Antes de elaborar meu raciocínio, eu vou só fazer uma observação. Esta frase “eu busco aumento de ativos e dividendos, variação patrimonial não paga minhas contas” é muito bonita de se ouvir, e tem um belo apelo fundamentalista, mas eu acho balela. Se vc só busca dividendos e aumentar ativos, seria melhor comprar debentures ppr exemplo, ou até mesmo investir em tesouro direto. Quem investe em ações, seja com base em AT ou AF, tem de buscar também valorização do patrimônio, pois esta é a maior vantagem da renda variável. Veja a notícia que postei aqui há ums dias atrás, na primeira semana do ano a valorização do Ibov já superou o valor que a renda fixa deve gerar no ano todo. Investir na renda variável tem um risco maior, exatamente pela maior chance de fazer seu patrimônio crescer. Querer tirar esta equação do investimento é querer tirar a maior atrativa da renda variável, e transforma-la em renda fixa.
Dito isso, nós que investimos em ações com base em AF temos um foco de longo prazo para obter um retorno elevado. A Cafi e o indice PenseRico mostram bem a bela diferença de rentabilidade no longo prazo que a renda variável gera frente aos outros investimentos. Ou vai me dizer que não tem diferença um ativo que vc esta comprando subir a cotação em 50% em 5 anos, e pagar 6% de dividendos ano, ou subir 0% e só pagar os 6% de dividendos ano?
O Ibov está em franca tendência de alta. Com isso não pensaria em redução de posição na renda variável. Porém, o que acontece é que alguns ativos que vc tem na carteira podem ter subido mais que outros, e pode ser interessante fazer uma troca de empresas, vendendo uma e comprando outra. Para tal ajuste na carteira, eu sigo o seguinte critério: se alguma outra empresa do mesmo setor estiver mais barata, com maior potencial de valorização, ou outra empresa estiver apresentando uma relação risco x retorno mais atrativa, acredito que vale a pena a troca. O ranking da nossa plataforma também ajuda muito neste processo tanto de seleção como remanejamento da carteira.