Essa é uma dúvida recorrente mesmo @Fortaleza
Podemos dizer que basicamente temos 2 pesos que são atribuídos na precificação dos ativos: retorno e risco. De um lado, temos o retorno em termos de rentabilidade, e como vc bem já descreveu, ele tem se mantido estável. Por outro lado, o risco tem caído cada vez mais, e é por isso que as ações e FIIs continuam subindo.
Dando continuidade, com a tendência de queda na taxa selic, a inflação controlada, o teto fiscal criado, e a (pelo menos tentativa) reforma da previdência, tudo indica p/ uma retomada do crescimento e melhora do cenário econômico. Se não começar no 2 semestre deste ano, é bem possível que em 2018 o Brasil já tenha um PIB positivo. E esta melhora está sendo precificada nos ativos.
Agora sobre o pto de entrada, esta é uma pergunta difícil. Por um lado tanto o IFIX quanto o IBOV estão em tendência de alta, o que é um bom sinal p/ quem quer comprar ou aumentar posição. Por outro lado, os fundamentos começam a ficar menos atrativos, mas isso com relação a 1 ano atrás, onde estava muito mais barato.
Logo, é um fato que o mercado sempre exagera nas precificações, tanto p/ baixo quanto p/ cima. Mas ainda vejo espaço p/ novas altas, em especial se a reforma da previdência conseguir avançar, pois isso diminuiu ainda mais os riscos. Não recomendaria alguém que está de fora entrar fortemente comprada na renda variável agora, mas aumento de posições, ou uma pequena parte do capital entrando agora, não vejo problemas no longo prazo.
Entretanto abro uma observação aqui, com esta alta do mercado se faz necessário escolher melhor os ativos p/ compor a carteira, ou aproveitar p/ remanejar a carteira. Por exemplo, liquidei VRTA11, que deve sofrer com queda na rentabilidade por conta da queda na selic e da inflação, e aumentei em imóveis comerciais novos em SP com alguma vacância, já apostando na recuperação econômica posterior, como TBOF11 e VLOL11.