Nos vários vídeos que eu vi, o preço das ações bônus entram sim como custo do novo pm.
Fazendo assim, o preço atual terá que aumentar mais de 20% só pra eu ficar no 0x0.
PM é só um atalho de cálculo que sempre deve ser interpretado. Vamos supor que a ação tivesse fechado ontem a 50 reais, bonificação de 100%. Você tinha 100 ações valendo 50, hoje abriu com 200 ações a 25. Na prática não, porque o ajuste ocorre antes da custódia por algum motivo estúpido. Mas a bonificação não altera em nada o valor de mercado da empresa ou da sua posição, é uma permuta entre duas linhas do PL
Você pode vender, ganhar o mesmo caixa que se tivesse vendido ontem, e ainda ganhar metade do custo de bonificação total como prejuízo contábil. Mas perder dinheiro você com certeza não perdeu
Pelo que eu entendo, voce tá tendo um prejuizo na hora de declarar pra receita, para calcular quanto de imposto pagar e tal.
Mas na realidade, voce teve custo 0 nessas ações. Entao por mais que voce esteja em prejuizo nos olhos da receita, voce tá tendo um lucro se levar em conta quanto voce gastou. Eu entendo dessa forma.
Ou seja, pra IR e pra declaração na venda, voce tá com prejuizo, já no criterio de investimento, voce tá no 0x0
Pra efeitos de receita, você tem que ficar com o mesmo custo de estoque.
Você não pode aumentar seu custo de “estoque”, isso significaria um aumento no valor de seus bens sem justificativa de renda.
Imagine que você tenha 100 ações com PM de 10 reais. Assim, seu custo total é 1000 reais.
- Se a empresa lhe dá 10% de dividendos e você compra 10 ações com isso --> seu custo passará a ser 1100 reais.
- Se a empresa em vez de pagar dividendos incorpora esse dinheiro ao capital social e lhe bonifica em 10% e o preço médio da bonificação é de 10 reais --> seu custo total de compra passará a ser 1100 reais (pelo que entendo).
Obs: nesse exemplo estou considerando PM de compra = Preco atual da acao = Preco médio da bonificacao
Note que tanto na situação 1 quanto na 2 você não tirou nada do seu bolso. Por que na situação 2 seu PM deveria ter se mantido em 1000 reais enquanto na 1 não deveria?
Pelo que sei, esse preço médio das ações bonificadas vem justamente do dinheiro que saiu da reserva de lucro e foi para o capital social (ou seja, é como se vc tivesse recebido esse dinheiro e investido na empresa com ele)
O mais interessante é que, como ignorando o custo de bonificação o resultado é sempre melhor para a Receita (base tributável maior), ninguém nunca vai ser pego por esse erro
As ações bonificadas você tem que colocar como custo de aquisição R$ 12,37.
Fiz uma simulação e, na prática, o teu custo médio irá aumentar em torno de 27% para fins de imposto, mas, na realidade, o custo médio de aquisição não mudou.
A bonificação precisa sim ser declarada como rendimento isento e não tributável e o valor atribuído às ações é incorporado ao seu custo de aquisição, formando um novo preço médio.
Neste caso da Porto, está tendo um ganho fiscal bem relevante por conta do tamanho da emissão. Vou dar o meu exemplo:
Tenho um preço médio de 48,94, com a bonificação, baixa para 30,66. Se eu atribuísse custo zero, iria para 24,47. Esta diferença de 6,19 é como se fosse um crédito fiscal.
Situação bem parecida:
PM original: 50,16
PM novo: 31,26
“Preju fiscal” na casa 24%.
Também entendo que tem que lançar o unitário da bonificação, pois o valor dela tem que entrar no imposto de renda.
Aí sim, se há uma declaração de rendimento isento, aí sim faz sentido.
O que não fazia sentido era aumentar a aba Bens e Direitos sem ter alguma renda declarada, seja isenta ou tributável.
Valeu aí pela explicação.
Achei no site de RI da Cielo uma explicação detalhada de como proceder todo o calculo referente a bonificações por eles pagos, que deve ajudar aqui no nosso cálculo.
Interessante a Cosan buscar a Porto em vez de outro player mais estabelecido
Finalmente a empresa deu uma tropeçada maior, mas acho que é uma que vai se beneficiar da Selic alta
Em relação a Bonificação, eu achei que tinha entendido vocês, mas fui atualizar minha tabela (usada pra passar ao contador) com as compras de outubro e não estou entendendo essa questão do custo de 12,37. Vou detalhar aqui exatamente como estava:
Eu tinha 251 ações com PM de 47,38.
- Bonificação com +251 ações. O meu custo disso foi 0, não saiu dinheiro do meu bolso.
O que me dá um número de 502 açoes com PM 23,69.
Logo em seguida eu comprei mais 48 ações num custo médio de 23,12.
Resultado atual: 550 ações com PM de 23,64 com custo total de 13.002,35.
Fazendo conforme descrito acima bate com a corretora, bate com minha tabela… Eu não estou entendendo como usar esses 12,37 de custo atribuido a cada ação e nem entendi pq eu tenho que declarar.
Você pode ignorar o custo de bonificação se quiser, mas quem ganha com isso é a Receita
Vê algum serviço pago de contabilidade para você ver como funciona. No MyProfit, por exemplo, olha minha última compra e o cálculo pós bonificação. Pelo que você sugere, bastaria dividir pela metade o PM, mas isso ignoraria o custo informado pela empresa:
Seu PM real pós bonificação ficou em R$ 29,87. Como a bonificação foi 100%, é trivial, só somar o PM anterior e o custo e dividir por 2
Eu ia fazer desse jeito realmente. Mas 251 ações x 12,37 me daria um custo ou bônus de 3.104,87.
Mas isso é muito louco, um dia depois eu comprei ações a 23,12. Eu não vinha com prejuízo na ação. E se eu fosse vender tudo, teoricamente eu venderia com prejuízo, mas na prática não pq eu não ganhei e nem arquei com esses de 3 mil reais.
Se você não concorda/entende o tratamento tributário da bonificação, tem que ler as normas da Receita ou alguma fonte secundária que explique o cálculo
CUSTO DE BONIFICAÇÕES
672 — Qual é o custo de aquisição de bonificações recebidas em virtude de incorporação de lucros
e reservas no caso de ações?
1 - No caso de ações recebidas em bonificação, em virtude de incorporação ao capital social da pessoa jurídica
de lucros ou reservas, considera-se custo de aquisição da participação o valor do lucro ou reserva capitalizado
que corresponder ao acionista ou sócio, independentemente da forma de tributação adotada pela empresa.
2 - Na hipótese de lucros apurados nos anos-calendário de 1994 e 1995, as ações bonificadas terão custo
zero.
(Instrução Normativa RFB nº 1.585, de 31 de agosto de 2015, art. 58, §§ 1º e 2º)
Se a Receita dissesse “então galera, já que não teve desembolso, considerem custo zero” eu faria da outra maneira
To de olho em outras rs