PCAR3 - Pão de Açucar

Após essa subida ainda vale aumentar posição? Ou é melhor esperar para ver se volta a cair? Meu PM é 19,16.

Ainda não atingi o percentual que desejo para esse ativo!

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Preliminarmente, me parece que dá para seguir comprando e aumentando posição até um patamar de 30-40 reais tranquilamente. Fazer uma base nessa faixa de 20-25 acho que está excelente.

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Entendido! Obrigado!

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Amigo poderia fazer uma analise, de rani? O preço ta ficando excelente novamente

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Recentemente o pessoal do Edufinance também fez o valuation dela e achou um baita upside também.
Já ansioso aqui pelos resultados do seu @sr_fouquet!!!

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Eu havia feito já no passado, procure na pasta do Google que o colega vai achar. Não penso que nada tenha mudado desde então, o preço alvo estava próximo dae R$14 dentro da análise que fiz.

Tem o link do edufinance? Sempre bom comparar os números.

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Eu tava falando de PCAR, acho que vc pensou em Rani por causa do comentário do @omeprazol? Heheheh
O Edufinance fez um relatório, se vc se cadastrar no site deles, depois de alguns dias eles te mandam gratuitamente se tu responder um questionário. (Primeiro eles vão liberar um simples de umas 20pg que só conta a história da empresa. Aí uns dias depois vem o completo no email, com umas 100pgs e aí sim o valuation completo). Não tenho aqui agora, mas o preço alvo deles era na casa dos 90+.
Mas eles fizeram também uma matriz de sensibilidade considerando varias taxas de desconto e quanto ficaria o preço alvo em cada caso. O mais “pessimista” dos casos era uns ~60,00.

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De fato, fiz confusão.

Vou dar por finalizada essa primeira análise de PCAR. Pela complexidade da empresa, no sentido de ter feito várias mudanças ao longo de sua história, acredito que seria inútil abordar todos os aspectos de uma só vez. Então vou resumir o que achei da empresa.

Antes de mais nada é preciso entender que a empresa está se propondo um projeto que visa duas frentes: a primeira é reduzir a alavancagem e a segunda é focar no nicho de supermercados, que seriam lojas de médio porte, focada em segmentos de maior rentabilidade e com localização estratégica. Restam algumas dúvidas que precisam ser resolvidas, por exemplo, o que acontecerá com os postos do GPA localizados dentro das unidades vendidas ao Assaí? Isso não foi respondido nem pode ser deduzido.

Com o fechamento do Extra, por alguns anos, a maior operação da empresa tende a ficar na Colômbia, cerca de 45% da receita. Essa operação tem dado resultados muito sólidos com margem ebitda acima de 8%. A operação Brasil ficará dividida da seguinte forma:

Marca % ROL Lojas
Pão de Açucar 17,89% 181
Mercado Extra e Compre Bem 11,89% 174
Proximidade 5,17% 90
Postos 3,91% 74
GP Malls 0,75% 1

GP Malls é a exploração de imóveis e preferi deixar como se fosse um único bloco.
O segundo ponto a entender é o que cada loja produz e qual o plano de ampliação da empresa. Abaixo está o faturamento por loja atualmente. Trata-se de uma média e uma estimativa ao mesmo tempo, já que os dados do 4T20 estão um pouco sujos ainda com Assaí. Precisei projetar o 4T21, o que fiz utilizando uma média histórica de vendas que é 18% acima dos demais trimestres do ano.

Marca Lojas Hoje Vendas Loja Ano 1 Plano Expansão
Pão de Açucar 181 R$ 39,862 195 281
Mercado Extra e Compre Bem 174 R$ 27,548 188 188
Proximidade 90 R$ 23,166 90 190
Postos 74 R$ 21,299 74 74
GP Malls 1 R$ 79,000 1 1

A partir disso, minha projeção no momento é que este plano se estenderia até 2027.

Data Vendas Ebitda Margem Ebitda
31/12/2022 42.322 3.597 8,50%
31/12/2023 44.834 3.811 8,50%
31/12/2024 47.772 4.061 8,50%
31/12/2025 50.846 4.322 8,50%
31/12/2026 54.061 4.595 8,50%
31/12/2027 57.522 4.889 8,50%

Nas calls que assisti, é bastante comentado que o Pão de Açucar opera com margem acima de 10%, com a expansão e a maior presença na receita líquida, acredito que fui bastante conservador em utilizar 8,5%. Mas é provável que seja melhor esperar os números começarem a se concretizar antes de fazer projeções mais arrojadas.

Quanto ao Capex, este é um assunto interessante. É mais fácil estimar a necessidade de Capex pelo retorno que se obterá com o capital investido, o ROC, do que tentar fazer estimativas muito precisas. Por isso estimei que o GPA deve finalizar este ciclo de 10 ano com um ROC cerca de 4% acima do custo de capital. Isto é abaixo da média de países emergentes, mas não quis forçar a barra. Igualmente o ROE, ao calcular o FCFE, não pude colocar dentro da média setorial de 16% que o Carrefour, por exemplo, atinge. Cheguei a 8,5% para o último ano, mas este é o tipo de estimativa que se pode chamar de chute, o que tentei mesmo foi conduzir a empresa para o nível de alavancagem médio dos mercantes emergentes, de 25% de dívida bruta para 75% de patrimônio líquido. Isso libera bastante o fluxo da empresa do pagamento de juros. O Ebit chega a 6x a despesa financeira, incluindo os arrendamentos, o que me parece confortável quando comparo com outras empresas que analisei. Novamente, estou seguindo o guia que a direção tem dado, se mudarem de caminho, temos que ajustar junto com eles.

Outra coisa, o payout de PCAR é baixo, para o 10 e último ano de fluxo, projetei um payout dentro da média global, que seria 55% e consumindo 65% do fluxo de caixa livre. É uma informação que introduzi por conta própria, mas seria aquilo que é esperado. Neste 10 ano, o dividendo deveria ser de cerca de 1,2 bilhão para um lucro de 2,1 bilhões.

Para a perpetuidade, eu tive que fazer um arranjo, coloquei o plano de expansão da empresa dentro da janela 2022-2027, de 2027 a 2031, interrompi o crescimento e foquei em enquadrar a alavancagem, após isso, porém, projetei um crescimento real de 1% ao ano. 50% do PIB em outras palavras. É mais ou menos o que o PCAR fez na última década por comparação.

Apesar de ter tomado tempo, ainda estamos falando de rascunhos, então vamos às minhas conclusões:

Perpetuidade = Preço Alvo
Fluxo de Caixa R$ 100,61
EV/Ebitda R$ 109,22
EV/Sales R$ 97,50
Média R$ 102,44

O upside seria de 5x o valor atual mais ou menos. Para o cálculo da perpetuidade via EV/Ebitda e EV/Sales, utilizei a média global dos últimos 5 anos exceto 01/22, pois os números estão muito fora da curva este ano e não quero comprometer uma abordagem mais de longo prazo.

Falando nisso, minhas premissas seguem sendo: título do tesouro americano 10 anos, risco brasil (embi+) e prêmio do mercado norte-americano, média dos últimos 10 anos em todos os dados. O diferencial de inflação na perpetuidade está dentro das metas propostas pelos bancos centrais. Prefiro não reagir a variações de mais curto prazo, pois a única consequência disso é que ao invés de buscar distorções, estaremos sempre nos adaptando a elas e mudando de direção a cada momento.

Segue o link para consulta:

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Parabéns e muito obrigado

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Excelente

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Aula :clap:t3::clap:t3::clap:t3::clap:t3:

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acho que o @sr_fouquet foi as compras nos últimos dois dias, subiu quase 10% e agora soltou o relatório :sweat_smile: :sweat_smile: :sweat_smile:
Mas brincadeiras a parte, @sr_fouquet quantos % se sentiria confortável com PCAR3 em sua carteira?
Eu já tenho a um bom tempo e até ia aumentar semana passada na casa dos R$19 mas acabei sentando na mão com medo de mais quedas no mercado em geral.
Mais uma vez obrigado por compartilhar seu excelente trabalho

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Bom, isso iria pedir uma outra análise de gestão de carteira e risco rs. É bom se atentar a outras coisas como o histórico da empresa, a capacidade de rentabilizar investimentos etc. Neste sentido, PCAR é uma promessa, sólida, mas uma promessa. Estou com 10%, que seria mais ou menos uma posição padrão na minha carteira.

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Parabéns, está excelente o teu estudo!
E ficou semelhante ao resultado do pessoal da Edufinance, muito legal quando mais de um estudo assim converge pro “mesmo” resultado, reforçando as premissas.

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Dando meus 20 centavos a conversa: a um tempo atrás o Pedro Chermont da Leblon falou sobre a tese de PCAR3 e levantou esses pontos (principalmente sobre os Spin offs da Êxito e da CNova). O problema do Pão de Açúcar é uma operação que está ruim e não mostra grandes sinais de melhora devido ao mercado macro e forte concorrência, conjuntamente com um horizonte de tempo para materialização dos Spin Offs, além de um controlador “duvidoso”. Um Spin Off do Êxito é improvável e o da CNova, apesar de haver grandes probabilidades de ocorrer devido à necessidade da Casino de levantar capital, mesmo o Pão de Açúcar tendo preferência na venda no caso de uma cisão, é possível que o controlador querer melar a venda da parte do Pão para não atrapalhar sua operação. Você pode acabar tendo uma armadilha de valor na mão (uma operação ruim, com ativos ocultos bons mas que nunca se materializa).

Eu investiria na tese com um percentual do capital, esperando o retorno bem no longo prazo, ainda sobre o risco de enquanto isso o mercado subir e ela não acompanhar.

Ou, pode ser que amanhã façam o Spin off e vc saia num lucrão. rs

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@sellous, para ser sincero, eu não sabia e foi uma surpresa positiva, Cnova é uma participação relevante e negociada a mercado. Não considerava esse ponto e de fato esconde muito valor, é um grande gatilho com ctz. Mas a venda do Êxito não vejo sentido de porque ser cogitada, ou spin-off, como seja. Acabaram de incorporar essa operação que era separada, estava na bolsa colombiana para PCAR, então não faria muito senso, além disso é uma empresa acima da média. Para mim, neste caso, seria um gatilho negativo. Mas PCAR tem sido negociado abaixo do pares já desde antes do spin-off de Assaí que apenas evidenciou quão de graça está a empresa. É a Celesc do supermercados. Mas acho que a tentativa de desmontar a value trap (o gatilho) já foi feita e agora é esperar, eu coloco em ordem os seguintes fatores:

  • Vendas de R$5,2 bilhões em imóveis para o Assaí
  • Fim da operação do Extra hipermercado, isso imediatamente eleva a margem ebitda regional em pelo menos 150bps.
  • Entrada do Jorge Faiçal como diretor executivo
  • Formulação de um novo plano de negócios focado em supermercados e grocery stores.
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Receita e margem superaram minha expectativas. Ainda falta ler a DFP para entender melhor o lucro líquido e como vai ser a contabilidade da venda dos imóveis. Mas superficialmente me pareceu um resultado bem positivo.

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Teve um belo não-recorrente no IR, faltou a linha de lucro líquido ajustado no release rs

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@sr_fouquet, ótimas suas análises. Chegando a hora de eu voltar ao papel. Tenho uma carteira mais resiliente, focada em empresa sólidas e pagadoras de dividendos. GPA, nesse preço, é uma delas. Essa semana já vou voltar.

Há um grande desconto pela gestão ruim que no Brasil (lá fora está melhor). Acabaram com a Via Varejo e deixaram problemas contábeis que, qq hora, podem aparecer na GPA também. Porém, mesmo com descontos devido, está barato demais. Vale qq risco.

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