Estudo: É difícil mesmo bater o IBOV?

Fiz um estudo olhando uma carteira de 2005, formada por empresas com 10 anos ou mais (1995), 90% de lucro e crescimento de 30% ou mais dos anos de lucro, esse foi o resultado:

Empresa %Luco Mensal
CPLE3 11,12%
PCAR3 0,52%
PSSA3 28,87%
CYRE3 2,62%
VALE3 7,98%
GUAR3 1,41%
PETR3 3,93%
VIVT3 2,17%
RADL3 3,88%
UGPA3 4,17%
WEGE3 19,75%
BBDC3 8,37%
GOAU3 8,99%
CSNA3 15,17%
ITUB3 313,61%
CMIG3 1,79%
FRAS3 4,28%
BRFS3 0,12%
ITSA3 7,22%
IBOV 1,38%
RENDA FIXA 0,87%

Tivemos uma média de 23,47% de lucro para as empresas selecionadas, tirando itaú 7,34%, ainda muito alto e 1,38% para o IBOV, que por incrível que pareça bate a RF que teve um resultado de 0,87% ao mês até então.

Resumo: Bater o IBOV é fácil é só não querer dar a grande tacada, ou se achar o escolhido que consegue analisar empresa com um monte de prejuízo, mas será a Magazine Luiza da vez.

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Não entendi isso: o Lucro mensal de ter investido em CPLE3 em 2005 seria 11%? (ou seria lucro anual?)

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Mensal, total do lucro contanto dividendos e valorização da ação, dividido pelos meses de jan/2005 até hoje.

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Ahh… então não seriam juros compostos, certo? (ou seja, é apenas uma aproximação para comparar os diferentes ativos)

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Sim, só porcentagem media mensal de rendimento, olhando valor entrada e atual, em ações e no índice como não há venda, é só tem um único aporte no inicio, são juros compostos, em RF é só uma média mesmo, mas vou alterar o valor para composto também, mas como a porcentagem media e muito distante, se fosse aplicado juros compostos a ordem dos resultados seriam as mesmas.

Alterado.

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Mas a média mensal, é já olhando os juros compostos até hoje.

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Achei estranho os mais de 300% mensal de itub. Se fizer juros simples da uma valorização de 36 vezes o valor investido por ano.

Agora curiosidade mesmo, onde você pegou a base de dados pra ver a situação das empresas em 2005?

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Itau inicia em 0,03 descontando dividendos, ibov não é nada, uma empresa carrega a carteira toda, por isso tem que diversificar, e não vender.
Cotação peguei na Enfoque e balanços Bastter

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Não conheço a enfoque, vou olhar, mas nos que eu olhei a cotação ajustada no Yahoo finance e era perto de 3 Reais.
Provavelmente algum dos dois sites ajustou errado ou desconsiderou um split ou agrupamento, o que é bem comum pra plataformas grátis e datas antigas. Ainda assim o Itaú tem um retorno impressionante.

Minha crítica construtiva é que quando fazemos análises usando os dados de hoje podemos acabar caindo no viés do sobrevivênte. Isso é, as empresas que ficaram pelo caminho, seja indo a 0 a cotação ou fechando o capital, acabam não estando nem cadastradas no baster, aqui no fórum. Assim, a acaba apresentando uma situação melhor do que seria a real.

Pra não acontecer isso, teria que encontrar um site que listasse todas as empresas que existiam em 2005 e que entrassem no seu critério, mas eu sinceramente desconheço algum site gratuito com essas informações.

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Entendo, da uma olhada nesse estudo aqui: A grande falácia sobre a sobrevivência das empresas na bolsa no longo prazo - Ações - Bastter.com

Desculpe se nao poder postar o link aqui @cadu pode apagar, e me desculpe.

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Mas de qualquer forma incluindo o dobro de empresas, e todos indo a 0, que algo que é praticamente impossível em empresas com histórico de lucro como o do estudo, ainda venceria ibov e rf.

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Imagina, pode postar qualquer outro site ou forum relevante.

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Já li, e vou discordar… tem inúmeros casos de empresas que fecharam capital abaixo do valor de ipo, ou que continuam por aí com preço irrisório, mas que já foram queridinhas do mercado.

Lembro da Brookfield (bisa3), que estava em várias carteiras de amigos, e que fechou o capital muito abaixo que abriu…

Bardela (bdll4) era queridinha, carteira de dividendos, está até hoje por aí, valendo quase nada…

Tem as que todo mundo conhece, Cielo, Eternit, paranapanema, cogna. Isso que não estamos falando de nenhuma empresa pré operacional, só empresas que já eram estabelecidas, já foram queridinhas, estavam na carteira de muita gente, e por motivos diversos deram errado.

Deixando claro, não acho que seja impossível bater o ibov, só não classificaria como fácil.

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Mas essas todas queridinhas, atendiam ao requesito de existirem por pelo menos 10 anos, com lucro em 90%, que cresceu pelo menos 30% desses anos o lucro historico? De cabeça ja digo que as primeiras não.
E mesmo assim como eu disse mesmo metade de toda a carteira indo a 0 ainda bateira de longe ibov e rf, uma empresa carrega a carteira toda no longo prazo, mas só pra quem não vende, entao pode dar errado ou fazer opa, sem problema.
Ibov é banco e commodity, entao não da para bater ele no curto prazo, em uma alta de commodity, mas no longo é facil, se não incliir empresa que da prejuizo na carteira para dar a grande tacada.

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Nos seus estudos, por algum motivo o Damodaran está sempre citando o Brasil. Ele já mencionou exatamente o fato do IBOV não representar um risco diversificado de mercado. Qualquer índice amplo teria por objetivo espelhar um investimento na economia do país, mas isso não acontece na maior parte dos emergentes pelo simples fato da capitalização de mercado/PIB ainda ser muito inferior a de um país desenvolvido. Um método que ele propõe é utilizar um índice mais amplo. Pode atrasar ser o Willshire 5000 ao invés do S&P e realizar um ajuste para traduzir o risco, que é o desvio padrão da volatilidade de um índice sobre outro. Ele costuma jogar isso sobre todo o risco da economia, ajustando o risco país, ao invés de usar como prêmio de mercado. Assim ajusta tanto prêmio de mercado quanto prêmio de risco real. Na prática, isso penaliza em 20-30% os cerca de 2,5%-3,0% de risco país. Igualmente considera o beta regressivo de mercado totalmente inútil por aqui. No fim, esse pouco qur ele acrescenta consegue ajustar muita coisa, pois vai set um fator composto se houver depreciação cambial, multiplicativo no caso de beta elevado (beta médio setorial de emergentes ou global por exemplo) e ainda pesa no custo da dívida.

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Só pra brincar na comparação rs

https://twitter.com/RafaelPaschoare/status/1603871879671996417?t=vx8weUg4g_yMGxnmiKxZkQ&s=19

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Não vou postar mais, porque já devo estar ficando com fama de chato, mas…

GUAR3, PETR3, CYRE3, VIVT3, UGPA3, GOAU3 não aparentam ter batido o Ibov (350% total) desde 2005, ao menos por dados do investing.com. Por outro lado RADL3 e WEGE3 deram um retorno muito maior que ITUB3.

Algum dos sites de comparação está com os dados errados.

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Eu acho que o melhor site pra fazer essas comparações é o TradingView. Não tenho certeza, mas parece ser o mais correto.
Google e outros não corrigem dividendos, eventos em ações como agrupamentos, splits, etc…

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O melhor gratuito, o melhor de todos é o enfoque, so que é pago, o bastter usa enfoque.

Só uma pergunta meio teórica. Em tese nenhum índice brasileiro ou tem o histórico ou a diversificação necessária par esse tipo de analise. Vão apenas representar a correlação entre uma ação e as demais na maior parte do tempo.

Faria algum sentido utilizar um índice bastante amplo como o Willshire 5000, e corrigir não só pela moeda, mas pelo PIB?

Exemplo. Fazer a correção cambial via diferencial de inflação.

Pego 01-01-1996 e faço base 100

A partir dai posso ou usar o ajuste da OCDE ou fazer eu mesmo o diferencial com IPC e CPIUS.

Feito isso

(1 + PIB Br) / ( (1 + PIB Us) -1

Isso faria sentido? Entendo que a noção do índice representar um portfolio diversificado se perde. Mas o ponto é que gostaria de ter um índice em primeiro lugar. Alguém já pensou a respeito?

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