IPO - novos registros de companhias abertas na CVM

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Mercado BitCoin quer quase 5% do TC

@matsimon, seja bem vindo!

Eu falei dela alguns posts atrás: IPO - novos registros de companhias abertas na CVM - #862 por fabio_barbosa

  • armac (ARML3):

Preço R$ 14,96 (média entre R$ 13,30 e R$ 16,63)

P/VP antes: 30,06
P/L antes: 192,90

P/VP depois: 5,80
P/L depois: 228,99
PSBe: R$ 3,50 (-76,63%)
FCD com 3% de perpetuidade, 8% taxa de desconto e 50% de taxa de crescimento para os próximos cinco anos: R$ 7,93 (-47,01%)
Está precificando um crescimento médio anual de 87% para os próximos 5 anos.
PSR: 35,41

A oferta é 78% primária. Diluição de 83%, que é muito alta para este tipo de negócio. Entre 20 e 26% das ações ficarão no mercado. Destinação dos recursos: 100% para compra de máquinas e equipamentos. Empresa com dívida líquida de 292 milhões e com EBITDA de 74 milhões, ou seja, tem uma alavancagem bem alta, e que a empresa pretende reduzir a partir do aumento do EBITDA com o crescimento da operação, mas não a partir de redução das dívidas. Deve sair com um valor de mercado de 5 bilhões.

É uma plataforma brasileira de locação de equipamentos multicategoria. Oferecem aos clientes, dentre outras categorias, equipamentos de linha amarela, que englobam pás-carregadeiras, escavadeiras hidráulicas, retroescavadeiras, tratores de esteira, minicarregadeiras, motoniveladoras, rolos compactadores, tratores agrícolas, entre outros. Acreditam ser o líder nacional na locação de equipamentos de linha amarela, mesmo com menos de 0,5% de participação de mercado. O modelo de negócio consiste na conversão do equipamento em um serviço para o cliente, em contratos que incluem disponibilidade para manutenção 24 horas por dia no ativo e flexibilidade para devolução ou substituição do equipamento quando o projeto do cliente é finalizado. Com uma frota própria de 1.403 equipamentos locáveis em 31 de março de 2021, serve uma grande base de clientes distribuída em 17 Estados brasileiros nos setores de logística agrícola, agroindustrial, fertilizantes, mineração, papel e celulose, transportes e infraestrutura.

Segue abaixo a evolução dos resultados da empresa:

Pontos positivos: tem uma boa operação com crescimento robusto à medida que vai expandindo; maior comprador de equipamentos de linha amarela no Brasil, isso possibilita que tenha acesso a equipamentos a preços 20% a 30% melhores; exposição a diversos setores da economia; verticalização completa dos processos de manutenção, o que dá grande capacidade de lidar com a complexidade do investimento em ativos usados; pretende expandir na aquisição de máquinas usadas.

Pontos negativos: preço, pois está embutido um crescimento bem agressivo e por isto deve usar todos os recursos para expandir a operação; alta alavancagem que deve assim permanecer inicialmente e dependerá da expansão da operação para sua redução; pretende, ao mesmo tempo, expandir para outras regiões e atuar com outras categorias de máquinas, o que necessita de mais tempo pra maturar e agrava, na minha opinião, a situação da já alta alavancagem; vai necessitar de mais capital num cenário de alta dos juros.

Não encontrei controvérsias relacionadas à empresa.

A remuneração da diretoria será de 10 milhões em 2021 com 9 membros; isto é mais de 7% da Receita Líquida!

Na minha opinião se trata de uma boa empresa com uma operação que está rodando muito bem e já tem algum crescimento contratado porque o número de equipamentos para aluguel é muito superior ao número observado em 2020. Contudo, não tenho interesse na Armac porque a geração de caixa dela não justifica sua precificação, mesmo considerando um crescimento bem mais agressivo do que eu estimei. Atualmente estaria negociando a 71x o EBITDA e em abril de 2021 a empresa captou mais 210 milhões (170 mi líquidos porque pagou antecipadamente 40 mi), se estes recursos foram usados para expansão a alavancagem (já alta no 1T21) salta para 6,2x o EBITDA. A companhia está sujeita a covenants regressivos de 3,5 em 2021, 3,25 em 2022 e 3,0 em 2023 e, na minha opinião, há muito risco de alguma coisa não funcionar como o esperado, com pouco espaço de retorno já que a empresa já sai valendo 5 bilhões (35x a RL).

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É bem dependente de obras públicas e licitações? Uma pena não termos acesso ao perfil dos clientes. Há poucas empresas que utilizam locação de máquinas para projetos de longo prazo. Só me lembro da Brasilagro para falar a verdade. Outra coisa que não parecem ter o próprio operador, isso significa depreciação acelerada, o que faz da negociação de preço com o fabricantes o ponto forte, o que é um pouco frágil. Por último, eles não estão no melhor mercado que é o de locação de máquinas agrícolas: trator não conta. Uma colheitadeira p.e. custa R$1-2 milhões e via de regra é o equipamento mais locado no campo, pois inviabiliza qualquer operação de pequeno a médio porte. Isso seria interessante. É uma empresa “kit Brasil”, vai depender de asfalto, porto, aeroporto etc.

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GOLPE.

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Alguém saberia dizer se vale a pena ao pequeno investidor optar pelo Lock-Up no IPO?

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Lock up via de regra aumenta sua chance de ter toda reserva atendida. Logo se pretende de fato ser sócio é a melhor opção, com as disparadas recentes algumas vou entrar na intenção de flippar (vender logo na estreia) aí nesse caso só é possível sem lock up.

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A InterCement infelizmente cancelou sua Oferta: Intercement interrompe IPO e engrossa lista de desistências em julho – Money Times

A CBA efetivou a IPO com 20% de desconto em relação ao mínimo da faixa indicativa (era entre 14-16 reais) e saiu a R$ 11,20.

A Desktop também conseguiu lançar sua IPO no preço de R$ 23,50 (próximo do mínimo da faixa indicativa que era 23 reais).

Outra que conseguiu ter sucesso na sua IPO foi a Multilaser no preço de R$ 11,10 (próximo do piso que era R$ 10,80).

Mais 3 opções diversificadas de investimento! :clap: :clap:

@advanced_set, concordo e acho (só acho) que RAIZ4 deve subir bem. Mas eu não invisto tentando acertar se a ação vai subir ou cair, eu invisto pensando se a cotação atual é condizente com a condição atual e as perspectivas da empresa; assim quando vejo um bom desconto, eu compro!

@resonance, exato! Se a IPO tá cara e mesmo assim consegue ter sucesso, a maior beneficiada é a sua controladora, ou seja, a Cosan. O problema é que também não parece haver grande desconto na CSAN3.

@cofre, desejo sucesso! De todas estas novas IPOs, a Multilaser é a que eu achei ter mais potencial no curto/médio prazo e a TTEN3 pra longo prazo. Não vou entrar por preferir as empresas que já tenho.

@sr_fouquet, eles afirmam ser bem diversificados, não tendo grande dependência de poucos clientes. Concordo com suas conclusões… A depreciação é bem alta sim, mas eles tem 2 bons diferenciais: conseguem grandes descontos (20-30%) por serem o maior comprador de linha amarela; e verticalização da manutenção. Este último ponto é importante porque sabemos que há interesses conflitantes entre quem presta a manutenção e os donos dos equipamentos, pois quanto mais tempo em manutenção melhor pro prestador do serviço e pior pros donos. Isto é eliminado na Armac, além disto ela tem mais capacidade de lidar com ativos usados por causa desta capacidade de manutenção, o que justifica o interesse da empresa em investir em usados, o que também acaba gerando menor depreciação…

@ricardotgo, golpe total! É a “Bolha do TC” já começando a crescer… :rofl: O BrazilJournal diz que estão estimando uma receita entre 400-500 milhões em 2022! Eu duvido, mas se estiverem certos a empresa estaria bem barata. Seria um crescimento monstruoso dado o público alvo investidor ser pequeno no Brasil (apesar de crescente) e pela grande oferta de serviços gratuitos disponíveis na internet.

@nos, o Lock-Up aumenta seu percentual no rateio em caso de grande demanda porque geralmente é destinado um maior valor da Oferta para quem aceita o Lock-Up. Eu sempre aceito o Lock-Up quando entro numa IPO, até mesmo porque não compro uma ação na intenção de vender em 40-45 dias…

Agora mais 2 Ofertas Restritas:

  • Livetech da Bahia / WDC Networks (LVTC3):

OFERTA RESTRITA com início em 23/07/2021

Preço R$ 28,50 (média entre R$ 25,75 e R$ 31,25)

P/VP antes: 9,15
P/L antes: 17,58

P/VP depois: 2,45
P/L depois: 27,49
PSBe: R$ 27,79 (-2,48%)
FCD com 3% de perpetuidade, 8% taxa de desconto e 25% de taxa de crescimento para os próximos cinco anos: R$ 52,57 (+84,44%)
Está precificando um crescimento médio anual de 20% para os próximos 5 anos.
PSR: 2,51

A oferta é 69% primária (pode ser 100%). Entre 36 e 47% das ações ficarão no mercado. Destinação dos recursos: investimentos de capital (CAPEX) para aquisição de equipamentos destinados a locação; e potenciais aquisições de empresas (M&As). Empresa com dívida líquida de 520 milhões, tendo uma alavancagem normal em torno de 2,2x o EBITDA. Deve sair com um valor de mercado de 2 bilhões.

A Livetech da Bahia (WDS NetWorks) tem 17 anos de atuação e é uma empresa de fornecimento customizado de soluções de tecnologia da informação e comunicação de alta complexidade para uma variada gama de clientes no Brasil, Panamá, Colômbia e Estados Unidos. Tem produção própria para o fornecimento de serviços e produtos, incluindo infraestrutura de banda-larga, câmeras de vigilância, sistemas de controle de acesso, Cibersegurança, data center, automação, geradores de energia solar e etc.

Atua desde 2013 também com o modelo TaaS (Technology as a Service) que se caracteriza pela celebração de um contrato de locação entre o cliente e a companhia, com prazos que variam, normalmente, de 12 a 60 meses, sem opção de compra, por meio do qual o cliente passa a pagar pelo uso da tecnologia. Os benefícios do TaaS são: (A) para o cliente: (i) atualização com maior frequência da tecnologia e mitigação do risco dos equipamentos utilizados se tornarem obsoletos sob a ótica de inovação tecnológica; (ii) redução da necessidade de investimento em intangível e imobilizado; e (iii) possibilidade de focar mais no core business. E (B) para a Livetech, são: (i) melhora de margens operacionais; (ii) diminuição dos níveis de “default” pelo cliente, com menos de 1% de inadimplência histórica; (iii) geração de receitas recorrentes e relação de longo prazo com clientes. Em 2020 um contrato típico do TaaS mostrou uma taxa interna de retorno (IRR) de mais de 25%.

Em 2011 o fundador percorreu mais de 50 mil quilômetros pelas estradas do Brasil, e visitou mais de 100 cidades durante 8 meses com o objetivo de conhecer seus clientes “pessoalmente”. Um exemplo prático do conhecimento adquirido das necessidades dos seus clientes foi quando a companhia antecipou mais uma tendência tecnológica e trouxe para o Brasil a tecnologia FTTH (Fiber to the Home) GPON, a mais avançada na época e que ainda domina o mercado mundial.

Em 2017 recebeu investimento minoritário do fundo de private equity 2bCapital. Este movimento possibilitou o avanço na rota de crescimento e de expansão, tais como a conclusão em 2018 e 2019, respectivamente, das aquisições da Axyon Distribuidora e da Munddo Distribuidora, que ampliaram ainda mais o portfólio da companhia em soluções de cibersegurança, automação predial, internet das coisas (Internet of Things – “IoT”) e automação residencial.

Ainda em 2019, lançou a Casa Conectada, empresa especializada em automação residencial através da IoT que nasceu para desenvolver uma rede de franquia nacional. Por fim, em 2020, inaugurou uma fábrica de geradores de energia fotovoltaica em Extrema/MG e em apenas poucos meses de operação nesse segmento conseguiu escalar a operação e adicionar novos clientes através do cross-sell.

Segue abaixo a evolução dos resultados da empresa:

Pontos positivos: resultados melhorando consistentemente, demonstrando ter uma operação muito boa; crescimento do número de clientes de 3560 para 5953 e do valor médio dos contratos de R$109,6 mil em 2018 para R$238,2 mil em 2020; o montante de incentivos fiscais representa cerca de apenas 1% da Receita Líquida; empresa muito bem posicionada para as tendências pós-pandemia: trabalho remoto, demanda crescente por conexão de alta velocidade, cibersegurança, digitalização do entretenimento e tecnologias colaborativas (telemedicina, aprendizado a distância entre outras); demonstra ter muita capilaridade no Brasil e com presença nos EUA, Panamá e Colômbia:

Pontos negativos: preço, pois está embutido um crescimento alto, ainda mais considerando que 2020 foi um ano favorável; atua num setor onde a empresa deve estar sempre atenta às evoluções tecnológicas; certa dependência aos produtos relacionados à TELECOM; empresa menos voltada ao consumidor final em relação às outras opções similares na bolsa.

Não encontrei controvérsias relacionadas à empresa.

A remuneração da diretoria era 4,6 mi em 2018, 8 mi em 2019 e 2020 (estes anos com 7 membros); e será de 9,6 milhões em 2021 com 8 membros; isto é 1,2% da Receita Líquida. Achei alta, mas justificável pelo potencial de crescimento da empresa.

Na minha opinião se trata de uma ótima empresa com uma operação que está rodando muito bem e que trabalha com produtos que tenho muito interesse como os voltados para energia solar, rede de fibra ótica, sistemas de segurança eletrônica e IoT. Atualmente estaria negociando entre 9-11x o EBITDA, a depender se consideramos ou não a entrada dos recursos da Oferta. A precificação da empresa parece ser justa, nem barata nem cara, mas o ideal é conseguir algum desconto em empresas com pouco histórico diante da assimetria de informações. Mesmo assim eu decidi entrar com um percentual pequeno de minha carteira caso a cotação fique em torno dos 28 reais, devo entrar somente com cerca de 25% do que pretendo alocar nela, assim teria bastante espaço para aumentar a posição caso a cotação vá para um patamar mais descontado ou caso a cotação estacione e a empresa continue evoluindo. Eu estaria disposto a alocar uma parcela maior caso a precificação ficasse abaixo da faixa indicativa (seria ótimo 20% abaixo como foi a CBA)! Quem sabe ela não repete o sucesso das conterrâneas Ferbasa e Unipar: Empresas baianas lideram ranking de ações que mais se valorizaram desde o Plano Real

  • Privalia (PRVA3):

OFERTA RESTRITA com início em 22/07/2021

OBS: usei o Lucro Líquido Ajustado para desconsiderar a variação cambial.

Preço R$ 17,20 (média entre R$ 16,30 e R$ 18,10)

P/VP antes: 19,30
P/L antes: 38,03

P/VP depois: 4,19
P/L depois: 48,17
PSBe: R$ 13,62 (-20,82%)
FCD com 3% de perpetuidade, 8% taxa de desconto e 25% de taxa de crescimento para os próximos cinco anos: R$ 18,11 (+5,26%)
Está precificando um crescimento médio anual de 35% para os próximos 5 anos.
PSR: 2,00

A oferta é 53% primária. Entre 39 e 53% das ações ficarão no mercado. Destinação dos recursos: aquisição de ativos do acionista controlador ( :smirk:); transferência da plataforma de e-commerce do acionista controlador ( :roll_eyes:); investimento em marketing; reforço do capital de giro; e potenciais aquisições de negócios (M&A). Empresa sem dívida líquida e com EBITDA ajustado de 61 milhões. Deve sair com um valor de mercado de 1,9 bi.

A Privalia é um grande outlet on-line. É uma plataforma de comércio eletrônico focada em flash sales, um modelo baseado em um ecossistema que conecta marcas renomadas a consumidores engajados através de descontos. Por meio de campanhas com duração de 7 a 10 dias, as mais de 1.500 marcas parceiras ganham uma solução de canal de vendas com alta liquidez para promoção de parte de seus estoques - ao mesmo tempo em que mantêm seu posicionamento de marca protegido - enquanto os usuários passam a ter acesso a produtos renomados por preços competitivos.

Fundada em Barcelona em 2006, a Privalia começou suas operações no Brasil em 2008. No ano de 2016, foi adquirida pela varejista francesa Ventee-Privee (atualmente denominada Veepee) e se tornou assim uma subsidiária integral, em um movimento que incluiu a operação brasileira. Em 2018, inaugurou o centro de distribuição localizado em Extrema (MG) que atualmente opera mais de 500 mil SKUs (Stock Keeping Units). Além do segmento de moda, atualmente opera em outros nove segmentos: Pets, Calçados, Home & Decor, Kids, Acessórios, Esportes, Vinho & Gastronomia, Beauty & Wellness, e Eletrônicos.

Segue abaixo a evolução dos resultados da empresa:

Pontos positivos: bastante vinculada ao setor de luxo; grande e consistente expansão da base de clientes; empresa tech já lucrativa e num preço bem aceitável (2x a RL, por exemplo); usuários com alto engajamento; grande capacidade de geração de dados a partir dos hábitos de consumo e das pesquisas realizadas por seus usuários; modelo de negócios com grande potencial de crescimento; boa nota no ReclameAqui de 8,6 com índice de solução de 90% e 82% voltariam a fazer negócio com a Privalia; muitas avenidas de crescimento como monetização das visitas com propagandas, criação de cashback e/ou programa de fidelidade, oferta de serviços financeiros, maior diversidade de produtos e criação de marketplace.

Pontos negativos: queda das margens nos últimos anos, não demonstrando a escalabilidade típica de empresas tech; NPS de 66 (apesar de ter melhorado muito e estar em linha com o setor); altamente dependente de outras empresas, tanto quanto à quantidade de promoções, quando à qualidade dos produtos; o controle da companhia fica à mercado.

Não encontrei controvérsias relacionadas à empresa.

A remuneração da diretoria era entre 2 e 3 milhões em 2018, 2019 e 2020 (com 2 membros) e será de 5 milhões em 2021 com 8 membros; o que parece bem casado com a operação.

Na minha opinião se trata de uma empresa com grande potencial de expansão, mas que está tendo certas dificuldades nisto. Acredito que tem potencial para apresentar um crescimento bem mais agressivo do que o que eu estimei. É uma empresa tech que já apresenta boa lucratividade e que já provou que pode ser bem rentável, além disto o excelente engajamento da base demonstra grande potencial para inclusão de novos produtos/serviços que iriam melhorar bastante a rentabilidade. Atualmente estaria negociando a 31x o EBITDA (ou 25x considerando a entrada dos recursos da Oferta). Sendo assim, na minha opinião é uma ótima opção (talvez a melhor) entre as empresas vinculadas diretamente a tecnologia, mas eu ainda prefiro as 2 que já tenho, por isto não pretendo entrar no momento.

EDIT: a Privalia suspendeu sua Oferta (mas tomara que retomem): Privalia suspende IPO após volatilidade nos mercados – Money Times

Pra mim foi interessante esta suspensão, já que estou com poucos recursos no momento e eu gostei bastante da empresa.

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A Oferta Restrita da Livetech da Bahia teve a data de estreia na B³ alterada para dia 26/07/2021 e a faixa média caiu para R$ 24,48 (entre 23,20 e 25,75) e antes era R$ 28,50 (entre 25,75 e 31,25):

Além disto, a Oferta passa a ser 100% primária, que foi uma possibilidade que eu tinha apontado na análise acima… Pelas minhas contas o P/L agora ficou em 21,64; P/VP de 2,68 e PSR de 1,98. Gostei muito desta mudança, vou entrar…

A AgroGalaxy que tinha suspendido sua IPO, resolveu fazer uma Oferta Restrita:

  • AgroGalaxy (AGXY3):

OFERTA RESTRITA com início em 26/07/2021

OBS: considerei o resultado pró-forma com as aquisições.

Preço: R$ 13,75 (saiu no piso da faixa indicativa de R$ 13,75 a R$ 16,50); anteriormente era R$ 17,50 (média entre R$ 15,00 e R$ 20,00)

P/VP antes: 2,03
P/L antes: 63,58

P/VP depois: 1,79
P/L depois: 74,72
PSBe: R$ 34,51 (+150,95%) - empresa com RL alta e baixa margem líquida.
FCD com 3% de perpetuidade, 8% taxa de desconto e 25% de taxa de crescimento para os próximos cinco anos: R$ 9,33 (-32,14%)
Está precificando um crescimento médio anual de cerca de 49% para os próximos 5 anos.
PSR: 0,52

A oferta é 100% primária (antes era 50%). Apenas 15% das ações ficarão no mercado. Destinação dos recursos: operações de fusão e aquisição; e promoção do crescimento orgânico e capital de giro. Empresa com endividamento líquido de 773 milhões e EBITDA pró-forma de 367 milhões, ou seja, tem uma alavancagem normal. Deve sair com um valor de mercado de 2,3 bi.

A AgroGalaxy é uma plataforma de varejo de insumos agrícolas e serviços voltados para o agronegócio brasileiro, atuando na comercialização de insumos agrícolas, produção de sementes, originação, armazenamento e comercialização de grãos, além de prestação de serviços agrícolas. Tem cobertura geográfica nacional. Formada a partir da aquisição de plataformas líderes em diferentes regiões brasileiras, a companhia tem os benefícios da integração, enquanto mantém as características e marcas originais de cada plataforma, além de todo o histórico local e proximidade com o agricultor (principalmente o médio e pequeno agricultor).

image

No início de cada safra, o produtor agrícola conta com o apoio da equipe de consultores técnicos da AgroGalaxy para fornecer orientação em relação a quais produtos utilizar, desde a semente, fertilizantes para correção de nutrientes do solo, defensivos para proteção da cultura contra pragas e ervas daninhas, entre outros. A companhia realiza diversos eventos ao longo do ano, como a Super Agro e treinamentos de consultores de vendas e de agricultores e seus times operacionais, como a Ourotec, de forma a divulgar o lançamento de novas tecnologias, promover o trabalho dos consultores técnicos, orientar sobre o gerenciamento de culturas e maquinário, e elevar a fidelidade de seus clientes. O produtor também conta com a empresa para fornecer crédito, solução de logística, inteligência meteorológica e know-how e controle sobre as culturas. Ela oferece ainda ao produtor armazenagem e comercialização de grãos, bem como ferramentas como contratos de barter (que dá a opção ao produtor de pagar pela compra de insumos com entrega de grãos).

Segue abaixo a evolução dos resultados da empresa:

AGXY 2019-2020

Pontos positivos: muito boa capilaridade; grande diversificação de produtos e serviços, incluindo recente parceria com a Alper para oferecer seguro agrícola; boa cultura de crescimento via M&A; algumas iniciativas voltadas para inovação tecnológica na área agrícola e a parte de experimentação, o que de grande forma viabiliza sua capacidade de servir seus clientes; as operações de “Barter” representam quase metade da originação de grãos da empresa e criam sinergias no modelo de negócio.

Pontos negativos: A empresa está bem concentrada em soja (69%) e milho (23%); o cerne da operação é o varejo de insumos, ou seja, tende a ter margens baixas; riscos inerentes ao setor agro; exposição concentrada em pequenos e médios produtores pode indicar um maior risco.

Não encontrei controvérsias relacionadas à empresa.

A remuneração da diretoria será de 8 milhões em 2021 com 13 membros; o que é pouco relevante diante da RL de 4,5 bi.

Eu já tinha decidido não entrar na IPO e continuo sem interesse na empresa porque, na minha opinião, operação de varejo agrícola se beneficia muito pouco dos momentos favoráveis ao setor e costuma operar com margens muito baixas. Contudo, como a empresa negocia a 0,50x a RL, qualquer incremento de margem via preço ou via melhora operacional pode gerar um impacto excepcional na lucratividade da companhia. Atualmente estaria negociando a 8,5x o EBITDA sem considerar a entrada de recursos da Oferta, o que parece atrativo. Outros fatores que fizeram me afastar da AgroGalaxy foram: na tentativa de lançar a IPO ela apresentou um Prospecto com informações muito bagunçadas e sem clareza; na proposta inicial o controle ia a mercado, com todos os acionistas se desfazendo de boa parte de suas participações; e a recente reorganização societária tinha elevado muito a alavancagem.

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@fabio_barbosa obrigado!

acompanhando aqui suas analises dessa chuva de IPOS. Clearsale parece ser um negocio bem interessante!

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Realizar flipagem caracteriza day trade?

Edit: vi aqui, aparentemente sim, houve recolhimento de irpf na fonte…

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Eu sei que para exercício de opções não é day trade, mas IPO não tenho ideia.

que manda é a nota

Acompanho o canal ganhando a vida adoidado
Fala muito de ipo
Ele falo que reservar e vender na abertura é swing trade.

Ele participa sempre de vários ipo

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Abre o olho que tem corretora que recolhe IR sem ser day trade. Eu até evito ficar comprando e vendendo no Itaú desnecessariamente porque recolheram na fonte independente do valor quando vendi coisa lá

Claro que se você estranhou a sua provavelmente não faz isso, mas é uma boa não se basear nisso

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Não configura não.

Não sei por que começaram a chamar toda compra e venda futura de swing trade.
Antigamente swing trade era a compra feita em um dia para venda no outro (preferencialmente no pregão de fechamento e abertura).
Acho confuso esse negócio de chamar toda compra e venda “não-day-trade” de swing trade.

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@fabio_barbosa algum ipo que tenha gostado recentemente ou por vir? Abraços e parabéns pelo excelente trabalho.

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A Livetech da Bahia foi precificada a R$ 23,20.

@kardia, agradeço o elogio! :blush:

Ano passado entrei na CASH3 e este ano entrei em INTB3, MOSI3, ALLD3 e SOJA3. Estou acompanhando BLAU3, MATD3, POWE3, JALL3 e TTEN3. Queria ter entrado na Vittia que cancelou/suspendeu a Oferta.

Das Ofertas mais recentes, confesso que nenhuma me empolgou muito. Mas, considerando IPOs e Ofertas Restritas, as que mais gostei foram:

1 - Livetech da Bahia: Apesar de ainda estar num preço um pouco salgado, eu acredito muito nos produtos que produz/comercializa. Acredito que ela vai ser bem favorecida pelo crescimento de várias empresas de fibra ótica, inclusive temos 3 empresas (Desktop, Unifique e Brisanet) com IPOs recentes e mais a Oi. Além disto, tem produtos relacionados à segurança/cibersegurança e energia solar; os quais eu acredito ter muito potencial. Por causa disto eu preferi a Livetech em relação à Multilaser que saiu num preço mais adequado.

2 - Multilaser: muita diversificação, muito eficiente no lançamento de produtos, produz chips, setor principal bem interessante, boa operação, preço adequado, é vista como tendo produtos com uma boa relação custo/benefício (apesar de eu discordar). Eu não entrei por não estar confortável com o altíssimo nível de incentivos fiscais (9% da RL) e ainda tem 300 milhões em impostos judicializados, tendo vinculação com sonegação fiscal e fraude no ICMS.

3 - 3tentos: outra empresa com preço adequado e o que mais me chamou atenção foi a futura expansão para o Mato Grosso que deve alterar bastante o tamanho da empresa, passando a ter um pouco de diversificação geográfica e climática. Atua principalmente na industrialização de grãos e no varejo de insumos.

4 - Privalia: suspendeu a oferta, mas é uma empresa tech muito vinculada ao setor de luxo, com consumidores bem engajados e que já é lucrativa (a operação só se mostrou ser rentável). Considerando o setor estaria barata. É uma empresa que faz muito sucesso com as mulheres, quase todas que conheço já ouviu falar da Privalia. O que menos gostei é a utilização de parte dos recursos da Oferta para pagar por ativos do controlador e pela plataforma de e-commerce do mesmo; sendo que isto é como se fosse uma Oferta Secundária disfarçada.

Das que ainda não divulgaram faixa de preço eu tenho interesse na Tópico (Logística) e Laboratório Teuto.

Hoje vou falar sobre a Clear Sale e até segunda devo falar sobre Oncoclínicas e AgriBrasil.

@matsimon, agradeço sua atenção e espero estar ajudando… :blush:

Segue abaixo o que achei da ClearSale:

  • clearsale (CLSA3):

Preço R$ 22,50 (média entre R$ 20,00 e R$ 25,00)

P/VP antes: 76,22
P/L antes: 86,99

P/VP depois: 7,49
P/L depois: 100,92
PSBe: R$ 6,31 (-71,94%)
FCD com 3% de perpetuidade, 8% taxa de desconto e 50% de taxa de crescimento para os próximos cinco anos: R$ 27,05 (+20,24%)
Está precificando um crescimento médio anual de 58% para os próximos 5 anos.
PSR: 10,45

A oferta é 55% primária. Diluição alta de 86%, mas não acho que seja o ponto mais relevante. Entre 25 e 33% das ações ficarão no mercado, o que é bem positivo. Destinação dos recursos: 50% para crescimento orgânico (CNP e autenticação de identidade); 20% para Open Innovation (algo como investir em iniciativas potencialmente disruptivas, mas que podem gerar retorno zero); e 30% para crescimento inorgânico (fusões e aquisições). Empresa com dívida líquida de cerca de 50 milhões e com EBITDA de 91 milhões, ou seja, a alavancagem é muito baixa. Deve sair com um valor de mercado de 4 bi.

A Clear Sale atua no mercado de soluções antifraude digital nos mais diversos segmentos, como e-commerce, mercado financeiro, vendas diretas, telecomunicações e seguros, sendo pioneira no mapeamento do comportamento do consumidor digital no Brasil. Tem atuação no mercado local e internacional e atende aos principais varejistas e instituições financeiras do país.

Fundada em 2000, a Clear Sale desenvolveu um projeto para mitigar a fraude em um grande e-commerce brasileiro, e teve na construção de sua base de dados a chave para o sucesso, tanto que, em 2005, passou a utilizar essas informações para criar um efeito de rede (base única) com objetivo de proteger todos os seus clientes. Com isso, a companhia criou em 2008 o Total Clear Sale, produto que até hoje é considerado o carro-chefe da empresa. Nele, toda a árvore de decisão sobre aprovação ou reprovação de pedidos no e-commerce fica sob a responsabilidade da Clear Sale, o que permite uma atuação mais efetiva no combate a fraudes, em um equilíbrio entre desenvolvimento de tecnologia e inteligência humana especializada. Na sequência, a companhia, em 2013, expande suas ações de prevenção e combate a fraudes para além do e-commerce, atuando também no mercado financeiro, de seguros, telecomunicações, companhias aéreas e vendas diretas, desde a validação cadastral e autenticação de usuários, passando, inclusive, por atribuição de score de crédito, até a validação no transacional das empresas destes setores, se tornando, então, um dos principais players no combate a fraudes do Brasil e, após a sua maturação, em 2015, passa a ter atuação internacional, com escritório em Miami (EUA), atuando fortemente no e-commerce da região. Atualmente, a Clear Sale, analisa transações de mais de 170 países e conhecendo o comportamento de compra de diferentes consumidores no mundo, além de possuir escritório no México. Em 2020, 88,5% da receita líquida da empresa foi advinda das operações no Brasil e 11,5% da operação internacional.

Em 31 de março de 2021, a Clear Sale tinha mais de 4700 clientes ativos em mais de 170 países, de diversos segmentos e tamanhos usando seus produtos e serviços de prevenção a fraudes. Diante do reconhecimento alcançado, a companhia, nesta mesma data, possuía, em média, mais de sete anos de relacionamento com seus 20 maiores clientes, com um churn (perda da base de clientes) de 4,2%.

Modelo de negócio: pode ser contratado de duas maneiras principais: performance-as-a-service, por meio do qual oferece soluções de prevenção a fraude com base em indicadores pré-estabelecidos (como número determinado de transações por pedido, ou número de transações fraudulentas evitadas), podendo também contar com desconto, pela companhia, correspondente a valores de chargeback decorrentes de falhas na ferramenta de prevenção a fraudes; ou software-as-a-service, por meio do qual oferece produtos e serviços de gestão de risco, sem qualquer obrigação de atingimento ou manutenção de indicadores e/ou garantia de reembolso de perdas financeiras relacionadas a fraudes. A geração de receita, em grande parte, é baseada em preço pago por análise de risco, ou seja fatura por cada análise de transação individual que verifica no âmbito das soluções antifraude que oferece, neste caso, gerando um importante volume de receita recorrente mensal que muitas vezes acompanha o crescimento dos negócios dos próprios clientes em seus segmentos. Adicionalmente, 100% das transações dos clientes precisam ser analisadas pela Clear Sale e quanto maior o volume de transações efetuadas pelos clientes, menor é o preço por transação cobrado.

O poder dos dados: já analisou mais de 2,4 bilhões de transações históricas, mais de 133 milhões de hot phones (números de celular mais utilizado por quem executa a transação), mais de 253 milhões de hot devices (aparelhos em geral, incuindo celulares, notebooks, tablets, etc que pertencem realmente a seus titulares), mais de 211 milhões de e-mails distintos, e mais de 627 milhões de pares distintos de CPFs e telefones. Hoje, são reconhecidos aproximadamente 95,8% dos CPFs nas transações no Brasil, e mais de 2 milhões de novos telefones são analisados por mês.

Segue abaixo a evolução dos resultados da empresa:

Pontos positivos: gostei bastante da destinação dos recursos do IPO; grande capacidade de crescer a RL a partir dos clientes pré-existentes, gerando muita recorrência e deixando a operação com crescimento mais previsível; a operação da ClearSale gera um base de dados que se retroalimenta e tende a se tornar cada vez mais eficiente, gerando um efeito de rede que gera muito valor para a empresa; potencial expansão internacional; baixo percentual de perda de clientes; empresa bastante asset light e com negócio bem escalável e já lucrativo.

Pontos negativos: está com alta precificação, mesmo considerando o alto potencial do negócio e um crescimento agressivo; baixo NPS de 54; nota péssima no ReclameAqui com baixíssimo índice de solução e pior ainda o percentual de quem voltaria a fazer negócio com a ClearSale; existe um certo conflito de interesses entre o cliente e a empresa nos contratos de perfomance-as-a-service já que a negativa de algumas transações pode gerar perda de receita e de imagem para o cliente (falo por experiência própria); possibilidade de se internalizar os sistemas anti-fraude nas maiores empresas ou usar meios de pagamento que já possuam este sistema.

Não encontrei controvérsias relacionadas à empresa.

O aumento da remuneração da diretoria entre 2018 e 2021 foi pouco relevante e atualmente representaria cerca de 0,5% da RL.

Na minha opinião se trata de uma empresa com crescimento já contratado devido ao incremento de clientes e que estes naturalmente terão mais transações a serem analisadas com o passar do tempo, ou seja, a ClearSale tende a expandir não só a base de clientes como também o número de transações de cada um destes novos e antigos; isto é algo muito positivo que foi um dos principais fatores que identifiquei quando entrei na CASH3. Acredito que tem potencial para apresentar um crescimento agressivo, ainda mais se considerar a potencial expansão internacional, e é uma empresa tech que já apresenta boa lucratividade e que já provou que pode ser bem rentável. Atualmente estaria negociando a 45x o EBITDA (ou 39x considerando a entrada dos recursos da Oferta). Apesar de todos estes fatores positivos, eu não vou entrar no IPO pelos seguintes fatores que não me deixam tranquilo com a operação: 1 - precificação, para aceitar pagar múltiplos tão altos eu teria que enxergar um horizonte com baixos riscos ao negócio da empresa e/ou que esta tivesse um diferencial competitivo muito grande, o que não é o caso na minha opinião; 2 - quando uma empresa contrata os serviços da ClearSale ela espera se proteger de fraudes mas também manter o incremento de Receita, o que é conflitante e isto muitas vezes gera insatisfação (baixo NPS e nota péssima no ReclameAqui) e baixo reconhecimento do valor do serviço; 3 - possibilidade das maiores empresas internalizarem os sistemas anti-fraude, o que geraria custos para estas mas resolveria o conflito de interesses citado; 4 - uso e desenvolvimento de vários meios de pagamentos que podem substituir os serviços da ClearSale. Finalizando, eu estaria confortável pagando 5x RL e/ou 50x LL e/ou 25-30x o EBITDA, mas nesta precificação atual não…

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Parece bem interessante mesmo, vc vai por ordem de compra logo na abertura na segunda-feira?
Tem um preço maximo em que entraria (por ex, compro desde que fique abaixo de 25 reais)?
Me parece que não deve disparar na abertura, precificou no piso e não colocou o lote adicional

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Sim também não sei como configuraria este tipo de compra. Por isto usei este termo. Só citei assim pq é como o pessoal lá comenta. Mas vivendo e aprendendo :slight_smile:

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Para os produtos da Multilaser terem bom custo/benefício, só se pagarem para os utilizarmos :slight_smile:

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