Vocês têm que entender o seguinte: ELES NÃO COMPRAM AÇÕES. ELES COMPRAM NEGÓCIOS. Então procure entender o negócio em que vai investir e trace sua estratégia de investimento (comprar a um bom preço ou comprar aos poucos etc). Agora se for fazer TRADE (que não tem problema algum desde que saiba o que esta fazendo), então exige outra perspectiva para análise.
Enquanto essa crise durar sempre vai aparecer político com propostas “salvadoras da pátria”, uma mais bizarra que a outra. Foi o mesmo durando o H1N1, a maioria dos projetos sequer passou pela análise dos parlamentares.
Isso é detonar com o povo e não com os bancos, pois os bancos repassam todos os custos para o povo, devido este não saber usar o crédito.
Não passa de estratégias comunistas para tirar dinheiro de todos os lados. Mas no final quem paga o pato é o povo, pois quem tem poder de barganha transfere o custo.
Um ponto importante é que é bem fácil os bancos repassarem os custos. Eles somam todo o custo tributário e dividem por cada Real emprestado. Então é só acrescentar na parcela do empréstimo.
Vai rolar recompra (se também não for contra a medida), vão reinvestir em alguma coisa ou carregam para distribuir no ano seguinte, talvez até role uma bonificação.
Será mesmo? Lembrando que antes da Pandemia o setor bancário já vinha sofrendo (ameaça da concorrência, regulações e etc.)
Pra quem foca em dividendos, como é o meu caso, complicado dar all in em alguma ação/setor ou manter a carteira concentrada.
Acho que vou precisar rever minha estratégia, essa pandemia veio pra desconstruir algumas ideias e reforçar outras, sobretudo no gerenciamento de riscos da carteira.
Alguns esclarecimentos:
1 - a vedação é somente quanto a pagar jcp e dividendos acima do previsto no estatuto de cada banco. Pode pagar até o limite do estatuto. Exemplo. Bbas até 30 a 40% pode pagar.
2 - recompra de ações somente até 5% e precisa de autorização específica do CMN. outro detalhe é que essas ações não poderão ser distribuídas aos acionistas.
Entendo o seu ponto, mas veja que essa regulamentação valerá só até setembro. O meu foco também é em dividendos, mas pensando no longo prazo, a distribuição de dividendos pelos bancos eventualmente voltará ao normal.
Quando a concentração em setor, estamos vendo que em uma situação extrema como essa não tem muito pra onde fugir - outras empresas de outros setores (como ENBR e PETR) também divulgaram diminuição dos dividendos pra manter a saúde financeira.
Os bancos e fundos de pensões usam recursos excedentes de correntistas, pensionistas, segurados e até mesmo o proprio patrimônio na dívida publica federal. Estados e Municípios não emitem títulos, mas são avalizados pela união.
Acho que o maior risco dos bancos é o governo, tanto no calote via inflação, quanto obrigá-los a conceder emprestimo para consumidores tipicamente caloteadores e isto se traduzir num enorm prejuizo na carteira de credito.
O Bacen ainda não aprovou o CPC 48? Sensação que tive foi que o Santander não só não provisionou nada, mas também usou o período de carência que foi dado para evitar qualquer coisa neste sentido.