Tópico voltado para debates sobre o mercado e projeções de cenários para a economia e renda variável.
Hoje de manhã estava pensando nos cenários dos próximos anos p/ a bolsa aqui no Brasil. Tem ficado cada vez mais difícil traçar estimativas no longo prazo, pois enfrentamos uma turbulência política muito grande. Nem sabemos se o ex-vice presidente, que assumiu o lugar da Dilma, vai conseguir terminar o seu mandato, quanto mais projetar o crescimento econômico nos próximos 5 anos. Por conta do momento de grande incerteza, qualquer cenário, por mais extremo que seja, pode se concretizar.
Some a isso o efeito de incerteza global causado com a vitória do Trump nos EUA. Ele pode se tornar um Ronald Reagan, que todos achavam um canastrão sem preparo nenhum, e acabou sendo um dos melhores presidentes dos EUA.
A maior dificuldade aqui no Brasil é que com os juros elevados, o empresário não fica estimulado a investir. Mas se baixar os juros, por falta de capacidade ociosa e oferta limitada, gera inflação mais elevada. Mas se não baixar os juros, a economia não deslancha. É uma sinuca de bico. Outro problema p/ baixar a inflação é a indexação dos salários, gerando aumentos de salários reais mesmo em anos de recessão.
Com base neste cenário de incerteza, tendo a diminuir um pouco a exposição em ações, focando naquelas com baixo endividamento, bom fluxo de caixa, e situação financeira tranquila, e aumentar cada vez mais a participação nos Fundos Imobiliários. Por enquanto, com base em AT, o IBOV segue no seu viés de alta de médio prazo, então até que este entre em uma tendência de baixa, vale a pena continuar bem comprado em ações.
Olha, eu estou um pouco mais otimista. Eu acredito que deve acontecer a aprovacao da PEC e depois da reforma da previdencia, a tendencia vai ser de queda dos juros. Acho que soh isso jah vai ser suficiente pra mitigar a maior parte dos problemas externos, como China e DJI (esse em TH).
Por isso, venho aumentando exposicao em TD e FIIs. Mas continuo bem exposto em acoes tb…quem se posicionou antes do impeachment tah indo muito bem.
Vamos ver no que da e tentar ficar protegido de uma eventual desandada nesses planos.
Realmente @Alphamale, se o Temer conseguir aprovar a reforma da previdência, aí sim podemos dar um belo passo p/ um equilíbrio fiscal. A aprovação da PEC já foi um ótimo pontapé inicial.
Nessa onda de projeção de mercado e descontos, surgiu essa lista de empresas pelo portal InfoMoney.
Que pra mim estão todas esticadas e não vi nada de desconto assim como anuncia a matéria.
Também não vi nada de muito atrativo ali. Algumas empresas citadas até estão com indicadores atrativos, como é o caso da SHUL4 (gráfico abaixo), mas elas estão vindo de resultados decrescentes, então não podemos chamar isso de “promoção”.
Concordo @Cadu,
A “promoção” deveria ser o bom e barato. mas em muitos casos estamos vendo somente o barato hehe.
No caso da SHUL4 não acompanho, parece ser uma empresa controlada, porém as margens realmente caíram bem.
Zelotes atinge bancos e Itaú, BB e Bradesco encolhem R$ 9 bilhões na Bolsa
Somadas, as perdas de Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil totalizam R$ 9,089 bilhões
SÃO PAULO - A oitava fase da Operação Zelotes, da Polícia Federal, que teve como alvos o Itaú Unibanco e o BankBoston, desencadeou um movimento de aversão ao risco e derrubou os papéis de instituições financeiras nesta quinta-feira (1º). Somadas, as perdas de Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil na Bovespa totalizam R$ 9,089 bilhões.
Quem mais sentiu os reflexos da operação da PF foi o Bradesco. A desvalorização total dos papéis do banco chega a R$ 5,4 bilhões. As ações ordinárias (BBDC3) registravam queda de 5,66% às 16h30, cotadas a R$ 27,49, enquanto as preferenciais (BBCD4) caíam 5,58%, a R$ 28,08, ante fechamento anterior de R$ 29,14 e R$ 29,75, respectivamente.
Em seguida aparece o Banco do Brasil. As ações do banco público (BBAS3) recuavam 6,39% no mesmo horário para R$ 26,67, após encerrarem o pregão desta quarta-feira (30) valendo R$ 28,50. O movimento retirou R$ 2,232 bilhões do valor de mercado da instituição.
Ironicamente, o Itau Unibanco, que foi alvo direto da Operação Zelotes, foi o menos penalizado na Bolsa. Suas ações (ITSA4) registravam queda de cerca de 4,5% às 16h30, cotadas a R$ 8,21, ante fechamento de R$ 8,60 desta quarta-feira. O valor total das suas mais de 3,8 bilhões de ações encolheu em R$ 1,464 bilhão em apenas um dia.
Papel Valor de mercado: 30/11 Valor de mercado: 1/12
ITSA4 R$ 32,686 bilhões R$ 31,221 bilhões
BBAS3 R$ 34,940 bilhões R$ 32,708 bilhões
BBDC3 R$ 17,050 bilhões R$ 16,085 bilhões
BBDC4 R$ 79,348 bilhões R$ 74,920 bilhões
Operação Zelotes
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta a 8ª fase da Operação Zelotes tendo entre os alvos os bancos Itaú Unibanco e BankBoston. Foram cumpridos mandados de condução coercitiva e de busca e apreensão em São Paulo, Pernambuco e Rio de Janeiro.
Em nota, o Itaú Unibanco confirmou que a Polícia Federal fez diligência nas dependências da instituição e que o objeto da operação eram documentos relativos a processos tributários do BankBoston.
A instituição financeira disse que o contrato de aquisição com o Bank of America das operações do BankBoston do Brasil, em 2006, não abrangeu a transferência, para o Itaú, dos processos tributários do BankBoston e que por isso “esses processos continuaram de inteira responsabilidade do Bank of America”. “O Itaú não tem qualquer ingerência em tal condução, inclusive no que se refere à eventual contratação de escritórios ou consultores”, disse o banco na nota.
Dow Jones bate novo recorde com bancos e empresas de telecomunicações liderando ganhos
As ações financeiras avançaram mais de 15 por cento desde as eleições presidenciais norte-americanas de 8 de novembro
(Reuters) - Os principais índices de Wall Street subiram nesta terça-feira, com as empresas de telecomunicações AT&T e Verizon avançando e as ações dos bancos adicionando ganhos ao movimento pós-eleição, ajudando o Dow Jones a fechar novamente em nível recorde.
O índice Dow Jones subiu 0,18 por cento, para 19.251 pontos, o S&P 500 avançou 0,34 por cento, para 2.212 pontos e o Nasdaq Composite subiu 0,45 por cento, para 5.333 pontos.
O índice do setor financeiro da S&P subiu quase 1 por cento, impulsionado por um ganho de 2,2 por cento pelo Wells Fargo. O executivo-chefe do banco disse, em uma conferência de investidores, que o lucro no curto prazo pode ser prejudicado por causa da alta acentuada nas taxas de juros, mas vai se beneficiar a longo prazo de taxas crescentes.
As ações do Bank of America, do Citigroup e do Goldman Sachs também subiram.
As ações financeiras avançaram mais de 15 por cento desde as eleições presidenciais norte-americanas de 8 de novembro e são apontadas como um dos setores que devem se beneficiar quando o presidente eleito Donald Trump passar a conceder estímulos econômicos e reduzir impostos corporativos e regulamentações.
As ações da AT&T subiram 1,9 por cento. A empresa disse que o novo serviço de televisão streaming DirectTV Now superou as expectativas até agora.
Os papeis da Verizon subiram 1,2 por cento. A operadora dos EUA está vendendo 29 datacenters para Equinix por 3,6 bilhões de dólares.
Vale mergulha 4% em uma hora e meia; Itaú diz que “fatores que conduziram o rali vão se dissipar em 2017”
SÃO PAULO - As ações da Vale (VALE3; VALE5) sofreram uma reviravolta nesta quinta-feira (8). Guiadas por dados positivos da China, os papéis pareciam que iam registrar seu quinto pregão seguido de ganhos, descolados dos preços do minério de ferro, que encerraram em queda hoje, mas tudo mudou a partir da abertura das bolsas dos Estados Unidos, às 12h30 (horário de Brasília), que jogou para baixo também o Ibovespa.
De lá até às 14h, os papéis mergulharam 4% na Bolsa, atingindo as mínimas deste pregão. No pior momento do dia, as ações ordinárias registraram queda de 3,25% frente ao fechamento de ontem, a R$ 30,02, enquanto as preferenciais afundaram 2,84%, a R$ 27,05. Neste momento, às 15h28, os papéis ONs e PNs operavam em quedas de 1,87% e 2,41%, respectivamente, a R$ 30,45 e R$ 27,17.
No radar, um relatório de revisão mensal do Itaú BBA, que trazia uma leitura pessimista para os preços das commodities. “Alguns fatores que conduziram o rali vão se dissipar em 2017”, aponta a equipe de análise do banco.
A projeção do banco aponta um recuo nos preços dos metais no ano que vem, por fatores ligados à demanda e à oferta. “No lado da demanda, o mercado imobiliário na China tem sido o principal fator de alta em 2016, mas os apertos regulatórios para o setor vão levar a uma desaceleração em 2017. Na oferta, uma combinação de dólar forte e preços mais altos resultará em uma reação de produtores marginais”, comentaram os analistas.
Eles ressaltam, no entanto, que, apesar de menores, esperam preços bem acima das mínimas recentes, beneficiando a economia dos principais produtores globais.
Se tem um pensamento que é comum a todos é o que diz respeito ao FGTS, remunera mal além de ser um dinheiro que é seu mas fica preso.
Pois bem, agora o governo vai liberar as contas inativas e todos devem sacar, seja pra pagar contas, pra investir ou mesmo para gastá-lo, afinal o dinheiro é da pessoa e ela que deve dar o destino que quiser pra ele.
No meu caso vou pegar para investir melhor que o governo (TR + 3%), o pensamento que me veio a mente é de que pra quem não sabe muito bem sobre investimentos é possível fazer coisa pior que o governo.
Bom ponto @ancasodi
as novas medidas do Temer neste sentido foram boas, assim como a maior flexibilidade na jornada de trabalho. Devem dar um bom estímulo p/ a economia.
Infelizmente a maioria vai utilizar este dinheiro pra quitar dívidas e consumo. Uma minoria, mas minoria mesmo vai investir…
Até porque a ideia do governo é injetar dinheiro na economia e ajudar a estimular o mercado, se a pessoa devolver para o governo ou banco em forma de investimento (tesouro / poupança) a estratégia não dará certo.
Mas como eles sabem que isso não irá acontecer, acredito que a estratégia do governo foi certeira.
Seguindo o planejamento p/ 2017, descrito aqui, a não ser que o preço no mercado de ações tenha uma forte redução, tendo a focar o ano em investimentos de FIIs.
Indo adiante, o foco será em fundos de escritório e logística, de preferência em São Paulo, já apostando em uma retomada da economia no final deste ano. Dito isso, estou de olhos em bons ptos de compras em fundos como RNGO11, TBOF11, VLOL11, SDIL11.
Respondendo o @alesl que fez uma pergunta no tópico da CAFI, as principais posições de FIIs na minha carteira hoje são:
OBS: este percentual é em relação a todo o meu patrimônio investido, incluindo aí Ações e RF.
Só pra aprender um pouco mais…se não errei na conta dá aprox. 35% do seu capital investido.
É como que uma regra, vc divide 1/3 para cada seguimento: ações. FII’s e RF?
grato!
Cadu, obrigado pela postagem.
Para trocarmos algumas informações, com relação a SDIL, o fundo está pagando as parcelas da recisão da BRF (acho que tem mais uma ou duas parcelas), ou seja, não vai sustentar esse patamar e deve diminuir do que estava pagando, já que aumentará a vacância. Portanto não deve permanecer a cota nos 80,XX, como está hoje.
Concordo com relação à qualidade do imóvel, mas acho que sofreraybastante para diminuir significativamente a vacância (achismos mesmo)
Liquidei hoje minha posição neste fundo baseado nesta tese. Gostaria de saber sua opinião.
Grato mais uma vez
@ancasodi é que na verdade ainda tenho mais uns 12 FIIs na carteira, com participações menores. logo, hoje meu patrimônio está quase 2/3 em FIIs.
Indo além, não gosto de usar balanceamentos fixos, já pré estabelecidos. Acredito que isso engessa o patrimonio, e uma das vantagens que nós, pequenos investidores, temos, é uma maior capacidade dinâmica. Eu ajusto os tipos de investimentos conforme o mercado/cenário se desenha.
@alesl bacana usas informações!
Cabe lembrar tb que uma parte dos aluguéis serão reajustados pela inflação. Estimo que a rentabilidade fique em torno de 0,56 na metade do ano, com a vacância estimada + reajustes, o que daria um DY mensal de 0,70%.
Logo, é um excelente imóvel, que mesmo com uma alta vacância ainda paga um bom DY aos preços atuais, e não vejo outras novas vacâncias acontecendo no CP.
Estou apostando na recuperação econômica no final do ano, seguido de novos contratos de alugueis. Assim como os outros FIIs que passei, em sua maioria são bons imóveis, com uma maior vacância, e que tendem a se beneficiar mais com uma melhora na economia.
Valeu pelo retorno Cadu.
Realmente preciso aprender como se operara em FII’s, difícil entender essa questão da diversificação, o recomendado é ter bastante, no seu caso vc tem 22 FII’s.
Eu sou a favor da diversificação, mas o número de empresas na carteira depende do seu capital investido. Vc pode começar investindo em FIIs com uma capital inicial menor, e selecionar 4/5 empresas por exemplo.
Por sinal, a vantagem de se investir em FIIs é muito superior ao investimento em imóveis diretamente. Nos FIIs, vc também investe em imóveis mas de uma forma muito superior ao convencional, pois com um capital menor vc consegue diversificar muito mais, ter um retorno superior, ter liquidez, e muito menos trabalho.