Este é um caso excepcional. Veja a margem liquida dela, de 175%. É distorcido, por conta do seu balanço. Que por sua vez tem esta particularidade pelo seu negócio. Ou srja, a receita líquida gerada é inferior ao lucro líquido. Para fazer o Psbe nestes casos vc tem de utilizar outro valor para cálculo da receita líquida, e não o informado no balanço. Eu fiz este ajuste da seguinte forma. Peguei a margem liquida de Itub, e aí apliquei no lucro liquido o mesmo valor desta margem em Itsa, calculando com isso o valor da receita liquida ajustado, para usar no cálculo.
Pessoal, vocês tem alguma explicação para as elétricas estarem aparentemente muito mais descontadas do que empresas de outros setores? Ou elas realmente estão e devemos encher o carrinho? A expectativa do mercado é que os lucros delas vão cair consideravelmente nos próximos anos ou simplesmente ainda não as precificou corretamente?
Realmente olhando o ranking geral que montei, das 5 primeiras colocações, 4 são elétricas.
Acredito que isso ainda seja o efeito Dilma no setor. A ex-presidente e futura presidiária conseguiu na base da marra causar uma destruição no setor, com regulações sem sentido, e remendas atrás de remendas tentando consertar o estrago. Na minha visão vejo que o pior já passou, tanto que novos investimentos de peso para o setor já estão sendo anunciados.
Agora outro pto de vista. Vendo o ranking que montei das elétricas, a maioria apresentou um crescimento do lucro forte em 2018. O que gerou uma boa melhora na atratividade nos indicadores de AF. Fato que comprova isso é quando olhamos a rentabilidade delas no LP. Pegando estas 4 empresa que estão no topo deste ranking, só CPLE que performou abaixo do IBOV (em grandes partes por ela ser uma estatal).
Mas você acredita que os resultados delas estão sendo positivamente afetados por condições/ajustes causados pelos governos e retornaram a patamares mais baixos ou acredita que irão manter a geração de receita no nível atual?
Pergunto pois de fevereiro pra cá elas não cresceram, mesmo aparentando ainda estarem bem atrativas.
Olha a esticada que a maioria deu em Dez/Jan. Aquilo já foi o suficiente para mudar de patamar. Crescer naquele ritmo não é sustentável. Agora veja o que espera para o futuro do país, se for para ter um crescimento do PIB na ordem de 2,5% a.a. o consumo de energia vai aumentar consideravelmente e assim como as receitas e, por consequência, as cotações.
Não espero um crescimento daquele nem tão cedo.
Porém as empresas elétricas possuem hoje um P/L baixo e um DY alto se comparadas com os outros setores. Por isso ficaram tão bem no ranking, o PSBe e o FCD são afetados diretamente pelo lucro da empresa.
Não estou comparando com o crescimento passado, mas no cenário atual, meu ponto de vista é que estão descontadas.
Poucos meses de variação na cotação, a não ser em casos de extrema volatilidade, não tem peso nenhum na análise. O foco tem de ser no LP, e acredito sim que tem muitas empresas neste setor atrativas, e com potencial de valorização e crescimento.
Sim, você tem razão. Na verdade não deveria comentar o crescimento de janeiro pra cá.
Mas se espera-se que mantenham os resultados então certamente o preço atual é muito atrativo para entrada.
Angelo, na fórmula do PSBe existe uma constante que o @djunqueira batizou de VMCM (Valor de máxima correlação de mercado) a constante do PSBe. Para a obtenção desta, calculamos os valores das empresas pelo PSBe e procuramos a máxima correlação entre valor de mercado e o estimado pelo PSBe.
A margem a que me refiro na planilha é a utilizada na PSBe (relação entre lucro líquido/Receita).
Não pretendi criar uma lista de valores “justos”, pois o ideal é conferir com mais detalhe cada case. Minha intenção foi mais explicar como encontrar o valor da constante proposta pelo Junqueira.
Esta bem difícil calcular o preço alvo, mas vou tentar partindo de algumas premissas p/ WIZS3:
Lucro crescendo 10% até 2021
Daqui a 3 anos o lucro caindo -80%
Com isso chegaria a um preço alvo em 9,15. O que não dá muito margem p/ segurança no investimento.
Porém a empresa tem a possibilidade de participar e ganhar o leilão para ser co-corretora da Caixa, ou ainda (menos provável) assinar algum novo contrato grande. De qualquer forma neste caso, certamente a margem liquida teria uma redução, mas nada perto dos -80%. Neste cenário, calculando a partir do ano 3 uma redução de -35%, teriamos um preço alvo em 13,92, o que já daria uma boa margem de segurança p/ investir.
Então a atratividade p/ se investir aqui passaria por ganhar o leilão da Caixa, ou assinar algum novo contrato. Não tenho ideia de qual a probabilidade disso acontecer.
Mas nesse caso você está considerando que vai cair 80% do lucro, e não dá receita, certo? Ou seja, contando que ela continuaria dando lucros.
Acredito que se ficar sem a caixa, ela terá prejuízo.
Dificil cravar isso. P/ tal teria de saber com uma maior precisão o percentual dos custos de cada atividade da empresa.
Mas tem alguns itens que tem uma maior previsibilidade. É uma empresa do setor de serviços, então provável que seu maior custo seja com capital humano (funcionários). Se a empresa perder 80% da sua receita, seria fácil reduzir tb em torno de 80% os custos, cortando pessoal. Lógico que isso é uma forma simplista de olhar, mas como não tenho acompanhado a empresa, e não olhei com mais detalhes os balanços, diria que é o que tem pra hoje rs.