Vale a pena comprar ações? Ações x Fiis x Renda Fixa

Gostaria de tirar uma dúvida com vocês baseado na experiência que estou tendo com meus investimentos.

Desde 2017 venho fazendo investimentos diversos em Ações, FIIs e renda fixa (CDI, LCA. etc). Então aproveitei o feriado para fazer alguns cálculos e chegar em algumas constatações.

Na média, meus investimentos estão rendendo conforme a tabela abaixo:

Renda fixa - 0,70% ao mês.
FII - 0,60 %
Ações - 0,25%

Então fiz uma projeção, investimento 100k, quanto tempo eu conseguiria dobrar (200k) esses investimentos - incluindo as variações de compra - como por exemplo agora tem renda fixa a 1% e ações mais baratas

Temos para renda fixa uma tabela assim:

Na média Anos
0,50% 11.11
0,60% 10.1
0,70% 8.8
0,80% 7.5
0,90% 6.8
1% 5.11

Se eu continuar investindo a 0,70 vai demorar 8 anos e 8 meses para dobrar
E se investir em 1% vai demorar 5 anos e 11 meses

Tabela dos FIIs

Na média Anos
0,60% 13.9
0,60% 10.1
0,60% 7.2
0,60% 13.1

0,60% - 13.9 - Sem reinvestir dividendos
0,60% - 10.1 - Reinvestindo apenas
0,60% - 7.2 - Vendendo na melhor média do mercado
0,60% - 13.1 - Vendendo na pior média do mercado - q para mim seria agora rsrs


Se eu continuar investindo a 0,60 vai demorar 10 anos e 1 meses para dobrar
E se investir a 0,60 e conseguir vender os FIIs na melhor média do mercado consigo em 7 anos e 2 meses
E se vender na pior média iria demorar 13.1 anos.

Essa média de preço é comparado as minhas compras.

Já para as ações temos o pior dos 3 cenários

Na média Anos
0,25% 39
0,25% 15.1
0,25% 12.1
0,25% -

0,25% - 39 - sem reinvestir dividendos
0,25% - 15.1 - investindo os dividendos - recomprando ações
0,25% - 12.1 -Vendendo na melhor média do mercado
0,25% - Vendendo na pior média do mercado - aqui teria prejuizo forte!


Temos 39 anos, 15.1 anos se não mudar nada e 12 anos e 1 mês se conseguir uma forte alta.
Obs: carteira pensando em análise fundamentalista com ações tipo ENBR3, SAPR4, PETR4, ITSA4, BBAS3, AMBEV3

Conclusão

1 - Se você não reinvestir os dividendos tanto em ações quanto em FIIs você está ferrado

2 - Os FIIs mesmo tendo uma variação nos preços, a rentabilidade é a mesma, então o ideal é tentar conseguir preços bons de compra

Dúvidas

  1. de 2017 para 2021 é um cenário curto para analise? São 4 anos. Quando falamos em longo prazo seria de quanto tempo?

  2. Levando em conta que as ações tem um risco muito grande, por que vale a pena investir nela se a renda fixa traz o retorno mais rápido?

Claro que se tivesse escolhido ações que bobaram, talvez teríamos o retorno mais rápido. Mais é bem difícil e acertar a ação correta. Então temos que diversificar em várias ações, mais isso faz com que a chance de você acertar uma super alta seja maior, porém terá menos dinheiro investido nela devido a diversificação o que torna tudo ainda mais complicado.

Como vocês avaliam esses cenários nos seus investimentos?

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Retorno médio de 3% a.a. com ações é um sinal de escolhas que deram errado. O IBOV subiu 13% a.a. de 2017 até hoje. Talvez seja a hora de comprar ETF aqui ou lá fora

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Resonance, esses 13% que você está falando é referente a apenas a cotação da ação, ou a cotação + os dividendo distribuidos?

Pergunto isso pois os 3% acima são apenas de pagamentos de dividendos.

Mais baseado no que você falou, tendo em vista a dificuldade na escolha de ações (mesmo escolhendo as mais faladas no fórum) então não vale a pena investir em ações. É isso?

Sobre o ibov: o índice considera dividendos

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Como estavam essas rentabilidades no final de 2019? Talvez essa rentabilidade aparentemente fraca apenas indica que as ações da sua carteira estão baratas agora… (Apensar do ibov nos 100k, muitas ações aparentemente boas estão no preço do ibov da pandemia… Nós 60k)

1 curtida

Eu diria que não faz muito sentido calcular só os dividendos. A sua rentabilidade total provavelmente é maior que esses 3% a.a. Se você vai seguir esse critério, tem que decidir o que seria um resultado bom ou ruim. FIIs vão ter um yield maior que a maioria das ações inicialmente porque distribuem 95% do lucro, mas ao mesmo tempo o potencial de crescimento é mínimo. Os ETFs no Brasil acumulam dividendos, os dos EUA não

ETFs são fundos passivos de ações, então é como investir em ações mas seguindo um índice, e o imposto é o de fundo. Mas a sua rentabilidade total provavelmente é até maior que a do IBOV, se for calcular, então provavelmente nem vai ser melhor não

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5 anos de taxa de amostragem, sendo que 2 de uma das maiores crises mundiais, com empresas nem podendo pagar dividendos, não acho suficiente para tirar alguma conclusão. Outro detalhe que chamou a atenção seus fiis e ações rendem isso comparando com valor investido? Não seria mais justo fazer o yeld on cost? só ideias que me passaram na cabeça… não acho que se possa comparar bem renda fixa com esses outros ativos, se amanhã sua ação ou fii dobra ou cai pela metade, como fica?

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Muito bom ver os colegas dividindo suas experiências e frustrações por aqui. Parabéns pela iniciativa e pela disciplina no acompanhamento de sua carteira, caro @adrwtr!

Como sou da geração X, pós “baby boomers”, minha cabeça foi forjada em um país eternamente periférico, marcado pelas maiores crises inflacionárias do mundo, excessivamente burocrático e consagrado paraíso de banqueiros e rentistas.

Em outras palavras, cresci e me formei sob o paradigma de um país em que empreender é missão quase impossível e que as crises econômicas fazem parte do nosso cotidiano.

Nesse cenário, sempre foi muito mais cômodo apostar na renda fixa e gozar do baixo risco e pouca complexidade para acompanhar os investimentos. Bater a renda fixa anos a fio com uma carteira de ações sempre foi um desafio para os gestores durante todo esse período pós-democratização.

Os riscos muito maiores, a complexidade na apuração dos ganhos e declaração do IR, as horas gastas em “stock picking”, as crises da bolsa que minguam os rendimentos e mitigam a liquidez, os casos de fraude/falências… Todos esses elementos sempre me levaram a pensar na renda variável no Brasil como uma aventura. Coisa de aficcionados (grupo no qual me incluo desde o ano de 2001).

Alguns colegas podem colocar aqui a perfomance do ibov ou de algumas ações versus CDI em longos períodos e fazer o comparativo. Isoladamente, os números até podem mostrar uma performance pouco superior de alguma carteira/papel. Entretanto, com raras exceções, é inegável que a renda fixa sempre foi bom negócio no Brasil, com risco muito menor.

Portanto, na minha visão, infelizmente, isso deve continuar assim por muitos anos, apesar do período recente em que presenciamos os menores níveis de juros da história recente de nosso país. Por fim, registre-se que isso não quer dizer que em alguns períodos sua carteira de ações poderá bater facilmente a renda fixa. A maior marca do nosso país é justamente a imprevisibilidade. Já que entrou neste universo, eu continuaria apostando na diversificação.

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https://www.cnnbrasil.com.br/business/desde-o-plano-real-bolsa-rendeu-2524-metade-do-cdi-mas-o-dobro-da-poupanca/%3Famp

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Alguns comentários:

1- Estruturalmente, uma ação que pague dividendos ou que as distribua em teoria deve gerar o mesmo retorno desde que você reinvista os dividendos. O dividendo é parte do caixa da empresa e quando é distribuído ele é subtraído do valor da empresa. O que ocorre é que uma empresa que retém os dividendos está usando o capital para reinvestir nela mesma. Portanto uma carteira de dividendos na qual você não reinvista eles terá uma performance provavelmente menor que a média de mercado, fato importante ao se levar em conta nas estimativas de uma carteira previdenciária.

2- Uma taxa de juros real positiva de longo prazo e substancialmente elevada por um longo período praticamente inviabiliza investimentos em setores produtivos, que foi o que ocorreu com o Brasil nas últimas décadas (tivemos uma das maiores taxas reais do mundo). Nesse caso a performance da Bolsa será ínfima. Entretanto vale ressaltar que ações são títulos perpétuos (enquanto durar a empresa). Uma implicação simples disso é que uma ação que pague 10% hoje de dividendos, caso mantenha sua capacidade de distribuição, gerará para sempre 10% de retorno, enquanto seus títulos de renda fixa terão um prazo limitado. Pessoas que compraram ações em 2000 e as mantiveram até hoje possuem dividendos dependendo da ação de 40% ao ano ou até maior, caso a empresa tenha crescido (por isso Lestrade falou do yield on cost)

3- É importante ressaltar que há uma possível certa falácia na rentabilidade em títulos de tesouro IPCA quanto a rentabilidade contratada. Por exemplo, um título de 15 anos de duração até seu vencimento que tenha rentabilidade garantida de 5%+inflação com inflação média de 5%a.a. no período terá um retorno real após os impostos de 4,1%. Caso a inflação passe para 10% o retorno cai para 4%. Pode parecer pouco, entretanto o problema é em casos de inflação elevada e taxas reais menores. Uma taxa de juros real de 3% com inflação de 50% a.a. daria um retorno de 1,89%, um retorno quase 37% menor que o esperado. Em casos de hiperinflação, a situação é pior, visto os índices inflacionários não capturarem o real aumento de preços (uma diferença pequena entre o índice calculado do governo para os títulos, e o real, simplesmente lhe levaria ao prejuízo).

4- Se sua intenção é criar uma carteira para longevidade, pense antes da rentabilidade na diversificação de riscos, redução de custos e impostos. Pode não parecer, mas esses dois terão maior impacto na sua rentabilidade, principalmente com pouco capital, do que um maior retorno, e nesse quesito FIIs e ações tem mais vantagens pois não possuem vencimento, há estratégias de redução de impostos e caso transacione pouco os custos e impostos serão baixos, diferente da renda fixa.

5- Por fim, quanto a suas dúvidas:

  1. “de 2017 para 2021 é um cenário curto para analise? São 4 anos. Quando falamos em longo prazo seria de quanto tempo?” Há muitas respostas para isso, em geral o mercado lhe dirá 3 anos (pela análise de fundos que sempre lhe apresentarão). Alguns investidores normais e youtubers dirão 5 anos. Livros didáticos, na qual realizam análise de séries, começam a tratar o longo prazo como 7 a 10 anos, pois consideram abranger pelo menos todo um ciclo de mercado. Para previsões previdenciárias, 30 anos são os cálculos comuns para carteiras.

  2. “Levando em conta que as ações tem um risco muito grande, por que vale a pena investir nela se a renda fixa traz o retorno mais rápido?” Já detalhado pelos outros foristas e pelas infos aqui. Um bom livro para tirar essas dúvidas é “Investindo em ações no longo prazo”, entretanto é importante frisar que ele utiliza o mercado americano para as análises.

Caso entenda bem inglês e queira simular possíveis carteiras para tirar dúvidas, recomendo o: https://www.portfoliovisualizer.com/ Ele realiza simulações bem complexas e é gratuito, só não procure ações e FIIs específicos nele.

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Gosto muito de uma citação de Adam Smith em que ele diz que à época, a renda proveniente de um negócio, já descontada todas as despesas de investimento para o próximo ano, era de aproximadamente 1/30 do seu valor de compra. Uma carteira de dividendos que rendesse 3,34% em dividendos, estaria próximo destes valores mencionados pelo famoso filósofo. As coisas não mudaram tanto.

Isso também mostra que investir em ações é essencialmente uma ciência de acumulação. A renda imediata, de fato, sempre foi a primeira escolha dos rentistas. No Brasil, isso ainda é possível, mas boa parte do mundo tem vivido períodos atípicos. Se o seu objetivo é dinheiro no bolso, títulos, certificados, imóveis, são a melhor opção. Minha mãe tem 73 anos e sua carteira é muita focada nestes aspectos.

Se o objetivo é obter um grande retorno, em que a renda seja capaz de suplantar qualquer outra expectativa e ainda haja a perspectiva de crescimento: empreender é o melhor caminho.

Posso te provar que investir em ações é mais lucrativo do que renda fixa ou imóveis e com certeza menos arriscado do que empreender.

Vamos comprar ações do Banco do Brasil, não reinvestir 1 centavo em dividendos e esperar apenas que o banco mantenha um ROE de 13% no período de 10 anos. São expectativas bem baixas. Sei que eles tem uma política de reinvestir 60% dos lucros.

Período Entrada Saída Saldo
2021 Compra (R$ 100.000) (R$ 100.000)
2022 Man. R$ 7.589 R$ 7.589
2023 Man. R$ 9.024 R$ 9.024
2024 Man. R$ 9.728 R$ 9.728
2025 Man. R$ 10.487 R$ 10.487
2026 Man. R$ 11.305 R$ 11.305
2027 Man. R$ 12.187 R$ 12.187
2028 Man. R$ 13.137 R$ 13.137
2029 Man. R$ 14.162 R$ 14.162
2030 Man. R$ 15.267 R$ 15.267
2031 Man. R$ 16.458 R$ 16.458
2032 Man. R$ 17.741 R$ 17.741
2032 Venda R$ 228.030 R$ 228.030

Este seria o nosso fluxo, isso nos garante uma TIR de 15,89% e um retorno total de 128%. Podemos argumentar que a taxa composto foi menor, de 8,59%, quando pegamos apenas o valor de compra e de venda, mas foi nossa opção não reinvestir. Contudo, o seu dividendo saiu de 7,6% para 19,1%. O seu P/L de 5,3x para 2,1x. Exato. Em 10 anos, os lucros seriam metade do valor que você pagou pelo banco.

Por que isso ocorre?

Preço VPA LPA Payout ROE P/VP
R$ 29 R$ 47,27 R$ 5,53 40% 12% 0,6x
R$ 31 R$ 50,59 R$ 6,58 40% 13% 0,6x
R$ 34 R$ 54,53 R$ 7,09 40% 13% 0,6x
R$ 36 R$ 58,79 R$ 7,64 40% 13% 0,6x
R$ 39 R$ 63,37 R$ 8,24 40% 13% 0,6x
R$ 42 R$ 68,32 R$ 8,88 40% 13% 0,6x
R$ 46 R$ 73,65 R$ 9,57 40% 13% 0,6x
R$ 49 R$ 79,39 R$ 10,32 40% 13% 0,6x
R$ 53 R$ 85,58 R$ 11,13 40% 13% 0,6x
R$ 57 R$ 92,26 R$ 11,99 40% 13% 0,6x
R$ 62 R$ 99,45 R$ 12,93 40% 13% 0,6x
R$ 66 R$ 107,21 R$ 13,94 40% 13% 0,6x
R$ 66 R$ 107,21 R$ 13,94 40% 13% 0,6x

O mercado hoje precifica o VPA do banco em 0,62x. Então decidi manter para efeito teórico. Mas o seu valor patrimonial um pouco mais do que dobrou do período. Se formos um pouco generoso e no momento da venda, precificamos o P/VP em 1,0x. Os R$100 mil viram R$368 mil, sem reinvestir um centavo, sua TIR pula para 19,25%.

Value investing é isso. Comprar boas empresas, esperar que elas cresçam e com sorte ver o mercado as valorando adequadamente no final. Nenhum outro investimento na lista, exceto empreender, pode oferecer uma TIR como esta de 19,25%, mas se colocarmos uma relação risco/retorno, certamente ações vão ser a melhor forma de poupança.

Exceto é claro se você já atingiu uma certa maturidade e não vê mais tanto sentido neste xadrez de longo prazo. Espero ter ajudado.

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Esse é um ponto bem positivo dos instrumentos isentos. Os grandes bancos hoje oferecem LIGs isentas a IPCA+6,5%.

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De curiosidade, se voltar no tempo e fizer essa conta 10 anos atrás, como seria a conta de chegada vs o que de fato aconteceu?

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[Renda Fixa x Renda Variável (clubedospoupadores.com)]

Trecho que pode te interessar…
O Prof. Samy Dana tem um artigo que trata deste assunto. Ele mostra que a renda fixa ganha da bolsa no longo prazo (veja aqui). O Samy fez 4.010 simulações em um horizonte de três anos, em 43,69% dos casos a Bolsa se saiu melhor. Mas, ao contrário do que alegam os financistas, em um horizonte maior, de 12 anos, a Bolsa venceu em apenas 39,5% dos casos em 1.742 simulações realizadas.
Segundo o Samy, as pessoas não percebem que existe uma enorme diferença entre a bolsa brasileira e a bolsa dos EUA ou de países desenvolvidos.
…especialistas defendem a bolsa como investimento de longo prazo. Eles defendem isto pois estão falando da bolsa dos EUA e não da bolsa de países emergentes como o Brasil.

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Segue em retrospecto. @ccvalerio

Período Entrada Saída Saldo
2011 (100.000) (100.000)
2012 6.851 6.851
2013 10.016 10.016
2014 7.002 7.002
2015 8.699 8.699
2016 3.852 3.852
2017 3.989 3.989
2018 6.394 6.394
2019 10.769 10.769
2020 6.230 6.230
2021 7.160 7.160
2021 122.996 122.996

TIR: 8,74%

Bem abaixo do que projetamos para o futuro, contudo as demais variáveis permanecem as mesmas com modelo projetado. Tivemos no período uma queda no ROE e no P/VP. Isso é verdade também para os demais bancos. Contudo o VPA aumentou em 2,5x, o LPA chegou a 6,52 no pré-pandemia, podemos dar um desconto neste aspecto, apesar de que o BB de fato não tem se destacado entre os demais bancos.

Preço VPA LPA Payout ROE P/VP
R$ 24 R$ 20 R$ 4,24 44% 22% 1,17
R$ 26 R$ 23 R$ 4,26 38% 20% 1,11
R$ 24 R$ 25 R$ 5,55 43% 24% 0,99
R$ 24 R$ 28 R$ 4,01 41% 17% 0,86
R$ 15 R$ 28 R$ 5,15 40% 20% 0,52
R$ 28 R$ 31 R$ 2,88 32% 12% 0,90
R$ 32 R$ 35 R$ 3,95 24% 14% 0,90
R$ 46 R$ 37 R$ 4,62 33% 14% 1,27
R$ 53 R$ 37 R$ 6,52 39% 20% 1,41
R$ 39 R$ 44 R$ 4,45 33% 12% 0,89
R$ 29 R$ 50 R$ 5,62 30% 14% 0,58
R$ 29 R$ 50 R$ 5,62 30% 14% 0,58

Mais fácil visualizar por aqui:

Parece que o CDI é primeiro da série, mas não estamos contando os dividendos.

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Vou fazer uma pergunta polêmica sem elaborar muito, mas na mesma linha do post inaugural:

vale a pena comprar FII? É um produto relativamente novo, mas, ao meu ver, tudo indica que é melhor simplesmente comprar IMAB.

FII tem um risco x retorno muito pouco atraente quando comparado à renda fixa.

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Não tenho intenção de contestar o estudo, o horizonte de 10 anos geralmente é considerado de longo prazo pelos analistas. Como o CDI surgiu em 1986 e o real em 1994, a maioria dos estudos se concentra neste período. Anteriormente, não havia tanto acesso a dívida interna e o país costumava pegar empréstimos no exterior para se financiar. Tivemos altos rendimentos no renda fixa justamente pois se tratava do período de estabilização da moeda. Contudo, o Ibovespa surgiu em 1967. Todos os números nesta época eram referenciados em dólar. Ainda não existia o IPCA, mas o IGP-DI da FGV. A maior parte dos brasileiros tinha acesso a poupança, não havia grandes alternativas de investimento. Por isso, ao focar estes estudos em períodos onde temos mais dados, acabamos ignorando os grandes ciclos econômicos que o país viveu. Aliás, em grande parte, acabamos focando em períodos de baixo crescimento.

Abaixo um gráfico indexado no dólar, considerando desde o início do índice e incluindo os índices de inflação e a poupança:

Além disso, podemos depreciar o dólar pelo CPI, parece inacreditável, mas $100 em 1967 valem $10,80 em 2021. Mantendo o valor de compra, o investimento no IBOV resultaria em $1.991 dólares no momento atual, tendo atingido $3.284 em 2019. O S&P500TR, que inclui dividendos, ajustado pela inflação do período, valeria um retorno de $2.585. Não muito distante, mas considerando o risco de cada bolsa, seria justo estarmos com alguma vantagem. Isso poderia ser explicado pelo preço/valor que temos em cada mercado hoje. Na verdade, o retorno do S&P é bem próximo do custo real histórico do equity, 6,3%. Uma taxa que creio ser secular. A poupança e a inflação mantém razoavelmente o poder de compra, com leve vantagem para poupança obviamente.

Renda só é vantajoso em país desequilibrado. Em processo de readequação. Como dizem: a rentabilidade passada não é garantia de retornos futuros.

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FIIs podem ser novos, mas são só uma forma repaginada de investir em imóveis, que é uma forma de investimento muito mais antiga.

Para mim valeria a pena por si só de ser uma classe diferente de ativos sujeita a riscos diferentes do mercado de ações e de renda fixa.

Sobre o IMAB, a comparação é difícil porque poucas coisas bateram o imab11 nos últimos 10 anos. Mas poderia ser resumido da seguinte forma “se você acredita que os FIIs repassarão a inflação nos ajustes dos contatos, ao menos em parte, então os FIIs vão ter um retorno melhor que o IMAB”.

Minha opinião: quando a economia for bem os FIIs vão ter ganho real de valorização acima da inflação, até que as incorporadoras encham o mercado de prédios/galpões/shoppings e iniciem um novo ciclo de sobre oferta.

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Um detalhe importante nos FIIs é o rendimento mensal, quais outras opções de retorno mensal nós temos disponíveis, com liquidez inclusive?

Está bem, minha carteira de FII derreteu nos últimos meses….