A ameaça de uma iminente grave crise internacional está mais aparente do que nunca. Nosso mercado de ações hoje está seguindo a tendência de baixa lá de fora. Acredito que, ainda que nossa economia vá bem em 2019, em maior ou menor escala seremos levados pela enxurrada. Alguém está se posicionando de forma adequada para as turbulências? O que consideram uma boa estratégia?
Este é um bom pto p/ refletir. Neste ano eu montei minha carteira já projetando uma vitória do Bolsonaro, e consegui colher bons frutos. Conforme tinha dito nos debates, o principal é sempre se posicionar antes. Quem esperou o final das eleições p/ investir, ou fez o planejamento se apoiando na alta do dólar, ainda não conseguiu ter resultados expressivos na rentabilidade ou está no prejuízo.
P/ o ano que vem acredito que teremos muitas medidas de incentivo p/ destravar a economia, mas ainda alguma dificuldade no equilíbrio do déficit fiscal. E não vejo mais um investimento nos EUA hoje atrativo, acredito que o timing tenha se passado, e quem ainda não está exposto ao mercado acionário americano não o deveria fazer agora.
Por conta disso penso que o foco p/ 2019 deva ser no segmento de logística, que tende a se beneficiar muito. Tanto que GGRC hoje é a maior posição na carteira, e depois da subscrição irá crescer ainda mais. Em ações eu não consigo ver nada tão atrativo como vi em GGRC, o que chegaria próximo seria UGPA.
E uma carteira com ativos muito ligados a economia interna, e que tenham um bom potencial, como UGPA, ITSA, ABCB, EZTC, TAEE, FESA e GRND, dificilmente não terá um excelente resultado nos próximos anos. Quem quiser se expor um pouco mais ao risco, visando a chance de ter um retorno mais elevado, tem ativos atrativos como SAPR, BRSR, ECOR, TRIS, FRAS, UNIP e KROT. E para quem ainda não tem nenhum ativo de fundo imobiliário, penso que ainda é o momento para ter uma posição, conforme venho indicando no índice da PenseRico. Ativos como GGRC, SDIL, FIIB, JSRE e OUJP ainda estão atrativos, e auxiliam muito na redução da volatilidade da carteira.
Tenho duas grandes incógnitas p/ 2019, em especial por conta de dois embates entre forças. Como o mercado americano seguirá, visto que tem apresentado fortes quedas em dezembro e entrou em viés de baixa, com Trump x FED, e o quanto o STF vai aumentar o tom contra o Bolsonaro e por consequência qual será o resultado deste entrave STF x Bolsonaro.
lembrando que nem sempre um bear market nos EUA é sinonimo de recessao americana.
Do jornal Valor:
“Desde a Segunda Guerra Mundial houve 14 bear markets, sete seguidos por recessão e sete sem recessão nos meses posteriores. Nos últimos 40 anos, se a economia está num estado forte, os pessimistas tendem a parar as vendas de ações quando as quedas se aproximam de 20%, afirma Ryan Detrick, estrategista sênior de mercado da LPL Financial. Ou seja, caso os índices aprofundem as baixas a partir daqui, é provável que o mercado coloque mais nos preços o risco de declínio da economia, retroalimentando a desvalorização do mercado acionario.
Krugman não ignora os riscos atuais, mas descarta uma crise semelhante à de 2008. Os problemas agora são muito menos centrados nos bancos e muito mais sobre comércio e falta de espaço monetário”
Condizente com essa mesma estrategia de se posicionar antes, comprei muitas construtoras, DIRR3, RDNI3, TEND3, EZTC3, até empresas com pessimos numeros como HBOR3, MILS3.
Do segmento de logistica, parece promissor LOGN3, JSLG3
Apostas (pimenta da carteira): MRFG3, GOLL4, USIM5, GOAU4
Proteção/defensivas: muito SUZB3, um pouco de TAEE11, TUPY3, FESA4.
Não consigo enxergar vantagem em FII no momento, toda renda variavel está em açoes.
E 10% de caixa, tesouro selic (essencial, aprendi perdendo oportunidades de compra)
Boas indicações @cadu. Estou posicionado em boa parte delas. Nas indicações mais arriscadas acrescentaria CIEL apenas. Não me posicionei nela ainda, mas sigo monitorando de perto.
Ainda estou com 30% do patrimônio líquido, mas ainda não aportei justamente por conta dessa situação no mercado americano. Faca ainda está caindo por lá. Ibov talvez descole com medidas pró-economia do governo Bolsonaro.
Feliz 2019!
http://downloads.fipe.org.br/content/downloads/publicacoes/bif/bif459-7-10.pdf
http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/conjuntura/181220_cc41_visao_geral.pdf
http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/conjuntura/181207_cc41_economia_mundial.pdf
Paulo Guedes agora na Globo News dando uma aula de como administrar o País, o cara manja muito
Com o resultado das eleições criou-se uma onda de otimismo que é baseada na suposição de que o então futuro (e hoje presente) governo trará bons resultados à economia e equilíbrio às contas públicas. Com isso temos hoje, terceiro dia de governo, o IBOVESPA a 90 mil pontos, os títulos de 30 anos do Tesouro sendo negociados a 5% e fundos de imóveis de acordo.
Concordo, o momento de investir já passou.
A situação fiscal do Brasil beira o caos, o país cresce abaixo da média mundial há 5 anos, há dúvida sobre o futuro das exportações para China e Oriente Médio e não há nada que permita supor alguma facilidade por parte do Congresso para as medidas difíceis que precisam ser tomadas. É possível claro que a resolução de todos estes problemas seja a melhor possível e que em 6 meses este período de transição pareça uma pequena barreira transposta. Agora é sim um salto sobre o abismo. E se o fantasma da Dilma vai puxar o novo governo pelo pé e levar a nação para o precipício, ninguém sabe.
Verdade que sempre há oportunidades pontuais em qualquer mercado, mas para um investidor cauteloso, a melhor ação no momento me parece ser nenhuma ação. O Tesouro está caro, as ações estão caras, os FII’s estão caros, melhor pagar um pouco mais caro lá na frente, pelo menos com a reforma da previdência já aprovada.
To na mesma, vou com calma…
apesar de estar na máxima histórica, quando você olha dolarizada está longe do topo. Existe a possibilidade de daqui 1 ano estar acima de 100, difícil saber.
Na dúvida também acho melhor esperar, mas pode-se perder uma boa oportunidade.
Se o Bolsonaro conseguir aprovar a reforma da previdência neste ano, Ibov pode facilmente bater lá nos 120k até o final do ano. Diria que este é o principal pto deste primeiro ano de governo.
Também estou com esta impressão que ações e Fiis estão ficando caras de modo geral.Mas o que planeja fazer?Manter o dinheiro investido em algo tipo tesouro selic?
Eu por enquanto não vendi nada.
Peanuts, a meu ver, entre outras coisas, o câmbio reflete o momento econômico da moeda em vista das riquezas que são produzidas pelo país e sua importância no cenário internacional. Até 2014, com o bom ciclo das commodities, principalmente o petróleo, as economias emergentes gozaram de um câmbio sobrevalorizado. Com a inversão desta tendência e a recuperação econômica dos países desenvolvidos, houve uma forte compensação cambial. Por isso acredito que a dolarização do Ibovespa deve ser tomada apenas contextualmente, não sendo útil na mensuração de valores absolutos.
Cadu, acho que é isso mesmo, a reforma da previdência é o ponto central. Mas há outro tema que tem me preocupado no novo governo, que são estas questões de alinhamento ideológico nas relações internacionais. Os Estados Unidos, como é sabido, está travando uma guerra de tarifas com a China. E sendo, ao lado do Brasil, o maior exportador de soja para o mercado chinês, em Novembro não exportou nenhum grão para lá. Os EUA tem muito capital diplomático para queimar e pode ser beneficiado por isso atraindo indústrias de alta tecnologia para o país. Nem tanto o Brasil. O agronegócio brasileiro é exportador e precisa de mercados como China e Oriente Médio para a sobrevivência de toda a sua cadeia produtiva, desde o milho ao frango. O Oriente Médio, aliás, outro problema que pode surgir com estas brigas de embaixada. Enfim, todas estas questões podem afetar fortemente a economia interna e a balança comercial. Creio que, sendo bem orientadas pela equipe do Paulo Guedes, desde que o governo se submeta ao imperativo econômico e não ideológico, devem transcorrer naturalmente, mas podem ser fontes de grandes problemas.
Evrocha, estou mantendo todos os investimentos que realizei pré-eleições, que aliás vêm dando bons resultados com este rally, mas não tenho realizado novos aportes. Acredito que o Tesouro Selic seja uma boa opção até que “o boato vire fato”. A partir daí, mesmo pegando o Ibovespa a mais de 100 ou 120 mil pontos, teríamos um horizonte de crescimento para vários anos, o que justificaria tranquilamente este ágio a mais embutido.
Certamente isso pode impactar negativamente a economia interna, mas no CP não vejo este risco, tirando logicamente as empresas da bolsa voltadas para o agronegocio. Cabe lembrar tambem que daqui a dois anos temo novas eleições nos EUA, e toda esta amarra internacional pode mudar drasticamente. E vai ser um baita desafio para a Brfs nos proximos anos.
Este foi um dos motivos de ter montado a estrategia voltada para o mercado interno, com empresas como Ugpa, Eztc e Itsa, e deixando de lado as exportadoras (a não ser por descontos grandes em valor, como Fesa).
Estou com aproximadamente 10% do meu capital líquido e não sei oq fazer…minha carteira é pra LP, nunca vendi nenhum ativo e nunca fiquei pensando muito pra comprar, mas agora estou nessa encruzilhada.
Ir para RF a qual não tenho muito conhecimento ou seguir comprando FIIs e Ações e forma bem diluída
Uma terceira opção é aprender sobre renda fixa, começando pelo tesouro direto. Umas 2 semanas de leitura já dá pra ter uma boa idéia.
Com a selic em 6,5%, e uma inflação em torno de 4%, não consigo ver nenhuma vantagem na RF. Creio que os FIIs geram um retorno muito superior para quem não quer ter todo o patrimônio em ações, mas que ao mesmo tempo aceita um risco maior que a renda fixa visando um resultado superior.
Interessante colocação, @cadu . Você acredita que uma escolha de fundos de tijolos poderia ser uma boa opção neste caso?
Sem dúvida. Meu foco de investimentos em FIIs neste ano está nos seguintes segmentos:
Galpões logísticos
Shopping center
Lajes corporativas e Escritórios