Mercado precificando um rombo enorme, amanhã sobe fica de olho, só se vier maior do que o noticiado.
Na minha humilde opinião e sabendo que haverá alterações durante a tramitação, não foi tão ruim quanto eu imaginava.
| Investidores Individuais | 49.686.253 | 7,12% | 48.353.779 | 6,93% |
|---|---|---|---|---|
| Institucionais | 84.371.362 | 12,09% | 88.435.133 | 12,67% |
| Investidor Estrangeiro | 200.119.873 | 28,68% | 196.931.546 | 28,22% |
| Instituições Financeiras | 12.992.931 | 1,86% | 13.515.862 | 1,94% |
| Outros | 1.773.548 | 0,25% | 1.707.647 | 0,24 |
Veiarada dos fundos seguem vendendo forte e gringaida comprando do outro lado feliz da vida.
Eles estão comprados acima da média histórica. Se de repente eles resolverem stopar parte dessa posição e retornar para a média histórica o IBOV deve cair bem. Pessoa física e institucional fazendo valuation e colocando na conta o risco fiscal e carrego de renda fixa.
Pode até ser, mas vejo diferente, stop só se for gain para os gringos, então antes deles soltarem eles levantam para a manada vir junto, afinal eles levam a bolsa para onde querem, pessoa fisica e intitucional com a ilusão do trade como sempre, Brasil não tem tradição de investimento em bolsa só especulação mesmo.
“…
A massa salarial total do Brasil caiu 18,8% no primeiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2019, aponta relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
…
A avaliação da OIT é de que a crise está reduzindo o poder de compra das classes médias e atingindo de forma particularmente severa as famílias de baixa renda.
…
No caso do Brasil, …: uma queda de 6,9% entre janeiro e junho deste ano, segundo dados da OIT. Em 2021, a queda foi de 7%; e em 2020, de 4,9%.
…”
É um movimento que tenho observado, @fabio_barbosa,
Há dois pontos interessantes, um eu diria que é um movimento estrutural de longo prazo, que começou com a crise em 2016 e a reforma trabalhista em 2017, que são os trabalhadores por conta própria. Uber, Ifood, Home Office etc, de 2016 para cá, 3,5 milhões de pessoas migraram para a categoria.
O segundo me parece explicar a queda na massa salarial. Que é a queda no rendimento médio habitual dos empregadores, apesar de serem apenas 5% em números, tem uma média 3 a 5 vezes maior que as outras categorias. Infelizmente a pandemia engoliu muita empresa e a recuperação deve ser lenta. A boa notícia é que é o grupo que mais avança, eram 3,87 milhões em dez e em out já se aproximava de 4,4, que era o nível pré-pandemia.
Agora a dificuldade para recompor tudo isso não vai ser pequena, diria que pelo menos de 2 a 4 anos para a renda desse grupo voltar aos valores pré-pandemia.
Só acrescentando, um último fator que colaborou e não foi pouco é o rendimento do servidor público, que foi congelado, 12 milhões de pessoas, é um grupo bem representativo.
Ex Vale e Petro acho que o PL vai pra 8
Mas cabe ressaltar que Vale e Petro tb estão na comparação com 2008
Uma ponto interessante que o Damodaran levanta em um dos seus estudos é a relação prêmio de risco x inflação x PIB x taxa de câmbio. Traduzindo para o P/L, que seria o inverso do prêmio de risco:
Inflação (-) => P/L (+)
Inflação (+) => P/L (-)
PIB (+) => P/L (-)
Câmbio (+) => P/L (-)
Uma leitura é que o mercado prevê maior inflação, pouco crescimento do PIB e fortalecimento do real. Na verdade, se pegar a pesquisa Focus, é basicamente o arroz com feijão deles. O CDI futuro vem colocando a inflação numa faixa histórica de 5-6% já tem um tempo.
Se você somar isso ao Banco Central reagindo com uma taxa entre o Egito e a Nigéria, que estão com inflação entre 15-20%, e o mundo civilizado vendo a inflação bater 2 dígitos com 2-3%… Acaba que você tem um cenário onde pode ser que você acabe subindo os juros, contenha a inflação, mas só até os limites de sua fronteira, ou seja, não muito, e o câmbio absorva o restante dando uma boa apreciada. Isso já é meio que história recente: Real em preto vs Dollar Index em azul:
Creio que este seja um belo resumo para os próximos anos.
Para o Lula isso vai ser muito fácil de resolver, é só imprimir mais dinheiro rs.
Talvez seja também um resposta ao que o país vive nos últimos anos:
"…
A pobreza no País em 2021 alcançou 62,5 milhões de brasileiros, o equivalente 29,4% da população do país, enquanto 17,9 milhões de brasileiros se encontravam na extrema pobreza no ano passado (8,4% da população).
Nos dois casos, os níveis são os mais altos da série do IBGE iniciada em 2012.
…"
De toda forma, as empresas que estão na listadas na Bolsa são enormes (mesmo as que valem menos de 1 bi) e não são prejudicadas tão diretamente por esta realidade.
O IBGE está usando medidas não usadas internacionalmente. Estes números não conferem muito com os indicadores internacionais mais comuns. Mesma coisa para o desemprego. Isso no entanto não é particularidade nossa, muitos países fazem a mesma coisa com seus institutos de pesquisa. O caso que mais recordo é a Itália possuir algo como 1/4 dos cidadãos empregados e declarar um desemprego baixíssimo. Mas se o debate for discutir tendência ou previsão, a correlação do crescimento do PIB é inversa à da pobreza. Desde a crise de 2016 seguimos nesse caminho. Li um estudo da OCDE esses dias e me fez pensar bastante nas nossas prioridades. Todos falam em investir em ciência etc. Mas os países mais desenvolvidos não foram aqueles que investiram em educação de nivel superior, mas em educação básica.
Segue abaixo a linha da pobreza e suas diversas classificações pelo World Bank, via de regra 2,5 dólares é o golden standard para comparar qualquer país emergente.
O índice GINI mede a desigualdade. A queda se explica pelo déficit monumental de 13% do PIB em 2020 com seus auxílios etc. Só um soluço.






