Small Caps

Eu não quero entrar na discussão política, até porque eu não compartilho dessa visão bonita sobre educação e acho que o que eu penso é muito impopular.

Dito isso, acho o Ensino Superior Privado, no Brasil, uma roubada para boa parte dos alunos e um dia eles vão se dar conta disso. Muita gente se endivida e acaba se formando em uma área que o mercado não tem capacidade e interesse nenhum em absorver os profissionais. Eu não invisto mais por conta disso. Acho quase um golpe.

Na maioria das vezes, um curso técnico de eletrecista é uma escolha melhor (em termos de empregabilidade e salário) do que uma formação em assistência social, geografia etc.

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Ah, perfeito seu comentário. O que vc questiona é o descasamento entre a demanda do mercado por profissionais qualificados e a formação tradicional de alguns cursos superiores.

Concordo totalmente com vc. Mas, nesse caso, o próprio mercado é o mecanismo mais eficiente para corrigir esse “desalinhamento” e isso passa por empresas privadas no setor. De toda forma, vc mesmo apontou um caminho alternativo que também requer formação e conhecimento, que é a qualificação profissional.

Eu quis me referir ao setor educacional de forma ampla, como formador de conhecimento, e não ao ensino superior tradicional ou à venda de diplomas vazios.

Estamos juntos.

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Particularmente concordo com o ricardotgo.
Em minha opinião, a única investível no setor é a Yduqs (Yduq3), pois está focando mais em cursos Premium como Medicina. Cursos como Direito, Engenharia, Medicina, entre poucos outros, o diploma ainda é essencial, além de possuírem um ticket médio maior.
Não sei como está a rentabilidade do Qconcursos, aquisição mais recente deles. Acredito que este segmento de Concursos Públicos pode bombar em um eventual governo Petista.

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Estou mais como observador no tópico, já que a maior parte da minha carteira não é em termos brasilianos de small caps. Acho que as menores são PARD e RANI, que vão indo bem. Mas tenho apanhado em algumas das grandes, BRFS provavelmente é o melhor exemplo. Mas a parte isso, tenho procurado observar nossos fundamentos e algumas coisas parecem andar na contramão:

Por exemplo, o aumento da inflação e dos juros diminuiu a demanda por residências, por outro lado, o impacto foi pequeno e, pasmem, os juros habitacionais continuam em tendência de baixa, chegando a uma média de 10,5%. Eu mesmo liguei no Bradesco por curiosidade e me ofereceram 9,15%.

O que ficou pior? Principalmente aquela grande leva de comprar bonds no exterior e revender debêntures indexadas aqui parece que acabou. Mas se isso é ruim para quem capta. É bom para quem compra equity. Já podemos praticamente equiparar a inflação do Brasil com a dos EUA, pelo menos no curto prazo. E o spread dos juros aponta para uma inversão. Em termos mais técnicos, com o diferencial de inflação negativo, o custo do capital diminui e atrai investidores estrangeiros para nosso país.

Apesar do cálculo do IBGE não representar muita coisa. O desemprego finalmente ficou abaixo de 10%. Em outras palavras, maior renda, maior consumo das famílias, maior PIB. Da onde vem isso? Deve vir em parte sim do boom das commodities, mas começamos a ver um movimento mais estrutural alavancando o consumo. Alias, endividamento das famílias é baixíssimo no Brasil. Faço o paralelo com guns paises europeus que possuem alto endividamento público mas pouco privado, e índice de desemprego semelhante… bom, porque eles tem o guarda-chuva do Euro não se vê juros maiores que 3%. Mas de novo me pergunto, em cenário de inflação global, para o investidor, isso é bom ou ruim?

A safra desse ano deve vir um pouco abaixo da última, na verdade cerca de 20%, em parte porque está faltando cloreto de potássio, em parte porque a China revisou em 10% suas importações mas é uma comparação que foi recorde, isso no que diz respeito a soja, duvido que a safra americana consiga surfar os nossos preços. O lado positivo para quem está em proteína animal, é que dá margem para o crushing spread das esmagadoras, o que deve refletir num farelo mais barato. O que acredito que deve vir muito forte é a safrinha de milho. Os preços vieram de 100 para 80 do plantio até agora já no fim da safra. O frango, e aí minha esperança na BRF, fez o movimento inverso, saindo de 6 para 8. Agora vou sentar e esperar as travas irem caindo e o resultado voltando ao positivo.

Ademais, nem vou comentar petróleo e petroquímicos, porque quem comprou está jantando no Fasano e não deve ler.

Se sobrasse capital para mim hoje, provavelmente focaria em setores mais avançados na cadeia de produção. Ou e de transformação, mas focando em algo mais acabado, não temos muitas… ou serviços, e aí entra desde varejo a atacado, transporte etc. Olhando num horizonte médio, vejo uma distorção do Brasil com resto do mundo, principalmente no que diz respeito a inflação. E aí ou o mundo reage aumentando os juros ou vai all in nessa aposta de controle monetária injetando liquidez. Em qualquer cenário, você tem Real forte, inflação igual ou abaixo da média mundial, e PIB avançando na casa dos 3% ao ano. Se fosse para pegar uma empresa e estudar mesmo, acho que seria a hora de reviver PTBL.

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Vou responder só agora, mas como diz aquele ditado: Antes tarde do que mais tarde! :rofl:

Demorei porque só terminei ontem as análises…

Sobre o desempenho das minhas empresas no 2T22, estou muito satisfeito com: LOGG3, RANI3, BLAU3, MDNE3, JALL3, VITT3 e TTEN3.

Achei neutro: FLRY3/PARD3 (estou fazendo trades entre elas… já fiz 3 vezes), AMBP3 (falarei abaixo), ALLD3, LVTC3 e SAPR3.

Esperava mais: MATD3, PCAR3 e GUAR3.

  • RANI3 e MDNE3 foram os melhores resultados. A JALL3 foi muito bem também, mas pesa sobre ela a tendência de queda dos combustíveis.
  • Sobre AMBP3 eu inicialmente achei o resultado negativo, porque a margem bruta caiu de 21-22% para 19-20%, já que isto não vinha ocorrendo. Contudo, a queda é normal diante de tantas aquisições e do cenário muito pressionado neste trimestre. De toda forma, as despesas financeiras foram as principais responsáveis por reduzir a lucratividade a zero e isto me preocupa menos agora que recebeu aquele aporte precificando cerca de metade da empresa pelo valor de mercado total dela. Considerando este aporte, a tendência é a lucratividade voltar a crescer…
  • Sobre ALLD3, eu gostei do resultado porque no 2T21 teve um alto valor de não recorrentes. Creio que deve começar a melhorar com o impacto da queda dos combustíveis na inflação e com a chegada do 5G. A queda da RL se explica pelo momento de pandemia ter gerado muita demanda e que leva tempo pra se ter a necessidade de trocar novamente. A maioria dos celulares hoje não são compatíveis com o 5G e faz muita diferença ter um compatível, quem já usou sabe…
  • Sobre a FLRY3, geralmente quando ela começa a se expandir mais forte as margens caem, ainda mais neste cenário atual de pandemia/guerra/commodities. Depois as margens tendem a voltar a crescer porque é um setor com muita capacidade de repassar custos. Adorei a aquisição da PARD3 porque é uma empresa com múltiplos melhores, desalavancada e complementar; claro que quem tinha PARD3 se saiu melhor, mas foi um ótimo negócio pra FLRY3.
  • SAPR3 com resultado normal: inflação de custos sem o devido reajuste.
  • LVTC3 com mais um trimestre pressionado, mas com retorno até surpreendente da lucratividade.
  • MATD3 esperava mais por causa do crescimento já contratado. Estou apostando na capacidade do setor de repasse dos custos, ainda mais nesta empresa que costuma ter as melhores margens do setor. Tem ainda muito crescimento contratado.
  • GUAR3 esperava mais com a volta da economia presencial. O que mais pesou no resultado foi a inadimplência, que tende a melhorar com o auxílio emergencial e a retomada da economia.
  • Esperava mais de PCAR3 por causa do segmento, mas uma mudança tão agressiva leva tempo pra gerar resultados. A redução da alavancagem pra mim vai ser essencial…

Das que não tenho em carteira, destaco FESA4 com um excelente resultado; TUPY3 também foi muito bem; DEXP3 resultado ruim em comparação ao anterior, mas a precificação tá defasada, o difícil aqui é imaginar como a empresa vai se comportar no médio prazo (por isto não entrei); ESPA3 com um resultado muito ruim; ABCB4 ao contrário, muito bom; e PFRM3 com um ótimo resultado, mas a alavancagem está muito alta.

Sobre a MLAS3, eu gosto muito da operação da empresa, mas os resultados têm vindo bem fracos e os incentivos fiscais montam quase 11% da Receita Líquida dela (o maior entre todas as empresas que acompanho). Gostei muito dos últimos investimentos em motos elétricas e drones e da expansão do segmento governo.

Agora com a SELIC fazendo topo e a inflação recuando, meu foco vai ser as empresas que apanharam mais ultimamente, mesmo estando no lucro em algumas.

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DE OLHO NA MNPR3 TENHO UM PRIMO QUE TRABALHA NELA E FALOU A MUDANÇA DA GESTÃO :eye: :eye: :eye: :eye: :eye:

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ola , que mudança de gestão?
vão vender p outra empresa?
é positivo ou negativo p a MNPR?