vendo esse movimento da EDP só me da certeza que fiz bem em zerar posição aqui e aumentar em Engie
Taesa é minha maior posição, no momento não estou comprando pois realmente a cotação disparou, porém não vou vender uma ação que está me gerando renda passiva recorrente.
Tenho TRPL4, EGIE3 e CPLE6, no momento estou aportando em CPLE6 pois considero a mais atrativa em termos de dividendos e upside. Pretendo aumentar posição em EGIE3 também.
O que eu podia contribuir, tecnicamente, eu já contribui. Quanto aos negócios cada um sabe o que faz.
Também não gostei do movimento.
Vejo como um case de segurança com visão a longo prazo e dividendos. Perdendo esse fundamento, não tenho mais razão para investir. Vou me desfazer aos poucos e pensar em outra empresa do ramo (ou não).
https://twitter.com/eabs86/status/1405166309839618058/photo/1
O foco da EDP quando fala geração solar distruibuida seria isso?
Estou tentando entender e tenho algumas questões:
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O sistema dispensa a necessidade de transmissão. Pode ser interessante como complemento para quem já investe em uma empresa exclusivamente de transmissão como eu.
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Por mais que energia solar seja a “Energia do futuro” tenho muitas duvidas se já é a energia do presente. Alguém saberia dizer como é a maturidade destes sistemas na Europa e principalmente em Portugal?
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Não entendi o papel da companhia, uma vez que o sistema possibilita ao consumidor comprar seu painel solar e gerar sua própria energia.
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O pouco que eu vi a respeito do assunto, foi em um congresso com muitos relatos de uso deste sistema na Alemanha. Se for viável na Alemanha que não tem sol quase nunca, no Brasil será uma maravilha.
Vou manter posição e ficar de olho.
Meu posicionamento sobre a estrategia da ENBR, manter ou diminuir posição, porém aguardarei a venda das hidroeletricas e analise do mercado. Hoje ela é minha terceira maior posição em carteira.
Suponho que pela ENBR a venda contabilize ai anos de lucros das mesmas.
Como disse, produzir energia com “USINA SOLAR” é uma energia produzida a alto custo em termos de geração para revenda ao consumidor final. Mas se a ENBR3 investir pesado aqui Blue Sol recebe investimento da EDP Brasil ai é outra coisa.
Um projeto de usina solar na própria hidrelétrica é bastante viável. Usar a area alagada para instalar os painéis, usando uma área ociosa, sem contar que montar esse tipo de estrutura na água é barato em comparação com campos eólicos em terra.
Tem também a enorme vantagem se se usar um sistema de transmissão pronto, o da própria usina.
Gosto da ideia de ENBR focar em energia solar. O que me incomoda é ela vender ativos altamente rentáveis, maduros e que proporciona lucros recorrentes para investir nos futuros projetos.
Apesar de não gostar da nova estrategia a ser adotada pela empresa, não vejo sentido em vender o papel agora, uma vez que grande parte dos investidores estão aguardando justamente a entrada de receita dos RAP’s das novas linhas de transmissão. Isto posto, acredito que o papel vai gerar valor até o fim de 2022. Depois disso começo a reavaliar a tese.
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Imagino que a companhia possa atuar em duas frentes dessa geração distribuída:
- Pode criar pequenos micro e mini geradores de energia solar na zonas urbanas em que ela é distribuidora pra evitar o uso da transmissão, diminuindo assim o custo e o valor da compra da energia no mercado. A princípio então aumenta-se margem.
- Pode atuar como um intermediário entre os consumidores da rede em que ela é distribuidora e que tem placas fotovoltaicas e revender essa energia pra terceiros ganhando algum spread.
Acho uma boa estratégia, porém não venderia as hidrelétricas.
E outra coisa que a galera tá confundindo é em relação aquelas grandes fazendas de energia solar com vários quilometros de placas fotovoltaicas, o foco da ENBR não vai ser esse. Ela vai focar em geração solar DISTRIBUÍDA.
Vendo a apresentação da estratégia 2021-2025 fica mais fácil de entender os movimentos da companhia.
- Diminuiu seu CAPEX em Transmissão porque as taxas de retorno do setor ficaram muito comprimidas:
- Tá querendo vender as hidrelétricas porque os preços e o GSF estão caindo:
- Tá querendo vender as térmicas por conta da pegada ESG do grupo EDP e o compromisso de zerar as suas emissões de carbono.
Na apresentação dá pra ter uma noção geral da ideia do grupo e como pretendem crescer no futuro, não tenho muitas preocupações no curto prazo quanto a estratégia adotada. Só não venderia as hidrelétricas, pois acredito que é uma diversificação interessante apesar da queda no PLD e GSF hahah mas eles com certeza sabem muito mais do que eu do mercado e das TIR de seus projetos
- Em Portugal tambem esta em crescimento, mas ja esta mais desenvolvido. Quase todo edificio e casa nova já é construido com painel solar.
Tambem é muito facil de ver terrenos com mini usinas solares.
- O papel da companhia é distribuir, pois o consumidor nao tem bateria para armazenar a geração .
O consumidor que tem uma micro usina solar no telhado nao tem bateria no sistema para armazenar. Entao a energia gerada é injetada na distribuidora e o consumidor fica com creditos de energia no seu cpf.
A contagem é feita atraves de contador. O contador de energia passa a ter dois numeros (geracao e consumo). O que sobra entra de credito para consumir com validade de ate 60 meses em quaisquer imoveis com conta no CPF do consumidor (nao precisa ser no mesmo imovel da micro usina solar).
Aqui na minha região este servico é homologado pela CELPE (Neoenergia) . Eu tenho uma micro usina no telhado que me da créditos na Celpe e eu uso para abastecer 3 pequenos imóveis. A conta nao vem zerada porque paga-se uma taxa de disponibilidade pra Celpe na faixa de 30 reais por mês por imovel. Acredito que é com esta taxa que a Neoenergia , Edp, etc., ganha com isso.
É basicamente isso, mas tenho minhas dúvidas se essa tarifa mínima cobre os custos da distribuidora servir de bateria para clientes
Essa energia vai ser distribuída em algum lugar, e que vai pagar por isso. Basicamente a empresa usa o dinheiro do cliente para vender eletricidade.
Os políticos já querem taxar a geração própria de energia. Você compra o equipamento, paga a instalação, manutenção e arca com qualquer problema ou prejuízo que vier a ter. E o governo te taxa por tudo isso. Eita Brasil.
Tecnicamente não estão errados (talvez na intensidade da taxação sim). Nós consumidores usamos a rede elétrica como bateria (injetando energia na hora de pico de geração e consumindo em hora sem geração) de graça . É como se o supermercado comprasse arroz dos produtores na época da colheita e devolvesse (pelo mesmo preço) quando os produtores precisassem, arcando com os custos de armazenagem.
Uma curiosidade antiga minha. O custo da energia consumida e a que é injetad na rede é o mesmo?
Ou seja, se eu injeto 1 Kwh na rede eu “ganho” o direito de gastar 1 Kwh?