A Natura tem uma história incrível, não me surpreende ter sido esta a escolha. Se não me engano, a compra da Bodyshop veio após um período de declínio das vendas diretas e a impossibilidade de replicar este modelo no exterior. Já existia a boutique em Paris, mas não era suficiente para escalar as vendas. É uma empresa que me mantenho atento a respeito. Aliás, não só ela, mas temos algumas estrelas decaídas por aí: CCR, Hering, BRF e outras. Apesar da NTCO ao que me parece, já estar precificando bem mais este retorno.
É uma boa estratégia, também procuro trazer a análise do mundo real ao lado da financeira e muitas vezes é quem dá a palavra final. Tivesse aprendido isso no início, não teria “quase” investido em DROG, LREN, ODPV ao invés de perder estas grandes oportunidades para apenas investir em múltiplos atrativos.
Obrigado pelas explanações. Todos temos boas e más histórias e me parece que nenhuma delas de fato terminou para você. Esses dias mesmo pensei em Ambev. É a característica da gestão, o estilo, não sei. Mas há um excesso de conservadorismo para uma empresa tão madura que a meu ver muito atrapalha o valuation dela. Virtualmente, poderiam devolver quase a totalidade do patrimonio líquido para os acionistas e se financiar com endividamento, como a Coca-cola faz. Até gostaria de monitorar se isso um dia pode acontecer, mas acho difícil.
Algumas empresas que creio não ter visto na sua lista:
Tenda - uma das construtoras mais eficientes do mundo
Irani, consumo interno, papel e papelão
BRF, líder mundial em proteína de frango
Embraer, é difícil e problemática, mas uma referência nacional
Vale, dispensa apresentações
Ferbasa, uma das maiories minas de minerio de cromo do mundo, referência na commoditie
Até pensando além, se um dia você expandir para o exterior, não seria errado pensar que ao investir no Starbucks, você estaria fazendo uma aposta no café brasileiro. Uma forma lucrativa de vendê-lo pelo menos, já que se trata de um hábito global abastecido em grande parte por nossas terras.