Política (Part 1)

Tópico voltado p/ debates em torno da política internacional e nacional.

O novo “Brexit” que pode abalar o mercado: entenda o dilema da Itália com o referendo desta semana

No próximo domingo, os italianos irão às urnas para definir sobre uma grande reforma constitucional e que tanto o “sim” quanto o “não” têm consequências muito negativas

SÃO PAULO - A internet não tem perdoado o ano de 2016. Após a vitória do Brexit e a eleição de Donald Trump, muitas pessoas só estão pedindo para que o ano acabe, mas o que muitos estão esquecendo, é que, faltando um mês no ano, ainda há um evento que tem potencial de continuar o caos que a Zona do Euro e que poderia piorar os reflexos que o mundo tem sentido desde a saída do Reino Unido do grupo. No próximo domingo, 4 de dezembro, ocorre um importante referendo na Itália e que irá definir o futuro do eurogrupo.

Mas diferente de como ocorreu com os britânicos em junho, a decisão deste final de semana é um pouco mais complexa de se entender. Os italianos irão às urnas para definir sobre uma grande reforma constitucional, que prevê o fim do bicameralismo paritário e a transferência de competências das Regiões para o Estado. Mas como esta decisão pode se assemelhar ao Brexit? Simples, caso o “não” vença, a Itália também deve deixar o Euro.

Isso porque o primeiro-ministro Matteo Renzi já mostrou que deve renunciar ao cargo caso isso aconteça. Com isso, a Itália deverá ir ás urnas novamente para eleições parlamentares, e o partido antissistema M5S (Movimento 5 Estrelas) terá grandes chances de ser o mais votado. Apesar de não pregar um rompimento com a União Europeia, a legenda defende que a Itália abandone o euro. E aí mora o problema.

Então ficou fácil decidir: vote sim. Não é bem assim, apesar da proposta da reforma ser realmente necessária para a Itália, alguns detalhes do plano são perigosos para o futuro do país. Para entender melhor, é necessário lembrar o motivo para a convocação deste referendo. Renzi acredita que o maior problema da Itália seja a paralisia institucional do país.

A reforma propõe praticamente acabar com o Senado, que passaria a ser uma espécie de “câmara das autonomias”, com funções muito menores que as atuais, deixando apenas a Câmara dos Deputados com o papel de aprovar leis. Assim, os 315 senadores de hoje serão substituídos por 74 conselheiros regionais e 21 prefeitos, todos escolhidos pelas Assembleias Legislativas de cada região, segundo as preferências demonstradas pelos eleitores na urna. Ao votar em eleições regionais, o cidadão indicará na cédula que conselheiro gostaria de ver no Senado. Outros cinco membros ainda serão nomeados pelo presidente para um mandato de sete anos, totalizando 100 “senadores”.

Essa nova lei eleitoral procura dar o poder que Renzi acredita precisar para passar as reformas que a Itália tanto precisa. E é aí que mora o perigo. Como lembra a “The Economist”, esta tentativa de deter a instabilidade, dará ao primeiro-ministro um poder enorme demais, isto em um país que já teve Benito Mussolini e Silvio Berlusconi como comandantes.

A redução do poder do Senado é um dos pontos mais elogiados da reforma, dado que ter duas Casas com o mesmo poder tem travado propostas importantes para a Itália e faz com que o país demore para evoluir economicamente. Porém, colocar legisladores regionais e prefeitos para eleger os membros do Senado é um grande problema em uma sociedade onde as regiões e municípios aparecem como as camadas mais corruptas do governo.

Para piorar, Renzi aprovou uma lei eleitoral para a Câmara que dá grande poder para qualquer partido que ganhar uma pluralidade na câmara baixa. Usando várias manobras eleitorais, ele garante que o maior partido comande 54% dos assentos da Casa. Ou seja, o próximo primeiro-ministro teria um mandato praticamente garantido por cinco anos, o que é muito perigoso dado o cenário todo que esta reforma criaria. Confira mais detalhes sobre a proposta clicando aqui.

Pesquisas mostram que o “não” deve vencer, mas os exemplos recentes com o Brexit e Trump mostram que nada está definido até o resultado final. E no fim, quem pode definir a vitória para um dos lados são os estrangeiros. E foi pensando nisso que a ministra para as Relações com o Parlamento da Itália, Maria Elena Boschi, veio recentemente ao Brasil buscando os votos para quem é cidadão italiano residente aqui.

Autora da reforma, Boschi passou por Porto Alegre, Brasília e São Paulo, tentando explicar à comunidade italiana local os principais pontos da reforma. “A reforma constitucional faz parte de um percurso de mudança do país e tem como objetivo tornar a Itália mais estável, simples e eficiente”, disse ela.

A questão é que este referendo será revolucionário, seja pela vitória do “não” e seu poder de afetar toda a fragilizada União Europeia, ou com o “sim” sendo vitorioso e a mudança que ele terá na política italiana. O problema é que o mercado, até agora, parece estar se esquecendo da importância que isto tem.

Devemos ter uma forte volatilidade hoje por conta disso. A ideia era confusa mesmo, mas o não no referendo mostrou uma rejeição ao governo atual. Pode ser visto como uma continuidade do movimento recente fora euro e contra imigração, ou somente um movimento mais conservador.

Por que a vitória do ‘não’ em plebiscito na Itália pode ter consequências em toda a Europa

Italianos rejeitaram maior reforma constitucional desde a 2ª Guerra Mundial; premiê do país, Matteo Renzi, renunciou ao cargo após resultado das urnas.

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Odebrecht delata caixa 2 em dinheiro vivo para Alckmin, diz jornal

Por Valor SÃO PAULO - A delação premiada da Odebrecht com a operação Lava-Jato atingiu um dos tucanos mais cotados para a sucessão presidencial, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Segundo reportagem da edição desta sexta-feira do jornal “Folha de S. Paulo”.

Lua de mel com o governo Temer acabou, diz fundo Verde
Em relatório divulgado aos clientes, o Verde, um dos maiores fundos de multimercado do mundo destaca a crise política brasileira

Por Karla Mamona, São Paulo – O presidente Michel Temer completou nesta semana 100 dias no cargo de presidente. E parece que a animação dos investidores com Temer chegou ao fim. Em relatório divulgado aos clientes, o Verde, um dos maiores fundos multimercado do mundo, afirmou que a lua de mel do mercado com o governo terminou.

O fundo destaca a piora do ambiente político com a saída de Geddel Vieira Lima, ex-ministro da Secretaria do Governo que pediu demissão após ter sido acusado de ter pressionado o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, para liberar uma obra no centro histórico de Salvador.

Além da saída de um dos principais articuladores de Temer, o Verde aponta ainda os conflitos jurídicos e legislativo.

Apesar deste cenário, que fundo considera preocupante, o relatório aponta manutenção da agenda de medidas econômicas, o que impede que haja uma piora no mercado.

“Mas a lua de mel terminou, e a dura realidade de baixo crescimento, alto desemprego, e longo processo de desalavancagem se impõe.”

Ano maluco

O relatório de gestão do maior fundo de multimercado do Brasil ressalta ainda a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos. Para o Verde, não foi somente a vitória do republicano que foi surpreendente, mas o desempenho do mercado americano após o resultado.

Isso porque semanas antes à eleição o S&P 500 chegou a cair por nove dias seguidos, temendo a vitória de Trump. Com a confirmação da vitória, o índice de small caps nos Estados Unidos, Russell 2000, subiu por 12 dias consecutivos.

“Esse tipo de comportamento — aliás recorrente neste ano maluco — reflete de certa maneira aquilo que temos chamado da dicotomia Good Trump vs. Bad Trump.”

Os mercados, acrescenta o Verde, se encantaram com a agenda econômica republicana, focando exclusivamente no corte de impostos, no estímulo a investimentos em infraestrutura, e na suposta leniência regulatória do novo governo. Entretanto, ressalta o fundo, estão se esquecendo dos enormes riscos de conflitos comerciais, de reversão de imigração, além de problemas geopolíticos que o novo presidente representa.

“Temos convicção que uma das principais razões para a sustentabilidade das margens recordes de lucro nos Estados Unidos é a globalização das cadeias produtivas. A reversão disso não é estruturalmente positivo, pelo contrário.”

‘Government Sachs’: Gary Cohn vai assessorar Trump na economia
Geraldo Samor

Donald Trump nomeou Gary Cohn, o No. 2 na Goldman Sachs, como diretor do National Economic Council, escolhendo finalmente uma biografia de peso para a área econômica de sua futura Casa Branca e reforçando o apelido da Goldman como ‘Government Sachs’.

O ‘normal’ seria que Cohn — que com 26 anos de Goldman era o sucessor lógico de Lloyd Blankfein — tivesse sido escolhido para o Tesouro, mas ninguém mais espera que Trump faça coisas normais e o Tesouro, como se sabe, ficou com outro egresso da Goldman, Steven Mnuchin, muito menos conhecido e dono de um currículo muito menos impressionante.

Cohn é um profundo conhecedor do Brasil e tem ótimas relações com o BTG Pactual. Esteve no Brasil várias vezes e se hospedava no Hotel Emiliano enqyuanto negociava a compra do antigo Banco Pactual, que nunca se concretizou.

Segundo a colunista Sonia Racy, no ano passado Cohn ligou o BTG para manifestar sua solidariedade a André Esteves, ao saber de sua prisão. Segundo Racy, Cohn e Esteves se tornaram amigos quando negociaram a fusão.

Além de Esteves, Cohn conhece bem Roberto Setúbal, do Itaú Unibanco, e Flávio Rocha, da Riachuelo, além de outros empresários.

Trump disse que Cohn “vai ajudar a desenhar políticas econômicas que vão aumentar a renda dos nossos trabalhadores, parar o êxodo de empregos para outros países e criar muitas novas oportunidades para os americanos que estão passando dificuldade.”

O National Economic Council não deve ser confundido com o Council of Economic Advisors. O Council of Economic Advisors (CEA) foi criado em 1946. É uma pequena equipe de especialistas que aconselha o presidente sobre política econômica, uma espécie de mini-think tank da Casa Branca. Já o National Economic Council (NEC) foi criado por uma ordem executiva de Bill Clinton em 1993. O NEC reúne chefes de agências e de departamentos para coordenar políticas — assim como o National Security Council. Em seu primeiro mandato, Barack Obama nomeou Larry Summers para o NEC e Christina Romer para o CEA.

Eleitor do Partido Democrata, Cohn entrou na Goldman em 1990 e se tornou sócio quatro anos depois. Estava no cargo de COO desde 2006.

Cohn tem cerca de 882 mil ações da Goldman avaliadas em cerca de US$ 210 milhões. Ele terá que vender as ações mas poderá postergar o pagamento do imposto sobre ganho de capital.

'Governo pinguela’ não recebe o crédito devido, diz Chico Lopes
Ex-BC vê ‘pessimismo generalizado’ e 2017 melhor que consenso
Geraldo Samor

Numa mensagem de otimismo para o ano novo recheada de argumentos técnicos, o ex-presidente do Banco Central, Francisco Lopes, um dos mais renomados especialistas em inflação do País, disse hoje que o ‘pessimismo generalizado’ esconde progressos inegáveis e mensuráveis feitos pelo Governo Temer, e que as coisas na economia estão menos piores do que parecem.

“Este governo, às vezes dito ‘pinguela’ e de apenas sete meses, não apenas equacionou a questão fiscal, mas está também conseguindo ancorar as expectativas de inflação no centro da meta,” Lopes escreveu no Valor Econômico, defendendo o breve histórico econômico do atual governo.

O termo ‘pinguela’ foi cunhado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para descrever o Governo Temer como uma ponte frágil entre o Governo Dilma e a eleição de 2018. Desde então, o termo foi incorporado ao vocabulário político como sinônimo da gestão atual.

Lopes discordou tecnicamente do consenso dos analistas, que hoje prevê um crescimento do PIB de 0,7% no ano que vem. Para ele, ao medir o PIB “para todo o ano de 2017 com o PIB para todo o ano de 2016,” o consenso atual é poluído pela inércia de 2016 e “subestima a velocidade real de crescimento dentro do ano de 2017”.

Tecnicamente, para ele, o certo seria medir a variação percentual entre o final de 2016 e o final de 2017. “É um ponto sutil, mas importante.” Se esta metodologia for adotada, o consenso que captura o que aconteceria ao longo de 2017 seria mais próximo de 1,7%.

Segundo o economista, nos últimos doze meses até novembro, a produção de automóveis cresceu mais de 20%, a de ônibus, mais de 50% e a de máquinas agrícolas colheitadeiras, mais de 80%.

“Tem algo se movendo no setor produtivo brasileiro,” disse Lopes, cuja consultoria Macrométrica projeta um PIB “próximo a 1% em 2017”, o que daria um crescimento de 2% “ao longo do ano”.

"E pode-se apostar que, a partir de 2018, a economia brasileira estará num ritmo normal de crescimento, entre 2,5% e 3% ao ano.” (Lembram como era bom?)

Sobre a convergência da inflação para a meta de 4,5%, Lopes disse que ela está sendo conquistada apenas através da independência e credibilidade do BC, “e o que é melhor, sem a necessidade de redução significativa na taxa de câmbio.”

Sobre o desemprego, Lopes disse que, entre o início de 2015 e agora, o número de pessoas desocupadas aumentou em 5 milhões, mas que metade disto são pessoas que não trabalhavam antes e, com a queda da renda familiar, começaram a procurar emprego. “O lado bom é que, quando a renda familiar começar a se recuperar, essas pessoas poderão sair da força de trabalho reduzindo o desemprego."

Lopes reconhece que o curto prazo “está muito desagradável, mas isto tem mais a ver com os erros cometidos no passado do que com as boas perspectivas do futuro.” (Sim, leitores: um PhD em Harvard acaba de falar em ‘boas perspectivas para o futuro’.)

Lopes disse que a PEC do Teto é uma das três iniciativas de política econômica mais importantes dos últimos 50 anos, ao lado do Plano Real e da criação do Copom (o comitê de política monetária do BC), que instituiu de fato a independência operacional do BC.

“Recentemente, Maria da Conceição Tavares disse que numa entrevista que a medida é uma ‘construção diabólica’, e não dá pra discordar. A única divergência é que vemos isso como um elogio ao governo.”

Cuba privatiza gestão do principal aeroporto do país para aumentar número de turistas
By Marcelo Faria -29/12/2016

A ditadura cubana anunciou a privatização da gestão do Aeroporto Internacional José Martí, em Havana, que será feita pela empresa francesa Aéroports de Paris (ADP) e terá sua expansão e modernização realizadas pela construtora francesa Bouygues.

O anúncio foi feito pelo vice-ministro dos Transportes, Eduardo Rodríguez, em Havana. A francesa ADP administra o aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, e outros 31 terminais espalhados pelo mundo. Por sua vez, a Bouygues participou da construção do Stade de France, do Eurotúnel e do aeroporto de Hong Kong.

O projeto deve ser estendido ao aeroporto regional de San Antonio de los Baños, a oeste de Havana, e “prevê o financiamento e execução de medidas imediatas para melhorar a qualidade dos serviços, bem como investimentos de médio e longo prazo de acordo com o crescimento estimado de passageiros”, afirmou a televisão estatal cubana.

Após a expansão, o aeroporto de Havana deverá receber mais de 10 milhões de passageiros por ano – em 2015, o país recebeu 3,5 milhões de turistas. “Transporte e infraestrutura são elementos estratégicos e prioritários na economia e sociedade cubana”, declarou o Ministério do Transporte do país. E acrescentou: “Parcerias como as descritas serão estimuladas também para outros terminais no país”.

Copom intensifica corte na Selic, e juros caem a 13% ao ano

Após primeira reunião de 2017, comitê anuncia redução de 0,75 p.p. na Selic, superior à esperada pelo mercado. Decisão vem em meio à desaceleração da inflação e demora para a retomada do crescimento econômico.

O luto por Teori Zavascki
Vai-se o homem, ficam as instituições
Geraldo Samor

Morrer faz parte da vida.

O Brasil perdeu ontem um grande servidor público, no auge de sua carreira jurídica e no momento singular em que relatava o processo da Lava Jato; um homem tido por seus pares como um juiz honesto e técnico — num Judiciário em que essa generalização frequentemente não é possível.

Não nos esqueçamos também do empresário que perdemos. No momento em que o País luta para ressuscitar sua economia, Carlos Filgueiras teve peito para abrir seu Hotel Emiliano no caos do Rio de Janeiro, e tinha planos para um terceiro em Paraty. Choramos hoje o juiz e o empresário, num País injusto e pouco capitalista.
Felizmente, não dependemos apenas de homens, mas de instituições. Esta tragédia é um convite para refletirmos sobre os limites dos primeiros, e a promessa de estabilidade e progresso das últimas.

Em nota de condolências, o juiz Sergio Moro disse que Teori foi um ‘herói brasileiro’, e que, ‘sem ele, não teria havido a Operação Lava Jato.’ Tomara que Moro tenha escolhido as palavras para homenagear com uma hipérbole a memória do morto, e não para descrever a realidade dos fatos.

No fim da peça ‘Galileu Galilei’, de Brecht, o jovem assistente de Galileu, Andrea Sarti, exclama: “Pobre da nação que não tem heróis”, ao que Galileu responde: “Não, Andrea, pobre da nação que precisa de heróis.”

Brecht continua atual mas, ontem, o corpo do Ministro sequer havia sido resgatado quando as teorias da conspiração já grassavam: muitos lembraram que o filho do Ministro ‘alertara’ no Facebook ano passado que, "se algo acontecer com alguém da minha família, vocês já sabem onde procurar…”, enquanto um delegado da PF escrevia a palavra acidente com as aspas da suspeita, jogando gasolina na fogueira da conspiração.

Obviamente, qualquer acidente aéreo tem que ser investigado, mas a tese de que um suposto assassinato de Teori poderia ser uma trama para sepultar a Lava Jato tem toda cara de histeria.

Primeiro, porque tragédias simplemente acontecem. Um piloto que conhece bem a rotina de pousar em Angra narrou ao Brazil Journal o que deve ter acontecido: “Chuva, teto baixo, tentativa de arremeter. Tudo indica que tentou um pouso abaixo dos [tetos] mínimos. Ministro do Supremo na aeronave, chato voltar pra São Paulo…”

Segundo, a Lava Jato existe graças a instituições como a Polícia Federal, o Ministério Público, a imprensa e o próprio Judiciário, no qual, aliás, há outros juízes que podem aumentar seu protagonismo e seriam tão sérios quanto Teori no julgamento da Lava Jato.

Finalmente, a Lava Jato já se tornou, ela própria, uma instituição: a desinfecção das relações de empresas com políticos tornou-se uma inevitabilidade consagrada nos autos, descrita em detalhes e comprovada pelos fatos.

Não fosse a tragédia, o Ministro poderia ter morrido de ataque cardíaco ou numa prosaica queda em sua casa. Nestas hipóteses, alguém acharia que a Lava Jato corre risco?

Ainda assim, a insegurança gerada na sociedade pela morte extemporânea de Teori Zavascki é um lembrete de que sua obra — nossa obra coletiva — está apenas no começo.

Em outubro, o Ministro disse numa palestra a advogados:

“O padrão civilizatório de um povo se mede pela sua capacidade de observar as normas naturalmente. Não é uma coisa muito simpática, apesar de parecer, essa ideia de que no Brasil somos um povo muito alegre, que nós sempre damos um ‘jeitinho’ para as coisas. Acho que isso no fundo facilita a desobediência e desautoriza o sistema."

Neste momento de luto, a melhor homenagem a Teori não é ceder à nossa patética tradição sebastianista, e sim fortalecer as instituições que ele serviu.

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Em parceria com empresas privadas, Dória entrega banheiros públicos com ar-condicionado
By Camilo Caetano -24/01/2017

O “test drive” dos banheiros públicos começa nesta quarta-feira, 25, dia em que se comemora o aniversário de 463 anos da cidade.

Os novos banheiros deverão ser instalados em áreas públicas de grande circulação e fazem parte do programa Cidade Linda, uma das vitrines do tucano neste início de gestão. Os equipamentos em teste foram doados pelas empresas privadas Peebox e JC Decaux.

O empresário-vilão e o Estado bandido
Geraldo Samor

Pessoal,
Segue um gráfico muito legal do Ibovespa dolarizado onde demonstra os eventos políticos (trocas presidenciais) e sua influência na bolsa.
Um fato que me chamou a atenção foi durante o governo do PT (Lula), por se tratar de um governo populista ao qual não agrada o mercado, foi um dos maiores picos de alta na bolsa. O mercado adorou! hehe

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‘O atual Congresso deseja se perpetuar’

Na contramão da ideia de aumentar os recursos públicos para partidos, Novo se recusa a usar o R$ 1,9 mi que recebeu

A ‘marvada carne’ é a burocracia
Geraldo Samor

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Greve geral: 5 coisas que os sindicatos não contam
Um manual para quem quer se ajudar
Geraldo Samor

Gladiadores: como a imprensa transformou a Lava Jato num Fla-Flu
Para prejuizo da Política
Bruno Resende Rabello