Todo trimestre é isto quanto ao hedge: só vai afetar até tal trimestre… mas sempre este “tal trimestre” é prolongado a cada balanço.
Ao meu ver esta forma de hedge atrapalha o crescimento. Olhem o balanço da Minerva (BEEF3) e verão a diferença, são objetivos distintos:
A Minerva busca proteger a dívida do efeito cambial, assim quando o dólar sobe a empresa ganha na receita e perde na dívida, mas o hedge protege esta perda.
Já a Ferbasa parece que quer proteger a “geração de caixa”, aí trava o ganho/perda oriundo do efeito cambial.
Quem investe em commodities/exportadoras quer também lucrar com a desvalorização cambial, mas a FESA tá mais preocupada na previsibilidade da geração de caixa… Ao meu ver isto é equivocado, mas eles tem os seus motivos: a Fundação depende dos dividendos…
De toda forma, segue sendo uma empresa excelente com anos e anos de reserva, além de ser verticalizada.
Prezados, além do hedge, que continua apresentando resultados negativo, na apresentação de resultados do 1 trimestre constou uma expectativa para redução do preço do Ferro Cromo no 3 trimestre. Por outro lado, há previsão de aumento do preço no Ferro Silício, em que pese a maior parte do faturamento da Ferbasa seja no Ferro Cromo. Nesse sentido, indago se alguém teria maiores informações quanto aos motivos para a queda do ferro cromo, uma vez que enviei mensagem ao RI solicitando dados e até o momento estou sem resposta. Grato a todos.
O motivo é “sempre” demanda. Empresa de commoditie é isso. Tenho amigos ligados à construção que já haviam me avisado da baixa do preço do ferro esse mês (bom pra eles, aliás).
Dinho, eles realmente não são muito bons nas calls da empresa. Mas não há expectativa de redução do preço de FeCR, muito pelo contrário, cenário pessimista é de manutenção dos preços atuais. Mais provável que final desse trimestre tenha novo aumento, várias produtoras anunciaram capacidade cheia até o ano que vem, China removeu o subsídio de 13% do inox e estão perseguindo seriamente a meta do plano quinquenal chinês da melhoria energética (isso implica fechar fábricas ineficientes e poluidoras de FeCr) como a notícia abaixo:
Sem falar que como o amadurecimento da economia chinesa, há uma tendência de aumento de uso de sucata em substituição ao ferro. Para reaproveitar essa sucata precisa fazer o tratamento que geralmente usa FeSi ou FeCr na mistura, então a demanda vai continuar aquecida.
Salvor, inicialmente grato pelas considerações bem como a informação disponibilizada. Entretanto, permita-me anotar que o dado disponibilizado foi em relação ao Ferro Silício, cujo aumento para o próximo trimestre foi de fato precificado na conferência da FERBASA. O que para mim ainda não está claro é a conjuntura de queda do Ferro Cromo que noticiaram, uma vez que, smj, a África do Sul continua com problemas para abastecimento de energia, sem falar que agora é inverno o que implica em um consumo maior da população.
Ao cabo, não há dúvidas que a lei da oferta e demanda é quem vai ditar os preços da comodites e a questão é até quando vai durar esse rali, ainda mais no caso da FERBASA cuja moeda é o real fortemente desvalorizado em relação ao dólar, se não fosse o hedge seria a tempestade perfeita para resultados excepcionais da empresa
Dinho, ciente que foi sobre o FeSi, de fato a dinâmica aponta para um ano muito propício de FeSi (especialmente o HP nas aplicações de elétricos). Pode ser que pela primeira vez na história da Ferbasa o FeSi seja responsável por mais da metade da receita dela do ano. Mas em geral, FeSi e FeCr são produzidos juntos regionalmente, e essa região da notícia que é a região de Ningxia faz divisa com a Mongólia. Aí estão os principais pólos de FeSi e FeCr da China, lendo a notícia vejo que isso também afeta o FeCr.
Como o FeSi é mais eletrointensivo que o FeCr, naturalmente a pressão de preços tende a ser maior e chama mais atenção que a dinâmica de precificação do FeCr. Mas quanto ao gráfico do call da Fesa4, eles sempre postam aquele gráfico e ele não reflete adequadamente o que está acontecendo com o FeCr.
Dólar mantendo esse patamar até o ano que vem, resultado vai ser explosivo a partir do 4T21 com essa dinâmica de preços dos produtos da Fesa4 (Hedge continuará impactando até o 3T21).
mais alguem pensando em liquidar posição aqui?
me parece cara agora…
alias não achei motivo para essa subida recente, ok que os preços de fecr estão bons, mas parece meio exagerada essa alta
Amigo, aconselho você seguir as lives da trigono. O Werner sabe muito sobre Ferbasa e pelos seus relatórios, parece que ainda tem muito espaço para subir…
Ainda não, a tendência para os próximos tri são muito boas, e com a redução do prejuízo do hedge a cada tri o LL tende a aumentar consideravelmente. Sigo com minha posição!
Prezados, endosso as considerações do Potiguar, uma vez que no atual cenário a tendência é o aumento significativo do lucro líquido. Contudo, é fato que a ação obteve exponencial valorização no semestre e todo o ciclo de alta tem um fim. Atualmente penso em vender na casa dos R$ 50,00, especialmente na véspera do próximo balanço.
Exatamente, não se pode perpetuar uma situação transitória, principalmente em uma empresa cíclica. As condições atuais podem melhorar? Por quanto tempo esse cenário pode se manter? Se a empresa é atrativa num preço médio histórico ok comprar, mas rever planilhas porque o produto subiu de preço momentaneamente é de um risco enorme.
Vi esses tempos no twitter que o Werner cobre a Ferbasa desde incríveis 1986. Se ele diz eu escuto kkkk parece que ele tem o papel na PF desde essa época tbm
Werner é um grande defensor desse case… Esse fds estava tentando fazer umas contas de padaria para uma estimativa do resultado desse tri que será divulgado no dia 12. Antes a FESA divulgava mensalmente volumes de produção e vendas, era uma maravilha. Agora é uma conta no escuro mesmo, mas creio que teremos um tri forte na última linha da DRE…
