bela entrevista!

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Bom, tenho três perguntas meu caro @sr_fouquet :

1- Você pensa em viver em outro país? E se aqui virar uma Venezuela?
2- Tem uma idade já em mente para viver só da renda de seus investimentos?
3- Venderia seu negocio para se dedicar a outra coisa?

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sr_fouquet: Primeiramente é um prazer acompanhar suas postagens, transmitem um conhecimento sólido e bem estruturado, sobre diferentes empresas, setores e mercados…

1 - Você comentou que abandou a faculdade, hoje não possui formação?
2 - Adquire seu conhecimento através de livros e conversas com pessoas?

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