Política (parte 3)

Boa análise, porém há um ponto a ser considerado: Banco Central: até que ponto vai existir manipulação nas taxas de juros?

Penso que para 2026 o Lula chega muito bem na parte econômica, a tragédia será 2026-2030, aí sim vamos enfrentar mais 4 anos sem nenhuma reforma, sem controle de gastos.

Num cenário desses, podemos sim voltar a ver a inflação na casa dos dois digitos.

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Eles não tem mais de onde tirar recursos $$$ para custear os “supersalários”, despesas invisíveis, férias em dobro, 120 dias de folga, auxílio-moradia e todos os demais penduricalhos. Querem que o investidor pague a conta.

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Em relação à essa proposta de cobrança de I.R. para quem ganha mais de 50 mil por mês, algo que eu não estou vendo ninguém comentar é o seguinte:
Suponhamos que você é um aposentado que conseguiu ao longo de sua vida poupar 1 milhão de reais e tem esse valor aplicado, ainda que seja num CDB simples, rendendo seus 12% ao ano.
Suponha também que a inflação, num futuro não muito distante, dispare para 50% no ano. Se achou muito, basta ver o que aconteceu na Argentina. E para mim esse é um cenário possível mais à frente se o PT ganhar novamente em 2026.
Se a inflação atingir esse nível, esse mesmo CDB vai estar rendendo cerca de 65% ao ano, o que vai gerar uma “receita” para o aposentado de 650 mil no ano, fazendo com que ele passe a ser um super rico na ótica do governo e tenha que pagar mais de 65 mil de imposto de renda adicional.
Perceberam a pegadinha? É claro que existem distorções no imposto de renda que precisariam ser corrigidas, mas tributar dividendos ou aplicações financeiras dessa forma vai fazer com que seja cobrado imposto não sobre um ganho real ou uma renda, mas sobre uma inflação perversa que vai acabar corroendo o patrimônio em muito pouco tempo.

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A mesma estratégia vai ser usasa para a isenção de quem ganha 5 mil. Vão travar o valor e com o tempo a inflação vai fazer cada vez mais pessoas deixarem de ser isentas.

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Muito bem lembrado, o governo é uma coisa maligna, tudo é pensado por eles de forma diabólica para nos ferrar.

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Se o molúsco e Haddad não agirem rápido o dólar vai a 7

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É assustador, mas soa verdadeiro para mim. Com a trajetória do nosso déficit nominal, a expansão da dívida no refinanciamento e o fardo altíssimo dos juros, talvez menor apenas do que alguns paises africanos, eu tenho calculado um prazo entre 8 a 10 anos para o colapsodo Tesouro Nacional e, em seguida, do Banco Central. Mesmo o revezamento no poder não oferece nenhuma garantia de que as medidas corretas sejam adotadas. Fico perplexo de ninguém estar vendo isso ali na frente. Não acredito que vamos ter hiperinflação, mas uma inflação consistente na casa de 20-30-40-50%. O arcabouço fiscal virou uma piada de mal gosto. E pior que depois o fundo do poço neste período, até a população eleger um representante que faça o serviço, são mais dois mandatos. Eu tenho desenhado: Lula, Lula ou Haddad, Haddad, Mais ou menos 1, Mais ou menos 2, Van Hattem. Espero me enganar.

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A questão da tributação dos “super ricos”, conforme foi apresentada, é uma piada. Não é apenas questão do impacto nos investimentos, inclusive títulos que já são isentos, mas o fato que ele também é aplicado já na renda da pessoa. Vejo diversos problemas nisso:

  • No caso de a inflação dos últimos vinte anos se replicar, mesmo uma pessoa sem investimentos, uma renda de 50 mil representaria hoje algo próximo a 14 mil reais, se não houver reajustes no valor de cobrança, o que é longe de ser considerado um super rico.
  • Se investimentos forem sobretaxados, os investidores exigirão uma rentabilidade maior ainda, o que impactará para cima juros, encarecendo o custo de investimentos.
  • Os empresários já são taxados na pessoa jurídica, portanto é uma falácia falar que eles pagam pouco. A distribuição de dividendos pode ser isenta, mas o impacto já ocorreu na PJ.
  • A alíquota efetiva para os ricos é menor justamente pois fazem diferimento com outros gastos, algo que no final não foi atacado, pois é impopular.
  • Quem irá pagar no final é a classe média alta. O empresário provavelmente não irá distribuir os lucros, arriscando realizar (ainda mais) gastos pessoais na PJ ou sonegar.

Acredito que o melhor investimento no momento são ativos reais. Não recomento Tesouro IPCA. Ganhei um bom dinheiro quando comprei títulos a 7,5% com a queda da Dilma, mas o cenário agora é outro. Temos crescimento do país, mais 2 anos de governo e, apesar da aprovação do Lula ter caído, não parece ser o suficiente para que ocorra uma mudança dentro ou vindo de fora do governo. Trato sempre aplicações em IPCA como especulativas, para se ganhar na curva, principalmente sempre pela possibilidade de o IPCA não capturar a real inflação num horizonte longo, seja por falha nas métricas ou falha na gestão (lembrem-se que há um incentivo perverso para o governo pagar a dívida por meio de inflação).

talvez menor apenas do que alguns paises africanos, eu tenho calculado um prazo entre 8 a 10 anos para o colapsodo Tesouro Nacional e, em seguida, do Banco Central. Mesmo o revezamento no poder não oferece nenhuma garantia de que as medidas corretas sejam adotadas. Fico perplexo de ninguém estar vendo isso ali na frente. Não acredito que vamos ter hiperinflação, mas uma inflação consistente na casa de 20-30-40-50%.

Há países similarmente ruins, Itália, Grécia e Espanha são exemplos, a diferença é a Alemanha por trás para financiar esses países, além de serem países mais desenvolvidos, estáveis e com mercado mais pujante.

Acho difícil chegarmos ainda no curto prazo a uma inflação de 20% para cima, não há ainda indícios para isso. Mas que a inflação virá consistentemente para cima das expectativas, isso será de se esperar. Mas não acho que ainda sejamos um caso perdido. Guedes por exemplo fez um ajuste de quase 20% via inflação e câmbio em um único ano e as pessoas não perceberam. O que falta é o país gerar confiança, desindexar custos e índices para nos tirar do precipício. A questão é que o país só faz isso quando a situação fica muito ruim.

Então temos dois caminhos na política atual: o próximo governo, se for de direita, terá que fazer um ajuste tremendo e novamente ficará com o ônus de mau, ou o governo de esquerda se perpetua e terá que arcar com as consequências mediante a uma deterioração maior da situação fiscal. Para mim o PT já deveria estar enterrado, só ganhou pela forte rejeição de Bolsonaro. O melhor cenário seria Bolsonaro inelegível ou Lula não concorrer.

Mas falta dois anos ainda, como 2026 é um ano perdido, o decisivo virá ano que vem.

Aguardem que ele deve trazer fortes emoções.

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No dia que o Molusco assumiu e fez um discurso lá ao lado da rampa no Palácio do Planalto eu assisti todo o discurso e depois fiz um post aqui no fórum no qual dizia dois aspectos:
1) Na política seria mesmo o “nós contra eles”.
2) Na economia seria gastar como se não tivesse amanhã.

E realmente tem sido daquela forma.
Na economia o Molusco quer gastar tudo que conseguir e mais um pouco. Ele não está nem aí para aspectos macro-economicos. Isto ocorre porque o Molusco e o PeTe entendem que para ganhar a próxima eleição presidencial eles precisam “comprar votos com dinheiro público”.
Naturalmente, este posicionamento é economicamente falido, mas serve para ganhar eleições. Aí vão tocando até chegar numa situação similar aquela da Dilmanta.

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Na sua opinião, em um cenário de inflação na casa de 20 a 50%, é interessante manter os investimento em ações brasileiras?
Considerando o seguinte:

Ações de BOAS empresas PRINCIPALMENTE de exportadoras, tendem a manter - a longo prazo - o seu valor, apesar de crises inflacionárias PELA RAZÃO DE conseguirem repassar a inflação aos seus consumidores. Concorda com isso? Ou é melhor dolarizar tudo mesmo e renda fixa…

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Eu acredito que o valuation das empresas brasileiras vai ser esmagado em termos de custo de capital próprio e de terceiros, não obstante a experiência mostra que depois disso, eles tendem a ser mais indexados ao dólar do que outros ativos financeiros. Assim como imóveis, empresas tem maior indexação ao dólar do que títulos indexados a inflação que podem sofrer uma paralização temporária nos pagamentos, também são mais seguros no sentido de taxações e outras medidas mirabolantes.

Eu já comecei a me focar em ações e ativos estrangeiros custodiados no exterior: treasuries, IAU, stocks… além dos benefícios das BDRs e outros ativos que fazem a ponte com exterior, há menor risco fiduciário. Meu deadline para o Brasil se afogar em dívida é 8 a 10 anos, e mais 8 a 10 anos até o resgate, pois a situação vai ficar difícil, então em até 2 anos pretendo estar apenas com imóveis fisicos e ativos no exterior.

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Que cenário catastrófico você acaba de descrever para o nosso país, meu caro amigo! Sendo você um forista respeitado, não pude deixar de, neste sábado, puxar uma cadeira, preparar um café e tentar entender como sua projeção pode estar correta.

Vou começar pelas reservas internacionais do Brasil, que podem oferecer um alívio inicial.

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Sinceramente, eu não sei descrever passo a passo cada círculo do inferno, mas eu sinto que o termômetro está subindo.

O Brasil tem uma série de fatores positivos que me fazem pensar que vamos bater uma inflação de 20-30-40-50%, e não 1000%. Estou olhando mais para Grécia do que para Argentina ou Venezuela, mas sem o benefício do euro.

Isso significa que temos reservas internacionais para amortecer choques e que, premissa importante, embora abstrata, o Banco Central não pode comprar títulos diretamente do Tesouro Nacional, embora esteja carregado de títulos públicos na sua coluna de ativos.

Vou tentar explorar alguns dados e informações

Nossa dívida hoje é composta assim. Qualquer país é capaz de contornar uma dívida prefixada através de inflação, nós temos quase metade da dívida indexada à Selic.

Isso significa que o governo capta dinheiro a uma taxa média de 11,17% ao ano.

Nós temos dois problemas, um é pagar ou acumular os juros e outro é o refinanciamento, trocar dívida velha por dívida nova. Quanto mais a dívida sobe, e o FMI calcula valores acima de 90% Dívida/PIB para um prazo de alguns anos, mais difícil é para refinanciar tudo isso. A necessidade de refinanciamento hoje é de 1,5 trilhões, o PIB é 12 tri, mas, só os juros, se calcularmos grosseiramente 78% de dívida/PIB x 11,17% de custo, estamos falando de 8,7% de juros/PIB. Sinceramente há pouquíssimos países no mundo nesse nível.

Isso vai crescer, e em algum momento essa dificuldade do Tesouro arrecadar dívida vai se tornar um problema, mas tenho certeza que irão achar uma solução. Neste cenário, o dinheiro público entrando na economia vai começar a fazer estragos e precisamos olhar apenas algumas décadas atrás para ver as consequência. A inflação tende a ficar consistentemente acima de 20%.

Só que não teremos dívida prefixada para dar o calote. A Selic vai estar nas alturas, agravando ainda mais o problema, o dólar vai disparar, porque ele é a Selic flutuante, e aí surgirão as alternativas, estamos falando de vários anos a frente, mas vão vir aqueles prometendo mundos e fundos sem afetar o dinheiro público. Vai ser tentativa e erro até chegar alguém para arrumar a casa.

Vamos estar falando de um país com 100-110% de dívida pública, juros de 30%, inflação a 20%…

E as reservas internacionais? Se não instalarem o câmbio fixo, com certeza vai ser um grande atenuador destes problemas. Mas como o Brasil tem moeda própria, diferente de Grécia, Espanha, Portugal, que, aliás, você deve se lembrar dos protestos quando começaram a cortar gastos públicos, e até hoje o PIB de alguns desses países não se recuperou, não teremos nenhuma Alemanha para nos dizer o que fazer.

Então, sinceramente, acho que vamos ver déficit nominal de trilhão atrás de trilhão, até as coisas saírem do controle. E elas demoram a sair, é fato. Basta ver a fé cega que é depositada em países altamente endividados mas com bom histórico. O Brasil, todavia, não tem essa benesse.

Desculpe alongar, não sei se respondi seu ponto. Talvez possa ser mais especifico?

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Só fazendo um anexo: reservas internacionais são importantes mas devem ser tomadas com cautela, isso porque a partir do momento que se considera como um ativo a disposição, há exemplos na história que posso buscar onde elas foram utilizadas até o fim e os países entraram em moratória. Então como pilar da sustentabilidade, facilitadora do comércio exterior e a controladora de volatilidade em eventos pontuais, serve perfeitamente. Se pegarmos os U$350 bi e gastarmos para tentar controlar um evento estrutural, só vamos acabar sem reservas.

Aliás, não tinha colocado esse risco no cálculo. Principalmente se um famoso economista que conhecemos vier a ser presidente.

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Olha, acredito que estejam sendo sistematicamente pessimistas demais. É preciso dissociar um pouco a bolsa de valores da política. Um exemplo claro é, por exemplo, a Petrobrás, que sobe 100% (com proventos) desde o começo do governo atual.

A precificação já era tão negativa, que mesmo com perspectivas ruins, o retorno foi significativo.

Estamos no mais longo ciclo de lateralizarão do Ibovespa desde o começo da série histórica.

A reprovação do governo pelo mercado financeiro atingiu um dos piores índices, chegando a 90% e temos um dos piores anos da indústria do multimercado… e a perspectivas, tanto por parte do governo, quanto até pela troca do presidente do congresso não são boas, com diversos indicativos que as coisas vão piorar.

A pergunta é, quanto está no preço? Mesmo que o remédio seja amargo e índices continuem se deteriorando, se a perspectiva for de melhora num novo governo, os mercados irão reagir com força, veja a Argentina, por exemplo. Permanece com inflação muito alta, apresenta uma dívida muito maior do que a nossa, trimestres de decréscimo do PIB, mas a mera questão da perspectiva de uma melhora fez com que desde 2020 o índice Merval, em dólares, rendesse 2 vezes a mais que o próprio S&P.

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Eu concordo, como eu disse, as ações tendem a manter uma paridade com o valor global dos ativos que as respectivas empresas comercializam. Empresas globais como a Petrobrás e outras com forte atuação externa, tem o seu risco ponderado pelo mercado. No entanto, aquilo que diz respeito a operações no Brasil, como fração ou como todo, irá absorver o risco Brasil. A Argentina teve uma redução importante neste marcador, atingiu valores abaixo de 10%, que não atingia há bastante tempo, isto com certeza foi um dos fatores determinantes.

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Poderia explicar melhor isso? Por que é fácil contonar uma dívida prefixada?
Significa dizer que a inflação real, por exemplo, seja de 20% e o governo - por meio do IBGE - diga que a inflação foi de 15%, ou seja, um ganho de 5%, é isso?

E por qual razão a dívida selic (metade da nossa dívida) não pode ser contornada? E se o Bacen reduzir artificialmente a selic para ajudar o governo? Poderia me explicar melhor isso, consequências etc.

Edit: (olha a respota do chat gpt - versão 4.0) concorda?

1. Dívida Prefixada e a “Contornabilidade” por Inflação

A dívida prefixada tem como característica que os juros a serem pagos pelo governo são fixos e independentes da inflação real. Por exemplo:

  • O governo emite títulos com taxa de 10% ao ano.
  • Mesmo que a inflação dispare para 20% ou 30%, os credores continuam recebendo os mesmos 10% fixos.

Como a inflação ajuda a “contornar” dívidas prefixadas?

Se a inflação real for maior do que a taxa prefixada, o governo está, na prática, pagando menos em termos reais (ajustados pela inflação). Por exemplo:

  • Cenário 1 (Inflação Baixa): Taxa prefixada de 10%, inflação de 2%. O governo paga 10% reais.
  • Cenário 2 (Inflação Alta): Taxa prefixada de 10%, inflação de 20%. O credor perde poder de compra, e o governo “lucra” porque paga em reais desvalorizados.

Se, além disso, o governo manipular a medição oficial da inflação (como sugerido no exemplo, reportando 15% enquanto a inflação real é 20%), o ganho para o governo é ainda maior, pois a percepção de perda pelos credores é atenuada.


2. Dívida Indexada à Selic: Por que não pode ser contornada?

Metade da dívida pública brasileira está indexada à taxa Selic, ou seja, o custo da dívida flutua conforme a taxa básica de juros definida pelo Banco Central. Isso cria um problema porque:

  • Dinamismo: Se a inflação sobe, o Banco Central tende a aumentar a Selic para conter o aumento de preços. Isso faz com que o custo da dívida aumente proporcionalmente, ao invés de ser “reduzido” pela inflação como no caso da dívida prefixada.
  • Indexação Direta: O governo não pode “congelar” o custo dessa dívida, pois ele está vinculado à política monetária.

Por exemplo:

  • Dívida Selic: Se a taxa Selic estiver em 13,75%, a dívida cresce na mesma proporção.
  • Se a inflação aumentar para 20%, o Banco Central, para tentar controlá-la, pode elevar a Selic para patamares ainda maiores (digamos, 18%-20%), tornando a dívida mais cara de se financiar.

Portanto, enquanto uma dívida prefixada perde valor real com a inflação, a dívida indexada à Selic mantém seu custo ajustado automaticamente ao nível de juros do mercado, dificultando qualquer estratégia de desvalorização via inflação.


3. O Banco Central Pode Reduzir Artificialmente a Selic?

Sim, o Banco Central poderia, em teoria, reduzir artificialmente a Selic para ajudar o governo, mas as consequências seriam severas:

  1. Descontrole Inflacionário: Se o Banco Central reduzir a Selic em um cenário de alta inflação, a demanda na economia pode aumentar (juros mais baixos incentivam o consumo e investimentos), agravando ainda mais a inflação.
  2. Fuga de Capitais: Investidores estrangeiros e domésticos podem perder a confiança no governo e retirar seus investimentos, causando desvalorização do real e aumento no custo de importações, o que alimenta ainda mais a inflação.
  3. Perda de Credibilidade: O Banco Central perderia credibilidade como uma instituição independente, comprometendo sua capacidade de controlar a inflação no futuro. Investidores passariam a exigir prêmios maiores para emprestar ao governo, elevando ainda mais o custo da dívida.
  4. Impacto Cambial: Juros menores tornam investimentos em reais menos atraentes, o que pode levar a uma forte desvalorização do real em relação ao dólar. Isso eleva o custo da dívida externa e dos produtos importados, agravando a inflação.
  5. Risco de Crise Fiscal: A percepção de que o governo está manipulando os juros para facilitar o pagamento da dívida pode gerar pânico nos mercados, elevando os prêmios de risco e tornando ainda mais difícil o refinanciamento da dívida pública.

Conclusão

  • Dívidas prefixadas são “contornáveis” porque o custo dos juros é fixo, e a inflação desvaloriza o valor real dos pagamentos ao longo do tempo.
  • Dívidas indexadas à Selic não são contornáveis porque acompanham a taxa de juros básica, que tende a aumentar em cenários de alta inflação.
  • Manipular a Selic para aliviar o custo da dívida pode gerar descontrole inflacionário, fuga de capitais e perda de credibilidade, agravando ainda mais os problemas fiscais e econômicos.

Portanto, enquanto a dívida prefixada oferece maior flexibilidade para o governo, a dependência de dívida indexada à Selic deixa o Brasil mais vulnerável a choques de inflação e juros.

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