ITSA3 - Itaúsa

Referente a abater prejuízos passados de lucros futuros, vendi UGPA3 com prejuízo mês passado, mas Agosto e nesse mês ainda não realizei vendas acima de 20k. Esse prejuízo que posso abater teria um prazo de meses ou anos? Por exemplo, supondo que ano que vem, em dez/2020, eu realize vendas acima de 20k com lucro no mês, eu poderia abater esse prejuízo passado (mesmo que um ano atrás) na diminuição do pagamento do darf?

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Olá, Anselmo. Sim, o que você colocou logo acima é possível. O prejuízo numa operação de venda de ações no mercado à vista é compensável em futuras vendas com lucro MESMO EM ANOS-CALENDÁRIOS SEGUINTES.

Exemplo didático:
Venda de 2000 ações UGPA3 a R$ 36.000,00 (R$ 18,00 por ação) com prejuízo de R$5.000,00 nesta operação em 06/09/2019.
Venda de 700 ações ENBR3 a R$ 21.000,00 (R$ 30,00 por ação, se Deus quiser chega lá rsrs) com lucro de R$ 7.532,00 nesta operação em 01/10/2020.
Considerando que você não tenha feito nenhuma outra venda entre estas 2 operações, você abaterá do seu lucro com ENBR3 o prejuízo com UGPA3, como abaixo:
Lucro tributável = 7.532,00 - 5.000,00 = 2.532,00.
Imposto a pagar (DARF) = 2.532,00 x 0,15 = 379,80
Se você não abater o prejuízo com UGPA3 de seu lucro com ENBR3, o imposto a pagar seria 7.532,00 x 0,15 = 1.129,80 (!!!) ----- Perceba a vantagem de usar prejuízos passados para pagar menos imposto.
Para efeitos didáticos, desprezei taxas de corretagem e emolumentos neste exemplo.

É importante que você declare à RFB suas perdas no mercado à vista na Declaração de Ajuste Anual, pois só assim ela entenderá a possibilidade de compensação dessas perdas numa venda posterior com lucro.

Se quiser verificar na íntegra estas regras, veja INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1585, DE 31 DE AGOSTO DE 2015 - IN RFB nº 1585/2015

Os trechos que dispõem destas regras seguem transcritos logo abaixo:

"Subseção I Dos Mercados à Vista
Art. 58. Nos mercados à vista, o ganho líquido será constituído pela diferença positiva entre o valor de alienação do ativo e o seu custo de aquisição, calculado pela média ponderada dos custos unitários.

(…)

Subseção VI Da Compensação de Perdas

Art. 64. Para fins de apuração e pagamento do imposto mensal sobre os ganhos líquidos, as perdas incorridas nas operações de que tratam os arts. 27, 58 e 60 a 62 poderão ser compensadas com os ganhos líquidos auferidos, no próprio mês ou nos meses subsequentes, inclusive nos anos-calendário seguintes, em outras operações realizadas em qualquer das modalidades operacionais previstas naqueles artigos, exceto no caso de perdas em operações de day-trade, que somente serão compensadas com ganhos auferidos em operações da mesma espécie."

Espero que tenha ficado claro.

Bons investimentos!!

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Excelente explicação. Obrigado!

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Boa tarde a todos, comprei ITSA4 três vezes, em dias diferentes, 11,88 - 12,34 - 12,70.
Se eu vender tudo em um mesmo dia, configura day trade, tenho que fazer a DARF?
Obrigado.

Boa noite pessoal, gostaria de saber a opnião de vocês que devem estar no mercado a mais tempo do que eu. Se preocupar com a qualidade de Itausa ainda significa se preocupar com Itaú no meu ponto de vista. Com essa onda de “bancos digitais” atual, os mais céticos dizem que os bancos estarão até certo ponto com problemas. Trabalho em banco à 15 anos e acredito que o setor não será afetado nem um pouco por fintechs. Mas gostaria de ouvir a opnião de vocês.
Meus pontos de vista:
1 - Todos os bancos são digitais hoje, não existe mais a burocracia para uso dos serviços como antigamente. Todos possuem app robustos, Internet Banking, Fone Banking E o atendimento pessoal tradicional.Os bancos “digitais” estão apenas oferecendo o serviço que já existe a anos porém de graça.
2 - As fintechs atuais são voltadas a nichos específicos como crédito privado (BPAN), financiamento imobiliário (BIDI) ou cartão de crédito (NUBANK) com alguma expansão nos serviços, porém todos com rentabilidade quase zero, ou seja, trabalhando de graça. e daí meu 3º ponto:
3 - Quando esses bancos “disruptivos” começarem a tentar rentabilizar os clientes que conquistaram, terão de cobrar pelos serviços igual ao bancos atuais. E nesse caso, se crescerem, vão apenas seguir o caminho dos bancos atuais.

Espero não ter ofendido a opnião de ninguém e gostaria de saber o ponto de vista de vocês!!

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Veja meu pto de vista sobre os bancos digitais tarifa zero: Avisos de Compra e Venda & Debate Sobre Carteiras - #4168 por cadu

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Gestor Renoir Vieira fala porque está vendido em Itaú.
De quebra fala também sobre Cielo, Suzano, Iguatemi e aplicação em fundo:

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Eu vejo o inter como um banco sonha crescer, captar recursos e disponibilizar para o mercado imobiliárii, especialmente para quem for comprar imóveis da MRV… assim não dependerão tanto do governo para vender imóveis. Não vejo um banco que quer dar muito lucro ou remunerar o seu acionista, mas pode dar certo… se o mercado continuar acreditando as chances aumentam pq como estão supervalorizando a empresa é fácil encontrar pessoas dispostas a investir, e se investirem bastante $ as possibilidades são grandes. Porém sempre vi o preço acompanhar o lucro, e no caso de inter… não é oq está acontecendo, pode haver uma correção a qualquer momento. Vejo alguns fundos (uns 10) comprados em quase todo o free float, se vc comprou 99.9% de um negócio na bolsa por 1 real e depois começar a negociar 0.01% dele a 100 reais, o valor de mercado exibido no HB será 100 e o seu fundo exibirá um retorno exorbitante… mas será q vale? Será q este fundo tem um ativo de valor, que gera riqueza, que gere muita renda? Ou estão com bijuterias e todos acreditando que têm ouro? Pq será q não emitem mais cotas neste preço? Será q realmente terá liquidez se for feito uma nova oferta nos preços atuais? Eu acho q não, que nenhum grande investidor iria comprar e q por este motivo a empresa ainda não fez.

Do outro lado temos o itaú, uma empresa que se adapta a tudo por muitos anos, que está aumentando lucros até hoje e pode adaptar a qualquer coisa… Se o itaú oferecer tarifas gratuitas à todos, com certeza muitos clientes saem do inter e vão para o itaú, mas mesmo o inter trabalhando de graça, as pessoas ainda querem ficar no itaú ou em qlq outro bancão… Alguns se aventuram, mas ngm põe alguns milhões lá, pois todos têm desconfiança quanto a segurança.

Prefiro ficar onde o lucro real está do que onde apenas a esperança de lucro existe, se é que existe, pq o controlador não é flor q se cheire e está mais interessado em vender imóveis e captar $ para gerar crédito imobiliário.

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Boa noite CADU e Matheus,
O pouco que li de suas análise já gostei muito, também tenho essa visão mas vai além de ser o mesmo pensamento que o meu. Trata-se de uma análise pé no chão, o motivo básico de existir de uma empresa é crescer e dar lucros e nenhuma fintech ainda se preocupou com lucros. Ainda tem a questão dos juros que estão em níveis mínimos. Quando subirem novamente, acredito que teremos uma balançada legal de boa parte dessas empresas, mas são suposições de um iniciante nos estudos. E ainda tem o fato de o maior investimento no BIDI ser de uma Joint Venture que nesse caso particularmente não enxergo como segurança ou expectativa de bons resultados. Obrigado por compartilharem seu ponto de vista, pelo menos não estou tão fora da lógica kkk!!!

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Eu também estou do lado que a valorização foi bem acima do lucro, enxergo mais valor nos bancos tradicionais. O último que sair da festa do banco inter apaga a luz.

Agora acredito que o retorno dos grandes bancos devem sofrer uma pequena queda no médio e longo prazo.

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A maior parte do dinheiro vai continuar na mão dos 5 grandes bancos por um bom tempo. Itaú penso que tem bastante para lucrar com crescimento da economia, empréstimos, etc, e isso não está precificado de forma adequada. A queda de receitas com serviços vai ser em parte compensada com fechamento de agências e redução de custos no geral.
Imagino que Itaú não deva estar dormindo no ponto; dos 5 grandes bancos é o que vejo com melhores olhos se adaptar às mudanças.

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Preço do Bidi é calculado c base nos creascimentoa de lucro, com um prêmio q o mercado dá por acreditar que vao rentabilizar.

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Mercado precifica BIDI como fintech, mas acha que o lucro vai ser de Banco tradicional. O lucro será de fintech, ora essa. Margem baixa, alto investimento e baixa barreira de entrada da concorrência. Tem muita gente defendendo que Itau pode ser a nova Cielo, mas na verdade as chances de BIDI ser uma Cielo são maiores, na minha opinião.

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É possível que seja um problema de inteligência da minha parte, mas tenho uma dificuldade imensa em analisar um banco, imagina ter convicção para ficar short no maior banco do país. Acho banco tão difícil de entender, tudo é compartimentalizado e a contabilidade no final ajuda a nublar ainda mais o ambiente. Essa idéia de que o banco é o intermediador entre o poupador e o tomador não explica nada. Se a operação bancária se resumisse a Depósitos, talvez fizesse sentido ficar vendido em Itau. Mas veja o BPAN p.e., conseguiu aumentar bastante depósitos lançando boas taxas (até tenho alguns CDB’s deles), só conseguem rentabilizar isso com crédito consignado (juros médios da carteira deles de +25% a.a.). Depois vem ainda as carteiras de títulos e as aplicações interfinanceiras. Um banco grande consegue financiar uma carteira gigante de títulos sem precisar captar um real com depósitos e comprar crédito AA. Enfim, eu me pergunto como esses caras nunca quebraram dado o grau de complexidade dessas instituições. Mas se isso não aconteceu até hoje, você precisa de um pouco mais do que “bancos digitais” para ficar short.

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No caso do Itaú e análise de bancos eu acrescentaria seis pontos:
a) Antifragilidade do Nassin Taleb - que quanto mais tempo de mercado, ou seja, mais tempo arriscando a própria pele uma empresa vai se fortalecendo, adaptando-se e tornando-se antifragil.
b) Efeito Lindy - que diz que quanto mais tempo uma empresa está no mercado e gerando lucro, então a tendência é ela continuar no mercado e a gerar lucro. Resumindo, ela vai adquirindo um know-how que contribui para a longevidade dela;
c) Casamento - o que quebra um banco é a falta de casamento entre fluxo de caixa de entrada e saída e não saber avaliar bem o risco que está envolvido numa operação . Muitos bancos que quebraram estavam endividados e posicionados em ativos de alto risco (vide crise de 2008);
d) Tecnologia - vocês estão analisando o impacto do banco digital no mercado bancário, mas esquecem da eficiência e a redução de custos que isso gera para empresas tradicionais, além de hoje ser possível você simular vários cenários em softwares para tomada de decisão (por exemplo, a entrada de um concorrente no mercado como a Amazon). Lembrando que a Alemanha fez 7x0 no Brasil usando tecnologia big data;
e) Existem várias formas de uma empresa crescer (participações, novos produtos etc). O Mcdonalds depois de estabelecer seu território no mercado, procurou buscar outras formas de crescimento dentro desse mercado com produtos como café da manhã e quiosques de sorvetes.
f) Por fim, a mudança para banco digital nada mais é do que a evolução do sistema bancário e do capitalismo em si (que começou com o industrial e chegou no financeiro e ainda continua em processo de mutação). Ou seja, é um processo de evolução e mutação, mas mantendo a essência da sua origem (banco). Diferente da Cielo que teve a quebra do monopólio ou da Kodak que teve uma mudança radical no produto em questão. O melhor exemplo do processo de evolução do sistema bancário foi a evolução da moeda e a sua ampliação (produtos bancarios e derivativos, por exemplo).

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Banco, quanto mais conservador melhor. Emprestar para quem não precisa… O Itaú sabe muito bem fazer suas operações, eu estou bem tranquilo que não vão rasgar dinheiro. Na verdade durmo mais tranquilo investindo em Itaú do que em bidi4.

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Pergunto: qual dos bancos abaixo é o Banco Inter e qual o Itau Unibanco?

Ativo Imobilizado/Total
1: 0,38%
2: 0,30%
“igual”

Ativo Intangível/Total
1: 0,88%
2: 0,78%
“igual”

(Despesas Administrativas + Despesas de pessoal)/Resultado Bruto
1: 78%
2: 105%
“banco 2 depende de receitas de serviços bancários para sobreviver”

Receita de Intermediação/Patrimônio Líquido
1: 105%
2: 75%
“banco 2 gira menos o patrimônio dos acionistas”

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Olhando rapidamente, diria que de primeira:
Itau é o banco 2
Inter é o banco 1

Mas pensando melhor, a resposta correta é a inversa disso.
Isto pq o Itau tem uma diversificação maior de receita, não sendo tão dependente assim da receita de serviços bancarios.

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1 - Itaú e 2 - Inter.

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É isso aí.

O capital imobilizado do Itau é relativamente o mesmo do Inter, com toda a estrutura física do banco. Os ativos intangíveis são os mesmos e não compensam em nada a linha seguinte, que é o custo de pessoal e administrativo, que no banco digital é maior do que no banco tradicional, e mesmo que imaginássemos um cenário com o Inter mais alavancado, não conseguiria ser melhor. Por fim, um problema que já percebi no Inter é que este apelo da “conta custo zero” gera um problema, a estrutura de captação está muito concentrada em depósitos a vista, o que resulta em muito recolhimento de compulsórios e pode dificultar a capacidade do banco se rentabilizar.

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