Dá uma dor no coração ver esse desperdício de sinergias que poderia ter sido o casamento Itaú e XP. Deixaram as picuinhas falarem mais forte, parecendo barraco de casal. rs
Pessoalmente, acho que a XP entrega um horizonte muito seguro de crescimento e lucros consistentes, dificilmente comparável com qualquer outro investimento que a Itausa tenha feito nos últimos tempos. Mas enfim, vida que segue.
Eu não me preocuparia com isso. Aliás, eu acho que essa saída do Itaú da XP é um indicativo de que eles mesmos já identificaram oportunidades melhores no mercado. A equipe do Itaú é excelente em comprar negócios verdes e vendê-los maduros. Ainda há uma série de assets que o Itaú detem e, no meu entender, eles devem ver potencial maior do que na XP “daqui pra frente”.
Quanto à Itaúsa é um caso diferente (embora com ligações diretas com o Itaú). A estratégia aqui é outra, creio eu. Tornar-se uma holding mais diversificada pressupõe ir diminuindo aos poucos a participação de bancos e similares na receita. Eu gosto da saída da XP. Não sei a questão de timing, preço etc. O que não significa, porém, que eu gosto do que eles estão comprando.
Entendo, meu caro @ricardotgo. Valeu por dividir sua perspectiva. Obrigado!
Será que só eu enxergo na XP o melhor dos mundos no segmento financeiro? Os caras simplesmente passaram a mão e tomaram o filé dos bancões antes mesmo que qualquer um deles se desse conta.
Falo por experiência própria, de ter visto colegas de meia idade retirando todo o patrimônio de bancões, em questão de meses.
Foram além, conseguiram estabelecer vínculo inclusive com aqueles clientes que se julgava completamente fidelizados ao modelo tradicional de bancos, como pessoas acima de 60 anos, com patrimônios muito altos e perfil conservador.
Em pouquíssimo tempo de existência, gozam de reputação e popularidade sem precedentes entre as corretoras e, arriscaria dizer, se aproximam da força da marca de bancões, o que era inimaginável há cinco ou dez anos.
Para melhorar, começaram a oferecer serviços financeiros como cartões de crédito, etc. Isso abre uma grande avenida de oportunidades. Posso estar equivocado, mas não duvido que em pouco tempo estarão no melhor dos mundos, vivendo um modelo híbrido entre bancão, corretora e fintech.
Mesmo que você esteja certo, você não pode deixar de lembrar o tanto de dinheiro que o Itaú fez com a XP nesse trade.
Eu acho que você está enganado de crer que o Itaú saiu da XP por “picuinha”. Essa hipótese, ao meu ver, é muito improvável. Eles podem estar enganados na avaliação que fizeram, mas diante da experiência deles, eu creio que as chances são de que eles acham que era hora de “colher” e semear em outro lugar.
E vou te falar uma coisa: oferecer serviços é muito mais fácil do que dar crédito pra varejo. E por mais que serviços financeiros sejam parte importante da receita de banco, o que mantem vivo, no fim do dia, é crédito. Trocentos bancos estrangeiros tentaram a sorte no Brasil e quebraram a cara. Há uma tendência muito forte para a descentralização do “micro-crédito”. Isso é cada vez mais evidente. Tanto é que toda empresa tech da bolsa brasileira é, no fim das contas, mais uma financeira disfarçada. Eu pessoalmente acho que isso tem limite.
É também uma questão de perfil de investimento. Eu não curto o que eu chamo de “hope investing”: pagar muito caro por promessas.
Do pto de vista contábil para o investidor nenhuma.
Para a empresa tem a vantagem de poder aumentar o capital social da empresa sem diluição, ou seja, sem reduzir a posição dos sócios.
A vantagem para o investidor seria a mesma dos dividendos, e efeito bola de neve da rentabiidade a LP.
Verdade, não vi o preço atribuído a bonificação, mas se ele for maior que a cotação atual vc aumenta o seu preço médio, o que por consequência serve para diminuir imposto sobre lucro na venda futura.
A vantagem de ter a reserva de lucros seria para abater de possíveis prejuízos no futuro (no caso de ITSA, que tem uma receita mais estável, isto não tem muita serventia) e tb incorpora o valor no patrimônio liquido, que pode servir para alavancagem financeira da empresa.
Agora cabe ressaltar que a reserva de lucros tb tem um limite máximo permitido de % sobre o capital social, não me recordo se em ITSA é de 20% ou 30%, mas algo nesta linha.