ETFs no Exterior

Uma coisa que tenho notado: os fundos da INVESCO tem no geral me agradado mais que seus pares.
Às vezes até escolho outro, mas o deles tá sempre ali.

Por coincidência os 2 US que escolhi até agora são deles: QQQ e RPV.

Vale olhar o que eles tem a oferecer. Tem uma gama bem ampla:

https://www.invesco.com/us/financial-products/etfs/performance?audienceType=Investor

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Analisando o setor de “Clean/Renewable Energy”…

Lista do ETF.com:

Descartados num filtro inicial:

  • TAN: só energia solar
  • FAN: só energia eólica
  • ACES, CNRG, BNE e SULR: muito recentes e não tem nada de diferente dos demais.
  • RNRG: Nada de diferente dos demais e performance bem aquém após a pandemia. Gestora pouco popular em ETFs.

Restam então:

  • ICLN
  • QCLN
  • PBW
  • PBD
  • SMOG

Histórico comparando com o S&P e o QQQ:

Logo de cara se nota que até 2020 esse mercado estava largado às traças.

Analisando a carteira atual de cada um, SMOG e QCLN apresentam entre 8 e 9% de Tesla, os demais não.
Não dá pra saber quando cada um colocou e em que proporção, nem se os outros já tiveram e não tem mais, mas pelo gráfico a seguir, parece que fez diferença:

Notem que quando a Tesla dá um salto, QCLN e SMOG descolam dos demais.

Já no período de recuperação do crash da pandemia, não dá pra notar esse efeito:

Enfim, como eu não quero que haja muito dependência de uma empresa só, e já vou ter bastante exposição a Tesla com QQQ+ARKK, vou deixar esses dois de fora, mesmo o QCLN apresentando o melhor desempenho de todos.

O QCLN ainda tem outro ponto que me incomodou: ele só investe em empresas listadas no mercado americano (até tem estrangeiras, mas tem que estar listada lá), o que limita a exposição global.

Já o SMOG tem o fato de ser uma gestora não tão popular.

Por também só investir em empresas listadas no mercado americano, excluo o PBW.

Então ficamos com um duelo entre ICLN e PBD.
Ambos tem foco global (inclusive levam o termo no nome do fundo).

Se fosse só pelo rendimento total, o segundo já ganhava:

Mas se analisar nos períodos mais recentes, eles são equivalentes.

Analisando o portfólio, notamos que há um overlap razoável, principalmente do lado de ICLN, que é praticamente um subconjunto do PBD:

E isso se deve ao fato de ICLN ter apenas 30 empresas, o que inicialmente me agrada por diminuir a pulverização.

Analisando as companhias que cada uma investe, notamos uma grande concentração de ICLN em uma específica: Plug Power (trabalha com célula de combustível de hidrogênio :face_with_monocle:). Isso me preocupa um pouco.
Já o PBD tem mandato de não investir mais que 5% em uma única companhia, evitando essa situação.

No tocante à capitalização do portfólio, PBD diversifica mais e tem maior exposição em Small Caps (mais risco e retorno).

PBD
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ICLN
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No tocante às gestoras, ambas são boas: iShares (ICLN) e Invesco (PBD).
ICLN tem taxa de adm. menor: 0,46% contra 0,75% do PBD.


Conclusão: qualquer um que escolher atenderá o objetivo proposto.

  • ICLN tem taxa de administração mais baixa. Contudo, isso não se reverteu em ganhos significativos ao longo do tempo.
  • PBD é mais diversificado em número de empresas e capitalização. Como o investimento é global e numa “temática” bem incipiente, concentração não me parece muito prudente. Porém, para quem tem mais apetite ao risco, limita o ganho se aparecer uma nova Tesla da vida.

:roll_eyes:

E aí… se você fosse investir nesse setor, qual escolheria?

Confesso que, apesar do estudo ter filtrado bem a lista inicial, não consigo decidir entre os finalistas. Leve tendência para o PBD pela diversificação.

Link interessante: https://yourgreenwealth.com/esg/best-clean-energy-etfs/

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Aproveitado o gancho Ravenx. Me indica algum fundo de câmbio, ou ETF , ou outra opção que siga o dólar para fazer esse Hedge com o IBOV.

FAN e TAN… porque são os nomes mais maneiros :stuck_out_tongue:

Eu uso esse aqui:

  • Baixo ticket de entrada.
  • Baixa taxa de adm.
  • É D+1 e cai na conta cedinho (dá até pra fazer uns trades nos grandes movimentos).
  • O TED do BTG pra sacar a grana é relâmpago.
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kkk… tem cada nome criativo: BUG, HACK, IBUY, etc…

Refleti mais um pouco e acho que vou no PBD.
Com mais ativos na carteira aumenta a chance de achar uma nova Tesla da vida (pra setores mais amplos e consolidados prefiro concentrar mais).

Opções gigantes de ETFs para investimento, esse começo ainda está bem confuso pra mim rs.

Claro que tem chão até eu começar, mas estou pensando em algo simples do tipo: VOO + VIOV + VNQ. Aí depois ir incluindo os mercados emergentes e desenvolvidos EX-USA.

Muito bom esse Portfolio Visualizer para fazer simulações.

O mais recomendado para quem está começando e não quer gastar muita energia no “picking” é partir para fundos mais abrangentes mesmo.

Eu já gosto de “escovar bit”… :grin:

Olha esse site com uma lista de diversos portfolios simplificados: http://www.lazyportfolioetf.com/

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Boa, vou dar uma olhada no site.

Tenho “escovado bastante os bits” pra montar uma carteira vencedora aqui no Brasil, então vou de facilidade nos EUA, pelo menos por enquanto hehe

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Ontem, quase indo dormir, achei sem querer um nicho de ETFs que me interessou muito: comércio online.

Bora analisar…


PORQUE INVESTIR NESSE SEGMENTO?

Eu poderia buscar alguns estudos na internet mostrando como o comércio online vem crescendo e roubando espaço do comércio físico, mas é algo tão evidente e fácil de entender que não vou gastar energia nisso.

Vou postar os seguintes gráficos como resumo:

Vou apenas comentar sobre o efeito que o confinamento da pandemia teve nesse nicho, que é basicamente trazer quem nunca tinha se aventurado em compras online pra dentro dessa modalidade por falta de opção.

Um exemplo bem didático é o cara que corta o meu cabelo.
Ele tem algo em torno de 55 anos, baixa escolaridade e pouca familiaridade com internet e afins (apesar de nos últimos anos ter começado a usá-la).

Em Dezembro estive lá e ele comentou que experimentou sua primeira compra online: um par de sapatos.
Mesmo o produto não tendo servido e ele ter que passar pelo processo de devolver e esperar voltar no tamanho adequado, disse que gostou muito da experiência e não vai parar por aí.

Comentei que se com vestuário, que na minha opinião é a pior coisa que tem pra comprar online, ele já se adaptou, não tem mais barreira que o impeça de seguir em frente.

Tem um espaço pra crescimento enorme ainda, principalmente nos mercados emergentes.

Posto isso, vamos ver como esse efeito se deu nos ETFs:
Cinza: S&P
Vermelho: ETF que replica o índice de comércio do S&P (online + físico)
Verde: ETF com foco no comércio online

Até meados de 2018 houve um crescimento bem acima da média do mercado, depois ficou estagnado até o começo de 2020, e com o confinamento da pandemia decolou.

Mas e se o mercado físico se reinventar, através de coisas como Omnichannel, por exemplo, e se reerguer?

No gráfico acima marquei uma área aonde podemos notar esse efeito na cotação de um ETF com exposição à essa fatia do mercado.
Nesse caso em particular não foi uma reação do mercado físico como um todo, e sim o efeito da especulação desenfreada nas ações da Gamestop que aconteceu num curto período de tempo.
Evidente que não teremos um movimentação dessa magnitude, é só pra ilustrar.


QUAIS AS OPÇÕES?

Encontrei os seguintes ETFs com esse tipo de exposição:

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Podemos notar, no geral, que são fundos novos.

Também não vemos nenhuma gestora mais renomada como Vanguard e Blackrock(iShares).


PECULIARIDADE DO CLIX

Todos os fundos da lista estão expostos à empresas de comércio online e afins, contudo, o CLIX (carteira igual do ONLN), ainda aposta contra o comércio físico.
Ele faz um Long(Online) & Short(Físico).

Do site da gestora:

É uma boa opção pra quem aposta que o mercado físico não tem futuro e quer potencializar os ganhos.

A seguir podemos ver coma essa característica do fundo trouxe realmente ganhos adicionais… até o evento da Gamestop, que nos faz repensar o que mencionei no tópico acima.

Se um dia o mercado fisico reagir, CLIX deixa de ser interessante.


DIVERSIFICAÇÃO GEOGRÁFICA

Tirando a peculiaridade do CLIX, a principal diferença entre os fundos está na sua diversificação geográfica.

Em ordem de maior participação nos Estados Unidos, para menor, temos:

  • ONLN/CLIX (75% do fundo tem que ser de empresas com sede nos Estados Unidos)
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  • IBUY (75% do fundo tem que ser de empresas com sede nos Estados Unidos)
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  • BUYZ
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  • EBIZ (apesar de investir globalmente, tem um filtro de países)
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  • EMQQ (o fundo é focado em mercados emergentes)

  • XBUY (o fundo é global ex-US)
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PORTFÓLIO

Um outro fator que pode ajudar na escolha do ETF é a sua composição.
Se há concentração demais em poucas empresas, se há muita sobreposição com os demais fundos de sua carteira, etc…

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Nesse quesito acho que vale à pena destacar a dupla ONLN/CLIX, que além de serem os fundos com menor diversificação, ainda possuem uma metodologia de alocação que favorece a concentração em grandes players do setor, daí o grande peso de Amazon e Alibaba:

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O caso específico de Amazon considero um ponto bem negativo caso sua carteira já tenha fundos como o QQQ, ou, muito ligados ao S&P.

Já o seu par mais próximo, IBUY, usa uma metodologia que distribui as empresas com pesos mais próximos, evitando grandes concentrações e dando mais “oportunidade” à companhias pequenas.

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Os demais fundos seguem essa linha de maior equilíbrio entre o peso das empresas e sem concentração.


DESEMPENHO

Dado o curto tempo de vida da maioria dos fundos, e boa parte dele durante a pandemia, fica difícil usar esse quesito como relevante. No geral há grande equilíbrio:

Se pegarmos apenas os mais antigos de cada geografia (IBUY para US e EMQQ pra EM), temos o seguinte:


QUAL ESCOLHER?

Evidente que a resposta a essa pergunta depende muito do que cada um busca e do resto de sua carteira de ETFs.

Mas de forma resumida, temos:

  • Exposição máxima aos US e com grande concentração nos maiores players: ONLN
  • Exposição máxima aos US, com grande concentração nos maiores players e convicção que o comércio físico está condenado: CLIX
  • Um pezinho no exterior e menos concentrado: IBUY (mais antigo e consolidado que o BUYZ, e este não tem na Avenue)
  • Maior exposição à China e ao mundo, mas ainda com maioria em US, e a menor taxa de administração: EBIZ
  • Foco em mercados emergentes: EMQQ
  • Foco no mercado fora dos US em geral: XBUY

Como recomendação genérica, creio que o IBUY atenda a maioria dos investidores.

Eu ainda estou em dúvida se vou nele ou no EBIZ, pela sua diversificação global maior.


E você… tem interesse no setor?
Qual fundo se identificou mais?

:wink:

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Achei um que tem o desempenho bem parecido e é relativamente semelhante: VGT.

3x mais empresas no portfólio e “includes credit card firms but excludes telecoms”.

Vê se te agrada… :wink:

EDIT: mais um… IGM.
65% de overlap com QQQ e 3x mais companhias.

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Tenho pesquisado nas ultimas semanas para montar minha carteira de ETFs e eis o que tenho ate agora:

Peso Ticker Nome Mercado
25% EXXT iShares NASDAQ-100 EUA
25% IUSA iShares Core S&P 500 EUA
20% 2B7J iShares MSCI World SRI Mundo
5% EXSE iShares STOXX Europe Small 200 Europa
5% 36BZ iShares MSCI China A China
5% QVDE iShares S&P 500 Information Technology Sector EUA
5% QDVK iShares S&P 500 Consumer Discretionary Sector EUA
5% HEAL iShares Healthcare Innovation Global
5% DGTL iShares Digitalisation Global

Global = All World
Mundo = Developed Markets

Busquei certa diversificação em Large/Mid/Small Caps e em mercado.
Meu investimento será 100% ETFs e no longo prazo.
Estou considerando essa carteira mais ‘arriscada’ na primeira decada e ir adaptando conforme me aproximar da aposentadoria. Provavelmente removendo ETFs de nicho (últimas da tabela) e adicionando gold e bonds, focando em mercado global. Ainda nao tenho isso definido mas ja assumo que esta carteira nao sera permanente.

Agradeceria qualquer crítica/sugestão/comentário e espero que sirva de ideia para analise em suas carteiras.

Acho que são muitos ETFs, sou adepto de ter 3 ETFs, no máximo 5 se quiser se expor em algo bem específico.

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Você mora na Europa?
Parece que é tudo ETF europeu.

Porque só da iShares?

Vê se não tem muita sobreposição entre eles.
Isso aqui me parece desnecessário. A menos que você queira mesmo um foco em Europa.

Depende…

Eu estou analisando 7 bem focados, buscando alguma coisa extra ainda, e a sobreposição entre eles é quase nula.

Também comparei com índices mais amplos pra ver se a soma deles não ia dar no mesmo que poucos ETFs mais abrangentes e o backtest é melhor.

Se alguém souber de algum site que mostre como fica a lista de empresas de uma combinação de ETFs agradeço.

Baixei de cada um que tenho interesse e fiz na mão no Excel… bem chatinho.

Sim, na Alemanha.

Tudo iShares foi “coincidencia”. Comecei a busca pelo que a minha corretora atual oferece. A partir dai pesquisei por outras ETFs de mesmo setor/tamanho/regiao para fazer o comparativo e nao teve nenhuma que se sobressaiu.
Sobreposicao existe basicamente por conta das FAANG (+Microsoft+Tesla) entre NASDAQ/S&P e um pouco da World.

O que consideraria como substituicao para essas duas que vc marcou? Nao ter algo especifico de Mundo e buscar por ETF de small cap all world ?

Os sites que tenho usado aqui só tem dados dos ETFs nos US, então não consigo comparar nada.
Tem um site chamado justETF que acho que é alemão e com foco na Europa, dá uma fuçada aí.

Não sei o que tem disponível aí na Alemanha, mas se você já tem um de mercados desenvolvidos, que é basicamente Japão e Europa, porque colocar outro só de Europa?
Como mencionei, se não for o caso de dar foco em Europa, eu simplesmente removeria esse.
Mais acima eu comentei que Mercados Desenvolvidos vem patinando e são bem mais “comportados”. Talvez seja melhor só focar em Small Caps nessa parte do mundo (é o que tenho analisado pra mim).

O EXXT é muito parecido com o QQQ que estou estudando.
Será que esse QVDE não tem muita sobreposição?

De forma geral, tenta ver tudo que é US se não dá muito overlap.
Se o IUSA repetir muito com o EXXT, tenta achar um que seja só de ações de Value pra diminuir esse efeito (veja se essa fatia do mercado te interessa).

O da China você pode buscar uma opção de Emergentes mais abrangente, pra pegar Índia, por exemplo.
Não creio que nada vá superar a China nos emergentes no curto prazo, mas, diversifica um pouco mais nessa parte do mundo.
Aí vai da preferência de cada um.

Outra coisa é ver se você consegue aí alguma coisa muito específica do mercado alemão/europeu que não tenha no mercado americano e seja interessante.
Tipo ETFs de pesqueiros de bacalhau na Noruega… :grin: (just kiddin…)

Ah… você pode completar com algum tipo de Hedge: bonds, ouro, CHF, etc…

Não é o ideal mas achei isso aqui. Espero que ajude
https://www.reddit.com/r/eupersonalfinance/comments/lke9sa/i_created_a_short_script_to_find_the_overlap/

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Top… obrigado. :wink: