Política (Part 1)

Só precisa fazer o arroz com feijão.

  1. Não inventar investimentos públicos sem retorno;
  2. Não aumentar e nem tornar mais complexa a tributação;
  3. Não atender corporativismo;
  4. Não atrapalhar investidores em áreas de infraestrutura;
  5. Digitalizar e modernizar serviço público para economia com pessoal e aumento de eficiência;
  6. Equalizar o gasto público e orçamento público com a média da OCDE;

Entretanto, nenhuma das medidas é possível todas ferem corporações, amigos do rei e políticos que sempre mamaram. Ou o recurso é dado a eles ou o Brasil vive instabilidade política pela guerra provocada por eles.

E vai aparecer algum político populista, com soluções simples, quase sempre pedindo mais dinheiro dos outros para gastar com ele e seu grupo, sem assumir risco nenhum.

Melhor cenário: Se não atrapalhar já está ajudando.

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https://twitter.com/0C0RV0/status/1197186756426305536?s=09

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Sobre tributação de dividendos… existem empresas que não precisam do dinheiro… algumas ele pode até ser prejudicial… é o caso da empresas maduras que têm pouco espaço para crescer. Muitas vezes no momento não há oportunidades que justifiquem a empresa reter o capital ou investir.

Exemplos: Seguradoras precisam de pouco caixa pois recebem os pagamentos antes de assumir os riscos. Se ficam com o dinheiro podem reduzir suas margens de retorno sobre o capital.

Bancos muito grandes teriam dificuldade em alocar o capital e tornariam mais risco que o desejado para alocar volumes grandes, sendo interessante distribuir.

Transmissoras de energia também têm receitas muito previsíveis e não existem concessões disponíveis para investir o tempo todo, os juros pagos nas dívidas muitas vezes são tão baixos e as dívidas são de longo prazo, compensando mais distribuir o excedente.

Existem muitas outras empresas que seriam forçadas a fazer um trade-off negativo se forem tributadas em dividendos, não sendo interessante a política. Afetaria só algumas pessoas, e não é justa.

Além disso acho melhor tributar outras coisas, não os investidores que possuem capital alocado de maneira produtiva para o bem estar social… talvez tributar outra coisa seja mais interessante… ou não tributar… cortar gastos desnecessários do governo e aumentar o spread… poderiam reduzir consideravelmente gastos e o número de políticos e funcionários públicos… usar tecnologia, etc…

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Tento mostrar na tabela abaixo como é grande a assimetria do que está sendo proposto. A superficialidade destes políticos realmente surpreende. A CPMF teria sido muito mais justa. Penso que ok, o sistema poderia ser repensado, mas estão remendando trapo atrás de trapo. Duas empresas com números semelhantes, imaginei uma empresa de locação de imóveis ou algo assim, pois sei que as margens são altas, agora coloca do lado de uma grande empresa com lucro real. Quem está pagando a conta é pequeno e médio empresário e ninguém parece ver nada além de bolsa de valores.

Lucro Real Lucro Presumido (base 32%)
Receita Líquida 312,50 312,50
LAIR 100,00 250,00 (margem de 80%)
IR (29%) 29,00 29,00
Lucro Líquido 71,00 221,00
Tributação Dividendos (15%) 10,65 33,15
Lucro Distribuído 60,35 187,85
Tributos Totais (Regra Nova) 39,65 62,15
Tributos Totais (Regra Antiga) 34,00 34,00
Aumento na Tributação 17% 83%
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Dos 34 países vinculados à OCDE, até 2011, apenas a Estônia, Eslováquia e o México não tributavam os dividendos

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Alguns países não taxam acionistas que são pessoas jurídicas, tem que ver caso a caso. Mas a Estônia é uma das menores tributações na Europa e também um dos maiores crescimentos (ou um dos poucos).

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Só da Estônia ter 1 milhão de habitantes nem deveria ser considerado como comparação com o Brasil. Todo os países cobram, brasil deve cobrar, e já cobrou. Além de arrecadar mais impostos incidindo sobre pessoa física que são os dividendos, diminui a tributação sobre a empresa, que será estimulada a reinvestir na própria empresa ao invés de distribuir entre os sócios.

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E por que não? O UK está saindo da UE justamente para ter este downsize, todos os países lúcidos hoje percebem a vantagem destes pequenos países liberalistas. Por que não seguir o seu modelo?

Sobre o estímulo ao reinvestimento, cito a mensagem que postei um pouco acima, como por exemplo uma SPE formada para a exploração de um imóvel reinveste os seus lucros? Ademais, por que você acredita que esta decisão deva caber ao Estado e não ao indivíduo?

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vantagem? brasil tem que seguir modelo de desenvolvimento. Países que se desenvolveram cobravam mais impostos de quem poderia pagar mais, estimulavam as empresas. Se no Brasil, os mais ricos chegam a pagar menos de 10%, enquanto povo e classe media paga 40%, pq um imposto sobre dividendos que recolhe até 70 bi ao ano e atinge majoritamente a parcela mais rica não deveria ser cobrado? todos os países do mundo fazem isso, deveria ser algo unânime, ainda mais em um país com um sistema tributário regressivo igual ao nosso.

E a discussão ta sendo outra viu, o que os países desenvolvidos perceberam é que o neoliberalismo implementado desde a década de 80 agravou a desigualdade, e que hoje isso é um problema. Até o FMI, grande defensor dessas políticas já questiona isso na europa há um tempo.

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LUCROS%20E%20DIVIDENDOS

Usando a sua logica de não comparar com a Estônia, quais desses países seriam comparados com o Brasil? Tamanho geográfico e populacional?
Oq pesa no brasileiro é o imposto sobre consumo, como ela entra nessa métrica?

Posta um país bom aí, esses europeus estao td em crise…

Vamos ver Emirados Árabes, EUA, Cingapura, Monaco.

Mano, a lógica a ser usado nesse caso é assim: o mundo inteiro cobra, ai vc compara com o país que vc quiser. se achar lógico comparar com o único país que não cobra, que é a estonia, e achar que é unico país certo e todos os outros estão errados, fique a vontade. =D

Sobre imposto sobre consumo, vc está correto. Tem que diminuir sobre consumo e aumentar imposto sobre renda e patrimônio. Assim vai diminuir o imposto que incide sobre classe média e baixa.
Pobre consome tudo que ganha, logo ele paga caro por isso.

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@rrfo por curiosidade qual sua formação/profissão ou experiência?

Engenheiro.

Quem paga impostos são pessoas físicas, na condição de contribuintes ora de fato, ora de direito: indiretamente, por meio dos preços, ou diretamente, mediante tributação do patrimônio, da atividade laboral ou dos investimentos no mercado financeiro ou nas empresas. As pessoas jurídicas apenas recolhem impostos, que afinal repercutem direta ou indiretamente nas pessoas físicas.

Em cada incidência, deve-se considerar o ciclo impositivo completo. O Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), por exemplo, é a soma do que foi recolhido na fonte e na declaração de ajustes. De igual forma, a tributação do Imposto de Renda do sócio consiste na soma entre a tributação do lucro na empresa e na distribuição.

A tributação do sócio admite três formas de extração: exclusivamente no lucro das empresas, ou na distribuição dos dividendos, ou em ambas as hipóteses. A opção por uma delas decorre de uma escolha técnica.

A tributação exclusiva nos dividendos é uma hipótese muito peculiar, adotada por pequenos países (Estônia, Letônia, Geórgia). A maioria dos países tributa o lucro e o dividendo. Brasil, Cingapura e mais duas dezenas de países tributam exclusivamente o lucro.

Não há a menor dúvida de que a tributação apenas no lucro é de melhor qualidade pelas seguintes razões:

  • previne perigosos cupins tributários, como a distribuição disfarçada dos lucros, modalidade de sonegação muito comum e de dificílimo enfrentamento, e ardilosos planejamentos tributários abusivos;

  • não restringe a liberdade do investidor, que pode optar por reinvestir na empresa, investir em outra empresa ou no mercado financeiro ou até mesmo consumir;

  • e é mais simples, porque equivale a uma espécie de tributação na fonte.

Se é melhor, por que os países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) não adotam o modelo brasileiro? Ora, porque foi implantado num país periférico, que na percepção deles é povoado por nativos incapazes de produzir algo interessante.

A adoção da tributação de dividendos no Brasil resultaria, é claro, em maior, menor ou igual tributação para o sócio: se maior, trata-se apenas de uma forma dissimulada de aumentar a carga tributária; se menor, ofende a Lei de Responsabilidade Fiscal e o bom senso em tempos de crise fiscal; se igual, constitui uma esdrúxula opção pelo pior, afora implicar escandalosa alíquota de equilíbrio, como demonstraram Elisabeth Libertuci e Ricardo Lacaz Martins ( Reduzir IRPJ e tributar dividendos: uma equação impossível , Estadão , 28/2/2019), sem falar também que, em virtude da impossibilidade de tributar os dividendos decorrentes de investimentos de entidades imunes em empresas lucrativas, seria necessário um aumento compensatório na tributação dos demais contribuintes.

Ademais, se houvesse o nivelamento do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) num mesmo patamar, resta evidente que os grandes beneficiários seriam as instituições financeiras, que hoje são mais oneradas por aqueles tributos que os demais contribuintes.

A isenção na distribuição de dividendos remonta a 1995 e se fez acompanhar de uma ampla reforma no IRPJ, com extinção da dedutibilidade da correção monetária do patrimônio líquido, redução de alíquotas, instituição dos juros remuneratórios do capital próprio e dos preços de transferência, etc.

Em consequência dessa reforma, entre 1996 e 2002 a arrecadação do IRPJ cresceu 116,7%, em termos reais, e sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) aumentou de 1,51% para 2,26%. Nada mal, especialmente quando se considera que a reforma foi bem aceita pelos contribuintes.

Em lugar de copiar e abdicar de pensar, parece mais razoável perquirir a tributação do futuro, como recomendam Martin Wolf, editor chefe do Financial Times ( É preciso rever o sistema tributário , Valor , 8/3/2019) e Christine Lagarde, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional ( Corporate taxation in the global economy , IMFBlog, 25/3/2019).

*CONSULTOR TRIBUTÁRIO, FOI SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL (1995-2002)

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A falta de educação financeira que faz o pobre gastar tudo que ganha. Uma confiança excessiva em esquema pirâmide ( previdência ) e em “papais” políticos que prometem o mundo, excesso de gastos com supérfluos, o que leva a gastar tempo e dinheiro para manter, taxa de poupança nula, muitos não tem condições de ter um único filho, faz logo quatro.
Taxar renda e fortunas fará os ricos simplesmente levarem o dinheiro para outros países, assim como aconteceu na França.
Infelizmente as camadas mais baixas estão tão preocupadas em sobreviver e tão anestesiadas com as fugas da realidade (Novelas, reality shows, compras e mais compras), que estão cegas para a realidade e os meios realmente eficientes de melhorar a vida.

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Educação financeira é algo que deve existir no brasil, agora só te dar um dado: 50% da população vive com R$ 413 reais ao mês!! dados do ibge

vc acha que é educação financeira o problema desse povo que não consegue poupar? vou te dar R$ 413 reais p vc pagar suas contas p sobreviver e ver quanto vc consegue poupar.

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Não comparei, apenas quis entender seu raciocínio. Vejo mtas postagens boas aqui e tento absorver esse conhecimento da melhor forma.
Não acredito numa razão direta entre o “mundo inteiro” e o Brasil, lembre q o Brasil é a terra das “Jabuticas”. Logo algumas medidas não podem ser tomadas de forma isolada.

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Concordo. O brasil tem que criar o seu próprio caminho, até pq tem mtas especificidades. porém é bom ver o que a história dos outros países conta, qual foi o caminho que eles utilizaram p se desenvolver. Tem um livro mto bom chamado Chutando a Escada, de um economista sul coreano. O livro conta exatamente qual foi o caminho que os países desenvolvidos utilizaram.

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