Debate sobre Carteiras - 3ª parte

Gostaria de opinião sobre minha carteira. Ainda não me posicionei em todos os ativos (farei no decorrer do ano onde espero um stress no mercado no período eleitoral e/ou queda do bolsa nos EUA)
BBAS3
BBDC3
ITSA4
LOGG3
RANI3
PCAR3
ROMI3
EALT4
ENBR3
NEOE3
SAPR11
IRBR3

O que vcs acrescentariam ou o que retirariam?

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Acredito que você tem certa diversificação e, tirando IRB, só tem boas opções.

As sugestões sempre dependerão do perfil, mas as minhas são:

  • Escolher no máximo 2 dos 3 bancos que tem, já que são muito parecidos. Lembrando que geralmente ITSA recua menos em momentos de tensão do mercado (já que você postou que espera por isto), mas seria a minha escolha pra redução de posição no setor
  • Parece estar num bom ponto pra iniciar posição em construção civil, sugiro olhar MDNE3/JHSF3/CYRE3/MRVE3/LAVV3/EZTC3/TRIS3/EVEN3
  • Acho que AMBP3 poderia ser uma ótima adição na sua carteira, pra ter um ativo mais voltado para crescimento
  • Outra opção de diversificação seria o setor de saúde: FLRY3/PARD3 (laboratórios) e/ou BLAU3/HYPE3 (medicamentos)

A depender do que você busca, minhas outras sugestões daqui Debate sobre Carteiras - 3ª parte - #974 por fabio_barbosa poderiam ser úteis também!

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Agradeço a contribuição.
Sim, estou de olho no setor de construção civil, embora ainda ache que vá sofrer um pouco mais… tenho preferência por TRIS e EZTC. Por isso nem incluí na carteira inicial
Sobre IRB reconheço o risco, porém creio que já está precificado quase tudo de ruim que possa acontecer e aposto no turnaround.
Sobre AMBP3, olhando por cima, achei que pagarei um prêmio elevado pela expectativa de crescimento. O que te faz acreditar no case da empresa?

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Atualização:

estou novamente menos concentrado:
image

Tudo que tiver menos que 3%, estou em processo de compra. Não tenho pressa porém para atingir esses percentuais.
Tanto PCAR3, BMOB3 e WIZS3 são posições que eu estou montando de maneira mais especulativa e sem muito apego.

WRLD11 eu pretendo levar a 10% pelo menos.

PL geral:
71% RV - o gráfico acima.
23% - RF comum (LCI, CDB etc)
6% - LIGs.

As LIGs ainda estão com um preço bastante razoável. Eu não rejeitaria a hipótese de aumentar o percentual na carteira. Os retornos estão muito atrativos considerando IPCA+ e a isenção de IR.

Obs: fiz uma bela venda parcial de Hypera que subiu bastante e ainda assim continua sendo 10% da carteira!

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Eu tiraria EALT e ROMI, caso a sua escolha seja baseada nos resultados recentes. Embora não se dê para prever o ciclo das commodities, temos tanto a sucata de aço quanto as ligas metálicas em níveis bastante altos. Não dá para ver caso a caso, mas só com base no preço do alumínio e na receita proveniente de usinados dessas empresas, dá para deduzir que neste ponto foram bastante beneficiadas embora isso de fato represente um custo. Além disso, como o custo da energia permaneceu barato no país, em comparação à outros países com matrizes baseadas em hidrocarbonetos e vamos ter um reajuste descompassado da mão de obra, fora o câmbio real bastante desvalorizado; somando, se não houve aumento de margem, houve aumento da receita, neste caso o spread gerado representou um ganho e você tem a ilusão de um negócio maior. Se houve aumento de margem e aumento da receita, então a ilusão é dupla, o negócio parece maior e mais rentável do que realmente é. Mas, para concluir, e me contradizendo, é uma análise com base em histórico, commodities são cíclicas e o que valia ontem não vale amanhã, o preço do grão de soja também subiu… Então será que tudo subiu ou o dinheiro que desceu? Mas o ponto é: como se trata de uma mudança, existe um descompasso: a inflação veio no rastro e os salários voltam a subir; a energia é reajustada em valores mais altos que a inflação, o mercado fica saturado e o valor do produto final em algum momento se estabiliza. A empresa pode acabar de fato parecendo e sendo maior do que era, mas independente disso, irá parecer pior do que é hoje, seja pela margem, pela receita ou qualquer ponto. Isso também vale para a Irani, o ponto só é que é uma empresa focada no mercado interno e com um belo projeto de expansão, mas o potencial de margem ebitda dela é 30%, qualquer resultado superior a isso, precisa ser visto com alguma cautela.

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Obrigado, sr_fouquet.
Peter Lynch também já me alertou para tomar cuidado com empresas cíclicas, principalmente dependentes de comodities. Vou reavaliar EALT e ROMI.
E como é difícil achar boas empresas a preços razoáveis nesse nosso mercado.
Penso ainda em colocar um pé no IVBB11 assim que a tão esperada correção da bolsa americana se concretizar.
Mais alguma sugestão para colocar na lista de compras?

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Começam a aparecer algumas oportunidades na NYSE. Ando um pouco focado em gás natural, GNL e GLP, embora não tenha intenção de entrar no setor, é mais uma curiosidade intelectual. As empresas que estudei com maior potencial foram a Novo Nordisk, dinamarquesa, e a Monster Beverage. Sei que são todos excelentes negócios. Mas tenho esperado um momento mais conturbado. No Brasil, BRF seria minha escolha do momento: ela vai um pouco contra esse ciclo de commodities, está em um momento difícil pois a última safra de milho impactou o custo da empresa, mas estou aguardando uma reversão com a safrinha desse ano que está com um cenário bem favorável e lucrativo. Fora isso, Pardini é uma growth muito boa e escalável. Para dividendos, além da própria Irani, qualquer empresa do setor financeiro pode ser uma alternativa, com baixo risco acho que BBSE é uma que se destaca.

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Bom dia pessoal. Preciso da ajuda de vocês pra entender o controle sobre bonificação e desdobramento. Há alguma diferença prática entre os dois (no lançamento das novas ações para cálculo de PM)?
Recentemente tivemos bonificação da ITSA e da UNIP, e desdobramento da ODPV. Pra ITSA e UNIP foi comunicado o custo atribuído a cada ação. Pra ODPV não achei esse custo.
Sendo assim a bonificação aumentou meu número de ações mas também aumentou meu PM (pois meu PM em ITSA e UNIP estava menor do que o custo atribuído). É isso mesmo?

Uma dúvida sobre construtoras.

A alta dos juros não seria um empecilho para os negócios? Imagino que a grande maioria dos compradores financie os imóveis.
Os que compram imóveis para investir também teria uma atratividade maior a simplesmente aplicar em renda fixa.

Que acha?

No desdobramento não há custo atribuído. Apenas divida o valor investido pelo novo número de ações. Ex:
1000,00 em 100 ações = PM de 10,00.
Se desdobrar 1 para 2, fica 200 ações com custo de 1000,00 = PM de 5,00.
Como a cotação irá dividir por 2 assim como as ações, nada muda em termos de rentabilidade.

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Já no caso de bonificação, existe um custo atribuído, que será incorporado ao PM como se uma compra tivesse sido feita. É útil para aumentar o PM e pagar menos imposto na hora da venda.
Ex. 100 ações a 10,00 = PM de 10,00.
Se houver uma bonificação de 10%, com custo atribuído de 11,00.
Ficarão 110 ações com custo de 1110,00 = PM de 10,09.
Esse é o valor que deverá ser informado no imposto de renda.
No final teria 2 PM’s
10,09 considerando o custo atribuído
9,09 caso não considere, afinal, não houve aporte no ativo. Assim, seria 110 ações divido pelo valor aportado de 1000,00 = PM de 9,09.

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Obrigado pela ajuda. Isso aí que me confunde, a possibilidade de se considerar 2 PM’s diferentes (na teoria é bom aumentar o PM pro IR e é bom diminuir na planilha de controle para ver o percentual de lucro maior haha). Vou considerar o PM aumentado em tudo, pra ficar mais fidedigno. Valeu!

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Na legislação do IR sobre ações tem a definição de com calcular o PM.

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Olá pessoal!

Se puderem dar uma opinião sobre as carteiras abaixo. As duas juntas equivalem a aproximadamente 35% de minha carteira total.

Meu objetivo é renda e não aumento expressivo de patrimônio.

Ações:
Captura de tela de 2022-05-27 21-12-08

FIIs:
Captura de tela de 2022-05-27 21-12-17

Grato!

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Cada ação tem suas peculiaridades, então de forma geral, minha opinião é mais uma visão macro do que micro dos ativos, portanto pode haver conflito dependendo do seu nível de conhecimento em cada empresa, no que deve sempre prevalecer o que você sabe.

Sua carteira de ações está dividida entre
Energia Elétrica
Financeiro
Telecomunicações
Outros

Coloco outros pois não são setores que tipicamente se investe a procura de dividendos. Mas são eles:

Material Rodoviário
Petróleo e Gás
Mineração
Construção Civil

Indo rapidamente

Em energia elétrica, vejo ENBR, ALUP E ENGI como empresas razoavelmente diversificadas entre subsetores. Questiono um pouco a necessidade de uma quarta empresa como CPLE.

No financeiro, apesar das qualidades incontestáveis de BBAS, num quadro de mais longo prazo, é provável que o setor privado se destaque. ITUB talvez fosse a primeira escolha para quem procura renda.

Telecomunicações é um setor complicado no Brasil, já pensou em uma BDR como VERZ? Nos EUA ainda é um setor que alia proventos e repasse de preços, enquanto no Brasil a maioria das empresas acabam engolidas pela inflação e pela tendência de pulverização e concorrência que o setor tem enfrentado.

Material Rodoviário, já ouvi e ouço falar muito bem de Tupy. Mas em geral, junto com Construção Civil, são as fragilidades da carteira. Impossível escapar de longos ciclos financeiros e volatilidade de resultados nesses setores. Eu tentaria algo mais tradicional como Papel e Celulose e Alimentos. Minha primeira opção para o primeiro seria RANI3 e depois analisaria com calma a ABEV, que parece estar dando bons resultados, apesar das altas seguidas no açucar e em cereais. Sempre pagou um payout bem elevado. Outra opção seria MDIA, historicamente paga bona dividendos, mas o mercado tem feito um verdadeiro massacre da serra elétrica por causa da alta do trigo. Mas vale analisar, a empresa é o conjunto de algumas variáveis: trigo, dólar e repasse de preços. Assim como outras no setor de processados, o repasse tem sido a maior dificuldade. O lado positivo é que não tenho informação de empresa de alimentos que não repasse preçoss cedo ou tarde. E este fortalecimento do real pode ajudar.

Construção Civil não tem como entrar em carteira de rentista, eu buscaria alternativas. UGPA tem um belo histórico e este conflito na Ucrânia definitivamente tem ajudado a empresa a recuperar margens. Uma alternativa talvez até melhor e em um setor mais estável seria FLRY: estável, bom payout, crescimento.

As outras duas são VALE e PETR. Essas duas eu vejo com mais tranquilidade por não sofrerem as dificuldades da indústria de transformação. Ainda assim é bom ressaltar que em um cenário de longo prazo, elas terão os seus altos e baixos. Mas eu não trocaria de toda forma. Este bom ciclo das commodities não deve acabar tão cedo. Ainda assim, se quiser ser mais conservador, pode pensar em uma alternativa para PETR, pelo fato de ser uma estatal e com riscos políticos importantes. Contudo é dificil dar uma alternativa dentro do setor. Eu arriscaria que MRFG pode acabar sendo uma boa alternativa. Vai ter os mesmos problemas de ciclicidade, mas a compra de 30% das ações da BRF pode ser um bom recheio para o bolo. Além disso, vem pagando dividendos generosos.

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Consideram muita exposição ter 35% da carteira de ações em energia elétrica?

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Se for 35% do portfólio de ações, acho aceitável. Se for 35% de toda a carteira (patrimônio), acho muita exposição.

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São 35% apenas da carteira de ações.

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