IPO - novos registros de companhias abertas na CVM

  • PetroRecôncavo (RECV3):

OBS: em 2020 a empresa teve prejuízo de 81,759 milhões muito por causa da variação cambial. Fiz a análise com a margem líquida de 21,36%, que seria a margem média de 2018-2019, mas sei que isto não é o mais adequado.

Preço R$ 17,50 (média entre R$ 15,50 e R$ 19,50)

P/VP antes: 3,00
P/L antes: 17,47

P/VP depois: 1,95
P/L depois: 24,75
PSBe: R$ 19,39 (+10,79%)
FCD com 3% de perpetuidade, 8% taxa de desconto e 25% de taxa de crescimento para os próximos cinco anos: R$ 35,85 (+104,84%)

A oferta é 100% primária e não haverá venda de nenhuma ação pelos controladores, sendo que o free float ficará entre 29% e 36%; a diluição será de 49%. Estaria precificando um crescimento médio anual de 17% com a margem líquida simulada de 21,36% para os próximos 5 anos. Destinação dos recursos: 55% para pagamento das aquisições de ativos da Petrobras realizadas e em curso; 35% para potencial aquisição de ativos da Petrobras e 10% para aumento da posição de caixa. Empresa com dívida líquida de 728 milhões (Div.Liq./EBITDA = 1,53).

A PetroRecôncavo é uma empresa operadora independente de petróleo e gás e uma das líderes na sua área de atuação no Brasil. Com uma trajetória de mais de vinte anos, é especializada na operação, desenvolvimento e revitalização de campos maduros em bacias terrestres de óleo e gás (onshore). Foi uma das primeiras empresas privadas focadas no onshore a operar no Brasil após a quebra do monopólio estatal. Atualmente, possui 150,6 MMboe de reservas brutas 2P+2C (working interest) certificadas, sendo as reservas 2P 34,3 MMboe e os recursos contingentes 2C 116,3 MMboe. Os recursos contingentes estão condicionados: (i) à obtenção das prorrogações contratuais, e/ou (ii) ao fechamento das aquisições dos Polos Remanso e Miranga. Aproximadamente 78% das reservas 2P+2C são reservas 1P+1C.

Segue abaixo a evolução dos resultados da empresa:

PetroReconcavo 2019-2020

PetroReconcavo 2018-2019

Como se vê acima, a operação da empresa teve uma boa evolução nos últimos anos. O EV/EBITDA (considerando os 10% de aumento da posição de caixa, já que os outros 90% serão usados) está em 10,06 (ENAT3 é 4,69 e PRIO3 é 18,08 - AJUSTADO). PSR de 5,29 (ENAT3 é 4,85 e PRIO3 é 9,44).

Reservas da PetroRecôncavo:

Na minha opinião é uma empresa com uma alavancagem média, acredito que o pior já passou referente às perdas oriundas de variação cambial e que está com um bom crescimento. Ela tende a se beneficiar do programa da Petrobras de venda de todos os seus campos terrestres e parece saber operar bem desta forma.

Os principais riscos na minha opinião estão relacionados à sua operação de produção de petróleo e gás, ainda mais os relacionados aos campos onshore e suas incertezas. Além disto a empresa pretende investir em mais campos e provavelmente vai precisar de capital adicional para isto.

Controvérsias:

Neste último caso tem uma “Ação Popular” tentando a anulação da cessão, mas o STF julgou improcedente e, então, foi interposto recurso. A PetroRecôncavo considera REMOTA a chance de perder esta causa.

A remuneração da diretoria subiu em linha com o crescimento da empresa, na minha opinião.

Aqui eu não vou dar minha opinião porque não tenho interesse no setor. Seria interessante ouvir as opiniões de quem investe e/ou se interessa no setor…

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Quanto ao EV/EBITDA de PRIO3, a Nord liberou um vídeo ontem mostrando no site deles que o da empresa é 8,xx. Se considerar o Brent vendido a US$62, para 2021/22 o EV/EBITDA está hoje na faixa de 6. Recentemente eles redigiram um artigo comparando 3R e PRIO, repito a mesma coisa: “Por que você pagaria mais caro numa empresa que ainda precisa provar que é capaz?”

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Prováveis motivos:

1 - Data do valor da firma;
2 - Usei EBITDA ajustado (direto das Demonstrações Financeiras da empresa).

OBS: repare que para um EV/EBITDA de 8,99; o EBITDA teria que ser maior que a Receita Líquida!

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A MaterDei saiu quase 28% abaixo do meio da faixa indicativa inicial (R$ 24,00):

Parece que ficou num preço até aceitável:

  • Hospital Mater Dei (MATD3):

OBS: usei o lucro de 2019, devido ao impacto da COVID em 2020…

Preço: R$ 17,44

P/VP: 4,43
P/L: 44,80
PSBe: R$ 9,54 (-45,29%)
FCD com 3% de perpetuidade, 8% taxa de desconto e 25% de taxa de crescimento para os próximos cinco anos: R$ 19,74 (+13,19%)

Cerca de 84% da oferta foi primária, o mercado ficou com 22,75% das ações (ou 25,30% se forem exercidas as suplementares). Está precificando um crescimento médio anual de 33% para os próximos 5 anos.

A empresa já tem crescimento contratado pela entrega do Hospital (com 367 leitos) de Salvador-BA em 2022, além de já poder dobrar os leitos disponíveis em MG (tem 541 operacionais e 540 já construídos mas ainda inativos). Com isto e mais as aquisições após a IPO, a MaterDei pode crescer bastante nos próximos anos. Trata-se de empresa com as melhores margens do setor e de reconhecida qualidade.

O maior risco agora é a entrada forte da Rede d’Or em MG após a recente aquisição. Apesar disto, se eu fosse entrar numa empresa de hospitais, seria nesta.

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Atualização da Blau (ficou quase 15% abaixo da média da faixa indicativa e 10% abaixo no preço mínimo):

  • Blau Farmacêutica (BLAU3):

Preço: R$ 40,14

P/VP: 5,59
P/L: 27,67
PSBe: R$ 28,60 (-28,74%)
FCD com 3% de perpetuidade, 8% taxa de desconto e 25% de taxa de crescimento para os próximos cinco anos: R$ 73,56 (+83,27%)

100% da oferta foi primária, o mercado ficou com 15,57% das ações (ou 17,35% se forem exercidas as suplementares), o resto das ações está com o acionista controlador. É importante lembrar que neste caso a empresa não vai atingir o free float mínimo exigido pelo Novo Mercado de 25%; sendo assim, provavelmente a Blau terá que fazer uma nova oferta no futuro ou o controlador terá que vender algumas ações de alguma forma após o prazo de lock-up (180 dias). Está precificando um crescimento médio anual de 20% para os próximos 5 anos.

A destinação dos recursos ficou em linha com o prospecto preliminar.

Acabei não entrando nela por terem surgido boas oportunidades neste mês e pelos riscos de governança e de imagem, mas vou acompanhar de perto se a necessidade de ajustar o free float ou se vai surgir mais alguma controvérsia relacionada a ela que venham a pressionar a cotação…

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Alguém vai participar do ipo da rio alto (RIOS3)?
Estou quase certo de entrar, o setor é espetacularmente promissor (energia solar).
O que pesa contra é que é praticamente pré-operacional…

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Nesse tipo de negócio é preciso ter cuidado com a “historinha” contada e se a empresa é capaz de executar os planos de crescimento sem subsídios governamentais. Depois disso a empresa precisa ter a competência geral de qualquer companhia ainda.

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Eu tenho interesse no setor mas não tenho coragem de entrar numa empresa assim que vai apresentar prejuízo nos próximos anos.

Eu estou acompanhando a Focus Energia, que tem a vantagem de já ser lucrativa porque tem uma operação estabelecida de comercialização. Mas a Rio Alto vai precisar de menor Capex por potencial de energia gerada de acordo com comparação que fiz nos prospectos.

Então, é interessante analisar isto e também é bom avaliar a evolução da Omega Geração (OMGE3) que passou por um processo semelhante de 2015 até 2020. Quem investiu na OMGE3 na IPO em 07/2017 está tendo um retorno de cerca de 160%, sendo que a valorização principal ocorreu em 2019.

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https://twitter.com/BrazilJournal/status/1384634471857676293?s=19

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Nem conhecia os detalhes da operação, mas pedir dinheiro para pagar dividendo é o fim do mundo. O segmento é interessante, mas a empresa foca em M&A que é o pior tipo de forma de crescimento que existe quando nesse tipo de atividade basicamente é preciso mão de obra e pequenos equipamentos/maquinários para expandir. O que fazem é tirar concorrentes do mercado e comprar sua carteira de clientes, e nesse tipo de estratégia cada aquisição se torna mais cara e vista de maneira mais negativa por órgãos reguladores.

Também parece que tem um monte de gente querendo pular fora ou então receber o “retorno” pelo investimento. De positivo a ociosidade relevante de mão de obra no nosso país garante que exista pouca pressão de custos nos próximos anos.

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Menos uma IPO interessante: Uni.co comprada pelas Americanas:

Agora uma empresa que “funciona como um FIP”:

  • G2D Investments (G2DI33):

OBS1: empresa fundada em 07/2020, assim usei os dados a partir desta parte do ano;
OBS2: estou usando como “base” a oferta base e não a oferta mínima;
OBS3: neste caso não acho relevante avaliar por múltiplos.

Preço R$ 7,16 (média entre R$ 5,73 e R$ 8,59)

P/VP antes: 1,25
P/L antes: 12,62

P/VP depois: 1,13
P/L depois: 39,31
PSBe: R$ 7,32 (+2,29%)
FCD com 3% de perpetuidade, 8% taxa de desconto e 25% de taxa de crescimento para os próximos cinco anos: R$ 9,23 (+28,98%)

A oferta é 100% primária e não haverá venda de nenhuma ação pelos controladores, sendo que o free float ficará entre 46% (oferta mínima) e 74%; a diluição será de no máximo 15%. É importante ressaltar que as BDRs ofertadas são de ações da classe A e as ações dos controladores são da classe B, sendo que as de classe A não possuem poder de decisão na companhia porque elegem 2 membros independentes para o Conselho de Administração, enquanto os detentores da classe B elegem 5 membros; além disto estas últimas dão direito pleno de voto, enquanto que as ofertadas dão direito a voto (através da instituição depositária) apenas em determinadas situações, ou seja o controle da companhia não vai a mercado. O tag along é 100%. Estaria precificando um crescimento médio anual de 30%. Destinação dos recursos: 44% para aquisições potenciais; 22% para investimentos já contratados; 19% para amortização de dívida e 15% para capital de giro. Empresa com dívida líquida de 105 milhões. A remuneração da diretoria subiu em linha com o crescimento da empresa, na minha opinião.

O valor de mercado da G2D ficaria em quase 1,5 bi de reais. Ela é uma private equity que foi constituída em julho de 2020, nas Bermudas, com o objetivo de investir em participações em empresas inovadoras e de alto crescimento, no Brasil e em outros países. A empresa é controlada pela GP Investments (GPIV33) que já teve no portfólio empresas como Submarino, Webmotors, ig, iBest, Hypermarcas, Hopi Hari, Fogo de Chão, Estácio (Yduqs hoje), Shop Time, Lupatech, ALL, Wiz, Equatorial Energia, brMalls, Gafisa e etc.

A companhia tem um contrato de gestão pela GP Investments conforme abaixo:

G2D taxas

Não tem como analisar os resultados da G2D pelo pouco histórico, então vou colocar aqui o portfólio atual e sua descrição (retirado do prospecto):

• A Blu (tem 24,3% do capital social) é uma fintech que se propõe a reduzir os custos de transação entre varejistas e fornecedores em segmentos específicos, como móveis, colchões e roupas por meio da antecipação de recebíveis, além de oferecer parcelamento e fomentar o crédito para o lojista. A plataforma digital da Blu oferece soluções simples e vantajosas que ajudam os varejistas a crescer e reduzir os custos transacionais, enquanto permite que os fabricantes vendam mais, mitigando riscos de inadimplência;
• A CERC (tem 3,4% do capital social) é uma fintech que fornece infraestrutura para o mercado financeiro de crédito, oferecendo serviços de validação, registro e compensação de recebíveis. O objetivo da CERC é aumentar a segurança e a eficiência no uso de recebíveis para operações de crédito, permitindo o crescimento acelerado e sustentável da oferta de crédito para empresas de todos os tamanhos;
• A Sim;paul (tem 5% do capital social) é uma fintech com o objetivo de inovar o mercado financeiro e a experiência de seus clientes ao oferecer assessoria de investimentos com simplicidade, liberdade e transparência. A Sim;paul pretende oferecer uma plataforma de corretagem com uma proposta de valor única para AAIs (Agente Autônomo de Investimento), por meio de um modelo de parceria;
• A The Craftory é uma holding de investimentos de capital permanente que busca investir globalmente em empresas e marcas inovadoras de bens de consumo que possuam uma grande causa e impacto socioambiental positivo;
• A Expanding Capital é um fundo de venture capital com sede em São Francisco, Califórnia, cujo objetivo é investir em sociedades de tecnologia. Desde sua fundação, a Expanding Capital tem conseguido investir em empresas que já receberam investimento de alguns dos principais fundos de venture capital do mundo, com um pipeline muito robusto;
• A Quero Educação (tem 3,2% do capital social) opera um marketplace educacional que conecta estudantes a cursos, escolas e faculdades no Brasil. Sua plataforma permite aos estudantes encontrar informações sobre cursos, escolas e faculdades onde desejam estudar, comparar programas e opções universitárias, conhecer sobre as mensalidades e bolsas de estudo, candidatar-se e inscrever-se nos programas educacionais;
• A Mercado Bitcoin (tem 3% do capital social) é uma plataforma de ativos digitais, em que usuários podem comprar e vender criptomoedas e outros ativos digitais, como, por exemplo, tokens que representam ativos reais. Sua empresa controladora também criou a Bitrust, uma custodiante qualificada de criptomoedas e ativos digitais, e o MeuBank, uma carteira de ativos digitais.

Na minha opinião é uma opção interessante de investir indiretamente em empresas com alto potencial de crescimento que não estão disponíveis para todos investidores e ainda apresenta certo grau de investimento em outras moedas.

Sofre os principais investimentos internacionais:

The Craftory busca investir globalmente em empresas e marcas inovadoras de bens de consumo que tenham uma causa grande e impacto social e ambiental positivo. G2D possui compromisso de investimento de U$ 60 milhões e tem 16,44% de participação na The Craftory. Além disso, o G2D tem assento no conselho de administração e faz parte do comitê de investimentos. Portfólio atual: Ruby, Dropps, X NotCo, Tomboy X, Healist, Lo Um, One Ocean, Dyper, Edgard Cooper, Mo.SS e Hippeas. Varejo disruptivo: o futuro do consumo

Expanding Capital investe em negócios e serviços financeiros, saúde e tecnologia da informação. A G2D possui US$ 25 milhões em capital comprometido na Expanding Capital. O volume atual de capital comprometido não integralizado pela G2D é de aproximadamente US$ 17 milhões e a G2D terá a oportunidade de co-investir em oportunidades que estão disponíveis para a Expanding Capital. Portfólio atual: Coinbase, ClassPass, TuneIn, mParticle, OpenGov, Duetto, Imagen Technologies, Fair, Nav e Farmer Business Network. Investimento em Tech nos EUA - G2D Investments

Os riscos são enormes pois muitas destas empresas não devem vingar. Trata-se de um investimento que corre risco de virar “pó” a depender da evolução/involução das empresas nas quais os recursos forem investidos.

Caso eu entre nesta empresa será com percentual bem pequeno do meu capital. Eu acredito que algumas destas empresas podem realmente vingar e assim o potencial de retorno seria alto; mas é preciso reduzir o risco de minha exposição a um nível confortável.

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Achei bem estranho este IPO criando uma subsidiária da GP. Pode ser que a GP tenha feito isso para separar alguns ativos com maior potencial, e levantar capital com isso. Mas como ela tem ações listada na bolsa, olhando os resultados da GPIV33, é praticamente todo ano prejuízo, desde 2011. Sendo que ano passado então, foi um prejuízo gigantesco. Não sei se a GP ainda está com esta credibilidade toda pra levantar um IPo de uma subsidiária, a conferir.

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Algumas casas deram compra no ipo da Boa Safra.

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to pensando seriamente em entrar, pelo atual cenário agro estar em alta, mas ainda não sei. se não me engano reserva até segunda as 16hrs

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Pensando em entrar em SOJA3 com lockup de 40 dias
Nenhuma venda de ações do acionista, dinheiro do IPO 50% crescimento organico e inogarnico, e 50% para o caixa da empresa. Receita em 2020 R$ 588 milhoes e Lucro de R$ 70,00 de Milhoes

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Tô namorando ela também.

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qual o valor estão pensando, a mercado ou irão condicionar a oferta?

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