Só uma observação, os meses estão como 2022.
No mais, parabéns
Só uma observação, os meses estão como 2022.
No mais, parabéns
Relatório mês de setembro de 2023
Mais um mês terminado. Nossa carteira neste mês rendeu 0,58% contra um IBOV de 0,71% e um CDI de 0,97%.
Carteira Brasil o retorno foi de 2,07%, portanto acima do CDI e do Ibovespa. Mas a carteira no exterior foi mais uma vez detratora rendendo -2,82%.
No ano temos um acumulado de 31% Brasil e 3,02% exterior, contra um IBOV de 6,22% e CDI de 9,98%.
Maior retorno no mês foi de AGRO3 com 19,35%, e o menor retorno foi de MDNE3 de -9,56%, mostrando como o cenário interno está ainda desafiador.
No exterior JPM foi o maior retorno com 1,37%, e o menor retorno foi de PFE com -4,75%, mostrando a dificuldades do cenário externo com juros em patamares elevados e a curva de juros invertida.
O cenário macro interno e externo continua desafiador, mas entendemos que nossa carteira está preparada para captar as altas conforme os juros vão caindo.
Este mês entrou na carteira CXSE3, empresa com boas avenidas de crescimento e boa pagadora de dividendos, embora seja uma empresa nova na bolsa, mas já demostra bons resultados. Aqui consideramos um erro, pois tínhamos o ativo em carteira, saímos com uma alta de 30%, porém sem perceber as avenidas de crescimento.
Maim um trimestre, mais um passo para viver de dividendos. 3T23:
Média mensal de renda passiva cresceu R$ 385,69 no trimestre, chegando próximo da meta de 2,9k.
Renda passiva + ativa acabou de superou o resultado do ano passado:
Carteira segue pulverizada, a grande mudança foi a saída do FGTS dando espaço para ABCB4 no TOP 6:
Com as despesas do AP, estamos iniciando uma reforma, o indicador da riqueza (parâmetro que utilizo para me aposentar com o padrão de vida que tenho) segue andando de lado:
Crescimento patrimonial deu um salto em julho e praticamente andou de lado em agosto e setembro:
Para mais informações: Destaques do trimestre (3T23) | Os Poupadores
Relatório mês de Outubro de 2023
E o mês das bruxas termina com a carteira caindo -5,64%. Brasil a carteira terminou em -6,95% e exterior em -2,48%. IBOV fechou o mês em -2,94%, e o CDI em 1,00%.
No ano continuamos acima do benchmarck com carteira em 14,5%, e Ibov em 3,11% e CDI em 11,07%.
Mais uma vez o cenário macro está desafiador para mercado local e internacional com juros subindo e aversão a risco aumentando. Com isso o impacto a ativos de renda variável local sofrem mais, porém entendo que a carteira está posicionada para capturar a queda de juros.
Ponto de risco é: o ciclo de juros brasileiro não cair o quanto o mercado espera, ou seja, a Selic terminal não for de 9% ou 8,5% dado o risco fiscal e as taxas de juros mais elevadas do EUA por um tempo mais prolongado.
Tivemos um evento ruim com AMBP3, o controlador fará um follow-on que diluirá bastante o acionista minoritário. Não entraremos no FO, e a empresa está em analise para venda. A depender do resultado assumiremos o prejuízo.
Rentabilidade dos ativos: Destaque positivo para BBAS3 2,48%, e destaque negativo para AMBP3 -34%.
Recebemos os seguintes dividendos no mês de outubro: DVY, IVV, JPM, TUPY3 e VIVT3.
Aproveitei uma oportunidade de comprar uma casa, mesmo isso estando fora dos meus planos, pois o valor foi muito convidativo. Para isso, tive que entrar em um financiamento da caixa. Dei 1/3 do valor do imóvel de entrada, financiando o restante. Mesmo assim, mesmo com dívidas, eu coloquei como meta pessoal manter pelo menos 100mil investidos, sendo que o excedente vou vendendo e sacando aos poucos para amortizar o financiamento. Prioridade é amortizar, mas se minha carteira cair abaixo de 100mil, é compra!
Carteira atual:
detalhamento das seções “ações, fundos imobi… e ETFs e BDRs”:
Carteira “ideal”:
detalhamento das seções “ações, fundos imobi… e ETFs e BDRs”:
rentabilidade da carteira, considerando as movimentações que fiz, do início do ano até agora: 10,75%
Olá!
Desculpa me meter assim, mas você não acha que tem ativos demais não? Sobretudo pelo tanto de capital investido, imagino que boa parte dos seus ativos não representem muito da sua renda. Acho que há um excesso de “diversificação” que mais atrapalha do que ajuda. Atrapalha a conhecer de fato e com profundidade os ativos no qual vocÊ tá investido e, no final das contas, acabam minando também sua rentabilidade.
Você falou que sua rentabilidade no ano é de 10,75%. Só o IBOV deu 13±. BOVA11 teria ganhado da sua carteira sem nenhum stress. Eu não tô dizendo pra você trocar toda sua carteira por BOVA11, mas entre ter apenas BOVA11, algum ETF gringo + RF e ter esse tanto de ativo, eu iria preferir a versão simplifcada da coisa.
Uma das coisas que eu acho que é a grande vantagem da PF é poder investir em empresas de menor capitalização e não ter preocupação com benchmark. Se não for pra investir assim, acho muito trabalho pra pouco potencial de ganho extra.
Enfim, são apenas algumas considerações para expor um ponto de vista divergente. Abraços e boa sorte nos investimentos.
Minha carteira é bem maior q a sua e possui pouquíssimos ativos. Se estudar bem, da para fazer ótimos retornos. Meus retornos passados também são excelentes. E eu fiz so 2 compras grandes este ano. No resto do tempo deixei o dinheiro na renda fixa.
A renda fixa eu nem olho qto rende, mas uso coisas próximas a 90 - 150% cdi com liquidez altíssima, p fazer aportes. Menor parte em um fundo no banco do brasil e outra parte no mercado pago.
Eu invisto há mais de 6 anos.
Só em 2023 ja deu mais de 35% nao sei se o apo conta proventos ou nao.
As coloridinhas do final sao Unipar 3 5 e 6…
Dessa sua carteira, imagino que o que mais trouxe retorno este ano foi BBAS. Estou certo?
Nem sei tem acao c 500%+
Eu so uso home broker, parei de controlar com planilha. Bbas deu um retorno mto bom este ano, uns 65% + dividendos.
Cada ano alguem ai se destacou rs.
eu tinha mais dinheiro antes, mas após a entrada na compra do imóvel realmente ficou pouca grana, muito pulverizado. Obrigado pelas observações!
Pessoal, alguém possui carteira de ações automática baseada em indicadores?
Pergunto isso porque existem vários livros (fórmula mágica joel greenblatt, por exemplo) que ensinam fórmulas automáticas de investimento, também existem muitos trabalhos acadêmicos com backtesting de fórmulas, todos eles demonstram excelentes resultados.
Claro que muita gente usa indicadores para fazer um filtro inicial e depois se aprofunda mais nas ações selecionadas, mas não é isso que estou falando. Gostaria de saber se alguém já testou na prática uma carteira 100% baseada em indicadores e como foi a experiência?
No site fundamentus, se você entrar em “investimento consciente”, acha algumas análises antigas e tentativa de rankear as ações…
https://fundamentus.com.br/pagina_do_ser/coroa03.htm
No link acima, tem o ano de 2003.
Nunca investi dessa forma, mas imagino que a principal barreira são as normas contábeis que mudaram muito ao longo do tempo. Então a gente acha p.e. uma empresa de imóveis com P/L muito baixo e é 100% não recorrente. Se tiver bom conhecimento disso, creio que seja possível. Um plano B pode ser selecionar setores específicos ou ir para bolsa americana, onde a diversificação tende a aplainar essas diferenças. Nos estudos que você leu, quantas ações em média existiam na carteira?
A casa de research dica de hoje tem umas carteiras baseada em indicadores. A carteira de Graham bate o IBOV com muita folga. Ganha, inclusive, das carteiras de stock picking da casa.
É verdade, os não recorrentes podem ser um problema. Acho que na montagem de uma carteira atual, pode se verificar caso a caso a existência de não recorrentes, já para estudos e backtesting não saberia como lidar com isso… talvez excluir números muito baixos ou muito altos (outliers).
Quanto aos estudos, tem esse TCC de 2022:
COMPARAÇÃO DE CARTEIRAS DE AÇÕES COM O IBOVESPA: SEGUINDO A ESTRATÉGIA DE INVESTIMENTO EM FATORES DE VALOR - THIAGO STEINERT DE OLIVEIRA
Bem interessante, usando a fórmula de greenblatt, o autor cria portfólios com 10, 15, 20 e 25 ações e comparações com rebalanceamentos anuais e trimestrais, todos batem o ibovespa com boa vantagem.
No estudo também há referência a outros estudos semelhantes.
você viu a rentabilidade atual? lembro do Daniel Nigri fazendo muito vídeo sobre essa carteira um ou dois anos atrás, mas depois disso nunca mais vi (fiquei curioso se a rentabilidade continuou batendo as das outras carteiras dele)
Olá,
Já fiz diversos estudos de carteiras automatizadas e vou pontuar algumas coisas que observei no TCC que apresentou, além de outras falhas em diversas dessas simulações.
O aluno não levou em conta o viés de sobrevivência, ou seja, empresas que fecharam capital, faliram ou pararam de apresentar resultados são excluídas dos resultados. Uma razão muito simples do porquê não ajustam as análises para isso é que dá muito trabalho manualmente conferir e excluir as empresas nessa situação.
O aluno usou uma linha de corte de liquidez “reta” de 500 mil. A liquidez deveria ter sido ajustada pela inflação conforme regredia no período. Esse é um dos motivos da baixa seleção de ativos quanto mais ele regride no tempo, o que também inviabiliza um estudo qualitativo melhor dos resultados.
Um erro geral que vejo nesses backtests é que ao fato de descasamento de resultados. Veja, quando você pega o Economática (aplicativo utilizado pelo aluno) ou mesmo o Bloomberg (principal aplicativo usado lá fora) e escolhe um índice histórico (ex: PL de uma ação em abril de 2017) ele irá lhe apresentar um índice com um resultado do balanço que na verdade não estava disponível na época, simplesmente porque é assim que as databases funcionam e foram programadas… Assim que o balanço é disponibilizado os índices são atualizados para o balanço do referido e não há como retroagir para desconsiderar essa informação. O que acaba acontecendo é que os resultados nos backtests acabam sendo beneficiados por terem provavelmente índices (PL, ROIC, PVPA, etc) de empresas que surpreenderão o mercado.
As taxas utilizadas como custo foram muito baixas. Os spreads de ações pouco líquidas, são significativamente maiores de 0,5%.
Os cálculos não levam em conta os Impostos, o que diminuiria significativamente os resultados.
Quanto mais rápido o giro na carteira nos estudos, maior o aparente resultado, mas maiores são os custos e impostos (a carteira de Graham do Dica de hoje entra aqui)
Houve uma mudança importante na metodologia do cálculo do Ibovespa em 2014, que tornou o índice mais eficiente.
Outros problemas já foram abordados por Damodaran (e colegas daqui), e o meio mais simples de conhecer eles e diversos estudos são pelos livros do autor (recomendo o Filosofias de Investimento).
Uma importante ressalva que faço é que, por exemplo, os resultados na última década da fórmula mágica no mercado americano foram pífios, perdendo significativamente para o S&P 500. Você conseguiria ficar com seus investimentos mais de uma década abaixo do índice de referência com sua metodologia e ainda assim manter a sua estratégia? Houve dois fundos que utilizaram o sistema da fórmula mágica e ambos fecharam por resultados ruins. Pessoas que já acompanhei no youtube falando que estavam testando a fórmula sempre acabam desistindo.
Dito isso, o factoring investing possui grande respaldo acadêmico, apesar de muitos estudos apresentarem problemas. Ultimamente no mercado americano seus resultados estão sendo muito ruins (junto com todas as ações value investing).
Como muitos, uso filtros para me ajudar a escolher minhas ações, mas prefiro eu mesmo escolher quais quero investir, MESMO que isso leve a um resultado pior. E o motivo é simples: faço isso pois adoro o mercado financeiro e ele me impulsiona a conhecer melhor o mundo e como ele funciona.
Obrigado pelas colocações, de fato fala com propriedade. Estou bem inclinado (só esperar entrarmos em 2024) a criar uma carteira baseada só em indicadores e o objetivo principal é deixar o vies pessoal de lado.
Percebo que no meu portfólio atual, tenho dificuldade de selecionar ações com maior risco e volatilidade, sendo que essas provavelmente serão as escolhidas numa carteira automática de indicadores.
Vamos ver como será a experiência na prática…
Vou procurar esse livro do Damodaram, já li o Valuation - como avaliar empresas e escolher as melhores ações e estou tentando ler Narrative and Numbers, mas meu inglês nâo é muito bom.