Debate sobre Carteiras - 3ª parte

Obrigado pelas dicas, @sellous. Prefiro ficar neutro na questão dos juros, pois de fato está muito ligado ao ciclo das commodities ou ser um mini ciclo causado pelo choque de oferta ou uma mudança nos fundamentos. Pode ser um meio termo. O Ulrich entrevistou o economista chefe do BBI esses dias e ele disse algo que me chamou a atenção. O yield da treausury de 10 anos aponta para um cenário de pouca inflação. Esse poderia ser considerado o consenso mundial, por ser o ativo com maior liquidez do mundo. Outro ponto é acompanhar os indicadores de China e EUA pois são os principais fatores que impulsionam preços. Estamos em situação parecida com o plano Reagan em 79. Inflação exógena e juros altos forçando uma recessão para combatê-la. Mas ainda é um cenário muito incipiente. A chuva já melhorou este ano e a tarifa vermelha pode não durar muito. Esses veranicos aliás são bem típicos e até esperados, o exagero ao tocar no assunto se deve mais à média de longo prazo que vem em declínio e causou “os piores níveis em 90 anos”.

A Eternit está no meu radar também. É curioso apesar de tudo a empresa ter um market cap hoje maior do que no passado. Gosto da presença da família Barsi no conselho também. Sobre as fotovoltaicas, é um driver legal, mas de longo prazo. Assim como a fábrica de pré-fabricados da Tenda. Só para fazer justiça, a mina fica aqui em Goiás, na cidade de Minaçu e não em MG. O lobby para reabertura para exportações foi forte. A cidade praticamente tinha morrido com o fechamento. Pensei em investir na época mas não coloquei fé.

Sobre energia, dei uma olhada no valor de mercado de tudo em 2019, 2020 e agora e realmente pouca coisa subiu, muito ficou igual ou caiu. A Alupar parece estar tendo uma ascensão muito boa e dependendo de até onde vai a maturação dos projetos, pode ser uma growth com perspectiva de bons dividendos a longo prazo. Saneamento não gosto, muito investimento e pouco caixa.

Sobre a Jalles, ela é de Goiás também, já visitei a empresa e é uma blue chip, não tem uma palha de cana ou papel de bala ao redor da usina, cuidada com esmero, acho que é uma empresa com forte apelo ESG.

JBS estudei bastante no passado e recusei preços bem baixos. Prefiri BRF pela gestão. Com todas as mudanças na empresa, é bom lembrar quem manda nas coisas e é o tipo de situação que pode te colocar com a faca no pescoço algum dia. Petro a mesma coisa.

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Prezados, com a alta da Selic de ontem e projeção de novas altas futuras, quais investimentos atrelados a esse índice os senhores sugeririam para aproveitar essa onda (algum que tenha liquidez)?

LCI DI LIQUIDEZ 90 DIAS do Banco Inter. Taxa de 98% do CDI.

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Os melhores já se foram. Até o meio desse ano tinha LCI com liquidez diária pagando 110% do CDI no Daycoval, vencimento em 3 anos. Agora está em 105%, e reduziram o prazo máximo. Imagino que em outras instituições esteja ocorrendo algo semelhante

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Com o DI subindo o % vai minguando naturalmente. Não pode esquecer que na outra ponta tem alguém pagando a conta e que tem um limite que essa outra “pessoa” consegue honrar. Nos tempos da SELIC a 14,25% cdb acima de 120% cdi era para 4 ou 5 anos de carência.

A genial esta oferecendo 220% do cdi com liquidez diaria

https://lp.genialinvestimentos.com.br/cdb-220/[email protected]

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Por 3 meses e aplicação máxima de R$ 10 mil

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Passei esse tempo dando uma pesquisada em construtoras, também me interessei por energia que foi sugerido e as demais empresas comentadas. Também olhei a CAFI obviamente rs. Calculei o beta da carteira, conforme haviam comentado, o que foi curioso, utilizando o Small como referência, ao invés do Ibov (acho um péssimo benchmark), daria 0,80. De fato já é uma carteira bem defensiva como foi dito. Algumas coisas que pensei:

Energia foi sugerido e pagaria dividendos, mas estou torcendo o nariz um pouco para esses resultados apresentados. Muita coisa parece barata, mas se você pega o regulatório, que é o que vale, nem tanto…

Natura, gostei da proposta, acho que tem perpetuidade, mas dois contras eu preciso acrescentar lucro líquido na minha carteira, já tem bastante crescimento, e a proposta da Natura seria inicialmente um ganho de valor, mas ainda assim, digo que é preciso ter um pouco de fé no turnaround da Avon e dela mesma que já vinha em declínio.

Decidi por fim seguir a sugestão do mestre @cadu e focar em uma construtora. Custos crescentes, juros subindo, distratos, o mercado parece já ter precificado tudo, exceto que nada disso está realmente acontecendo no momento… A caixa segue com com juros insanos. O VGV segue crescendo. O VSO segue sem alterações. Talvez tenha havido algum aumento nos distratos, é esperado que haja alguns impactos negativos. Mas estão vendendo uma recessão…

Como andam os juros…

Já havia comentado sobre a expansão do crédito. É curioso pois isso é sinal de período de alta no ciclo econômico, mas o mercado já antecipou a inversão. Mas ninguém sabe o tamanho dessa inversão. Pode ser uma bomba, pode ser um soluço. O BC irá subir a taxa de juros até sufocar a atividade econômica para frear uma inflação que em muitos aspectos pode ser exógena, criada pelo próprio FED?

Vou deixar em aberto minha escolha de ativo para fazer algum mistério, mas espero começar a comprar mês que vêm e vou ter tempo de namorar um pouco. Isso também vai adicionar um pouco de pimenta no global da carteira, aumentando o beta conforme comentado.

Quanto ao restante da verba, farei aumentos de posição na carteira pré-existente, devo focar um pouco em saúde (PARD e HYPE) e nas manufaturas (BRFS e RANI), além de RAIL. Ao longo do ano, os dividendos devem servir para repor um pouco da posição em ouro.

Finalmente, cerca de 5-6%, vai para renda fixa, pois acho que é um bom momento para posições de médio e longo prazo. Devo montar uma carteira em tesouro direto, que pode ser discutida depois, já tenho algumas idéias em mente.

No final deve ficar mais ou menos assim:

|RF|Ouro|Ações BR|Exterior|
|—|—|—|—|—|—|—|—|—|
|5,6%|13,4%|81,0%|0,0%|

A posição no exterior que tanto desejava, devo construir ao longo do próximos 3 anos, quiçá com um câmbio um pouco mais favorável. O cenário ideal para mim seria cerca de 50-55% de ações no Brasil e 30% no exterior.

Valeu a todos pela ajuda!

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Boa noite, compadres… E aí, afinal chegou a hora de conversarmos sobre metalurgia e mineração?! O setor está apanhando demais. Nos patamares atuais, já penso que pode estar atrativo e estudo entrada. O difícil é fazer conta do preço mínimo do minério de ferro, aço e dólar que mantenham as operações lucrativas. Alguém mais de olho que tenha começado a estudar com carinho o setor?

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Olha a maioria das analises que vejo contam com o preço do minério de ferro a 70 dólares no longo prazo e dão compra nas empresas nesse patamar atual. Então, acredito que se sua expectativa é essa, é um bom negócio. No fim, depende do que você espera do preço das commodities.

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Verdade. Salientam que embora os preços do minério tendem a cair, a geração de caixa seguirá, pois parece que os investimentos mais “pesados” já fora feitos, então haverá caixa para distribuir aos sócios.
Aí vai de sua estratégia, se for buscando dividendos, é interessante, mas se for de crescimento, não é.
Nesse patamar sigo comprando.

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O IFIX está na iminência de romper o suporte do Guedes Day.

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Tem um suporte e logo em seguida uma LTA de 5 anos em 2.605. Vamos ver.

Com o rali de fim de ano aparentemente se materializando, talvez venha um bom momento para mandar um dinheirinho para fora

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Minha carteira está em seu pior momento desde Abril/2020. Se não fosse pelo lucro que tive com BDRs e ETFs estaria pior ainda.

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Eu lancei essa ideia no aviso de compra e vendas, mas acho que aqui ficaria melhor.

Eu fiz um exercício de rankear as ações da minha carteira que gostaria de propor a vocês. Vocês podem rankear do jeito que vocês bem entenderem, mas eu fiz o seguinte:

  1. Projetei a minha expectativa de retorno das ações da carteira em percentual.
  2. Atribuí notas de 0 a 10 levando em consideração risco e qualidade (completamente subjetivo).
  3. Multipliquei a nota pela minha expectativa de retorno e fiz o ranking.

Exemplo: você espera ganhar 30% na empresa AAAA3, que avalia como nota 10. 30x10 = 300 pontos.
Na empresa BBBB3 você espera ganhar 100%, mas ela é um turn around e você acha arriscada/ menor qualidade, avaliand com a nota 3. 100 x 3 = 300 pontos do mesmo jeito.

Explicado esse ponto, gostaria de propor a vocês que postassem as 5 melhores empresas das suas carteiras no sentido de qualidade x expectativa de retorno. Peço que ignorem o quanto elas representam na carteira de vocês atualmente. Apenas foquem nessa avaliação dupla aí.

O que eu pensei foi uma coisa BEM simples.

Ativo Preço atual Preço Alvo % retorno Qualidade Pontuação
AAAA3 10 20 100% 5 5
BBBB3 20 25 25% 10 2,5
CCCC3 30 40 33% 7 2,333333333
DDDD3 15 25 67% 8 5,333333333
EEEE3 20 30 50% 8 4

Nesse caso, a ordem seria: 1) DDDD3; 2) AAAA3; 3) EEEE3; 4)BBBB3; 5) CCCC3.

De maneira absolutamente surpreendente, pra mim, Sulamerica pegou meu top 1.

O top 5 ficou assim:

1- SULA11
2 - ALLD3
3 - ALUP11
4 - BEEF3
5 - JSHF3

Obs: fui extremamente rigoroso com ALLD3. Uma nota 1 ponto maior garantiria o top 1 com folgas. Além disso, eu evitei projetar na minha expectativa de retorno alguns triggers de crescimento que eu enxergo, mas que não são tão palpáveis ainda.
O que eu achei interessante foi ver que há coisas que eu posso estar deixando pra trás em termos de oportunidade. Como eu não ligo muito para balanceamento de carteira, acho que me ajuda a focar meus aportes no que está melhor a cada momento.

De todo modo, tem de ser uma avaliação dinâmica, inclusive na análise qualitativa.

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Alguém trocaria BBSE por SANB? ou até BBSE + BRSR…

Cara, complicado.

BBSE não é a minha seguradora e SANB não é meu banco.

Se quer seguradora + banco, melhor ir logo de BBDC que é melhor que as duas juntas, IMO. :joy:

Mas eu acho que você já tem BBDC.

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Opa, fui rever minha precificação de sula e vi que tinha premissas bastante improváveis (ou erradas :face_with_hand_over_mouth:).

Encontrei outros pequenos equívocos.

O meu top 5 corrigido ficou:

ALLD3
ALUP11
NEOE3
JHSF3
SAPR4

Agora sim faz muto mais sentido dentro do que eu esperava.

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Eu troquei BBSE3 por BBDC3, sócio… Na última avaliação do Safra, agora de dezembro, reduziram o preço-alvo da BBSE3 de R$ 38,00 para R$ 31,00. Então acaba que o potencial de valorização diante de outros papéis da minha carteira não é relevante a ponto de justificar tanta pulverização. Difícil avaliar qual deve perfomar melhor nos próximos anos, mas aproveitei para enxugar a carteira.

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