Lembro que em maio do ano passado se não me engano, com o dólar à 5,80, era quase consenso que iria para 6 ou 7…
Aí caiu abaixo de 5,00, e quase consenso que não tinha sentido o dólar acima de 5,50, que era óbvio que não iria se sustentar por muito tempo e que o preço deveria ser no máximo 4,50… Aí voltou a passar dos R$5,70 e voltaram a dizer que iria passar dos R$6… Aí caiu abaixo dos R$5 agora, e voltaram a dizer que o dólar deveria ser entre 4-4,50… Agora em R$5,25 mais ou menos…
Totalmente imprevisível, até então o consenso era dum viés mais baixista; até que tudo mudou num dia, num mísero dia uma disparada que compensou toda a queda mensal. Continuo com o meu humilde DCA.
A idéia é desvalorizar a moeda, isso nunca foi nenhum mistério, é uma guerra cambial antiga contra a China e mais sutil do que as intervenções que o Trump fez durante seu mandato, que eram mais duras, mas menos danosas para a população no longo prazo. Nenhum desses bancos centrais tem a mínima idéia do que estão fazendo desde 2008, esta é a verdade. Fato que o yuan tem se valorizado (ou permanecido no lugar) diante das massivas emissões que fizeram ultimamente. O super plano de infraestrutura do Biden é a cereja do bolo nessa história.
Com os dados de Novembro disponíveis, já é possível fazer uma prévia da relação de expansão dos meios de pagamento em Brasil e EUA. Os números são autoexplicativos:
A expansão da M2 americana segue em recordes históricos, tivemos 24% em 2020 e 12% em 2021. O bode expiatório da vez é a cadeia de suprimentos e a alta “passageira” das commodities, mas a verdade nua e crua é que colocaram dinheiro demais na economia.
Por incrível que pareça (acredito ser a primeira vez desde o Plano Real) o Brasil foi bem mais conservador neste aspecto, o que levou a uma queda expressiva no câmbio de equilíbrio, voltando a ficar abaixo de 4, em R$3,83. O real acumula uma depreciação de 32%, um nível que encontramos no início dos anos 2000, antes do boom econômico que o país viveu na primeira década do século.
Essa devaluação pode ser principalmente explicada pela aversão ao risco fiscal, situação também semelhante a que encontramos no início dos anos 2000. Curiosamente, também temos tido surpresas positivas tanto em relação ao estoque de dívida como ao fluxo que já deve fechar muito próximo do superávit este ano e está com uma trajetória bem melhor que a esperada há alguns meses. O estoque de moedas estrangeiras também é um fator que parece passar batido.
Finalmente, novamente temos o medo causado pela entrada de um possível governo de esquerda. É quase um Dèjá vu.
“Quando você liga volatilidade a eleições, não é tão claro para mim. Já há um cenário muito polarizado, pelo que tenho lido os candidatos têm tentado ir para o centro. Se virmos alta volatilidade, falta de liquidez e desconexão com fundamentos, vamos atuar; não achamos que estabelecer volumes [de intervenções] é muito bom”, afirmou Campos Neto…"
Estou com 2 títulos comprados, não compro mais no momento pq estou com muito patrimônio dolarizado, mas se bater em 4.80, é bem capaz de eu comprar um terceiro contrato…
Tb estou pensando em mandar mais dinheiro para fora, aí se eu mandar mais dinheiro, não devo comprar mais contratos…