UCAS3 - Unicasa

A Unicasa caiu. Tem investidores recolhendo os cacos
Geraldo Samor

A Alaska Investimentos — cujo principal sócio é o investidor Luiz Alves Paes de Barros — acaba de montar uma posição de 10% na Unicasa, a fabricante de móveis planejados que fez seu IPO a R$14 em 2012 e agora negocia a R$2.

“Não temos como prever quando a ação vai voltar a andar, mas a assimetria agora nos parece favorável,” disse um gestor na Alaska. “Achamos que estamos comprando o papel com muita margem de segurança.”

Quando estreou na Bolsa, a tese de investimento na Unicasa parecia uma beneficiária óbvia do boom imobiliário do país: cada novo apartamento vendido gerava demanda potencial para uma cozinha e uma sala planejada.

Mas poucos meses depois do IPO, os resultados começaram a decepcionar os investidores, e o papel fechou cada ano seguinte abaixo do ano anterior.

O maior problema da Unicasa foram as contingências geradas quando alguns revendedores não lhe repassavam o pagamento recebido do cliente; além de realizar este prejuízo, a Unicasa era forçada a honrar a venda para não comprometer sua marca. Nas contas da Alaska, as despesas com contingências — que já chegaram a R$ 20 milhões em 2014 — hoje são metade disso.

A Unicasa hoje vale R$138 milhões na Bovespa, tem zero de dívida e R$ 41 milhões no caixa, no final do último trimestre. Nenhuma corretora hoje cobre a empresa, impedindo que haja um consenso de mercado na Bloomberg.
A companhia negocia a 68% de seu patrimônio, opera a 40% da capacidade — um retrato da maior recessão da história brasileira — e já chegou a gerar R$ 80 milhões de EBITDA no saudoso ano de 2011.

A Alaska está apostando que uma melhora da economia nos próximos quatro anos vai reativar as vendas e evidenciar que a empresa está barata no preço atual. Nos nove primeiros meses deste ano, a Unicasa, que dá prejuízo há dois anos consecutivos, perdeu apenas R$ 143 mil. Entre 2009 e 2012, os anos do boom, a empresa dava lucro anual entre R$ 37 milhões e R$ 58 milhões. (Quando a economia virar, os prejuízos dos últimos anos permitirão à Unicasa se beneficiar também de créditos tributários de R$ 20 milhões.)

A Unicasa tem quatro marcas para atender faixas de clientes diferentes: a Dell Anno, que responde por 30% a 35% do faturamento, tem tíquete médio de R$ 25-30 mil, seguida da Favorita (R$ 20-25 mil), New (R$ 15-20 mil) e a Casa Brasileira (R$ 10-15 mil).

Desde 2012, a companhia reduziu seus revendedores exclusivos de 952 para 400, e permanece focada em estreitar a relação com eles. Para combater a inadimplência, a Unicasa lançou várias iniciativas. Desde o ano passado, começou a exigir que os revendedores depositem garantias reais, frequentemente equivalentes a três meses de vendas estimadas. Hoje, 70% da rede já fornece estas garantias. Para aumentar seu controle sobre a venda final, a Unicasa implementou este ano o Unitoken: agora, assim que o revendedor faz uma venda, ela gera um número próprio e é informada imediatamente à fábrica.

A Unicasa tem apenas sete lojas próprias, que usa para ficar em contato com o consumidor final e entender a evolução das tendências.

Com R$ 1,6 bilhão em ativos sob sua gestão, a Alaska é uma gestora focada em ações ‘deep value’, ou seja, que negociam substancialmente abaixo de seu valor patrimonial. Outras posições relevantes da gestora incluem a empresa de shopping centers Sonae Sierra Brasil, a companhia de imóveis comerciais São Carlos, a Comgás, a Cosan Logística e o Magazine Luiza.

O maior acionista da Unicasa é o empresário gaúcho Alexandre Grendene, dono de 41% do capital e com um histórico recente de ativismo na Even. A família Zietolie — fundadora da empresa — tem outros 16%.

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Boa noite a todos, estou percebendo uma movimentação estranha neste papel, alguém aqui do fórum, poderia me dizer se existe algo de natureza fundamentalista que de alguma sustentação para o que esta começando a aparecer no gráfico?
As vezes algumas coisas aparecem do nada. Fui verificar no fórum se havia algo sobre a UCAS e achei este único comentário, de bastante tempo atrás.
O processo normalmente é ao contrario: a partir de fatos/dados fundamentalistas selecionamos ativos e então através do gráfico procuramos o melhor ponto de entrada. Sei que aqui esta ao inverso. O gráfico esta indicando a movimentação altista e estou buscando algo que fundamente esta visão.
Analise Técnica – visão gráfica
Como eu já comentei eu tenho um sistema que fica rastreando ativos, na verdade aplica um conjunto de setups, e depois nos ativos “eleitos”, aplica um conjunto de regras/guias para poder eleger a operação.
Na semana passada em chamou a atenção porque o ativo foi barrado por uma guia de preço, e isto só ocorre quando ele atende a uma regra de negócios. Ou seja, algo estava ocorrendo com o volume daquele ativo.
Regra – no meu sistema é algo que não pode ser ignorado, ou seja um ativo barrado por uma regra não pode ser operado de forma alguma. Numero de negócios é regra, então abaixo de certo número não há o que fazer.
Guia – permite que o operador mude o parâmetro, e de continuidade a operação. Por exemplo, como foi o caso aqui – o sistema esta parametrizado para não permitir operação de ativos com preço menor que 2,00. No caso a Ucas estava em 1,96. Como é uma guia o trader/operador pode liberar.
Como é meu costume nestes casos, resolvi fazer um estudo, primeiro com critérios técnicos, tipo: pivot, principais medias, ifr, obv e outros fatores que considero. Como não encontrei nada que de fato elimina-se o ativo, dei continuidade ao estudo de forma que este ativo possa ser operado.
Parti então para o estudo das Ondas de Elliott, embora o volume deste ativo não seja ideal para este tipo de analise.
No gráfico mensal, percebi que podemos estar começando uma onda 3, com o objetivo em 5,65, depois uma correção de onda 4 até 4,76) , tendo como alvo principal deste movimento 8,07. Claro que a medida em que as ondas forem acontecendo é necessário fazer os ajustes.
No semanal fui procura então a onda 3.1, que pelo meu traçado no gráfico mensal deveria terminar em torno de 3,00. No caso porque a onda 3 do mensal já teria se iniciado em 1,68 e com o termino previsto em 5,65 como foi dito.
O interessante é que já dá para ver neste tempo gráfico a onda se desdobrando, ou seja já tivemos a onda 3.1.1 terminando em 2,15 e a onda 3.1.2 terminando em 1,85, que foi exatamente a correção de 61,8 da onda 1. Coisa de livro. O objetivo da 3.1.3 esta em 2,61, o que faria com que a 3.1.4 retrocedesse até 2,35 e a 3.1.5 fosse até 3,08, ou seja bem próximo do valor que eu estava procurando, após atingir este alvo (3,08) teríamos um recuo que pode chegar até 2,21 ou 2,54 dependendo da força do movimento.
A ordem de compra armada a mais de uma semana, em 2,33, mas na semana passada o ativo bateu em 100% da projeção da onda 3.1.3, e podemos ver no diário a formação de um flamula. O que só pode ocorrer em uma onda 3, então isto reforça a situação do ativo. Então vou esperar o inicio da semana para ver se o ativo retorna ao fundo do triangulo criando o ponto “e”, e se ocorrer a entrada deverá ser alterada para 2,20 (provável rompimento do triangulo)
Olhando o gráfico podemos ver que 2,61 (alvo da onda 3) é bem próximo do fechamento do gap em 2,65. Entretanto a projeção do mastro/bandeira caso o rompimento ocorra na área de 2,2x esta em 2,67.

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Como sempre, ótima análise @wdgi

Do pto de vista de AF, a empresa segue com resultados decrescentes, sem mostrar ainda nenhum sinal de reversão. Por outro lado, é uma empresa que está com uma situação financeira tranquila, então não tem riscos de insolvência no CP.

ucas

Então esta alta pode ter sido por dois fatores:

  • o mercado já antevendo uma possível melhora na rentabilidade, mas acho que esta só começaria em 2018;
  • a empresa ou irá fechar o capital, ou tem alguma proposta de venda do controle.

Eu diria que a segunda opção seria mais plausível, pois não vejo nenhum sinal de melhora nos resultados no CP.

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Muita boa a sua analise, muito obrigado.

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UCAS3, acredito que tem esse problema.

http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2017/06/13/internas_economia,876276/cvm-condena-administradores-da-unicasa-por-uso-de-informacao-privilegi.shtml

Os controladores.

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Só para relaxar um pouco. Como eu sempre falo este forum me tras sorte.

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Sorte nada, vocês são bons… que isso atraia mais prosperidade à vocês e colegas pra cá hehe. Abs

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Alguém sabe informar porque a ALASKA se desfez de sua posição na UCAS3?

esf.ferrari, vc tem a fonte dessa informação?
no site da empresa não comunicaram alteração de participação acionaria
obrigado

marifur, no site do RI da UNICASA consta o seguinte :

acabo de olhar no site da Bovespa:

então deve ser apenas no site de Ri que não estão informando mesmo.

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Gostei do resultado do 1 tri da Unicasa. Me parece um inicio de um turn around promissor. Não estudei a fundo essa empresa e não conheço tanto esse segmento de móveis. Alguém pode dar uma opinião por favor?

Ainda está bem distante de melhora.
Se comparar o resultado do último tri com o do 1T 18, o lucro bruto caiu -3%.
Por outro lado reportou uma forte queda nas despesas com vendas e administrativas (pelo que entendi olhando rapidamente o release, foi por causa do fechamento de lojas próprias), o que levou a um lucro liquido superior.

ucas

Mesmo assim, ao meu ver está bem precificada. A margem de segurança está muito baixa pelo risco no ativo.

Empresa UCAS3
Cotação atual 3,02
Preço alvo pelo PSBe esta em 5,18 com potencial de crescimento de 71%
Pelo FCD, utilizando uma taxa de crescimento de 8% ano, p/ os próximos 5 anos,
com 9% de taxa de desconto, chego a um valor de 2,17
Na cotação atual, e considerando uma perpetuidade de 0, o mercado esta precificando pelo
FCD um crescimento anual de 25% p/ os próximos 5 anos.

Indicadores Anual Ultimo tri anualizado
P/L 29,63 16,78
P/VP 1,15
ROE 3,9% 6,8%
DY 0,00%
Margem Operacional 1,6% 7,9%
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Aumento de 36% no Lucro Líquido comparando com o trimestre anterior.
No geral número melhores.

Fiquei enrolando pra aumentar posição esses dias, bailei hehe…

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Tenho muito pouco dela (deveria ter comprado mais), acompanho a empresa a ± 1 ano e meio (quando ninguém olhava pra ela).

O Turnaround já está 100% completo praticamente, todo esse ganho de LL acredito que veio da redução de despesas + vendas no exterior (estratégia de abrir lojas nos EUA).

Parei de comprar pelo preço, se anualizando esse LL de 4MM e fazendo um FCD chego a conclusão que o papel já está bem precificado ou com leve margem (bem leve mesmo), justamente por isso parei de comprar á cima dos 2,5 reais.

Com dólar se mantendo alto + continua redução de despesas o LL pode evoluir ainda, resta saber se veremos ela á 3 reais ou menos ( o que acho improvável) o que na minha opinião jusitificaria uma compra.

Quem acompanha ela , sabe que foi um BAITA turnaround, a gestão responsável merece muitos aplausos!

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Bom resultado. Parece que finalmente apresentou melhora na rentabilidade de forma mais consistente.

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Efeito de alavancagem operacional dessa Unicasa tende a ser muito expressivo. A empresa fez um corte tão brutal de SG&A, que encolheu da despesa operacional em coisa de uns 30%, em algumas linhas até mais que isso, além dos custos variáveis. Quando a receita voltar mais forte (o que não deve demorar muito), vejo o lucro dela literalmente bombando. Apesar da alta forte recente, to pensado em aumentar

“Geral” com sentimento de “queria ter comprado mais”… me too. :blush:

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Pra mim o calcanhar de Aquiles deles era isso aí.
Expandiram sem critério, aí “deu ruim”.

EDIT.: Complementando… Olha aí:

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A companhia ainda não viu suas vendas decolarem, mas tem feito o dever de casa reduzindo despesa e assim melhorando produtividade.

Vale ressaltar que nesse trimestre teve um não recorrente de 1,3 milhões impactando positivamente o lucro que foi a reversão da PDD.

Fiz uma análise em meu blog, bem rápida e direto ao ponto do 2T19. Deem uma conferida: http://www.lucroporacao.com.br/post/unicasa-ucas3-resultado-do-2t19/

Abraços!

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